1. Spirit Fanfics >
  2. Romanos lendo: O Herói Perdido >
  3. Leo é do clã oculto do Curupira

História Romanos lendo: O Herói Perdido - Leo é do clã oculto do Curupira


Escrita por: Kuudere-Kunoiche

Notas do Autor


Sorry qualquer erro de digitação

Capítulo 6 - Leo é do clã oculto do Curupira


Fanfic / Fanfiction Romanos lendo: O Herói Perdido - Leo é do clã oculto do Curupira


            LEO

— Como ele morreu? — perguntou Leo. — Digo, Beckendorf. 

Will Solace seguiu em frente, e disse:

—Explosão. Beckendorf e Percy Jackson explodiram um navio cheio de monstros. Beckendorf não resistiu.

—Porque exatamente eles fizeram isso? — Emma levantou uma sobrancelha e olhou para Nico

O garoto encolheu os ombro

—Cronos, ele estava no corpo de seu antigo hospedeiro, Luke Castellan navegando num navio infestado de monstros e semideuses que vieram a ficar no lado de Cronos na guerra, Beckendorf e Percy tinham o plano de explodi-lo o com fogo grego para atrasa-lo e se livrar de uma parte do exército de monstros mais rapidamente, depois de implantar o fogo grego no navio, ele enganou a tripulação fingindo ir entrar no local, então os monstros o capturaram e quando Percy estava diante de Cronos no corpo de Luke, perdendo em uma batalha, Beckendorf fez um sinal para Percy pular no mar, mas Percy é leal até demais e não queria deixar Charles para trás, Beckendorf insistiu até que ele enfim fosse e ativou o fogo grego de seu relógio-ativador, se sacrificando por um bem maior

—Espera! Cronos teve um hospedeiro? — A guerra de Cronos, os gregos e romanos trabalhando juntos sem saber, Percy e Nico gregos, e agora isso! Era muito informações para processar

—É...ele se banhou no estige e depois emprestou o corpo para Cronos, seu último ato foi heróico, Luke esfaqueou o próprio ponto fraco que só ele e seu senhor sabiam assim derrotando o titã — Nico não sabia muito sobre Luke, Percy e Annabeth espalharam a notícia de que ele morreu como herói apesar de ter se juntado a Cronos e oferecido a ele seu corpo, Nico preferiu dizer que seu último ato foi heróico ao invés de dizer que ele foi um herói, pois isso era um fato, já o segundo...há quem acredite, há quem não, em especial, aqueles que tinham perdido irmãos e amigos na guerra por causa de Luke

Polux que havia perdido o gêmeo, Castor. A maioria dos campistas de Apolo, que haviam perdido Lee Fletcher e Michael Yew na batalha de Mahattan, os de Hefesto, por Charles, Clarisse por causa de Silena e muitos outros, Nico achava que chamar Luke de herói era dançar e cuspir no túmulo dessas pessoas, e seus entes nunca iriam perdoa-lo, mas ninguém ia contra os dois grandes heróis da guerra

A cabeça dos romanos estava prestes a explodir

Aquele nome mais uma vez: Percy Jackson, o namorado desaparecido de Annabeth. Parecia estar envolvido em tudo por ali, pensou Leo.

Reyna não tem sorte no amor, Vênus ou Cupido deveriam nutrir um enorme ódio por ela, a pretora sentia algo mais por Jason, sempre teve esperanças de que conseguissem ultrapassar a linha da amizade, então ele desapareceu, e agora estava gostando de uma garota grega que sentia o mesmo (mesmo que fosse apenas névoa, pelos PVs de Jaosn, dava pra ver claramente que ele estava afim dela e com vontade de tornar a ilusão sua realidade) e depois, quando Percy chegava no Acampamento e ela pensa que finalmente poderia ter encontrado o amor, Pah, ele tinha uma namorada bonita, inteligente, responsável e preocupada o procurando em algum outro lugar do mundo

—Então, Beckendorf era bem popular. Quer dizer... antes de morrer.

—Ele era incrível — respondeu Will. — A morte dele foi um golpe duro para todos no acampamento. Jake... transformou-se em conselheiro-chefe em meio à guerra. Assim como eu, na verdade. E fez o melhor que pôde, mas nunca quis ser líder. Ele gosta de construir coisas. Então, após a batalha, tudo começou a dar errado. As bigas do chalé 9 explodiram. Os autômatos saíram de controle. As invenções começaram a funcionar mal. Parecia uma espécie de maldição, e logo as pessoas começaram a chamar assim mesmo: a Maldição do Chalé 9. Depois, Jake sofreu o acidente...

Harry gemeu

—Não parece uma maldição para assustar campistas...é horrível, está tudo dando errado, estou começando a achar que algum filho de Fortuna mandou uma enxurrada de azar para os filhos de Vul- Hefesto

Todos inconscientemente se viraram e olharam para o único filho de Fortuna presente, mas Axel Kashiwagi estava muito entretido em seu jogo de pôquer com um dos fantasmas da legião para perceber, ele mandava marés de sorte em direção ao espelho atrás do fantasma, que refletiam e passavam direto pelo corpo sem consistência de seu oponente indo direto pra si, assim ele ganhava a todo momento, era uma técnica inteligente, mas estava sendo usada para um fim deplorável, o garoto claramente seria uma grande arma para o Acampamento Júpiter caso não fosse viciado em apostas

—Que tem algo a ver com o problema que ele mencionou — supôs Leo.

—Eles estão tentando resolver — disse Will, sem entusiasmo. — Chegamos.

As forjas pareciam uma locomotiva a vapor que se chocara ao Partenon grego, e agora ambos eram uma coisa só. Colunas de mármore branco acompanhavam as paredes de metal. A fumaça saía por uma elaborada chaminé, entalhada com desenhos de deuses e monstros. A construção ficava às margens de um riacho, com vários moinhos de água fazendo girar as engrenagens de bronze. Leo ouviu o rugir das máquinas, do fogo e de martelos batendo em bigornas.

—Parece um paraíso — Exclamou um filho de Vulcano admirado — Aqui as forjas são muito mais técnicas, mas eu gosto mesmo assim, passei tanto tempo lá que me sinto tão confortável como se estivesse em casa no meu quarto 

Seus irmãos concordaram

Eles entraram, e alguns meninos e meninas que trabalhavam em vários projetos ficaram paralisados. O barulho diminuiu, restando apenas o ronronar da caldeira e o click-click-click de engrenagens e alavancas.

—Pessoal — disse Will —, este é seu novo irmão: Leo... Hum, qual é mesmo o seu sobrenome?

—Valdez — ele respondeu, dando uma olhada nos campistas.

Akira tossiu

—Valdez, tipo...aquela cidade no Alasca?

—Existe uma cidade chamada Valdez no Alasca? — Indagou David 

—Você nunca ouviu falar? — Amy Hunter interrompeu indignada — Foi a cidade mais destruída pelo Grande Terremoto do Alasca que ocorreu nos anos 94! E em 1989, o petroleiro Exxon Valdez acidentou-se na baía da cidade, causando o maior derramamento de petróleo da história do país!

—Nem sabia da existência — Disse desinteressado — Será que o Zhang, Levesque e Percy passaram ou vão passar por Valdez na sua missão pro Alasca? — Ele olhou pro mar a sua frente com expressão distante 

—Duvido muito — O japonês deu de ombros trocando um olhar cúmplice com a garota 

Seria mesmo parente de todos eles? Seus primos vinham de famílias numerosas, mas ele sempre teve apenas a mãe... até que ela morreu.

—Sabia que essa ai tinha morrido! 

—Também...—  Akira debruçou sobre a mesa — Vida de semideus, ficaria surpreso se ele tivesse tido uma vida tranquila, eu lancei uma praga na minha avó quando tinha 7 anos, sorte que eu não era muito poderoso naquela época nem tinha muito controle dos meus poderes, mas a Obaa-chan foi um morcego por alguns bons minutos, Too-Chan não acreditou — Ele riu — Disse que eu estava ficando louco quando eu o contei

—Eu matei meu cachorro sufocado aos 5 — Ginny comentou com os olhos melancólico se lembrando do dia — Fiz crescer sem querer plantas da terra e o enforquei com grama, ramos e girassóis, quando Shake deu seu último suspiro ele estava praticamente sufocado com muitas flores diferentes na garganta e sangue ao entorno 

—Que horror! — Cuspiu Valentina

—Agridoce — Comentou Saori imaginando o animal deitado na grama coberto de raizes e girassóis emaranhados em seu corpo manchado de sangue com flores coloridas também chamuscadas em carmesim cobrindo a boca, tulipas, cerejeiras, margaridas, jasmins, dálias, rosas e orquídeas 

—Concordo com a Saori, deveria estar parecendo que ele morreu de Hanahaki, a doença do amor não correspondido — Disse Sabina com um suspiro distante — O amor pode ser belo, doce e eterno, mas sufocante, amargo e fatal ao mesmo tempo...

—Eu chorei muito naquele dia, me culpei até os 10 anos até que superei, mas entendi melhor quando cheguei e e soube que era filha de legada, mas meu pai vivia dizendo para eu parar de chorar e que foi de causas naturais por causa da névoa 

Os meninos e as meninas se aproximaram, cumprimentaram Leo e se apresentaram. Uma massa de nomes: Shane, Christopher, Nyssa, Harley 

—Harley, tipo...como a moto? — Perguntou um garoto indeterminado para sua irmã gêmea

(isso mesmo, como a moto). 

Muitos riram pela coincidência e o garoto corou atingindo um tom tão rosa quanto seu cabelo surpreendentemente natural, Reyna desconfiava que ele e a irmã eram filhos/legados de Íris, ou cosplays muito bem feitos de Saiki Kuso e Zero Two

Leo sabia que nunca conseguiria guardar todos. Eram muitos. Enlouquecedor.

Nenhum deles se parecia. Tinham rostos diferentes, tons de pele diferentes, cor de cabelos, peso. 

—É claro! — Nathan bufou — Os deuses tem filhos espalhados por todo o mundo! Você não espera que todos sejam iguais, só aqui no CJ já tem um monte de americano, uma latina, 11 ingleses que a propósito tão tomando um chá na mesa de trás que só pode ser infinito porque desde que o livro começou ninguém terminou, um japonês, Japa-Americano, Sino-canadense, Afro-brasileira, Afro-Americana, dois irmãos mexicanos, italiano, branco, loiro, moreno, pardo, negro, amarelo...

Ninguém jamais diria: Ei, olha, essa é a prole de Hefesto! Mas todos tinham mãos fortes, grossas, cheias de calos e sujas de graxa. Mesmo o pequeno Harley, que não devia ter mais de oito anos, parecia capaz de lutar seis rounds com Chuck Norris sem derramar uma gota de suor.

—Koroi, bixin é brabo

E todos tinham um rosto muito sério. Seus ombros eram curvados, como se a vida tivesse sido muito dura com eles. Vários pareciam abatidos fisicamente. Leo notou duas tipóias, algumas bengalas, um tapa-olho, seis ataduras e uns sete mil band-aids.

—Parecemos mesmo assim? — Questionou Leila 

—Vocês são muito sérios — Disse Greg mostrando a língua — Por isso achamos que Leo era filho de Mercúrio!

—Infantil — Jay revirou os olhos

—Certo — disse Leo. — Ouvi dizer que este é o chalé da diversão! 

Ninguém riu. Todos ficaram olhando para ele.

—Bando de chato — Greg tornou a reclamar — Leo vai morrer de tédio aí, eu também iria

Will Solace bateu no ombro de Leo.

—Vou deixar vocês sozinhos, para que se conheçam melhor. Alguém poderia levar Leo para o jantar quando chegar a hora?

—Eu posso — disse uma das meninas.

Nyssa, Leo conseguiu lembrar. Vestia calças cáqui, uma camiseta apertada, que marcava os músculos dos braços, e uma bandana vermelha sobre os cabelos escuros e embaraçados. Exceto pelo band-aid com um smiley no queixo, parecia uma heroína de filmes de ação, pronta para agarrar uma arma a qualquer momento e começar a atirar em alienígenas.

—Eu gostei dela — Disse Maya aprovando 

—Ela realmente parece uma heroína de filme de ação, mas o band-aid sorrindo meio que estragou o visual — Riu Jacob

—Legal — disse Leo. — Sempre quis ter uma irmã que pudesse me vencer.

Nyssa não sorriu. 

—Ahh, que povo Chaa-tooo

—Derrieri, se você for fazer birra toda vez que achar os filhos de V-Hefesto fizerem algo que você considere "um saco" vamos ficar aqui até amanhã — Advertiu Reyna a Greg

—Vamos, piadista. Vou lhe mostrar tudo por aqui.

Leo estava familiarizado com tudo aquilo. Ele crescera rodeado por ferramentas e graxa. Sua mãe costumava brincar dizendo que a primeira chupeta dele foi uma chave de roda. Mas ele nunca vira nada parecido com as forjas do acampamento.

—A mãe dele parece mesmo o tipo de mulher que a versão grega de Vulcano gostaria 

—Hefesto transando deve ser meio cómico, imagina um deus com problema na perna me-

—Alisson, não ouse terminar essa fala — Repreendeu Lucius rígido, Sate gemeu ao uso do primeiro nome que era raramente usado e resolveu ficar quieto 

Um dos garotos estava fazendo um machado de combate e testava a lâmina em um bloco de concreto. A cada golpe, o machado cortava um pedaço do concreto, como se fosse queijo fresco. Mas o menino não parecia satisfeito e voltava a afiar a lâmina.

—O que ele está pensando em abater com isso? — Leo perguntou a Nyssa. — Um navio de guerra?

—Impossível saber. 

—Mesmo o bronze celestial... É esse o metal?

—É do mesmo material que a espada do Percy...— A voz de Reyna foi sumindo aos poucos 

—É, ele é como o Ouro Imperial para nós gregos, todas as nossas armas são desse material — Explicou Nico, porque? Ele não sabia, só sentiu vontade de esclarecer isso a Reyna — Antes de vir pra cá nem sabia sobre o Ouro Imperial ou que ele também tinha o efeito fatal nos monstros

Ela fez que sim.

—Extraído do próprio Monte Olimpo. 

Alguns campistas sibilaram ou moveram os lábios em palavras soltas como "Olimpo" "Gregos" e "Nova York"   

—Extraído do próprio Monte Olimpo. Muito raro. Mas, seja como for, isso costuma desintegrar monstros só com um toque, mas os mais poderosos às vezes têm couraças bem duras. Os Dracos, por exemplo...

—Dragões?

—É uma espécie similar. Você vai aprender a diferença nas aulas de luta com monstros.

—Aula de lutas com monstros. O.k. Acho que já sou faixa preta nisso.

Ela não esboçou nem um sorriso. Leo torcia para que ela não fosse assim tão séria o tempo todo. O lado paterno de sua família tinha que ter um pouco de senso de humor, certo?

—Harry tem um mísero resquício, Leila é mais ou menos, o resto tá fudido...— Greg parou ao olhar que recebeu de Reyna 

Eles passaram por um grupo de garotos que construíam um brinquedo de corda de bronze. Ou pelo menos era o que parecia. Era um centauro de 15 centímetros — metade homem, metade cavalo —, armado com um mini-arco. Um dos campistas girou o rabo do centauro e ele ganhou vida. Galopou pela mesa, gritando: "Morra, mosquito! Morra, mosquito!", disparando flechas em tudo ao redor.

Aparentemente, isso já acontecera antes, pois todos sabiam que deviam atirar-se ao chão, menos Leo. Seis flechas do tamanho de alfinetes ficaram presas à sua camisa antes que um campista pegasse um martelo e fizesse o centauro em pedaços.

—Droga de maldição! — disse o campista, levantando o martelo no ar. — Eu só queria um matador de insetos mágico! Será pedir muito?

—Um matador de insetos seria realmente muito útil — Disse um legado de Vulcano de três gerações que se atendia pelo nome de Phelps Fignis — Anota aí Roux 

Harry tirou um caderninho do bolso dos jeans sujos de graxa anotando algumas coisas, Leila atrás de si murmurava proporções e medidas que só seus companheiros pareciam entender, e Fignis falava sobre quais materiais deveriam ser usados com maia proveito de acordo com o que a garota explicava

—Desculpa — Harry D. Roux ergueu a cabeça envergonhado a perceber que todos o olhavam esperando pacientemente que parassem — Por favor podem continuar a leitura 

—Ai! — disse Leo.

Nyssa tirou as flechas de sua camisa.

—Você está bem. Vamos em frente antes que reconstruam aquilo.

Leo esfregou o peito enquanto caminhavam.

—Isso acontece muitas vezes?

—Ultimamente, tudo o que construímos vai para o lixo — disse Nyssa. 

—Culpa da maldição?

Nyssa franziu a testa.

—Eu não acredito em maldições. Mas algo está errado. E se não descobrirmos o que aconteceu com o dragão, vai ficar ainda pior.

—Dragão? Deuses eles tem outro um dragão? Ou estão falando no que fica no pinheiro?

—Não, não estavam falando do Peleu. É outro dragão, mas...digamos que ele está no melhor estado — Nico encolheu os ombros e acenou em direção ao livro como uma mensagem de "O livro explicará" quando sobrancelhas se levantaram para ele

—Dragão? — Leo esperava que ela estivesse falando sobre um mini-dragão, talvez um que matasse baratas, mas algo lhe dizia que não teria tanta sorte.

Nyssa o levou até um mapa pendurado na parede, que estava sendo estudado por duas meninas. O mapa mostrava o acampamento — um semicírculo, com Long Island na margem norte, bosques a oeste, chalés a leste e uma cadeia de colinas ao sul.

—Ele só pode estar nas colinas — disse a primeira menina.

—Já demos uma olhada por lá — argumentou a segunda. — Os bosques seriam o melhor esconderijo.

—Mas já colocamos armadilhas...

—Esperem aí — disse Leo. — Vocês perderam um dragão? Um dragão de verdade?

—Na verdade, é um dragão de bronze — respondeu Nyssa. 

—Um dragão de bronze! Deuses eles tem um dragão de bronze — Corrigiu o garoto indeterminado que já tinha dito algo semelhante 

—Porque os gregos parecem ser melhores que nós em tudo? — Kanny sentiu o estômago se revirar

—Não se preocupe maninha — Akira sorriu pra ela — Tenho certeza que somos melhores em outros aspectos, somos com certeza mais preparados pra batalhas e guerras, abrigamos legados e diferente deles temos nossa própria grande cidade onde os legionários podem fazer faculdades e construir família depois da maioridade, não sei como os gregos fazem ou se ele são só chutados para viver no mundo mortal infestado de monstros por conta própria, mas eles não tem isso aqui 

—É você tem razão — A garota devolveu o sorriso olhando ao longe para as luzes de Nova Roma imaginando-se se estabelecendo ali para estudar numa área de seu interesse, fazendo compras, saindo com os amigos, casando-se com quem amasse e morando com seus filhos em uma das casas a venda quase sentiu pena dos gregos por não terem algo do gênero, por conta própria no mundo a fora — Ah e parabéns, você disse uma frase grande e completa totalmente em inglês 

O garoto lhe mostrou o dedo do meio fazendo ela rir

—Mas, sim, é um autômato de tamanho real, com movimentos. O chalé de Hefesto o construiu anos atrás. Mas ele esteve perdido nos bosques até alguns verões atrás, quando Beckendorf o encontrou aos pedaços e o reconstruiu. Ele tem ajudado a proteger o acampamento, mas, hum, é um pouco imprevisível.

—Imprevisível?

—Imprevisível — repetiu Leo.

Risadas preencheram o local

—Ele perde o controle e destrói chalés, cospe fogo nas pessoas, tenta comer os sátiros.

—Agora entendo o que você quis dizer — Falou Nathan se referindo a Nico, mas sem o olhar diretamente — Realmente está em péssimo estado, vai acabar destruindo o acampamento e matando a todos dessa forma

—Isso é muito imprevisível.

Nyssa concordou.

—Beckendorf era o único que conseguia domá-lo. Mas ele morreu, e o dragão foi piorando. Até que ficou completamente louco e fugiu. Às vezes volta, destrói alguma coisa e foge novamente. O que todos querem é que nós o encontremos e que ele seja destruído...

—Destruído? — perguntou Leo. — Vocês têm um dragão de bronze em tamanho natural e querem destruí-lo?

—É o mais seguro — Afirma Harry embora realmente não quisesse que dragão fosse destruído 

—Ele cospe fogo — explicou Nyssa. — É mortal e está fora de controle.

—Mas é um dragão! Cara, isso é incrível. Não podem tentar conversar com ele, controlá-lo?

Jay bufou, que ideia mais estúpida  

—Já tentamos. Jake Mason tentou. E você viu o resultado.

Leo pensou em Jake, com o corpo todo engessado, sozinho em seu beliche.

—Mas...

—Não temos outra opção. — Nyssa virou-se para as outras meninas. — Vamos tentar colocar mais armadilhas nos bosques... aqui, aqui e aqui. E, dentro delas, trinta litros de óleo de motor.

—O dragão bebe isso? — perguntou Leo.

—Bebe — disse Nyssa, pesarosa. — Costumava gostar de óleo de motor com um pouquinho de molho tabasco, antes de ir para a cama. 

Sobrancelhas se ergueram

—Caso caia na armadilha, poderíamos usar sprays de ácidos, que devem derreter sua couraça... Depois entraríamos com cortadores de metal... e terminaríamos o trabalho.

Elas pareciam tristes. Leo notou que não queriam matar o dragão.

—É um dragão de bronze que cospe fogo! — Exclamou Phelps — Isso é muito foda! É claro que elas não querem, é uma pena ter que destrui-lo para a segurança do acampamento 

—Meninas — ele disse. — Tem que existir outra saída.

Nyssa parecia duvidar, mas outros campistas pararam o que estavam fazendo para escutar a conversa.

—O quê, por exemplo? — um deles perguntou. — Aquela coisa cospe fogo. Não podemos nem nos aproximar.

Fogo, pensou Leo. Quantas coisas poderia contar a eles sobre fogo... 

Mais sobrancelhas foram ao alto, os mais inteligentes, como Reyna, Akira, Amy, Jacob, Ginny e Nico já tinham uma possível ideia na mente, mas não poderia ser possível não é...quer dizer, a séculos não nasce um filho de Hefesto ou Vulcano com poder de pirocinese, e e das últimas vezes que isso aconteceu...nunca vinha coisa boa 

Mas tinha de ser cuidadoso, mesmo em se tratando de seus irmãos e irmãs. Especialmente se teria de morar com eles.

—Bem... — Leo hesitou um momento. — Hefesto é o deus do fogo, certo? Nenhum de vocês tem resistência ao fogo ou algo assim?

Os campistas de Vulcano se entreolharam 

—Desde 1427...— Leila fez as contas — O último manipulados de fogo do Acampamento Júpiter

Harry balançou a cabeça 

—É extremamente raro, 0,0000000000001 por cento de chances de nascer um filho de Vulcano ou Hefesto com poder de fogo, ou menos, somos forjadores, mecânicos ou guerreiros, e quando nasce um com essa capacidade, é porque ele está destinado a algo, e coisas como profecia não são bons augúrios 

Amy que sentava próxima a mesa privilegiada colocou a mão na boca de Octavian por breves segundos para evitar que ele fale merda, como acontece toda vez que ele abre a boca, então retirou de lá o braço e foi ao corredor dos banheiros para lava-los

Ninguém reagiu como se fosse loucura, o que já era uma vantagem, mas Nyssa balançou a cabeça, séria.

—Essa é uma habilidade dos ciclopes, Leo. Nós, os semideuses, filhos de Hefesto... somos apenas habilidosos com as mãos. Somos construtores, artesãos, forjadores de armas... coisas assim.

Leo deixou cair os ombros. Ah...

Um dos meninos lá atrás disse:

—Bem, há muito tempo...

—Certo, claro — disse Nyssa. — Há muito tempo, alguns filhos de  Hefesto nasciam com poder sobre o fogo. Mas tal habilidade era muito, muito rara. E sempre perigosa. Nenhum semideus com tal poder nasceu nos últimos séculos. O último... — Ela olhou para uma das meninas, pedindo ajuda.

—Em 1666 — continuou a garota. 

—Então o último entre os gregos foi em 1666, a menos tempo que o nosso, mas ainda sim faz anos...

—666, é...suspeito

— Um menino chamado Thomas Faynor. Ele começou o Grande Incêndio de Londres, que destruiu boa parte da cidade.

—Certo — disse Nyssa. — Quando um filho de Hefesto como esse aparece, normalmente significa que uma catástrofe está a ponto de acontecer. E não precisamos de mais catástrofes.

Leo tentou manter sua expressão neutra, o que não era nada fácil.

—Acho que entendo. Que pena. Se conseguíssemos resistir às chamas, poderíamos nos aproximar do dragão.

—Mas ele nos mataria com suas garras e presas — disse Nyssa. — Ou simplesmente pisaria na gente. Não, precisamos destruí-lo. Confie em mim, se alguém pudesse imaginar outra saída...

Ela não terminou a frase, mas Leo entendeu a mensagem. Aquele era o grande teste do chalé. Se eles pudessem fazer algo que apenas Beckendorf faria, se conseguissem subjugar o dragão sem ter de destruí-lo, talvez a maldição terminasse. Mas não tinham nenhuma idéia. Qualquer campista que pensasse em algo seria transformado em herói.

Uma trombeta de concha soou a distância. Os campistas começaram a reunir suas ferramentas e projetos. Leo não notara que estava ficando tarde, mas olhou pelas janelas e viu que o sol se punha. Seu tdah fazia isso, às vezes. Se estava chateado, uma aula de cinqüenta minutos parecia durar seis horas. Se estava interessado em algo, como conhecer um acampamento de semideuses, as horas passavam voando e o dia terminava num piscar de olhos.

—Hora do jantar — disse Nyssa. — Vamos, Leo. 

—Para o pavilhão, certo? — perguntou ele.

Ela fez que sim.

—Vão indo na frente — disse Leo. — Você pode... me dar um segundo?

Nyssa hesitou. Depois sua expressão ficou mais suave.

—Claro. Sei que é muita coisa para processar. Eu me lembro do meu primeiro dia. Venha quando estiver pronto. Mas não toque em nada. Quase todos os projetos aqui podem matar você se não tomar cuidado.

—Ela é bastante séria, mas até que é muito compreensíva e simpática— Gwen sorriu doce

—Não vou tocar em nada — ele prometeu.

Seus colegas de chalé saíram das forjas. Em pouco tempo Leo ficou sozinho, com os sons dos pistões, das rodas-d'água e de maquininhas estalando.

Ele olhou para o mapa do acampamento -— para os locais onde seus novos irmãos colocariam armadilhas para o dragão. Estava tudo errado. O plano era equivocado.

Muito disperso, ele pensou. E também perigoso.

Estendeu uma das mãos e ficou observando os dedos. Eram longos e finos, diferentes dos dedos dos demais filhos de Hefesto. Leo nunca fora um menino grande nem o mais forte. Mas sobrevivera em bairros violentos, escolas difíceis e lares adotivos complicados usando o que sabia fazer melhor. Era o palhaço da turma, o bobo da corte, pois cedo aprendeu que quem finge não ter medo normalmente não recebe os golpes. Mesmo o menino mais malvado esquece do palhaço, tolera suas brincadeiras e o mantém por perto para rir um pouco. Além do mais, o humor é sempre uma boa saída para a dor. 

—Isso é tão triste...pensamentos tão melancólicos

—As pessoas mais bonitas são as mais quebradas! 

—O segredo da xícara cor de nuvem — Luiza lembrou e em seguida fez uma careta — Li uma vez na escola aos 10 anos pra uma prova escolar  

E, caso não funcione, existe sempre um plano B.

Fugir. Quantas vezes for preciso.

E havia um plano C, mas ele prometera a si mesmo que não voltaria a usá- lo.

Curiosidade era a definição do clima da sala

Harry tapou a boca com as mãos 

Será que...?

Ele sentiu muita vontade de tentar naquele momento. Era algo que não fazia desde o acidente, desde a morte de sua mãe.

Reyna e Nico trocaram olhares

Leo estendeu os dedos e sentiu-os tremer, como se estivessem acordando. Eles formigaram. Depois surgiram as chamas, labaredas vermelhas e ardentes que dançavam na palma de sua mão.

Dois banques surdos soaram quando duas pessoas caíram de suas cadeiras

Todos estavam perplexos, mas os campistas de Vulcanos, eram outro nível! Os que se sentaram com outros amigos de juntaram a a mesa de Harry, Leila, Jay e Philips, Jacob e Sabina que estavam sentados ali com os amigos saíram e se juntaram improvisadamente ao trio Emma, Ginny e Amy para dar-lhes espaço 

—Isso não pode ser verdade! — Exclamou Jay com um gosto amargo na boca se levantando do chão e ajudando Marcus a fazer o mesmo — Ele é um manipulado do fogo! 

—Isso é ruim, isso é ruim, isso é ruim — Repetia Leila com seu TDAH a fazendo pular e andar em círculos— Ele vai matar, vai fazer besteira, ou ele vai fazer algo heroico e morrer! Ou fazer algo ruim sem querer...Não, não, não!

—Isso é impressionante — Disse um dos legados do deus com os olhos brilhando, ele era o mais novo dentre todos, tinha apenas 6 anos 

—Não, não é! — Interrompeu Harry — Isso é mal! Muito mal

—Certeza que ele matou a mãe causando um incêndio 

—Involuntário — Acrescentou Leila

—É, involuntário — Repetiu Jay de má vontade, ele achava que o garoto era inútil em batalhas (coisa que Jason admirava muito), fez esforço para odia-lo mesmo que Leo tenha uma personalidade irritantemente carismática, pensou que não tinha perdido seu lugar, e agora o Valdez demonstrava isso, como competir com ele? Ia ser trocado, substituindo como uma lâmpada quebrada e jogado fora, mas ele era um romano, e Romanos não deixavam seus próprios sentimentos interferirem nas batalhas, sempre mantinham o rosto impassível e lutam pelo o que é certo

Então colocando seu ciúmes, medo e insegurança de lado, aquilo também poderia ser um mal sinal, um sinal muito mal mesmo, é como se ele estivesse destinado a destruir ou salvar o mundo, e agora todos estavam ali, aguardando para saber de que profecia ele faria parte, de que lado estaria, e de como ela iria ser executada

—Silêncio! — Esbravejou Reyna silenciando os murmúrios e se afastando de Nico com quem trocara algumas palavras — Legião! Vão tomar um bom banho romano e pelos deuses, se acalmem, façam algumas atividades, treinem; e estejam aqui daqui duas horas para continuar a leitura

E com essas palavras ela deu as costas levando consigo Dakota, Sate, Ginger, Lucius e Liz para sua sala afim de discutir o castigo deles e dar-lhes um sermão, Nico andava ao seu lado, provavelmente ainda tinham muito ao que falar depois que os cinco saíssem


Notas Finais


Akio Kashiwagi

Kashiwagi foi um dos mais notórios jogadores/Apostadores de Las Vegas nos anos 70 e 80. Ele adorava o Baccarat e suas apostas costumavam exceder US$ 200.000 por mão. Apesar do imenso sucesso, sua história teve um fim trágico. Em 1992, ele foi assassinado em sua residência no Japão.

~…~…~…

Eu achei legal a ideia de um filho de Tique/Fortuna estrategista e viciado em jogos de Azar usando seus poderes e intelecto para benefício próprio (lê-se trapacear) então criei Axel, com o mesmo sobrenome que um dos maiores apostadores da história, até que famoso, talvez ele seja um parente distante de Akio de quem herdou esse vício maluco? Não sei, mas Kashiwagi Parece um homem que faria o tipo de Tique


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...