História Sara e Grissom - CAPITULO 1- GRISSOM

Sara era perdidamente apaixonada por ele, e ele sabia disso já havia percebido a forma discreta que Sara olhava pra ele, e fingia que não via, não sabia, e isso era uma tortura pra ela, mas ele não podia, no fundo ele também gostava dela, mas não podia. Logo que ele a trouxe para trabalhar em seu laboratório, já foi proposital para ter ela mais perto dele, ele não admitia tinha medo, era inseguro, ela precisava de cuidados e de proteção por ser uma garotinha frágil, mas era ele quem tinha medo de dizer o que sentia, o que queria tanto quanto ela, era ele quem precisava dela, por de trás de todo aquele mistério, aquele olhos azuis, aquele charme elevando as sobrancelhas que de forma sutil demonstrava interesse e ela retribuía sorrindo, houve vezes que ela se perdeu no falar por causa dele, ela mesma lhe dizia que quando estava com ele falava muito, se desconcentrava, o que mais deixava ela agoniada é esse sentimento enorme dentro dela e não poder dizer a ele sobre seus sentimentos, não era justo isso, e ele por mais que lutasse contra isso, não conseguia e toda vez que ela estava em apuros ele não pensava duas vezes e logo se colocava para ajudar, e era esse tipo de atitude que deixava ainda mais as pessoas desconfiadas e ela cada vez mais apaixonada por Gil Grissom, como ela poderia dormir pensando nele se no fundo o que ela queria era dormir com ele, ele sempre tão calado, tímido, fechado e misterioso, conversavam apenas o necessário, na sua sala na mesa cheia de papéis e de insetos, ele se prendia, por de trás do óculos um livro de astronomia, e na mesa ainda outros anatomia, entomologia.

Quando ela apareceu na porta, questionando:

— Ei, Gil você distribuiu os casos para a equipe do noturno?

— Sim, Sara e você está com o Warrick no hotel das stripers, aquele mais famoso aqui de Las Vegas, Grissom respondeu desviando brevemente o olhar do livro, e focando em Sara por alguns segundos.

O trabalho era dever dos dois, mas ele sempre levou muito a sério, não que ela não levasse, mas ele não desfocava quase nunca, raramente se distraia com alguma coisa, ele como supervisor criava teorias e ela como sempre, era meio que uma cobaia dele, deixava que ele a usasse para testar e demonstrar suas teorias. E foi em uma dessas, que para provar sua teoria precisou fixar um lençol na parede e ela se encostar no lençol para ser agarrada e pressionada contra ele e a parede, Grissom precisava se levantar do tal lençol, para simular o cenário ou seja apoiar a mão ao lado do corpo de Sara, uma mão na cintura dela e a outra segurava a mão dela pelo punho, era um misto que só os dois entendia, ele a segurava com certo carinho, e olhava nos olhos dela, investigavam e construíam teorias, essa era sobre o assassinato de uma moça sobre uns lençóis, ele demonstrou direitinho a cena, demarcando o sangue rodeando o corpo da moça, Grissom explicou tudo com muita inteligência como sempre fazia, fez uma reconstituição perfeita, mas não com violência ou com força, com apenas um toque suave para não machucar ela, os olhos se encontraram nessa hora, e ele conseguiu provar sua teoria, e por alguns milésimos de segundos se olhavam firmes, mas ele logo se afastou e voltou a ser aquele supervisor antissocial novamente, o cara calado atrás dos livros e de seu óculos, que o deixavam ainda mais atraente, Grissom sempre foi assim lutava extremamente para manter tudo em sigilo, Sara às vezes até o compreendia mas no fundo o que ela queria era poder agarrá-lo e não soltar ele mais, sem ligar ao menos para o Ecklie e seus trabalhos investigativos, e tão amado por eles, pois correriam o risco de serem demitidos caso descobrisse o romance dos dois, dentro e fora do laboratório, mas o que importava para Sara, ela só queria ele, e sempre de forma discreta eles se olhavam, e de certa forma a equipe de CSIs, desconfiavam do envolvimento dos dois, Sara nunca deu a mínima para as investidas do Nick, o que fazia dele um cara desconfiado. Nick sempre foi conquistador não estava acostumado a levar fora das mulheres sendo assim Sara só poderia estar muito apaixonada por alguém, na cabeça dele dizia para seu amigo Warrick:

— Para ela não ter aceitado meus carinhos, Sara com certeza está apaixonada, será que ela seria tão boba, em se apaixonar pelo Greg?

— Calma Nick, a Sara é assim reservada, não deve ser nada com você é só o jeito dela, às vezes ela tem medo por você ser aqui do laboratório, e trabalharem juntos, sabe como isso é complicado, o Ecklie não pode nem sonhar, eu e a Cathe no começo também tinha muito receio, é difícil essas coisas meu amigo, não podemos ficar junto aqui dentro, nem sair daqui juntos, nem trabalhar no mesmo caso, na verdade só trabalhamos no mesmo caso porque o Ecklie não sabe que eu e a Cathe estamos juntos, infelizmente essa é a regra idiota do laboratório, é proibido relacionamento pessoal entre os membros da equipe, para ficarmos juntos tem que ser escondido, eu entendo que é chato mas é o único jeito, dizia batendo a mão no ombro do Nick, e colando o óculos de proteção para entrar no ambiente contaminado por resíduos encontrados na cena do crime.

Ele continuava dizendo a Nick; 

— Não estamos fazendo nada de errado para ter de nos esconder, mas por causa do Ecklie, um sentimento bonito não pode ser demonstrado, mas graças a Deus, apesar do Grissom ser nosso supervisor e nosso chefe, ele nunca se importou com isso, ele sempre foi muito legal comigo me ajudou muito no começo quando cheguei aqui no laboratório eu era um viciado em jogos, lembra?

— Claro, lembro sim. Você mal parava no laboratório vivia nesses cassinos fazendo apostas e mais apostas. Falou Nick meio que rindo do colega.

— Não tem graça isso Nick. Foi o Grissom quem me ajudou, e sempre soube de mim e da Cathe a única coisa que ele nos diz é para tomar cuidado por causa do Ecklie, e que se o Ecklie soubesse da conivência de Grissom, tudo mudaria pois ele mandaria eu e a Cathe para laboratórios diferentes e daria uma suspensão definitiva para ele, bem longe de Vegas. Entende Nick, a dificuldade que é tudo isso meu amigo?

— Sim, você pode ter razão, mas e quanto ao Greg? Ele também trabalha aqui no laboratório, o que ia mudar ele ou eu nessa questão?

— Ah sim Nick, eu concordo nessa questão que você ou o Greg nesse caso daria no mesmo, mas eu tenho para mim que ela também não está afim do Greg não, ainda outro dia vi ela dizendo para ele parar de insistir para não perder sua amizade, algo assim. Deixe a Sara meu amigo, se você realmente estiver apaixonado por ela, a chame para conversar e ver o que ela acha e sente, se vale mesmo a pena arriscar seus trabalhos e esconder tudo do Ecklie, agora se por apenas uma conquista boba, essas coisas de homem competir por mulher sabe, deixe isso para lá, ela está com medo e vai acabar brigando com você, porque ela é assim mesmo, me ouça amigo.

— Está bem Warrick, obrigada pela ajuda, mas se ela der moral para aquele louco do Greg, vou conversar seriamente com ela.

— De nada meu amigo, sempre que quiser conversar estarei aqui.

Nick só sabia que era alguém do laboratório que Sara amava, porque a moça quase não saía, passava a maior parte de seu tempo construindo teorias e investigando casos de violência, geralmente, porque eram seus favoritos. E era assim Greg pensava que Sara gostava de Nick, e Nick que gostava de Greg, os dois eram amigos mas não falavam muito sobre isso. 

Nick era um caro bonito, gentil e educado porém soltinho de mais para o jeito de Sara, já Greg não era tão bonito assim mas tinha lá o seu charme, era um fofo, gentil, inteligente e muito engraçado, vivia de bom humor e ria de tudo, e Sara até que gostava do jeito dele, mas assim como Nick eram amigos. Os dois mal sonhavam que ela era mesma louca pelo chefe Grissom que no geral não era um homem nem um pouco atraente.

— Meninos, chamou Sara aos dois, Warrick vamos que temos um caso no hotel para solucionar, adeus Nick, ela foi puxando o colega para sair da sala, ele suspirou fundo com medo dela ter escutado a conversa dos dois, mas não ela estava na sala do Gil conversando com ele sobre os casos de violência que ficariam para amanhã porque hoje não daria tempo de resolver.

Greg levou as amostras de sangue para Nick, e Gil continuava em sua sala trancado lendo sobre assassinos em série.