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História Running up that hill (Bakudeku Miraculous!Au) - Aquela com o coração atormentado


Escrita por: Davysweet

Notas do Autor


Hello meus docinhos, sejam bem vindos quem não me acompanhava antes. Meu nome é davysweet, e antigamente eu adorava fazer fanfics de bnha, mas por conta de imprevistos eu fiquei de hiatus por quase 2 anos, mas agr eu vou voltar a escrever

Pra quem me conhece antes, sim, as fanfics vao ter atualizações mas eu vou focar mais nessa e no Deku bruxo já q são as q eu mais gosto de escrever e tá vindo um projeto novo aí pra quem gosta de terror e mistério, fiquem ligadas.

Desculpe pelo atraso, a faculdade acabou drenando muito de mim e eu comecei a trabalhar, forças pra esse CLT assinado kkkk mas espero que vocês gostem desse capítulo novo. Beijos e até às notas finais.

Capítulo 3 - Aquela com o coração atormentado


Fanfic / Fanfiction Running up that hill (Bakudeku Miraculous!Au) - Aquela com o coração atormentado

P.O.V: Narrador

(...18/04/2021, Japão, na cidade Masutafu as 00:15...)

Três dias se passaram desde o incidente com o coração das trevas, a vida de Midoriya haviam mudado drasticamente desde esses acontecimentos, o esverdeado que era tão recluso e tentava se manter focado em sua rotina diaria teve seu mundo girado de ponta cabeça ao ser escolhido como um dos mais novos portadores das joias místicas divinas, além de toda essa bagagem de salvar o mundo de um ser maligno espacial, o garoto tímido também tinha que lidar com seu penhasco por Katsuki Bakugou, um modelo tremendamente famoso, que por ventura deu de cair na sua turma naquele ano. O queixo do esverdeado caiu no chão ao ver o loiro bem trajado passar pela porta, cumprimentando a si e a loira aguada da Camie antes de se sentar no lugar disponível ao lado de Ashido Mina. Bakugou, que além de modelo e um gênio em várias matérias na sala de aula, o loiro virou uma das pessoas mais corajosas que Izuku já conheceu no dia que Tokoyami foi corrompido.

Seus pensamentos conflitantes tiveram que ser deixados de lado um pouco, pois o menor devia focar na segurança da cidade naquele momento. A lua brilhava num tom de azul reluzente em sua capa vermelha, criando um contraste de cores belíssimo. Pra sua sorte ou azar, nenhuma pessoa havia sido corrompida naquele dia, deixando o menor com uma pulga atrás da orelha. Se destransformando num beco atrás de sua casa após de se despedir de seu parceiro herói, Dynamight, que havia tido a mesma ideia de patrulhar a cidade de noite, o aspirante a estilista teve a ideia de ligar pra Uraraka, sua melhor amiga, para que o tédio que se instalava em seu amago passasse. Devagar e com cuidado, o menor entrou em sua casa furtivamente para sua mãe não perceber que ele havia saído naquela noite, correndo pro seu quarto antes que a mulher pudesse acordar com qualquer barulho.

Seguindo seu plano anterior assim que conseguiu entrar em seu quarto, o esverdeado ligou pra sua melhor amiga. A dupla de amigos ficou conversando o resto da noite enquanto Midoriya desenhava alguns designs que vinham em sua mente por conta dos acontecimentos dessa última semana, encarando o anel de sua pedra mística em busca de uma nova inspiração quando o bloqueio criativo começou a bater em sua porta, Ochaco fofocava sobre suas teorias de quem podiam ser os mais novos heróis do Japão, enquanto realizava seu sonho de finalmente montar um site só focado nos vigilantes misteriosos. Izuku não sabia se ria das maluquices de sua amiga ou chorava ressentido por não poder contar a verdade pra ela, já que essa era uma das regras que Gaia o obriga a seguir. Assim que bateu uma hora da manhã, o esverdeado se despediu de Uraraka, desligando a chamada de vídeo logo em seguida. Mesmo com os pensamentos agitados e um pouco de estresse pós traumático, o menor conseguiu dormir rapidamente naquele dia.

(...)

Infelizmente, para o desprazer de Midoriya, ele havia esquecido que deveria cuidar do sobrinho de Mandalay, uma das clientes frequentes na padaria de sua mãe, naquele final de semana, então o esverdeado foi acordado aos gritos por Inko, que precisava cuidar da padaria no andar debaixo, lhe implorando para descer logo pra cuidar da criança agitada. Com zero ânimo naquele sábado preguiçoso, Izuku seguiu até a pia de seu banheiro, fazendo sua rotina matinal de skincare e escovando seus dentes o mais rápido possível pra não deixar sua mãe esperando por muito tempo. Ao descer pra cozinha, Midoirya deu de cara com Kota, o pequeno pestinha que devia cuidar, e a Midoriya mais velha. A esverdeada deu um beijo na bochecha dos dois, ela considerava Izumi como se fosse um segundo filho, descendo as escadas logo em seguida para cumprir com suas obrigações do dia. Antes da mulher descer complementarmente o andar, Izuku a seguiu pelo lance de escadas, oferecendo sua ajuda com algumas coisas que ele sabia cozinhar pra diminuir o peso das tarefas de sua mãe, mas Inko recusou educadamente a oferta do menor, abrindo um largo sorriso, se orgulhando pela educação que havia dado para seu filho.

Mesmo esperando o pior ao deixar o menino sozinho por um momento, quando subiu de volta o lance de escadas e se virou pra sala de estar, Midoriya se espantou ao ver que Kota já havia começado a aprontar suas artimanhas, ligando a tv sozinho e colocando no canal de desenhos, sendo que o esverdeado havia escondido o controle da televisão, mas o mais preocupante de tudo, que fez com que o coração do herói quase subisse pela garganta, a pequena criança estava correndo pela sala com um chapéu verde água, sendo que aquele era o último design criado por Izuku antes de ganhar sua joia mística.

O esverdeado correu desesperado atrás de Izumi, tentando recuperar sua última criação, já que o chapéu não havia sido finalizado ainda, podendo machucar o menor com algum alfinete solto, linha mal costurada ou quebrar por completo o protótipo. Apesar de ser mais ágil que o aspirante a estilista por ser uma criança atlética, Midoriya conseguiu alcançar facilmente Kota, o encurralando perto do balcão da cozinha, e tirando o seu querido chapéu rapidamente das pequenas mãos da criança antes que ele conseguisse escapar. Izuku levantou o objeto no ar desesperado, analisando-o por completo para garantir que Izumi não havia feito nenhum gasto que precisasse ser concertado depois ou algo tipo.

O estilista mirim se encontrou aliviado ao não encontrar nenhum dano em seu protótipo. Antes que pudesse brigar com Kota, notou que o pestinha havia trocado de canal novamente, colocando numa espécie de concurso de votação, que decidiria qual seria a próxima garota do tempo no jornal da tarde. Como se uma realização chegasse nele naquele momento, várias memórias passaram ao mesmo tempo de Pony Tsunotori, uma colega de classe intercambista do grêmio estudantil, ter implorado pro esverdeado votar nela naquele concurso. O apresentador arrogante daquele programa de tv anunciou que a garota loira havia perdido pra uma outra concorrente da sua sala, Reiko Yanagi, uma menina tímida de cabelos brancos.

Antes que sequer pudesse colocar seus pensamentos em ordem sobre o que acabará de ver na televisão e se deveria ou não consolar Pony, o esverdeado foi interrompido por uma batida fraca na porta de sua casa, fazendo ele pular de susto com o barulho repentino, derrubando o pequeno chapéu em suas mãos. Kota, com um sorriso traquina no rosto, aproveitou a oportunidade ao ver o objeto caindo para pegá-lo de volta, voltando a correr com o protótipo do estilista mirim. Revirando os olhos por ter que correr atrás do pivete de novo, Izuku resolver ignorar aquele problema por enquanto e focar em ver atender a visita misteriosa.

Com passos ritmados, Midoriya seguiu até a entrada de sua casa, a abrindo rapidamente e se surpreendendo ao sua melhor amiga do outro lado. A garota de cabelos curtos parecia muito animada, saltitante de alegria, e isso preocupava levemente a mente paranoica do aspirante a estilista, será que ela havia descoberto sua identidade secreta? Ou estava próxima disso? Interrompendo mais uma vez sua linha de raciocínio, a garota sacou o próprio celular do bolso de sua calça jeans, mostrando a tela com um sorriso largo no rosto.

— Eu finalmente terminei de fazer aquela desgraça de site, olha como tá —. Ochaco ditou, quase berrando de alegria, mostrando a interface que ela mesma havia criado com seu conhecimento básico de programação. Após ouvir as notícia da menor, o esverdeado apenas ficou feliz pela amiga, sorrindo pra ela genuinamente. — Porém essa não é a única notícia boa —. Uraraka ditou, com um tom ladino e um semblante misterioso brotou em seu rosto. Aquela expressão causou um arrepio no corpo de Midoriya, fazendo seus pensamentos ansiosos correrem de um lado pro outro. — Enquanto eu vinha pra cá, notei que um certo modelo de cabelos loiros pontudos está numa seção de fotos com uns looks de verão bem provocativos —. Izuku soltou o ar que ele nem havia percebido que tinha segurado, mas ao imaginar o corpo esculpido de Bakugou com roupas praianas, o rosto de Midoriya esquentou na mesma hora, fazendo com que suas bochechas ficassem muito coradas. — Alguém parece feliz com a ideia, que tal irmos lá no parque dar uma olhada? — A garota de cabelos curtos sugeriu após uma longa gargalhada por conta da reação de Izuku. Ambos já sabiam qual seria a resposta do esverdeado pra ideia, mas antes mesmo que Midoriya pudesse aceitar, Kota apareceu do lado do aspirante a estilista, com um biquinho de manha por não estar recebendo atenção de seu cuidador.

— É, eu esqueci desse pequeno detalhe aqui —. Izuku disse, coçando seu pescoço em sinal de vergonha por ter esquecido tão facilmente de suas responsabilidades. O esverdeado, ao se virar pro menor e ver que Kota estava com raiva por não ser o centro das atenções, pegou o pivete no colo, fazendo com que o semblante de ódio dele sumisse na mesma hora. Mesmo sendo mimado constantemente por sua tia, o garoto parecia sempre estar de mal humor ou querer que todos prestassem atenção nele, e esse traço da personalidade do menor começou a piorar ainda mais após ele ter pego afeição por Midoriya, pois o pivete, todo santo dia, implorava pra Mandalay o levar na casa de Izuku, fazendo com que o aspirante a estilista não conseguisse focar em seus projetos pessoais, vulgo, sua criações de modelitos.

Mas nem tudo era tão ruim assim sobre o trabalho de babá, o dinheiro por cuidar do pequeno pestinha era uma das diversas vantagens, e já que Inko Midoriya não aceitava a ajuda de seu filho financeiramente, por valores pessoais mesmo, o esverdeado ganhava o que precisava pra sustentar seu passatempo e dar vida a suas criações. O aspirante a estilista foi puxado de seus pensamentos longínquos quando uma ideia simples, mas efeitiva, surgiu em sua mente, um sorriso que podia ser considerado ladino brotou em seu semblante. Izuku deu um abraço apertado em Kota, sendo retribuído rapidamente, o garotinho amava seus abraços.

— Kota, eu sinto que você tá muito agitado hoje, que tal a gente ir no parque pra gastar um pouco dessa energia? — Em partes, não era mentira, ficar dentro de um apartamento pequeno por muito tempo podia deixar o menor mais agitado do que ele já era normalmente, então Midoriya levar ele pra um passeio do lado de fora não seria tão estranho assim. Porém, Izumi, apesar de sua idade, não era tão fácil assim de se enganar, o pivete havia ouvido a conversa na porta entre os dois amigos, e como toda criança, estava curioso para conhecer mais sobre a pessoa que Uraraka e Izuku falavam sobre. O garoto de boné vermelho apenas sorriu amarelo, balançando sua cabeça pra cima e pra baixo, sinalizando que havia gostado da ideia. — Ótimo, vamos lá então —. O esverdeado soltou o pequeno no chão com todo o cuidado do mundo, como se a criança fosse feita de porcelanato, a ação fez com que Kota soltasse um suspiro de raiva. Não querendo que o menor mudasse de ideia, o aspirante a estilista foi correndo até o balcão o mais rápido que pode pra pegar seu celular. Antes que pudesse sair, Gaia se escondeu entre os cabelos cacheados de seu portador, rezando para que nenhum ser humano comum a visse ali, e murmurando um pouco por ter sido esquecida por Midoriya.

(...)

Do outro lado da cidade, um pouco longe dali, uma jovem de cabelos loiros tentava segurar o choro de raiva enquanto sorria, parabenizando sua colega de classe por ter conseguido ganhar o concurso em seu lugar e inconscientemente destruir todos os seus sonhos de infância. O cameraman desligou a câmera, deixando apenas as duas ali se encarando por tempo, já que o apresentador havia saído pra retocar sua maquiagem. Sentindo os olhos da garota de cabelos brancos lhe encararem, Pony não sabia o que dizer, então apenas abraçou Reiko fortemente, mordendo seu lábio inferior na tentativa de parar as lágrimas que tentavam escapar de seus olhos. Um adeus breve foi dito entre as duas, Tsunotori correu até o elevador mais próximo assim que saiu da vista da maior, saindo do estúdio o mais rápido que pode. Ao finalmente chegar na caixa de metal, verificando que estava sozinha no local, a estudante de intercâmbio colapsou, ajoelhada no chão perto da parede, lágrimas grossas e salgadas rolavam por sua face.

A cabeça da loira começou a doer muito subitamente, piorando a cada segundo, a garota pensou que talvez fosse por segurar as lágrimas por tanto tempo. Junto das dores infernais um calafrio desceu pela espinha dorsal de Pony, fazendo com que a menor se encolhesse em posição fetal no chão com todas aquelas sensações estranhas. Não lembrando onde estava por alguns segundos, a loira foi despertada de seu transe ao ouvir as portas do elevador se abrindo, indicando que alguém iria entrar. Antes que pudesse se levantar completamente do chão, uma pressão esmagadora envolveu todo o corpo da garota, fazendo seus joelhos falharem, a derrubando no chão duro e gelado novamente. As lágrimas que ainda insistiam em descer dos olhos de Tsunotori dificultavam a vista da menor, porém, como se fosse um sexto sentido, a estudante notou que algo estava errado. Uma sombra escura feito uma noite sem lua se fez presente por todo o elevador assim que a loira abriu seus olhos, a temperatura do corpo da menina abaixou instantaneamente naquele momento, um medo crescente se espalhando por suas veias.

Das trevas de dentro do local, uma forma humanoide tenebrosa se manifestou na frente de Tsunotori, algo que não era daquele mundo e que não devia estar ali, algo primordial, que existia antes do tempo ser chamado de tempo. Paralisada pelo temor dentro de seu coração, a jovem mortal não conseguia nem gritar pra alguém ajudá-la, mesmo que fosse impossível alguém em sã consciência a ajudar naquela situação. O ser além da compreensão humana sorriu diabolicamente para a loira, parecendo estar se deliciando com os sentimentos ruins que brotavam no coração daquela mortal. Aquele pobre e inocente coração, manchado pela raiva da injustiça, misturado com o medo de sua presença divina, faria com que um fruto maligno nascesse sem muito esforço na alma de Pony Tsunotori.

Tormenta, eu sou All for One —. A criatura sombria ditou, se aproximando lentamente de sua presa, focando nos olhos azulados da pequena menina que tremia de medo ao notar sua insignificância comparado ao divino. O ser primordial se ajoelhou, se aproximando do ouvido da menina. — Você deveria ter sido a escolhida no lugar daquela canalha impostora que roubou seu sonho de infância, eu te darei o poder de eliminar qualquer um que fique entre você e seus sonhos magníficos, minha pequena garota do tempo —. Uma voz grotesca porém aveludada saia da criatura demoníaca, distorcendo um pouco entre as silabas como se não tivesse acostumado a falar com nenhum ser. Apesar da proximidade com a loira, nenhum calor podia ser sentido vindo daquela entidade, apenas uma onda tenebrosa de calafrios se manifestou no corpo da mortal. — Aceita minha proposta? — Os olhos escarlates como sangue daquele que poderia ser considerado o mal personificado num ser brilhavam em antecipação, lendo a alma de sua vítima com a maior facilidade do mundo.

Todos os sentimentos de Pony pareciam queimar como um fogo incessante, a raiva de ter perdido, a inveja de Reiko ter ganhado em seu lugar e uma tristeza profunda por ter seus sonhos de infância esmagados na sua frente, todas aquelas sensações se misturavam no amago da menor, criando uma bolha de sentimentos negativos. A loira se atreveu a olhar a entidade a sua frente, percebendo que a criatura parecia ter aberto um sorriso mais demoníaco que anteriormente. Mesmo que todos os seus instintos implorassem pra menina tentar fugir dali e resistir aquele ser maligno, seu coração já havia decidido o que ela faria naquele momento.

— Eu aceito —. Tsunotori ditou, aceitando a proposta de vingança com um ódio brilhando fortemente em seus olhos, fazendo a criatura a sua frente saltar de alegria, um sadismo atingindo cada parte de seu corpo etéreo. O ser ancestral desapareceu da vista da loira como um sussurro numa ventania fria, deixando a garota sozinha naquele maldito elevador gelado. O arrepio que a garota havia sentido anteriormente voltou a abraçar a mortal, só que daquele vez estava bem mais intenso, como se tentasse congelar todos os cantos do corpo e da alma de Pony. Aquele frio glacial passou pelo corpo inteiro da menor, mas daquela vez, ela não se sentia mal, era como se aquela sensação agonizante havia se tornado apenas um incômodo de uma hora pra outra. Quando os arrepios da corrupção passaram de vez, a caixa de metal se abriu lentamente, levando a menina ao térreo do prédio da emissora de televisão. Aos olhos de Pony, ela não havia mudado nada, ela não se sentia diferente do normal, porém qualquer um que a visse perceberia que ela não era uma pessoa comum.

Os olhos pretos como uma noite sem luar transmitiam medo a qualquer um que olhasse diretamente pra garota, seus cabelos outrora loiros agora estavam pintados num tom violeta bem forte, e a roupa floral da corrompida havia se tornado um vestido preto com cinza, uma ótima representação de um dia nublado. Ao olhar para seus braços, a mais nova vilã do Japão notou que suas mãos foram cobertas com luvas brancas como a neve, o material parecia algum tipo de seda mágica, dando um ar etéreo a todo o visual da mortal corrompida. Saindo do elevador calmamente, Tormenta fazia com que o ar ao seu redor se esfriasse apenas com sua presença, uma queda de temperatura assolou todo o corredor daquele prédio.

Um sorriso maléfico brotou no rosto da vilã ao ver o merchandising que algumas fãs de Yanagi estavam usando. Sem se esforçar muito, Tormenta apenas levantou sua mão direita, estalando seus dedos logo em seguida, fazendo com que uma corrente de ar gelado surgisse magicamente, congelando os poucos fãs da gótica de cabelos brancos e os balões de comemoração pela vitória de Reiko. As estatuas de gelo que outrora eram humanos começaram a seu mexer, se ajoelhando e saudando Tormenta como se fosse a rainha daquele povo congelado. Vendo toda a extensão de seus mais novos poderes com um sorriso maligno em seu rosto, a garota do tempo sabia o que deveria fazer a seguir, cumprir sua vingança contra aquela cidade maldita que não havia votado nela naquele concurso, os tornando seus súditos congelados pro resto da eternidade. Uma energia azul clara envolveu as botas brancas da vilã, a fazendo voar alguns metros a cima do chão, facilitando ainda mais sua locomoção pela cidade, um semblante maligno brotou em seu rosto, ela iria conseguir congelar aquele distrito inteiro em muito pouco tempo.

(...Do outro lado da cidade, as 9:35...)

O trio seguiu sem nenhuma dificuldade até o parque na frente da padaria, Kota odiaria admitir, mas o garotinho ranzinza estava adorando estar nos ombros de Uraraka. Midoriya apenas ria pelo biquinho que o menor fazia, o esverdeado até podia carregar Izumi com facilidade, mas ele já estava carregando a cesta de piquenique que sua mãe insistiu fortemente pra ele levar até o parque, Ochaco, a pedido de Inko, levava uma toalha de piquenique pro trio não ter que sentar na grama. Se fosse um passeio normal, planejado de antemão, o próprio aspirante a estilista já teria deixado preparado algumas guloseimas, mas como toda aquela situação o pegou de surpresa, ele apenas agradeceu a preocupação de sua mãe e aceitou a cesta de bom grado. Naquela época do ano, o parque ficava lindo por conta das varias pétalas de cerejeiras espalhadas pelo chão, por conta da chegada da primavera vários turistas ou famílias passavam por ali pra aproveitar a vista.

As peças começaram a encaixar na mente do esverdeado assim que ele olhou pras cerejeiras desabrochando, sua melhor amiga tinha lhe engano, já que o verão ainda estava bem longe, então Bakugou não estaria usando nenhuma roupa provocativa. Izuku apenas não bateu na garota de bochechas rosadas assim que descoberta bateu em sua cabeça porque ela estava carregando Kota, respirando fundo para se acalmar, o aspirante a estilista chegou a conclusão que poderia usar a referência das roupas que o modelo estava usando para conseguir alguma inspiração pros seus protótipos, e ver o loiro explosivo modelando ainda sim era uma vista bem agradável, apesar de que Midoriya nunca admitiria isso em voz alta pra Uraraka. Ochaco achou o canto perfeito para o grupo sentar, debaixo de uma das árvores rosas e um pouco afastado das famílias passeando, a garota de bochechas rosadas correu até o local antes que alguém sentasse ali, distraindo o menor em seus ombros imitando sons de avião, Izumi começou a rir, batendo palmas de felicidade pela brincadeira repentina.

Porém o esverdeado estava tão concentrado em seus próprios pensamentos e conclusões precipitadas que nem havia notado a dupla se afastando de si. Izuku foi tirado do transe de sua própria mente ao escorregar perto da fonte no centro do parque, quase caindo de cara na água gelada da estrutura. Por conta do susto, o menor teve o reflexo de fechar os olhos, se preparando pro impacto, os abrindo calmamente ao notar que a queda nunca veio de fato. Se Midoriya tivesse sido mais atento, ele conseguiria sentir as duas mãos segurando com força sua cintura, impedindo que ele se machucasse feio com o escorregão. O salvador da vida de Izuku, e de um pouco da dignidade restante do menor, observava com seus olhos vermelhos fixamente as orbes esmeraldas do aspirante a estilista, como se fosse um predador pronto pra caçar sua presa. Um arrepio percorreu por toda a espinha dorsal do esverdeado ao reparar de quem pertenciam aqueles belos olhos escarlates.

— Seu senso de equilíbrio tirou férias ou só tava querendo me ver mesmo? — Bakugou perguntou retoricamente pro menor em seus braços, sua voz grossa e sedutora como um desejo proibido. Uma quentura se espalhou no semblante de Midoriya, ele não saberia responder essa pergunta nem se sua vida dependesse disso, seu rosto avermelhado combinava com os olhos escarlate do loiro explosivo. Quando saiu do transe de admirar a figura esbelta a sua frente que usava um apenas um kimono preto e uma camisa laranja, o esverdeado conseguiu reparar ao seu redor, vários aparelhos de iluminação e uma câmera que parecia bem profissional cercavam a dupla. Atrás do aparelho caríssimo tinha uma fotógrafa de cabelos rosas bem excêntricos, em sua roupa branca simples porém estilosa tinha seu nome em um crachá, Mei Hatsune.

— Que pose mais magnífica, se não fosse pelo pedido do chefe, eu usaria essa foto de capa da revista de primavera. — A fotógrafa ditou harmonicamente quase cantando e pulando se alegria pela química que esbanjava dos dois a sua frente. Ao sentir seu rosto esquentar ainda mais pela vergonha que estava passando, o equilíbrio de Izuku parecia ter voltado na mesma hora, se afastando o mais rápido que pode do toque do loiro. O aspirante a estilista fez uma referência como sinal de agradecimento ao modelo por ter salvado ele de ficar molhado e saiu correndo logo em seguida, o mais longe que pode.

Midoriya agora se encontrava escondido atrás da árvore, coincidentemente era o mesmo lugar que Uraraka havia escolhido pra eles passarem o piquenique, o esverdeado notou isso pois conseguia ouvir a garota de bochechas rosadas rindo de sua cara do outro lado da árvore, enquanto Kota continuava com sua cara de manha, apenas parando a expressão pra encarar o garoto que havia salvado sua babá de se molhar com um olhar mortal. Com uma respirada brm funda, o esverdeado se controlou o máximo possível pra não bater em sua melhor amiga, saindo de seu esconderijo não tão escondido assim e sentando na grama ao lado de Kota. O barulho na barriga de Midoriya o lembrou que ainda não havia tomado café da manhã, era seu estômago o avisando que precisava ingerir algo urgentemente. Ao abrir a cesta de piquenique e colocar os pratos com as guloseimas na toalha que Ochaco já havia estendido naquele canto, o esverdeado percebeu que a garota de bochechas rosadas e o pivetes também estavam com tanta fome quanto ele, comendo os doces rapidamente. Revirando os olhos divertidamente, o aspirante a estilista gargalhou um pouco com a reação dos dois, pegando algumas carolinas que haviam sobrado e as comendo.

(...)

Não se passou muito tempo mas o trio já havia comido tudo, Kota corria em volta da toalha vermelha xadrez enquanto perguntava algumas curiosidades aleatórias que passavam por sua cabeça, na maioria das vezes quem o respondia era Uraraka, já que Izuku estava ocupado demais admirando Bakugou de Kimono. Como a felicidade tende a durar pouco, um arrepio percorreu a espinha de todos naquele parque, como se a temperatura tivesse baixado ainda mais de uma hora pra outra. A causa da mudança de clima repentina logo apareceu, voando pelos céus com seus vestido preto macabro, Tormenta congelava as árvores com raios violetas que passavam por suas luvas brancas, a vila ria da reação das pessoas de desespero. Enquanto todos estavam ocupados com medo da bruxa do tempo, o esverdeado correu até um canto isolado do parque o mais rápido que pode, onde ficavam os banheiros públicos, um esconderijo perfeito para se transformar, apesar do cheiro nojento de urina que percorria pelo local. Entrando na última cabine daquele lugar nojento e mal cuidado, Izuku sentiu Gaia sair de seu cabelo com um sorriso travesso no rosto, a fada ancestral já havia sentido a presença maligna se manifestar faz algum tempo, porém não tinha como avisar Midoriya sem expor a identidade secreta do herói tímido.

Gaia, criar —. Com confiança na voz como se já fosse um profissional nisso, o esverdeado falou as palavras mágicas, sentindo sua pequena fada escarlate se fundindo a sua joia mística. A energia cósmica fluiu por todo o corpo do mortal, materializando em pleno ar as vestes místicas de Deku. Para os olhos curiosos do lado de fora, se tivesse algum, veria apenas um brilho vermelho cegante iluminando todos os cantos escuros daquele banheiro mal cuidado.

Erguendo seu capuz até a cabeça pra se disfarçar melhor e invocando sua fita mística num piscar de olhos, o herói saiu correndo numa velocidade sobre-humana para fora do local dando de cara com uma cena não muito agradável. Na porta do banheiro, havia uma estátua de gelo complemente bizarra, com olhos brilhantes e garras afiadas, o ser maligno se impulsionou para atacar o herói com vários golpes rápidos, o esverdeado conseguiu desviar dos ataques sem problema nenhum, ignorando o demônio da neve com um pouco de desdém e saindo do local isolado sem muita dificuldade.

Estando fora do banheiro, Midoriya agora conseguia ver a situação do parque com aquele ataque invernal, um arrepio percorreu a espinha do mortal ao ver as várias estátuas de gelo vivas, correndo atrás dos civis indefesos. Quando um dos servos de Tormenta encostava em alguma pessoa normal, o humano se transformava em um deles, como se fosse um vírus zumbi, congelando rapidamente as pessoas. Ao ver todo aquele caos sem limites, a fita mágica de Deku se estendeu instintivamente até o máximo de sua capacidade, prendendo as criaturas invernais antes que elas pudessem tocar em qualquer um dos civis indefesos. Usando toda a força que tinha em seu ser, o esverdeado puxou os familiares glaciais, os trazendo pra perto de si, afastando eles das vítimas. Analisando o local desesperado a procura de seus amigos enquanto desviava dos ataques das estatuas, Izuku conseguiu respirar fundo de alívio ao ver Uraraka e Kota cruzando o portão do parque juntos de Bakugou, que parecia estar escoltando os dois, eles haviam escapado daquela confusão generalizada.

O esverdeado passou correndo por trás das estatuas, as deixando confusas com sua movimentação imprevisível, a velocidade sobre-humana do menor lhe dava uma vantagem absurda contra aquela legião gigantesca de inimigos. Focando em ajudar as pessoas que foram encurraladas, Deku subiu em cima do muro do parque para ter uma visão melhor de todos o campo de batalha, estendendo sua fita até um grupo de civis que estavam presos entre inúmeras criaturas invernais assim que os viu. A arma mística se enrolou na cintura das pessoas, as puxando com segurança até Midoriya rapidamente, o menor, aproveitando a oportunidade de escape, escoltou os civis até um local bem longe do gelo mágico. Enquanto fazia isso, os pensamentos de Izuku estavam focados em só uma questão, onde estava Dynamight naquele momento?

(...)

O loiro explosivo havia sido pego de surpresa com o ataque, como todo mundo, mesmo sabendo que seu silfo provavelmente não iria conseguir lhe avisar da presença maligna sem se revelar pra outros humanos, um pouco de raiva cresceu dentro do peito de Bakugou. Respirando fundo, o modelo garantiu de deixar o máximo de civis em segurança, na esperança que pudesse encontrar Midoriya pelo caminho, porém sem sucesso, apenas dando de cara com a melhor amiga do esverdeado e uma criança que o olhava com um certo ódio infantil. O grupo seguiu até um beco que parecia não ter ninguém, nem pessoa, nem os servos de gelo da mais nova vilã do Japão, Katsuki havia tentado despistar Uraraka várias vezes no caminho, para que pudesse se transformar, mas a garota de bochechas rosadas parecia insistente em não deixar ninguém se separar ou ser pego pelas criaturas invernais. Como se uma lâmpada ascendesse em cima da cabeça do loiro explosivo, uma ideia levemente cruel surgiu pra Bakugou na forma de um plano.

— Meu deus, aquele nerd não tá aqui —. Usando suas incríveis capacidades de atuação, o loiro quase gritou em desespero. Uma parte de seu amago realmente se sentia preocupado com o esverdeado, mas Katsuki era orgulhoso demais para assumir isso em voz alta, ainda mais pra melhor amiga do esverdeado. — Ele ainda pode estar no parque, em perigo —. Como se a realização daquele fato tivesse batido só naquela hora, Ochaco se desesperou levemente com a fala do modelo, tremendo um pouco de preocupação com seu amigo, vários pensamentos horríveis corriam pela mente da jornalista, ainda mais que o parque parecia um dos epicentros dos ataque de Tormenta. Será que Midoriya estava bem? Ou ele havia sido transformado também em uma estátua? Só tempo diria pra garota de bochechas rosadas. — Eu vou conferir, tá? — Vendo Uraraka tremendo de preocupação, o loiro explosivo acabou se sentindo levemente culpado de ter causado aquela reação, mas suas palavras tinham um fundo de verdade, já que ele procuraria pelo aspirante a estilista, só que como Dynamight.

Não conseguindo falar por conta do seu nervosismo, Ochaco apenas assentiu, concordando com o plano irresponsável do loiro na sua frente, já que a adrenalina da preocupação por ser amigo não estava deixando ela pensar direito. Assim que recebeu a aprovação da menor, que agora abraçava o pequeno garoto de boné a sua frente numa tentativa falha de acalma-lo e a si mesma, Bakugou saiu correndo com toda a velocidade que seu corpo permitia, procurando um lugar isolado o suficiente para conseguir se transformar. Como se o destino ouvisse suas preces, o loiro explosivo passou reto por um beco completamente vazio sem uma alma viva ou congelada por ali, Katsuki teve que voltar alguns passos para entrar no canto sombrio e relativamente seguro, já que as estatuas congeladas pareciam ter ignorado aquele lugar. Assim que se viu que nenhum humano estava perto, Thanatos saiu de dentro do bolso da camisa do modelo, dando de cara com um semblante nada feliz de seu portador.

— A gente conversa depois sobre você não ter me avisado sobre a satanás da neve —. Respirando fundo como sua terapeuta havia lhe recomendado, o loiro de olhos escarlate subiu seu dedo indicador na direção da criatura mágica enquanto falava, mostrando ainda mais sua indignação. — Thanatos, destruir! — O silfo foi absorvido na joia mística de seu portador instantaneamente, fundindo o ser mágico com o artefato divino, uma energia mística obscura correu pelo corpo do maior assim que as palavras mágicas foram ditas, lhe concedendo seus poderes mais uma vez. A roupa quase toda preta de Dynamight o disfarçava bem naquela escuridão do beco, tanto que assim que o herói arrogante saiu do local, nenhum dos servos da vilã do clima parecia ter notado sua presença, dando uma vantagem furtiva pro loiro explosivo.

Invocando seu bastão místico, o de olhos vermelhos seguiu pro parque pulando entre os prédios com o auxílio de sua arma mística, fazendo com que ele chegasse rapidamente até o local com facilidade. Olhando por cima do muro, Dynamight avistou Deku lutando contra os servos de Tormenta, o menor parecia tomar todo o cuidado do mundo, como se aquelas criaturas fossem até pessoas... A realização bateu em Bakugou com força, fazendo o loiro se aliviar por não ter atacado nenhuma das estatuas por impulso ou reflexo. Balançando a cabeça pra afastar as hipóteses ruins que não aconteceram, o herói pulou no meio das estatuas, imbuindo suas pernas com magia destrutiva para aumentar ainda o impacto, as afastando de perto do esverdeado.

— Espero que eu não tenha me atrasado pra festa, vermelhinho —. O herói arrogante disse, provocando afetuosamente com a cor da roupa de seu parceiro, o esverdeado apenas revirou os olhos divertidamente com a piada, sabendo que o loiro não tinha nenhuma má intenção. Ambos ainda eram muito novos nessa coisa de ser herói e tentar salvar a cidade, mas ainda assim, sabiam que podiam contar um com o outro. Um receio cresceu dentro do amago de Midoriya por conta do medo de acabar ferindo gravemente algum civil que havia sido transformado em servo da tormenta, o menor, não conseguindo pensar em uma solução melhor, estendeu sua fita mística até o prédio mais próximo, se impulsionando até o teto da construção. Vendo Deku fazer isso, Dynamight apenas o seguiu, imbuindo suas pernas com energia destrutiva o suficiente para amplificar seus pulos.

Ao chegar no topo do prédio, o loiro explosivo notou que seu parceiro estava na ponta da construção olhando de um lado para o outro, como se procurasse algo em específico naquele cenário arrepiante. O imitando, Bakugou notou que uma camada fina de neve estava cobrindo o chão das ruas, enquanto vários golems de gelo seguiam até o centro da cidade, carregando pessoas ou alguns merchandisings do que parecia ser uma garota gótica de cabelos brancos, o modelo não reconhecia quem era pois nunca havia visto aquela garota em sua vida. Como se uma lâmpada ascendesse em sua cabeça, Midoriya virou animadamente para Bakugou, o herói tímido parecia bem menos tenso do que anteriormente ou em sua primeira missão, ele estava pegando o jeito da coisa.

— A camada de neve no chão, tá vendo? — O garoto de olhos verdes como esmeraldas ditou, apontando para as ruas onde os golems andavam. Katsuki apenas assentiu, tendo notado isso anteriormente com facilidade. — Quando a tormenta voou pela cidade, provavelmente deixou esse rastro de neve pros seus servos a seguirem, então... — Deku indagou, esperando que seu parceiro chegasse na mesma conclusão que ele, Dynamight assentiu, entendendo a linha de pensamento do menor.

— Só precisamos seguir esse rastro pra chegar até ela —. Com um tom orgulhoso de si mesmo, o modelo respondeu, recebendo como resposta um sorriso ladino de Midoriya. A dupla então começou a seguir o rastro da vilã, usando os prédios que estavam perto um dos outros como apoio para chegarem mais perto ao destino desconhecido a ambos, os prédios que ficavam um pouco mais longe eram alcançados facilmente com as habilidades mágicas dos heróis, enquanto eles se apressavam pra purificar o coração de Pony, o frio no Japão se intensificava cada vez mais, trazendo perigo aos cidadãos inocentes.

Depois de pouco tempo nessa perseguição sem mais nenhuma pista, Dynamight acabou avistando a garota de cabelos agora roxos, transformando as pessoas comuns em seus servos malignos com raios congelantes saindo de suas mãos. Sem paciência para planos e com raiva da destruição que a vilã estava causando, Bakugou imbuiu sua arma mística com sua energia destrutiva, lançando o bastão na direção de Tormenta, errando por bem pouco seu oponente, porém acertando o guarda-chuva que estava na mão da jovem, fazendo ela parar de voar na mesma hora. O desespero era evidente na face da menor, porém um de seus golems a salvou da queda eminente antes que pudesse atingir o chão, fazendo a garota soltar o ar que ela nem sabia que estava segurando de tanto alivio.

O loiro explosivo praguejou pra si mesmo por ter agido tão impulsivamente, recebendo um olhar de desaprovação de seu parceiro pela ação descuidada. Tormenta olhou pra cima dos telhados confusa, sem sucesso em localizar a dupla já que ambos se esconderam rapidamente, a vilã resolvendo então focar sua atenção no bastão de prata na sua frente, a arma mística do herói arrogante que apareceu na tv 3 dias atrás. A desejo de Bakugou, o bastão desapareceu no ar com um estalar de dedos, aumentando a fúria da corrompida das tempestades. Ela queria saber onde eles estavam para poder se vingar de terem furado seu guarda-chuva mágico, incapaz de voar mais por enquanto, a garota criou como se fosse um tipo de cola mágica com a umidade do ar, congelando o furo que ficou em seu guarda- chuva. Estressada com toda a situação, a garota do tempo abriu um sorriso assim que um de seus golems a comunicou que Reiko estava escondida na emissora de televisão ainda, eles haviam a localizado. A voz maligna soltou uma gargalhada na mente da garota, vendo que sua mais nova criação parecia tão promissora.

Izuku levantou sua cabeça do esconderijo quando ouviu os golems se movendo enquanto Tormenta ria malignamente. Num movimento rápido, o esverdeado terminou de se levantar do lugar empoeirado perto das ventilações, oferecendo sua mão para que seu parceiro pudesse se levantar. Katsuki olhou por um tempo, pensando na possibilidade, e apesar de achar Deku um rapaz atraente, ainda mais por conta do lance das máscaras, o loiro apenas recusou a ajuda, ignorando diretamente seu parceiro tímido. Revirando os olhos pela independência forçada do loiro explosivo, o esverdeado resolveu focar mais uma vez na situação com a vilã.

Seguindo o exército de golems assustadores de gelo, Midoriya conseguiu mais ou menos localizar onde a garota de cabelos roxos podia estar indo... Pra estação de televisão, onde o concurso que ela perdeu havia acontecido! A realização fez com que o garoto de cabelos verdes parasse pra pensar num plano o mais rápido possível, antes que a vilã destruísse todo o lugar por pura vingança. Será que Pony estava atrás de agredir Reiko como uma forma de se sentir melhor consigo mesma? Ou talvez fosse só doideira da cabeça de Midoriya?... Os pensamentos a milhão do menor foram interrompidos quando sentiu uma mão encostar em seu ombro e um corpo musculoso bem perto do seu.

— Você tá muito quieto, dá quase pra te ouvir pensando com essa cara de concentrado — Dynamight disse em um tom provocativo, fazendo Deku corar um pouco, tanto por conta da brincadeira sem graça, quanto o quão próximo o corpo do loiro estava do seu. O menor apenas revirou os olhos por conta da brincadeira, soltando uma risada levemente seca por conta do nervosismo, Midoriya engoliu seco, tossindo logo em seguida para preencher o silêncio que pairava no ar, já que o estilista mirim não tinha ideia do que responder, parecia até que os seus pensamentos tinham travado.

— A-Acho que ela deve estar indo pra estação de tv que fica naquele prédio perto do centro —. Deku ditou, gaguejando um pouco, e como se engrenagens estivessem rodando na cabeça de Dynamight, a realização também havia batido no loiro. A garota do tempo devia estar atrás da vencedora do concurso. Assim que o pensamento passou pela cabeça do herói corajoso, ele imbuiu suas pernas com a energia destrutiva para acelerar seus movimentos, correndo e pulando os prédios em direção ao centro da cidade de Masumafu, sendo seguido pelo menor, quase tão ágil quanto a si, a dupla tinha uma expressão preocupada e séria no rosto agora que presumiram o objetivo da vilã do clima.

(...10 Minutos depois...)

Os dois heróis tiveram que fazer algumas pausas rápidas no caminho, seja pra ajudar cidadãos a não serem congelados pelos familiares da tormenta ou pra lutar contra uma parcela de golems que estavam localizados nos telhados, focados em impedi-los de chegar até a vilã do tempo. Após derrotar o último servo de gelo naquele local, Midoriya prendeu todos eles com sua fita magica, os deixando imobilizados num poste até que a dupla pulasse pro próximo telhado. Com um sorriso no rosto, o esverdeado gostava daquela sensação de ansiedade boa que aquilo passava, junto da sua confiança aumentar muito naquele alter ego de super-herói, ele se sentia um herói das HQs que Uraraka lia.

Quanto mais perto os dois chegavam da torre onde a estação de tv ficava, mais frio o local ao redor deles se tornava, a adrenalina no sangue dos heróis junto da aura mágica das jóias místicas fazia com que esse choque térmico se tornasse mais tolerável, mas ainda assim era estranho o ar frio fatal entrando nos pulmões de Midoriya, e como ardia tudo por dentro, seja por conta dos poderes de Tormenta ou o esforço físico que o herói havia feito até agora, Bakugou parecia mais okay com toda aquela situação, não tinha nenhuma sequela física, o ardor não o afetava tanto. Faltando apenas um prédio para pularem e finalmente chegarem na estação de TV, seu caminho havia sido bloqueado por uma barreira de gelo que parecia impenetrável, ela mantinha eles do lado de fora e prendia as pessoas que a vilã estava atrás do lado de dentro, o plano praticamente perfeito. Katsuki tentou socar a parede revestindo seus punhos com a energia destrutiva, mas o gelo parecia que se regenerava quase instantaneamente, era a primeira vez que isso acontecia, será que o ar gelado estava afetando os poderes de Bakugou, os enfraquecendo? Izuku observava os esforços do herói exibido atentamente, tentando analisar todas as possibilidades daquela situação. Como se uma lâmpada acendesse em sua cabeça, o esverdeado teve uma ideia.

— Que tal usar o livro místico com o conhecimento dos antigos portadores das joias? — A voz de Deku era quase como se fosse uma clareza nos ouvidos de Dynamight, fazendo o loiro se sentir um pouco burro por não ter pensado nisso antes. Respirando fundo e se concentrando na imagem de um livro pequeno como o do herói tímido ao seu lado, uma luz esverdeada cegante se ascendeu por todo o local envolta dos dois benfeitores, um livreto de médio porte se materializou no ar na frente de Katsuki, o loiro ergueu seu braço em direção ao objeto mágico, fechando sua mão direita envolta dele. Era um livro normal, totalmente preto, a capa estava coberta de símbolos de arranhões em verde escuro, apenas um arranhão estava destacado em verde neon, e assim como o herói tímido, Bakugou havia ficado animado ao ver que tinha conseguido invocar a sabedoria dos anciões de primeira. Porém a decepção veio tão rápido quanto a animação, assim que o loiro de olhos vermelhos abriu o manual, reparou que apenas uma página estava preenchida. Estava escrito basicamente as propriedades da energia destrutiva, mas aquilo era uma coisa que Katsuki já havia entendido faz tempo. Um ódio descomunal emergiu dentro do herói exibido, queimava mais do que o ar frio que o cercava. Izuku queria poder consolar o loiro, mas tinha medo de que sua gentileza ferisse ainda mais o ego de sua dupla.

— Eu vou destruir essa barreira, independentemente de como seja —. Antes que Dynamight pudesse invocar seu bastão místico pra quebrar o gelo na porrada, a segunda página do livro brilhou fortemente, as palavras se escrevendo na frente do maior como se obedecessem a raiva dele, assim como aconteceu anteriormente com Midoriya na primeira vez que ele havia se transformado, o que estava acontecendo com aqueles manuais? Independentemente das dúvidas que assolavam a dupla de heróis, Bakugou leu as palavras na sua frente, dando um sorriso ladino, até quase assustador, com a informação que havia aprendido. Com toda sua atenção, o herói respirou fundo, concentrando toda sua energia destrutiva em sua mão esquerda. — Cataclismo! — A palavra saiu quase como se fosse instintivamente da boca de Dynamight, um feitiço de destruição poderoso que concentrava toda a força do azar e da obliteração em um único ponto. Bakugou deu um soco rapidamente na parede de gelo, arrombando a mesma e criando um buraco enorme na estrutura que outrora era invencível, Midoriya estava muito impressionado com os poderes do loiro e de como ele conseguia usá-los naturalmente, seu queixo estava caído, sua boca formava quase um “O” perfeitamente de tão surpreso que estava, o garoto por trás da máscara preta realmente era um prodígio na visão do estilista mirim.

Antes que pudesse fazer qualquer coisa, Dynamight puxou o herói tímido pelo pulso com sua mão direita e pulou para dentro do buraco antes que o gelo pudesse se reconstruir novamente. O lado de dentro aparentava ser bem mais perigoso que o lado de fora, estacas de gelo cresciam constantemente do chão e um aurora boreal sinistra pairava envolta do prédio onde a estação de TV estava... A vilã obviamente estava ali. Reunindo toda a coragem que havia em seu amago, a dupla de heróis seguiu até o local que poderia ter uma ameaça sinistra a suas vidas e dos cidadãos daquela cidade. Alguns golems de gelo tentaram impedir Dynamight e Deku, porém o costume de lutar já havia se alastrado por seus corpos, fazendo que quase instintivamente eles derrotassem qualquer ameaça que fosse jogada até si. As hordas dos familiares de tormenta pareciam cada vez mais desesperados com a força dos heróis, nem mesmo com a vantagem dos poderes de sua mestra estarem amplificados por sua vontade de vingança, eles mal conseguiram encostar no loiro e no esverdeado. Ao finalmente chegarem no maldito prédio que começou toda aquela situação, Midoriya assumiu a liderança na corrida, entrando pela porta da frente do prédio e se deparando com uma cena digna de um filme de terror, uma tela de tv, manchada com uma palma da mão feita de sangue e com duas pilastras de gelo segurando o aparelho eletrônico.

— Abandonai a esperança, vos que entrais aqui, caso queiram salvar o pequeno floco de neve, me encontrem no ponto mais alto do prédio, e depressa... — A voz sinistra e baixa de Pony saía pelos auto falantes da televisão, o tom da menina era como se fosse de uma criança cantando uma cantiga de ninar, causava um desconforto terrível em Midoriya. —... Já que a vida de um floco de neve é efêmera perante a tempestade —. A mensagem se encerrou com a risada maléfica da garota, mas tinha algo a mais naquilo, uma influência esquisita que ambos os heróis sentiram pela primeira vez lutando com Tsukoyomi e mesmo após interrogarem Tokoyami, nada se sabia desse ser. Com rapidez em seus pés, a dupla saiu correndo pelas escadas do prédio, já que os elevadores estavam congelados, se preparando pro embate contra a tormenta.

(...)

Em poucos minutos, os heróis conseguiram chegar no topo do prédio, apesar de se atrasarem por conta dos golems que a vilã fazia questão de enviar em sua subida, e lá encontraram Reiko amarrada no para-raios do prédio. A garota tinha um semblante assustado em seu rosto, ela estava apavorada com toda aquela situação obviamente. Envolvendo seus braços com energia destrutiva, Dynamight cortou as cordas que prendiam a garota de cabelos brancos com facilidade e Deku ajudou a menina a se levantar, o choque do medo fez com que as pernas da adolescente tremessem como folhas frágeis em um tufão. A gentileza do menor em tratar cada civil com o máximo de atenção possível ainda fazia com que um sorriso bem inexplicável surgisse no rosto de Bakugou, o garoto por trás daquela máscara vermelha definitivamente era uma das pessoas mais gentis que o herói exibido havia conhecido. Os ventos ao redor da dupla e da jovem garota pareciam ainda mais perturbados, como se um ciclone estivesse se formando, a ventania tentava os derrubar de cima do telhado de todo jeito possível, aquela era a raiva sinistra de Tormenta, o sentimento guia de seu corrompimento, e ela se aproximava cada vez mais daqueles que incitavam tal ira.

A vilã podia não ser a aluna mais esperta de sua escola, já que Tenya Iida atualmente tinha esse titulo, porém ela sabia jogar baixo, usar sua pobre rival de isca pros heróis era a coisa mais óbvia do mundo, a garota de cabelos agora roxos acabaria e absorveria o poder dos salvadores da pátria, acabando com a vida de Reiko depois que seu plano estivesse concluído. A raiva de Izuku aumentava cada vez um pouco mais por conta do egoísmo de Pony, ela tinha o direito de estar chateada por não ter ganhado, mas a corrupção de seu pensamento estava a levando para conclusões muito extremistas, pelo que o esverdeado via, a loira e a gótica nunca foram inimigas como ele e Camie, podia se dizer que elas eram até as duas metades da mesma moeda, uma muito alegre e sentimental e a outras muito fechada e racional, ambas se complementavam.

Com seu guarda chuva corrompido, sua marca registrada, a vilã do clima criou estalagmites dezenas de gelo, as enviando junto de ventanias e raios na direção da dupla, ambos os heróis ficaram desesperados, já que uma civil estava tão próxima do fogo cruzado. Dynamight e Deku ficaram de costas um outro, tentando evitar todos os projetos de cada direção possível, enquanto Reiko se escondia abaixada do lado do herói de cabelos esverdeados. Girando seu bastão com uma velocidade incrível que havia sido amplificada pela energia destrutiva, Bakugou conseguiu bloquear todos os ataques que tentaram lhe atingir, Midoriya por outro lado tinha mais dificuldades por conta de sua fita mística nunca ter sido usada defensivamente daquele jeito, ele ainda precisava pegar pratica com aquilo, alguns dos projéteis de gelo atingiam os braços os suas pernas, o fazendo arfar de dor. A todo momento, o estilista mirim tentava se adaptar aos padrões dos ataques, mas quando ele conseguia destruir todos os espinhos de gelo, o padrão das direções mudava, lhe fazendo se tornar mais flexível e mais ágil possível, todo aquele esforço, toda aquela ira condensada dentro de seu interior, parecia uma vela ascendendo dentro de si, e antes que o garoto pudesse notar, a joia mística que segurava seu capuz ascendeu fortemente, criando um brilho cegante para todos ali, atrapalhando os ataques de Tormenta. O livro da sabedoria da criação havia sido invocado sem mesmo ter sido chamado, e daquela vez, duas das estrelas estavam douradas, significando que algo havia mudado no tomo de Midoriya. Um sorriso em seu brotou no rosto do menor, seu instinto místico o guiava, sabendo o que fazer, o esverdeado abriu a segunda página de seu livro, e ali mostrava o desenho de um chicote vermelho todo detalhado, com espinhos em formato de estrelas por todo seu comprimento. Uma facilidade tomou o corpo de Izuku, era como se cada pensamento fluísse como água em sua cabeça, ele estava totalmente em paz com aquilo que surgia em seu consciente pela primeira vez em muito tempo e naquele estado, ele conseguia ver direto pelos poderes de tormenta, um estalar de dedos rápido de sua mão esquerda fez com que sua faixa mística sumisse e no lugar, o chicote estelar se manifestasse magicamente no meio do ar. Agarrando sua mais nova arma, o menor a usou para acabar com todos os projeteis que Tormenta havia jogado em sua direção com apenas um golpe, o movimento pegou a vilã de surpresa, e naquela abertura, Deku conseguiu fugir com Reiko, escondendo a garota no corredor de onde os heróis haviam vindo. Não demorou muito para o esverdeado voltar a batalha e correr de volta ao lado de Dynamight, o loiro estava impressionado com a rapidez do herói escarlate. Apenas acenando com a cabeça pro menor, ambos estavam lado a lado, em sincronia para lutar com a bruxa do tempo, um raio foi jogado na direção da dupla, Bakugou o parou enfincando seu bastão no chão do prédio, atraindo as descargas elétricas para sua arma mística.

Cataclismo! — O de olhos vermelhos usou seu feitiço mais poderoso para derrubar as grades de metal que prendiam o letreiro do prédio de televisão, fazendo a grande placa de metal colidir com a vilã. A garota tentou escapar voando, porém o chicote místico de Izuku a prendeu pelos pés, a energia mística que corria pelas veias do menor não a permitia voar, dando interferência nos seus poderes, por estar imobilizada e sem opções, ela era uma presa facil. Bakugou usou sua energia destrutiva para quebrar o letreiro de metal e dar um golpe certeiro na perna presa pelo herói de cabelos verdes ao mesmo tempo. Quando as energias que criaram o universo, a criação e a destruição, entraram em contato uma com a outra, a escuridão de All for one foi repelida para fora do corpo de Pony, deixando apenas uma fumaça azul clara no lugar. A fumaça se dissipou, se transformando em uma gema azul escura de aura sombria, parecendo muito com as vestes da tormenta, antes que o artefato maléfico caísse no chão por conta da gravidade, Izuku estendeu seu chicote, quebrando a semente do caos no mesmo segundo. Do além da compreensão humana, o vilão ancestral sentia sua conexão com a terra ficando mais forte a cada segundo, logo o evento celestial ocorreria, e mesmo sem suas sombras, ele conseguiria fazer o caos ocorrer em todo o lugar. All for One sentiu a presença dos mais novos heróis do plano terreno novamente, uma frustração apareceu em seu amago, porém logo foi substituída por um sorriso maléfico sua marca registrada. Tic-tac heróis, o tempo estava passando e o mal ancestral faria questão de devora-los.

(...Na cidade de Masumafu, as 10:40...)

Com a corrupção tendo sido purificada por Deku e Dynamight, os golems de gelo criados por Tsunotori sumiram complemente, e a destruição física feita por eles a comando de Tormenta pareciam ter desaparecido. Todos que haviam se tornado as estátuas de gelo malignas não lembravam de nada do haviam feito, apenas sentiam uma leve dor pelo corpo e uma exaustão mental, como se tivessem corrido uma maratona de 30 quilômetros. Os heróis não estavam nada diferentes, Deku ainda consolou Pony que chorou de tanta dor de cabeça, falando que a garota podia tentar outra vez o concurso, porem Dynamight teve um ideia melhor. Usando suas influências fora de batalha como Bakugou, o modelo conseguiu convencer sua mãe de fazer com que o programa que Reiko iria estreitar tivesse Tsunotori como co-apresentadora, ninguém nunca soube que o loiro havia feito isso, porém ele não ligava, talvez as ações gentis do herói escarlate aqueceram seu coração pra aquela jovem garota e sua situação triste. Porém como nem tudo são flores, Katsuki notou que algo ainda faltava, mais corretamente falando, uma pessoa ainda faltava... ELE NÃO HAVIA ACHADO O NERD. O desespero no olhar de Dynamight era palpável, apesar do cansaço de ter lutado todo aquele tempo, o maior ainda tentou procurar pelo parque todo antes de se destransformar, ficando decepcionado consigo mesmo por não achar o esverdeado.

Antes que a preocupação consumisse seu coração, o modelo deu de cara com o estilista mirim quando o menor entrou de volta no parque. Um suspiro de alívio foi solto por Bakugou, que nem havia notado que segurava a respiração. Sem muito pensar, o maior instintivamente abraçou Izuku, fazendo o menor ficar como se fosse um tomate cereja, pequeno e muito vermelho.

— Eu fiquei muito preocupado sabia? Eu não te vi com a Uraraka no abrigo nem nada —. O modelo disse, e antes que Midoriya pudesse lhe responder, ou inventar uma desculpa tão ruim que feriria seu orgulho mais do que o normal, Ochako brotou do chão, dando oi para a dupla e correndo para abraçar Midoriya também, já que a garota também estava tão preocupada quando o modelo arrogante ao seu lado. A menor empurrou o loiro, para poder abraçar seu melhor amigo, que apenas aceitou de braços abertos, depois da demonstração de carinho, Izuku levou um tapa no braço da garota, por ter feito ela se preocupar tanto consigo.

— Nunca mais me faz passar isso, brócolis ambulante —. Ochako ditou, fazendo uma gargalhada sair do quarteto, até mesmo Kota estava rindo do xingamento ridículo da menor. Izuku ficou feliz de estar envolta de amigos e de seu crush, ficando até mesmo alegre com a companhia do pequeno Izumi. O garotinho pediu colo pra Midoriya que logo aceitou.

Não tão longe dali, o fotógrafo de Bakugou havia tirado uma foto quando o maior abraçou o estilista mirim, pelo ângulo, o loiro explosivo parecia tão mais feliz e genuíno com aquele garoto do que usando as roupas mais novas de marca. O profissional apagou a foto por respeito a dupla, mas aquilo lhe deu uma ideia fantástica. Correndo em direção ao mini grupinho e os pegando de surpresa quando apareceu, o homem mais velho ofereceu um dinheiro para Midoriya tirar fotos como a dupla de Bakugou, já que duplas haviam se popularizado naquela época por conta dos mais novos heróis do Japão, era uma ótima tendência de moda. Izuku ficou tão em choque que quase não aceitou, apenas quando Uraraka lhe deu um tapa nas costas que o menino voltou pra realidade, aceitando a proposta na mesma hora. A tarde toda passou bem rápido assim, com o esverdeado fazendo poses sendo ao coadjuvante de Bakugou e ficando vermelho que nem um pimentão quando seu crush encostava levemente em si ou lhe encarava fixamente com aqueles olhos escarlate, ele não podia imaginar algo melhor, o estilista mirim estava até mais animado depois disso, melhor dia de todos!


Notas Finais


Espero que tenham gostado desse capítulo, e outros viram mais em breve.

Explicação: os poderes do Deku são levemente diferentes dos da fonte original (ladybug) mas é mais por liberdade criativa msm.

Enfim, espero que gostem e pf me dêem o feedback nos coments. Caso tenham alguma dúvida de algo não explicado, só perguntar nos comentários.

Um beijo de um doce para o outro e até mais vê


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