KATHERINE W. BRYDON
Dean estava sentando em cima do balcão brincando com uma maça nas mãos enquanto me observava na cozinha de um lado para o outro. Eu não era uma especialista na cozinha mas eu sabia fazer uma otima macarronada e um peixe a La Carte que aprendi na internet.
Destampei a panela e respirei fundo sentindo o cheiro maravilhoso vindo do molho. Peguei um pouco na colher e diminui o fogo, experimentei e sorri me virando para o Dean.
-Prova. -Falei me aproximando e colocando a colher devagar na sua boca. Dean fechou os olhos degustando e eu permaneci impaciente esperando a sua resposta.
-Droga, está muito bom!
-Cadê o Sam? Ele precisa experimentar.
-Falando nele. -Dean falou apontando para Sam que veio em nossa direção com uma sacola de papel e com dois vinhos dentro. Dean jogou a maça nele que a pegou no ar. -Porque demorou tanto?
-Eu não sei como dizer isso. -Sam colocou a sacola em cima da mesa. Ele parecia sério.
-O que vai dizer? -Dean perguntou preocupado. Algo me dizia que aqueles dois estavam me escondendo algo.
-Dominic ainda está atás de você. -Pisquei algumas vezes e não disse nada. Dean e Sam estavam olhando para mim como se esperasse alguma reação.
Eu queria gritar e chorar porque nos ultimos dias eu estava com os nervos a flor da pele mas ao contrario de fazer algo completamente constrangedor eu simplesmente me virei e apaguei o fogão.
-Mas como você sabe que o Dominic ainda está atrás da Katherine? -Dean perguntou desconfiado. Olhei para o Sam confusa. É verdade, como ele sabia?
-Eu cruzei com um vampiro ali. -Disse Sam infatizando o ali que eu não sabia onde era. -E ele me entregou isso.
Sam jogou uma duzia de fotos em cima da mesa. Tinha fotos minhas dormindo nesses ultimos dias no Motel, tinha fotos minha com os Winchester em lanchonetes, na rua e até dentro do impala. No meio daquela pilha de fotos notei que havia uma foto antiga minha, usando o jaleco e atendendo um paciênte.
-Que maluco. -Dean falou pegando as fotos. -Ele cavou a propia cova dessa ves.
-O que? -Sam perguntou chocado. Ele esperava que fizessemos o que?
-Precisamos mata-lo, ele é uma ameaça. -Falei dessa vez me pronunciando. Peguei a minha foto dormindo e mostrei para Sam. -Sabe sei lá o que esse maluco fez comigo enquanto eu estava dormindo.
-Desde quando passou a proteger monstros? -Dean perguntou e Sam balançou a cabeça.
-Não é isso. Katherine e Dominic tem uma historia, você tem certeza que quer mata-lo? -Sam perguntou e por um momento eu pensei em desistir mas Dominic não iria parar e eu queria dormir a noite.
-Não mas ele não vai me deixar em paz. É o unico jeito. -Falei apoiando as duas mãos na mesa tentando manter a calma.
-É mas ele esteve com a gente o tempo todo e não apareceu. O que te garante que ele vai aparecer agora? -Sam perguntou e eu tive uma ideia. Uma ideia estupida mas uma ideia.
-Eu sei como faze-lo aparecer. -A ideia não era uma das melhores mas eu sabia que ia funcionar.
-Como? -Perguntou Sam.
-Toda vez que estou em algum tipo de perigo ele apareceu e em ambas as vezes foi quando me meti em briga de bares.
-Espere, você quer ser a isca? -Sam parecia horrorizado assim como o Dean.
Balancei a cabeça confirmando.
-Existe uma tinha tenue entre bravura e suicidio e isso é suicidio. -
-Eu não vou ficar dormindo a noite com medo. Esse é meu ultimo caso e eu não vou voltar para a minha vida normal com medo.
-Ultimo caso? -Dean repetiu. Sua boca estava aberta e parecia decepcionado, olhei para Sam que estava com a mesma expressão.
-Eu li todos aqueles livros sobre exorcismo e fiz isso. -Levantei a blusa até a altura do busto mostrando apenas a tatuagem abaixo dos seios. -Eu notei a sua Dean e achei o simbolo em um dos livros e mandei tatuar.
-É. A tatuagem. -Sam falou nervoso e Dean me olhava como se me julgasse.
-Quando você fez isso? Porque eu não desgrudei de você um minuto a não ser que você não seja você. -Dean estreitou os olhos. Como ele era idiota.
-Enquanto você estava dando uns amassos garçonete hippie na semana passada eu fui até um clube.
-Ela não era hippie. -Dean falou se justificando. Tem dias que eu acordo pensando que aquela garota vai aparecer a qualquer momento. Ela era o terror.
-Diga isso ao cheiro de patchouli.
-Você está dizendo isso porque está com ciumes. -Dean falou debochado
-Antes meu cheiro de morango do que patchuli.
-Desculpe intrometer a briga de casal. -Olhei para Sam prestes a fatia-lo. -Mas lembra do problema Dominic?
-Eis o plano. Eu entro em uma briga de bar, levo ela para os fundos. Espero o Dominic aparecer e chutar o traseiro de todos eles e então vocês chegam e finalizam o trabalho. -Falei orgulhosa por ter montado tudo aquilo em menos de um minuto.
-Ou simplesmente fugimos do problema. -Sam disse e eu franzi o senho. Eu não era covarde.
-Eu gosto mais do meu plano.
-Mesmo eu não concordando com essa historia de você ser a isca, eu estou dentro. -Dean disse finalmente descendo do balcão.
Dois contra um. Estava decidido.
[...]
Me vesti do jeito mais vulgar possivél e fui até um bar onde motoqueiros e caminhoneiros frequentavam. Meu vestido colado estava me deixando sem respirar.
-Tem certeza que quer entrar lá sozinha? -Dean perguntou e eu balancei a cabeça. -Tome isso. -Dean tirou a sua jaqueta e me entregou.
-Para que isso? -Perguntei enquanto vestia a jaqueta. Parecia que ele havia advinhado que eu estava morrendo de frio.
-Não quero que ninguém veja mais do que deveria. -Sorri debochada.
-Você é tão cavalheiro. -Falei rolando os olhos e descendo do carro.
-Vamos estar atrás do bar esperando se as coisas ficarem feias... -Sam disse e eu sorri
-Ele vai aparecer. -O homem que estava saindo do bar abriu a porta para me deixar entrar, ele ficou me secando descaradamente afinal de contas a jaqueta não ajudou em muita coisa.
Era isso que eu tinha que fazer, arranjar uma briga de bar, leva-la até os fundos e só assim ele iria aparecer. Dominic havia me conhecido assim e eu tinha me apaixonado por ele da mesma forma.
Olhei para o meu reflexo no espelho e só então notei o que estava fazendo. Eu estava levando o Dominic para a morte do mesmo jeito que o conheci? Do mesmo jeito que eu havia me apaixonado? Não parecia certo.
Me virei para ir embora mas dois rapazes apareceram bloqueando minha saida.
-Qual o seu nome gracinha? -Perguntou o mais velho.
-Estou de saída. -Falei tentando manter a calma. Nada de briga em bares hoje Katherine.
-Porque não dá uma saída com a gente? -Perguntou ele se aproximando e eu dei um passo para trás.
-Eu não acho uma boa ideia.
-Meu filho quer conhecer você melhor. -Percebi que o rapaz atrás dele estava me olhando como se fosse me comer ali mesmo.
-Diga para o seu filho procurar uma prostituta. -Falei sem conseguir controlar minha boca.
O homem mais velho tirou uma faca e precionou a lamina contra a minha barriga. Olhei para os lados tentando achar alguma alma boa para me ajudar. Não fabricavam mais pessoas boas na america?
Caminhei ao lado do homem mais velho que estava me levando para a porta principal. Droga, o plano era a porta dos fundos.
-Pensei que iriamos lá para trás. -Perguntei tentando faze-lo mudar de ideia.
-O meu caminhão é mais seguro do que um beco qualquer, não acha filho? -O rapaz que não tinha dito nada até agora balançou a cabeça e resmungou algo.
Assim que notei que não tinha ninguém por perto, segurei a mão do rapaz velho afastando a lamina do meu corpo e soquei o seu rosto fazendo-o cair no chão. Ergui as duas mãos para o alto.
-Você não parece tão machão agora. -Falei enquanto ele choramingava com a mão no rosto.
Me virei para ir embora e vi o garoto segurando uma arma e apontando para mim.
-Você vai entrar comigo nesse caminhão agora! -Gritou o rapaz que até agora não havia dito uma palavra.
-Onde arrumou isso? -Perguntei enquanto ele se aproximava. O rapaz mais velho agora estava em pé me olhava com ódio nos olhos.
-Eu vou ensinar essa vadia como chupar um pau -Ele me puxou pelo braço e então acertou um tapa no meu rosto me fazendo cair no chão.
Me virei e vi Dominic em cima do caminhão me observando. O homem mais velho me segurou pelo pescoço e me fez ficar de pé.
-Você está pronta? -Perguntou ele e eu tentei soca-lo mas em vão.
-Larga ela. -A voz grossa do Dominic me fez parar e encara-lo.
-Isso não é assunto seu. -Gritou o homem que estava me segurando. Dominic o segurou pelo ombro e o rapaz me largou. Me apoiei no caminhão e coloquei as mãos no pescoço vendo se tudo estava no lugar.
O garoto apontou a arma para mim e eu engoli seco, eu não tinha onde me esconder. Dominic correu na minha direção e se pos na minha frente recebendo dois tiros nas costas. Olhei em seus olhos assustada e ele sorriu tentando me reconfortar. Dominic se virou para o garoto com as presas de fora, o rapaz jogou a arma no chão e saiu correndo.
Tirei a jaqueta do Dean e me afastei segurando as seringas com sangue de homem morto. Eu não queria ter que usa-las.
-Vamos embora. -Dominic se aproximou e me puxou pelo braço. Vi que os Winchester estavam vindo correndo com os facões na mão. Dominic notou e imediatamente me largou. -Finalmente nossos caminhos se cruzaram. Vou poder finalmente te matar, tem algo mais gratificante do que isso?
Pulei nas costas do Dominic e apliquei todo o sangue de homem morto nele. Arranquei a seringa do seu pescoço e ele caiu do joelhos com as mãos apoiadas no chão e a cabeça abaixada.
-Você tirou as palavras da minha boca. -Dean disse dando um passo para frente.
Dominic levantou a cabeça e sussurrou um "uau" se levantando em seguida.
-Caramba, isso foi como levar um chute no saco -Dominic se virou para mim e eu arregalei os olhos.
-O sangue de homem morto não funcionou? -Sam perguntou confuso.
-Não mas isso vai. -Dean deu um passo segurando o facão.
Dominic em questão de segundos pegou a arma que estava jogada no chão e me puxou colocando a pistola na minha cabeça. Segurei o seu braço tentando faze-lo parar mas ele era muito forte.
-Você não vai mata-la. -Dean falou confiante.
-Porque não? Ela morre, eu morro. Uma bela historia de amor.
-Isso aqui não é romeu e julieta, seu maluco! -
-Não mas você se importa com ela tanto quanto eu me importo. -Dominic começou a me puxar para trás e eu não sabia o que fazer. -Abaixem os facões.
Sam e Dean permaneceram parados. Dominic destravou a arma.
-Eu disse, abaixem os facões. -Dominic gritou me fazendo fechar os olhos com força.
-Tudo bem. -Sam jogou o facão e Dean fez o mesmo. -Apenas largue ela.
-E perder essa oportunidade de ouro? -Franzi o senho ao ouvir Dominic dizer isso. Do que ele estava falando? -Querida, pegue a chave do caminhão. -Falou ele apontando para o homem velho que estava desacordado no chão.
Me abaixei devagar e peguei a chave do caminhão e levantei devagar.
-Dominic vamos te caçar e arrancar a sua cabeça. -Dean gritou assim que ele me obrigou a entrar no caminhão.
-Eu pago para ver, Dean Winchester. -Dominic subiu no caminhão e apontou a arma para os rapazes.
-Não. -Gritei segurando o seu braço. -Vamos embora. Ninguém se machuca e eu prometo colaborar.
-Engraçado você dizer isso depois de tentar me matar. -Dominic disse sem nem ao menos olhar para mim.
-Por favor. -Choraminguei e ele deu a partida no caminhão.
-Se tentar alguma coisa eu arranco o coração dos seus amigos e embrulho de presente para você.
-Eu prometo. -Falei e finalmente ele arrancou o caminhão.
Olhei para trás e vi os rapazes ficarem cada vez mais distantes.
SAM WINCHESTER
Dean estava furioso e estava descontando toda a fustração nos objetos do quarto. Olhei para ele na esperança que ele notasse que eu queria falar algo.
-Dean você está bem? -Perguntei e Dean respirou fundo
-Porque o sangue de homem morto não funcionou? -Perguntou pegando a ultima seringa com sangue de homem morto e balançando
-Eu não faço ideia.
-Você checou se a pessoa estava morta? -Perguntou e eu queria chama-lo de idiota no momento mas guardei para mim.
-Dean, eu mesmo quem coletei o sangue da garganta de um cara. Mais morto ele não poderia estar. -Debochei e então Dean bufou novamente. -Fica calmo, vamos traze-la de volta.
-Foi minha culpa, eu não deveria ter concordado com esse plano suicida. -Dean falou e eu esperava algo assim vindo dele, Dean sempre se culpa quando algo da errado.
-E como acha que eu estou me sentindo? Se eu tivesse ficado calado nada disso teria acontecido.
-Ela merecia saber. -Dean falou e então sacudiu a cabeça
-E agora, eu sei que ele merece morrer. -Falei e notei que meu irmão estava louco para dizer "eu te disse"
-Como vamos combater um vampiro que é imune ao unico veneno existente? -Dean perguntou afinal o sangue de homem morto nem havia surgido efeito nele.
-Talvez alguém do ninho dele saiba. O fotografo pode ser nossa pista. -Falei e Dean me olhou confuso.
-Mas você disse que tinha o matado. -Dean falou e eu engoli seco.
-Disse? -Perguntei
-Sam você está me escondendo alguma coisa? -Dean perguntou e eu abri a boca mas nada saiu.
-Claro que não e quanto a você? -Perguntei e Dean se virou confuso. -Isso se trata apenas da Katherine ter sido sesquestrada?
-Do que está falando? -Perguntou como se me acusasse antes mesmo de falar.
-Da Katherine ir embora. Ela foi um conforto para nós e você tem que admitir. Katherine apareceu na hora que a gente mais precisava e eu percebi o jeito que você fica perto dela.
-O que está tentando dizer? Que eu a amo? Isso é loucura e você sabe.
-Eu não disse nada sobre amor. Falei que você se sente bem com ela por perto e ela mudou as coisas. Você passou de instavél e viôlento para o mesmo babaca de um ano atrás e isso é uma coisa boa. -Falei e Dean rolou os olhos, eu não queria tocar no assunto do papai mas se fosse preciso eu iria.
-Katherine é uma boa parceira e amiga e ela está na mão daquele vampiro por nossa causa. -Dean falou serio. -Se alguma coisa acontecesse com ela...
-Dominic a ama. -Dean me olhou como se eu fosse louco. -Dominic ama a Katherine do jeito doentio dele.
-Isso não é amor é loucura. -Dean me corrigiu. Dominic se importava com a Katherine e no final de tudo era isso que contava.
-Vamos salva-la, Dean.
-Como você tem tanta certeza? -Eu iria ter que usar meu unico triufo.
-Talvez a irmã dele saiba algo que não sabemos. -Falei já imaginando a cara da Skyler quando meu irmão aparecesse.
-E como vamos achar a infeliz? -Olhei para baixo e fiz uma careta. Falar de uma vez é a melhor solução.
-É a Skyler.
-Mas que porra? A Skyler é irmã do Dominic? -Dean parou por um momento para refletir suas palavras. -Porque não estou surpreso?
-Eu vou ligar para ela. -Peguei o celular e cliquei no botão de discagem automatica.
-Colocou o nome da Skyler na discagem automatica? -Dean perguntou e eu o ignorei. Skyler não estava atendendo.
-Nada. Falei desligando o aparelho.
-Eu sei de alguém que vai ficar feliz em ferrar com a Skyler. -Meu irmão tinha um sorriso no rosto. Claro que ele estava falando da Bela.
Pegamos um elevador que estava caindo aos pedaços para descer até o contenier. Bela havia sido bem especifica sobre qual deles era o da Skyler e ela parecia bem contente com a raiva do meu irmão. Havia uma luz acesa mais ao fundo. Dean fez sinal para que eu fizesse silêncio e se aproximou devagar segurando a arma, afinal não dava para confiar em Bela Talbot e aquilo ali poderia ser uma armadilha. Skyler estava em frente a uma mesa com um livro aberto e lendo alguma coisa.
Dean guardou sua arma atrás da calça e eu fiz o mesmo.
-Tess, Tessa, Tessie...como devo te chamar? -Skyler levantou a cabeça mas não moveu um musculo. -Não vai dizer nada, Teresa?
Skyler se aproximou de nós furiosa, Dean tentou puxar a arma do cos da calça mas acabou derrubado com impacto do seu corpo contra a parede. Fiquei desesperado ao vê-la empurrar meu irmão sobre a parede o sufocando com o braço.
-Parece que você não gostou da minha brincadeirinha -Dean falou baixinho enquanto tentava se soltar.
-Larga ele! -Falei me aproximando segurando o seu braço mas ela parecia feita de chumbo. -Eu disse para largar! -Apontei a arma para a sua cabeça. Skyler sabia que eu não iria atirar nela mas eu precisava tentar
Ela deu um passo para trás e em seguida passou as mãos na jaqueta do meu irmão, desamassando-a em um gesto que o assustou.
-Eu subestimei vocês! -Falou e em seguida deu dois tapas no ombro do meu irmão que fez uma careta. -Como descobriram meu nome?
-Pergunte ao Sam -Dean falou e eu o xinguei mentalmente. Ele tinha que ser tão fofoqueiro assim. -Isso é um chupão no seu pescoço, Skyler?
Olhei para o hematoma no seu pescoço e abaixei a cabeça. Aquilo tinha sido minha obra.
-Quem foi o infeliz que provou do fruto proibido? -Dean debocbou. Eu ficaria feliz em prova-lo novamente.
-E como acharam esse lugar? Ninguém sabe sobre esse lugar. -Skyler falou fechando o livro no qual estava lendo o guardando na bolsa
-Ai que você se engana, Bela nos disse onde te encontrar -Skyler arregalou os olhos
-O que? Bela sabe o endereço desse lugar? Porra! -Skyler estava furiosa. -Vai levar dias para eu mudar todas essas coisas de lugar.
-E sabe o que mais...? -Skyler levantou a cabeça para encarar meu irmão. -Ela me deu a palavra que nos deixaria em paz se eu te matasse.
-E a palavra de Bela Talbot significa alguma coisa para você? -Skyler perguntou e eu olhei para o meu irmão concordando. Ela tinha razão. -Quer saber o que é mais engraçado? Foi a Bela quem me pagou para matar vocês dois.
-O que? -Falei ao mesmo tempo que meu irmão.
-Agora tudo faz sentindo. Vocês não vêm? -Skyler falou andando de um lado para o outro.
-É claro! Aquela vadia tranbiqueira nos queria mortos. -Dean falou irritado apontando para mim e depois para si.
-Claro que não, seu idiota. -Skyler falou e em seguida parou de andar. -Ela me quer morta!
-E como ela ia fazer isso pagando você para nos matar? -Perguntei afinal sua teoria não era nada logica.
-Ela me deu uma ficha falsa de vocês, com nome da sua esposa morta, Jessica alguma coisa e por um momento eu acreditei até checar os registros. -Engoli seco. -Bela sabia que eu não mataria vocês o que acabaria comigo sendo caçada por dois patetas.
-O que? Você acha que não sou capaz de matar você? -Dean perguntou desafiador
-Bem você teve varias chances e acabou dormindo comigo no final das contas. -Skyler disse fazendo o meu irmão soltar fumaça pelas narinas.
-Vocês não estão vendo que ela está jogando contra nós? Ambos acabariamos mortos com esse jogo! Iamos acabar nos matando -Falei entrando na frente dos dois
-Eu não teria problema com isso -Dean falou para provoca-la
-Muito menos eu. -Skyler falou se aproximando
-E deixar a Bela ganhar? Então tudo bem. Se matem. -Falei saindo da frente dos dois.
Skyler e Dean se encararam por alguns segundos até perceber que a unica saida era acabar com a Bela.
-Você tem alguma ideia para acabar com ela, gênio? -Dean perguntou debochado
-Qual o centro de poder da Bela?
-As roupas de grife?-Skyler perguntou e eu balancei a cabeça
-A BMW? -Dean perguntou e eu rolei os olhos. -Já sei, o tabuleiro de Ouija. Aposto que você não viu essa chegando...-Disse provocando a Skyler
-Que besteira. Um Ouija pode-se comprar em qualquer brechó, roupas de grife não. -Disse fazendo o meu irmão rir. Os dois começaram a bater boca me deixando puto da vida.
-Como ela consegue comprar todas essas coisas? -Perguntei tentando iluminar a cabeça daqueles dois. Skyler abriu e boca e Dean também.
-O dinheiro! -Skyler falou balançando a cabeça. -Queimamos alguns dolares na frente dela e problema resolvido
-Isso não causaria nem cocégas nela -Dean falou sorrindo. Eu conhecia aquela cara.
-E qual a sua ideia? -Perguntei confuso
-Vamos precisar de uma mãozinha. Mas antes precisamos resolver aquele problema. -Falei olhando para o meu irmão.
-Isso é com você, Sam. Se eu abrir a boca é pra xingar essa cadela. -Dean deu as costas e Skyler sorriu.
-O que você quer Sam? -Skyler perguntou passando a mão pelo meu peito com a cara de sacana. Engoli seco e olhei para o meu irmão que estava de costas mexendo em alguma coisa.
-Dominic sequestrou a Katherine. -Skyler me olhou assustada.
-O que? Como você deixou isso acontecer? Eu falei para você. -Skyler disse gritando e meu irmão de virou se aproximando. Bati na minha propia cabeça mentalmente.
-Você avisou para ele? Eu falei para deixar o meu irmão em paz. -Dean disse ameaçador.
-Escute aqui...-Interrompi Skyler.
-Escutem os dois! -Gritei para que os dois se calassem. -Katherine está em perigo e não temos nada contra o Dominic.
-Vocês já perceberam que ele não cai com sangue de homem morto né? -Fiquei surpreso. Ela sabia e não falou nada. -Desde criança ele passou a tomar doses de sangue de homem morto até cair e ele acabou conseguindo um tipo de imunidade contra isso. Eu achei gênial.
-Queremos algo para derruba-lo. -Dean falou e Skyler fechou os olhos com força como se pensasse se diria ou não.
-Eu digo se prometerem não mata-lo.
-É claro... Se ele não matar a gente antes. -Dean falou alterando o tom de voz. -Seu irmão é um perigo e precisa ser detido.
-Não! Eu vou dar um jeito. -Disse ela acompanhando o mesmo tom de voz do meu irmão.
-O Dean tem razão. E mesmo que não o matemos outros caçadores iram fazer o trabalho.
-Mas vocês não. Prometam. -Skyler falou e eu engoli meu orgulho e respondi sua exigencia.
-Eu prometo.
-Não! -Dean se exaltou
-Dean! -O repreendi. Ele teria que engolir o seu orgulho se quisesse mesmo salvar a Katherine tanto quanto eu queria.
-Tudo bem. -Respondeu bufando em seguida.
-Tudo bem, o que? -Skyler insistiu
-Eu prometo. -Skyler pegou uma arma de dardos. Olhei para aquilo confuso.
-Isso vai derrubar o Dominic. -Peguei e vi que as cápsulas estavam cheias de sangue.
-O que é isso? -Perguntei.
-Meu sangue. -Respondeu e eu olhei para Sam que estava tão surpreso quanto eu.
-Seu sangue? Como isso vai derruba-lo? Olha estamos sem tempo para os seus joguinhos. -Dean falou irritado. Até eu estava achando uma loucura.
-Meu sangue é toxico para ele mas somente para ele...-Dean olhou desconfiado para Skyler-Você quer realmente saber o motivo ou quer salvar a sua garota? -Skyler se virou e escreveu em um papel. -É um apartamento velho na cidade. Ele adorava esse lugar, procurem por ele.
-Vamos sam. -Dean não falou nada apenas foi embora.
-Vamos conversar sobre isso depois. -Falei para Skyler e em seguida fui atrás do meu irmão.
KATHERINE W. BRYDON
Dominic estava me segurando pelo braço. Ele havia se livrado daquela maldita arma. Entrei dentro de um elevador de carga e olhei de relance para ele que estava com o maxilar flexionado como quem estivesse prestes a explodir de raiva. Engoli seco. Eu nunca o tinha visto dessa forma.
Assim que o elevador fez um barulho mostrando que ia parar, Dominic me segurou novamente pelo braço e me puxou em direção ao corredor. Ele tirou uma chave grande do bolso e abriu a porta me empurrando para dentro como se eu fosse um saco de batatas.
-Porque você está tão puto? Foi você quem me sequestrou. -Falei irritada afinal eu quem deveria estar puta.
-Porque eu quero toca-la agora. -Dominic olhou em meus olhos e em seguida abaixou a cabeça.-Troque essa roupa antes que eu perca a cabeça.
-E o que eu vou vestir? -Perguntei confusa. Dominic jogou uma muda de roupa para mim.
-Estamos no vingesimos andar, se você tentar escapar eu vou quebrar todos os seus dedos e te dar uma amostra do que aconteceria se você caisse lá embaixo. -Dominic disse dando as costas para mim. Ele parecia mais sombrio do que antes.
Abri o ziper do meu vestido e Dominic rapidamente se virou.
-O que está fazendo? -Perguntou horrorizado. Olhei para os lados tentando entender a razão que o deixou assim.
-Trocando de roupa!? -Perguntei debochada.
Dominic rolou os olhos e me puxou pelo braço em direção ao corredor. Ele abriu a porta do banheiro e deu as costas com passos largos como quem quisesse fugir de mim.
Vesti a roupa rapidamente com medo de algum vampiro entrar naquele banheiro e pular no meu pescoço. Eu não sabia se aquilo era o novo ninho do Dominic, muito menos quantos vampiros estavam aqui comigo.
A calça jeans e a blusa preta couberam direitinho em mim. Fui até a janela do banheiro e vi que tinha espaço para eu sair mas era muito alto e eu não queria ter meus dedos quebrados. Procurei alguma coisa no armario do banheiro que pudesse me ajuda mas só achei preservativos, analgesicos e uma escova de dente. Apenas uma.
Abri a porta com cautela olhando para os lados com medo de algum vampiro aparecer.
-Estamos sozinhos. -Levei a mão até o coração com o susto que ele havia me dado.
-Você quase me matou de susto. -Falei e Dominic me olhou com desdem.
-Não exagere. -Disse sem se importar.
-O que aconteceu com você nos ultimos meses? -Perguntei o seguindo em direção a sala.
-Você quer realmente saber ou isso é só uma distração para escapar? -Perguntou parando de repente quase me fazendo esbarrar nele.
-Realmente quero saber. -Falei apesar de estar morrendo de medo.
-Minha irmã me mandou embora e foi o mais rude possivél comigo. -Dominic pegou um copo e serviu uisque empurrando em minha direção. Peguei o copo com as mãos tremulas.
-O que fez a ela? -Perguntei tentando controlar meu nervosismo
-Porque eu sempre sou o culpado de tudo? Porque ela não poderia ter fodido com a minha vida? -Perguntou Dominic se jogando no sofá. Dei um gole na bebida tentando me acalmar.
-Ela fez isso? -
-Pare de falar comigo desse jeito, você não é minha psicologa é minha n...-Dominic olhou para mim e deve ter notado o quanto eu estava assustada. -Minha prisioneira. -ele propio se corrigiu.
-Nós podemos ser amigos. -Falei me ajoelhando ao seu lado
-Eu tive uma vampira que era policial e ela me ensinou como falar com sociopatas. -Dominic se levantou e me segurou fazendo nossos corpos ficarem coladas. -E é exatamente assim que ela fazia.
-Não me culpe por estar assustada, Dominic. -Falei tentando controlar minha respiração. -Você me sequestrou e está agindo de forma estranha.
-Estou agindo da forma que você merece ser tratada.
-Então porque você não me mata logo? Você prefere ficar me torturando com suas palavras? -Dominic olhou em meus olhos e em seguida para os meus labios. Eu pensei que ele iria me beijar mas ao inves disso ele colocou uma algema no meu braço e me prendeu ao sofá.
-Vou dar uma volta e esfriar a cabeça. Não fuja para o seu propio bem. -Dominic disse e eu me sentei no chão, eu não poderia me mexer e estava trancada e sem opções.
Horas se passaram e eu estava tentando usar minha bota para arrancar o prego do assoalho. O salto estava completamente desgastado mas eu precisava sair dali. Estava amanhecendo e eu não havia dormido nada.
-Olhem o que encontrei. -Levantei o meu olhar e vi um homem mais velho de cabelos escuros. Ele estava usando roupas pretas e um sobretudo grande que ia até os joelhos. Me sentei direito e observei os seus passos. -O que faz aqui, mocinha?
-Você é um vampiro. -Falei tentando me levantar mais o meu braço estava algemado.
-E eu nem precisei morde-la. -Debochou o homem.
-Eu estou com o Dominic e eu sou a protegida dele. Então se não quiser se machucar, acho melhor se afastar. -Falei confiante mas no fundo morrendo de medo. Eu não confiava em outros vampiros e as vezes achava que nem confiava no Dominic.
-Você é a protegida do Dominic? Ele disse que você estava morta. -Engoli seco. -Mas a semelhança é notavél.
-Semelhança? -Perguntei confusa.
O vampiro mais velho se virou e começou a olhar o lugar.
-Onde será que está? -Perguntou e então caminhou até a adega. Em cima de lá estava a carteira de Dominic. -Essa é você não é?
Ele estendeu uma foto minha sorrindo, eu não lembrava daquela foto mas lembrava desse dia. Foi momentos antes do oktoberfest.
-Você está desconfortavél? -Olhei para o vampiro na minha frente. Ele se aproximou e eu tentei recuar, em um leve puxão ele partiu a algema em dois pedaços deixando a pulseira no meu pulso. -Quando o Dominic aparecer diga que estou indo para Las Vegas.
-Eu nem sei seu nome. -Falei e antes que ele pulasse a janela se virou para mim e sorriu finalmente se jogando e indo embora.
A porta se abriu e eu me virei pensando que era o vampiro de sobretudo mas era Dominic com uma sacola nas mãos. Assim que me viu solta ele arregalou os olhos.
-Quem esteve aqui? -Perguntou irritado
-Ninguém. -Respondi e então ele segurou meu braço mostrando a pulseira da algema
-Você não tem força para fazer isso, quem esteve aqui? -Perguntou novamente
-Eu já disse, ninguém. -O empurrei para longe. Eu estava ficando de saco cheio.
-Desculpe. -Dominic passou a mão pelo rosto e se afastou. -Eu trouxe um lanche.
-Você tem uma foto minha na sua carteira? -Dominic me olhou e eu estendi a foto para ele.
-Não deveria mexer nas minhas coisas. -Disse me repreendendo.
-Eu consigo ver que ainda me ama. Me deixe ir. -Implorei
-Você vai morrer lá fora, Katherine. -Dominic disse e eu segurei os seus ombros fazendo-o me encarar.
-Não vou não. Eu terei você para me proteger.
-Não consigo estar em todos lugares ao mesmo tempo. -Dominic disse e eu segurei o seu rosto.
-Mas eu sei que no final do dia você estará lá por mim. -Me inclinei para beija-lo e convence-lo de que apesar de tudo ele era importante para mim.
Olhei para o lado e notei que havia cinco homens parados no canto olhando para nós.
-Seus amigos? -Perguntei contra a sua boca.
Dominic se virou e olhou para os homens e em seguida se colocou na minha frente me protegendo. Acho que eles não eram amigos do Dominic.
-O que estão fazendo aqui? -Dominic perguntou se afastando devagar
-K mandou um recado. -O homem moreno disse e eu engoli seco. Quem era K?
-Katherine corra lá para cima. -Dominic gritou e em seguida os homens vinheram na minha direção. Dominic segurou o mais alto pela jaqueta e o jogou pela janela.
Corri o mais depressa que consegui para o andar de cima. Havia um armario cheio de gavetas, comecei a abrir procurando algo para me defender, achei uma tesoura ponteagua e segurei em minhas mãos.
Fui até o corri mão e olhei para baixo olhando Dominic detonar três vampiros. Haviam cinco, um deles deveria ter se espatifado lá embaixo mas onde estava o outro?
Me virei rapidamente e notei que o vampiro de olhos claros estava me olhando.
-Meu nome é Eric. Gosto que minha presa saiba quem eu sou. -Corri até ele e chutei o seu corpo em seguida dei um soco no seu rosto e uma joelhada. -Garota, você me deixou bem excitado.
-Vá se ferrar. -Tentei chutar o seu rosto mas ele segurou a minha perna. O maldito segurou o meu cabelo puxando minha cabeça para o lado deixando meu pescoço exposto.
Enfiei a tesoura no seu pesocoço fazendo o sangue espirrar pelo meu pescoço e roupa.
-Cadela! -Eric me empurrou com força e eu tentei me segurar em seus braços mas a madeira do corrimão se espatifou e eu cai para o andar de baixo.
Fechei os olhos esperando o impacto mas senti os braços de Dominic ao redor do meu corpo. Abri os olhos devagar e notei que seu rosto estava sujo de sangue. O abracei completamente assustada e notei que ele havia decapitado os três vampiros com que estava lutando.
-Você está bem. Está tudo bem. -Afoguei o meu rosto em seu pescoço tentando não olhar aquela cena. -Só pode ser brincadeira. -O tom de voz do Dominic não parecia nada amigavél
Olhei para o seu rosto confusa sem entender se isso era para mim. Atrás do Dominic, Sam e Dean Winchester apareceram.
Dominic me colocou em pé e se virou para os Winchester caminhando até eles furioso.
-Vocês não aprenderam nada? -Dominic perguntou e eu pensei em ir até ele e impedi-lo. Seus olhos pararam na arma de tranquilizantes que Dean estava empunhando. -Onde conseguiu isso?
-Com sua irmã. -Dean atirou uma vez e Dominic caiu em cima da adega fazendo um grande barulho.
Sam correu até mim e me segurou pelos braços.
-Você está bem? -Perguntou e eu balancei a cabeça caminhando em sua direção. -Vamos embora. Anda, Dean.
-Não, isso só vai acabar quando ele morrer. -Dean disse segurando o facão com força.
-Dean, prometemos a Skyler. Deixe-o.
Olhei para Dominic antes de sair pela porta, ele estava no chão se contorcendo de dor e apesar disso estava cheio de raiva, eu podia ver isso em seus olhos. Fui andando na frente sem saber o que dizer e nem como processar essas informações. Skyler era irmã do Dominic e ele ainda estava vivo no final das contas e eu estava aliviada, aquelas poucas horas que fiquei com ele foram bem exclarecedoras.
Ouvi um tiro e me virei rapidamente, tudo estava em camera lenta, Dean estava caido no chão e Dominic estava na porta segurando uma pistola e sorrindo como se tivesse ganhado na loteria. Sam pulou em cima do Dominic brigando pela posse da arma. Corri até o Dean que estava com a mão no ombro e sangrando.
-Eu estou bem. -Resmungou Dean e eu olhei para Sam que estava no chão e Dominic estava o chutando usando o que restava da sua força.
Peguei o facão do Dean que estava no chão e fui em direção ao Dominic.
-Ei, Dominic! -Ele se virou para mim com as presas para fora. Em um movimento rapido cortei a sua cabeça que caiu no chão em um baque. Larguei o facão no chão e respirei fundo pensando no que eu tinha feito.
Escutei um grito e levantei o rosto vendo Skyler dentro do elevador de carga. Ela veio desesperada chorando e se debruçou em cima do corpo do irmão.
-Não, Dominic. Não, não! -Skyler levantou o rosto vermelho de tanto chorar. E me encarou cheia de ódio.-Você! Você o matou!
-Skyler eu sinto muito. -Falei e eu sentia mesmo. Eu não queria que as coisas tivessem chegado a esse ponto. Dominic estava morto e um pedaço de mim também estava.
-Você vai sentir muito no inferno. -Skyler disse e levantou sua pistola em minha direção. Dean se levantou e se jogou em cima de mim fazendo com que os tiros acertassem na lampada do corredor que faiscaram.
Sam desarmou a Skyler e recebeu um soco no rosto. Com muito protesto, Sam a abraçou contra o seu peito.
-Me larga. Não! -Skyler começou a chorar compulsivamente e caiu de joelhos no chão. -Ela o matou, Sam. Meu irmão, ele está morto.
Meus olhos encheram de lagrimas e eu queria chorar naquele momento, eu não conseguia imaginar a dor que ela estava sentindo.
-Skyler, por favor. -Sam sussurrou baixinho.
-Por que, Sam? -Skyler olhou em seus olhos e em seguida abaixou a cabeça. Ela soluçava de tanto chorar. -Meu irmão está morto e eu não... Eu não pude nem ajuda-lo.
-Dean leve a Katherine lá para fora. -Sam não tinha notado que era o Dean quem precisava de ajuda ou talvez ele tenha notado minha cara de desespero. As coisas estavam uma loucura e isso que aconteceu não podia ser real.
Dean me segurou pelo braço gemendo de dor e me levou até o elevador. A ultima coisa que vi foi Skyler com as mãos no rosto chorando enquanto o Sam a consolava. Senti um aperto do peito ao notar a luz do dia. Aquilo foi como um choque de realidade e nessa realidade eu não queria ser a responsavél pela morte do Dominic. Dean falou alguma coisa mais eu não dei ouvidos, eu estava passando por um conflito internamente, uma parte de mim dizia que aquilo foi o certo a se fazer mas outra parte -a parte que amava o Dominic- dizia que eu era uma fraca e egoísta que destruiu completamente alguém, eu não conhecia a Skyler mas algo me dizia que ela só tinha o irmão e eu o tirei dela.
Olhei para os lados desesperada, Dean estava no porta-malas procurando alguma coisa. Corri o mais depressa que eu pude para longe dali. Cheguei na avenida e peguei um taxi lhe mostrando o lugar certo para ir naquele momento.
[...]
Parei em frente a porta preta de madeira e bati algumas vezes. Assim que a porta de abriu eu desabei de tanto chorar.
-Posso ficar aqui?
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