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História Segunda Chance. - Tire meu coração.


Escrita por: RebeccaGomes

Notas do Autor


Desculpe a demora. Espero que estejam gostando, obrigada pelos comentários <3 Tudo acabará bem, só esperar. E sim, eu vou terminar essa fanfic e ainda estou postando ;) Enjoy it!

Capítulo 4 - Tire meu coração.


P.O.V Regina.

Eu e Daniel cavalgamos para onde o cavalo nos levava, não nos importávamos muito pelo caminho, o que importava era que estávamos juntos novamente, e que dessa vez ninguém estaria esperando por mim em casa. E isso deveria me fazer sentir livre, o que eu deveria adorar! Mas eu não gostei muito. Isso era triste.

O cavalo relinchou e eu desci dele em um pulo, sendo acompanhada por Daniel.

Estávamos em meu cofre.

– Que lugar é esse? – Daniel observava enquanto amarrava o cavalo em uma arvore.

Eu tinha que ser sincera com ele.

Eu me tornei alguém depois que ele morreu.

– Meu cofre. – ao olhar para ele eu via a pergunta em seus olhos de caramelo. Eu queria o lamber. – Eu guardo o tumulo do meu pai e os corações que eu arranco.

Seus olhos saltaram, seus pés regrediram.

– Como sua mãe faria comigo? – Como ele sabe? Emma o tirou antes de isso acontecer. – Regina, quando você vai para o futuro você vê toda sua vida se passar na frente de seus olhos. Você acha que eu sou burro?

Oh merda!

Ele estava se estressando.

Veja bem; Daniel é uma pessoa muito calma, mas quando ele se estressa... Bem, não é legal.

– Daniel. – tentei segurar suas mãos, mas ele regredia.

– Não toque em mim! – sua voz grossa reverberou em meus ouvidos.

– Daniel! – gritei, tentando o intervir de correr de mim. – Daniel! – gritei novamente, mas já era tarde, ele subiu no cavalo e disparou.

Uma correria surgiu por entre as árvores, e um arco apontado para mim me irritou profundamente me levando de volta a minhas origens. Com um movimento sutil de minha mão o arco voou para o lado, e só agora eu me dei conta de que se tratava de Robin.

– Que gritos eram esses? – suas sobrancelhas raivosas se fecharam para mim. Com outro movimento de mão eu o trouxe para mim.

– O que está fazendo aqui? – eu estava com raiva.

– Eu moro na floresta. – deu de ombros. Eu queria ver o medo em seus olhos como eu vi-nos de Daniel quando eu o forcei contra mim usando magia. Minha magia. – E hoje eu estava especialmente irritado, então resolvi caçar. – seus lábios estavam secos, puxando meus olhos como se os mesmos fossem a sua água, bem, eu queria lubrificá-los com minha língua.

De repente as palavras que saiam pela sua boca não me interessavam mais, e era como se ele estivesse falando mudo.

– Se quiser me beijar, é só fazer isso logo. – Isso eu ouvi! Meus olhos foram debilmente para os dele.

Afastei-me.

Ele riu.

Não.

– Venha, você está deliciosa com essa roupa. – Oh! Minha sobrancelha se ergueu incrédula. –Sem ela também.

Eu iria retrucar, e era isso que ele queria, mas então minhas palavras se transformaram em outras.

– Onde está Roland? E Marian?

Seus lábios se franziram.

– Roland está com a mãe no parquinho. – ele continuou: - e onde está seu Daniel? – sua voz afetada entregou seus ciúmes.

Mas eu estava exasperada demais para joguinhos.

– Depois que ele percebeu que eu me tornei alguém depois que ele morreu, ele fugiu de mim. – não, não, não; eu olhei para ele, e seus joelhos amoleceram como se minhas lágrimas tivessem substituído sua rotula. – Ele só... – meus olhos ardiam, e minha garganta também estava cedendo. –Se assustou comigo.

Seus olhos azuis refletiam minhas lágrimas, quando eu fechei meus olhos e pensei em me teletransportar para algum lugar onde ninguém pudesse ver minhas lágrimas, seus braços já estavam ao redor de meu corpo mole, me apertando forte contra si e me fazendo levar ele comigo para dentro de meu cofre, onde meus corações ficavam, mas eu sabia que as batidas que eu estava ouvindo não eram dos corações que nos cercavam, mas sim do seu coração contra meu ouvido, e ele dizia: ‘’Eu sou seu. ’’

– Oh, minha Rainha... – eu soluçava contra seu peito. – Minha Regina.

P.O.V Narradora.

Os punhos da morena bateram cerrados em seu peito, o esbofeteando como queria fazer com sua raiva.

– Quando eu falei que eu guardava os corações que arrancava, ele simplesmente sumiu, sem perguntar por que fiz isso ou algo do tipo! – ela tentava se justificar. Robin não se incomodou em parar seus punhos. Ele era dela, e ela poderia fazer o que quisesse com ele.

– Por que você os guarda?

Os olhos de Regina se vidraram nos seus, e mesmo que ela não quisesse confiar mais no ladrão, ela ainda o fazia, e ela sabia que podia como ninguém.

– Por que se eu não posso ter os corações das pessoas por bem, eu tenho por mal. – Robin poderia correr apenas com seu olhar cortante no seu, mas ele não o fez, sua atenção estava totalmente ali, e mesmo que seu coração ainda estivesse em seu peito, ele poderia ve-lo nas mãos de sua Rainha. – Esse é o único jeito que eu sinto que tenho o coração de alguém, mas eu percebi que ter um coração de uma pessoa na mão, não quer dizer que você tem o amor dela. – a cabeça da morena foi novamente para o peito do ladrão depois de dar um beijo no mesmo.

Então um lapso se passou sobre os olhos dele, e como um solavanco ele falou:

– Tire meu coração.

Regina se sobressaltou, olhando descrente para ele.

– Tire meu coração. – a mão dela já estava sobre seu peito, parada lá enquanto seus olhos se hipnotizaram pelos dele. Por ele. – Tire meu coração; ele é seu de qualquer jeito, mesmo estando fisicamente em meu peito.

Isso bastou.

A Rainha subiu sua mão que estava no peito do ladrão pelo corpo dele até chegar na nuca do mesmo, a outra se perdeu em seu cabelo e o fez fechar os olhos enquanto sua boca se entreabria em um gemido.

Sua Rainha.

– Minha Rainha. – ele soltou, não sabendo que ela estava a poucos centimetros de sua boca, só notando quando ela soprou sobre seus lábios entreabertos.

– Sua Rainha. – suas palavras entraram pela boca do seu ladrão e lá permanceram, pois logo seus lábios estavam sobre os dele e o mesmo avançou nela, prendendo seus dedos nos cabelos dela enquanto sua mão livre descia para sua bunda, apertando forte, trazendo-a para si.

O momento era de pura hipnose, mas eles estavam famintos um do outro. Em nenhum momento os olhos foram abertos, mas eles não precisavam disso para notar que corações batiam ao seu redor, mas apenas dois amavam, e por mais que eles ainda estivessem em seus respectivos peitos, era como se eles não precisassem disso para sentirem as emoções tão fortemente e genuinamente.

Quando Robin a empurrou para a parede, seus lábios desceram para seu pescoço enquanto sua morena arfava, fazendo seus peitos subirem e descerem deliciosamente, fazendo o decote praticamente explodir. Isso foi suficiente para o ladrão deixar sua língua acariciar aquela pele tentando acalmá-la.

Isso foi suficiente para Regina o empurrar, levantando o braço e o fazendo ser colado na parede enquanto ela arfava na outra.

– Não podemos... – sua voz era fraca pelo coração estar querendo sair de seu peito e se agarrar a Robin.

Ele estava irritado, tenso, e pior ainda, com tesão.

– Regina? – mas não era a voz de Robin.

Era Daniel.

Ele estava embasbacado com os corações nas paredes, e por sorte não notou a situação no outro cômodo.

Ela soltou Robin e se recompôs, ajeitando a blusa e entrando no outro cômodo, dando de cara com Daniel ainda estudando as paredes.

– Vai correr de mim?

Então ele a olhou, mas o que notou mesmo não foi à amargura na voz dela, mas sim Robin de cara fechada surgindo por trás da mesma.

– O que ele está fazendo aqui?

– Diferente de você, eu não fujo e muito menos me assusto com a mulher que amo. – sim, ele estava com raiva! E agora tudo isso estava voltado a Daniel.

– O que você quer dizer com isso?

Robin bateu o pé à frente do homem, e por mais que ele fosse um pouco mais baixo que o moreno, sua potência pôde pisar nele.

– Que eu sou homem o suficiente para entender que tem uma mulher, ou melhor, uma Rainha, também suficiente, e que depois que você morreu, ela se tornou auto-suficiente, e que homem de verdade, quem a ama de verdade, não precisa correr disso.

Daniel tentou replicar a altura. Eram dois homens combatendo contra uma mulher, mas Robin é o Rei dos ladrões...

– Eu a amo o suficiente. Eu amo a Regina.

– Esse é o problema; ela precisa mais do que o suficiente, e aceite que as pessoas podem não se transformar ou substituir, mas elas adicionam. Regina agora é uma Rainha, e você precisa aceitar isso; se quiser correr novamente, corra, mas saiba que eu nunca irei deixar Regina sozinha, por mais que ela me odeie por isso.

Daniel estava desnorteado, eram tantas informações, e ele só teria que se conformar de que agora sua Regina tinha acrescentado bastante. Ele devia ser um bom companheiro e aceitar isso, afinal ele a amava a cima de tudo; mas tirar corações? Isso ainda estava pendente.

Robin Hood? Ele também estava.

– Obrigada, ladrão. – A morena o alfinetou, com um sorriso de lado e uma sobrancelha arqueada. Seu humor azedo...

– Sempre que desejar, Majestade. – ele a reverenciou, sabendo que aquele sorriso que ela tinha era muito mais que isso.

Era inevitável, eles se amavam, e ambos sabiam perfeitamente que esse sentimento pode matar, mas também curar, e que ele não morre.

Daniel e Marion estavam ali para provar.

– Como ele se atreve? – Daniel estava exasperado, Robin já havia ido embora e Regina ainda estava com aquele sorriso.

– Ele é Robin Hood, meu amor; ele se atreve a muitas coisas, e olha que sou eu, a Rainha, que está falando.

Oh sim.

Ela sabia bem do que estava falando.

– Quero que você me conte sobre tudo. – engoliu, sem se atrever a mastigar o assunto. – Principalmente sobre isso.

Seus olhos indicavam os corações ao redor, Regina revirou os olhos e cruzou os braços, era muito a ser contado. Daniel riu pela postura de criança birrenta que ela ainda tinha, e com isso ele podia e sabia lidar. Com os braços cruzados nas costas de Regina, ele a puxou para si, seu sorriso travesso já trazendo o dela e desamarrado sua cara fechada.

– Eu te amo, Regina. E é isso o que importa. Sei que para mim não se passaram tantos anos quanto para você, mas meu amor ainda está aqui, intácto, esperando por você dentro do meu peito.

Oh!

E esse era o problema, e muito mais que isso.

Ele tinha morrido, seu Daniel. Se passou anos, e muita coisas aconteceu, se seu amor ainda estava dentro de seu peito esperando por ele? Sim. Mas agora ela tinha um amor muito maior não esperando por alguma pessoa, mas correndo atrás dela, correndo atrás de seu ladrão, ou melhor, ele tinha pegado para si, por que não se pode roubar algo que foi dado. Ela o amava, e esse amor poderia estar fora ou dentro de seu peito, e ela sabia que ele sentia o mesmo.

A Rainha se perguntou se era assim que ele se sentia com Marian.

Ela se perguntou como poderia ser possivel, se aquilo seria permanente.

E enquanto ela beijava calmamente Daniel, ela sentiu um ar gélido atravessar sua espinha, então ela lembrou que nada poderia ser permanente.

– Robin. – ela soltou, empurrando levemente o peito de Daniel e conseqüentemente seus lábios dos seus, seus olhos se arregalaram.

– Robin! – então ela correu, Daniel em seu encalço, ela já o esperava em cima do cavalo quando ele subiu atrás dela, a morena batendo as rédeas e gritando rancorosamente depois que o cavalo galopeou.

Quanto mais ela avançava pelas ruas de Storybrooke, mas o frio aumentava, e foi na frente da torre do relógio que uma multidão se alvoroçou, se abrindo para ela, mostrando uma mulher loira gritando com Gold, faíscas de gelo ao redor dela mostrando sua fúria.

– A Rainha chegou! – Zangado gritou, e a loira furiosa encarou Regina empinar com o cavalo, o fazendo relinchar e anunciar sua chegada.


Notas Finais


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E se estiver gostando, se tiver alguma dúvida, qualquer coisa, comente! ;)


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