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História Send Me An Angel - Dor


Escrita por: BatataPalhaLega

Capítulo 18 - Dor


Fanfic / Fanfiction Send Me An Angel - Dor

Rony e Hermione tiveram que ir andando de volta para a casa,  junto com Dobby.

- Nunca pensei que eu sentiria tanta falta de aparatar - O ruivo encostou sua cabeça no ombro da cacheada, e começou a brincar com uma mecha do cabelo dela.

Granger virou o rosto rapidamente, para a direção do garoto, e seus lábios ficaram tão perto, que eles quase se beijaram.

Weasley colocou a mão na bochecha da morena, e começou a se aproximar, quando Dobby gritou.

- Chegamos na casa do Harry Potter! 

Os dois se distanciaram e sorriram envergonhados.

- Vamos salvar o Harry do Malfoy - O ruivo abriu a porta e subiu as escadas correndo.

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Harry estava só de cueca na cama, com o fantasma do seu inimigo juvenil em cima de si.

O mundo realmente era um lugar louco.

Draco contornava o abdômen do moreno, descendo do umbigo até as coxas do rapaz; Malfoy acariciou o membro de Potter, que se contorceu na cama.

O Sonserino estava quase retirando a última peça de roupa, quando ouviu a porta sendo aberta, e passos bem pesados na escada.

- Puta que o pariu! - Draco flutuou para longe do Grifinório - Eu sabia que isso era uma péssima ideia.

- Jogue um cobertor pra mim - Harry pediu aos sussurros.

- Cada um por si, e Merlin por todos - O platinado atravessou a parede,  deixando Potter sozinho e semi nú na cama.

O moreno revirou os olhos - Sonserino idiota... - A última coisa que teve tempo de fazer, antes de Rony entrar no quarto, foi cobrir sua ereção com um travesseiro.

- Harry... O que você está fazendo sem roupa? - O ruivo abriu a porta com tudo, e ficou chocado ao ver seu amigo quase pelado, em uma casa cheia de poeira, quando inimigos lá fora os procuravam.

- Acabei de tomar banho. - Potter tentou dar um sorriso convincente.

- Mas seu cabelo está seco... - O ruivo olhou ao redor.

- Eu já sequei ele 

- Aqui não tem toalhas - Frisou Weasley 

- Por Merlin! Sou a porcaria de um bruxo, consigo me secar - O moreno já estava ficando cansado dessa conversa.

- Não podemos usar mágia, dependendo do feitiço, seremos localizados - Rony notou que o amigo estava estranho.

- Ron... Vai se ferrar  - O Grifinório se levantou da cama para pegar roupas novas, mas nesse momento Hermione entrou no quarto, acompanhada de Dobby, e os dois, junto com o ruivo, viram uma coisa embaraçosa.

- Harry - Granger estava corada - Eu vou... Esperar lá em baixo.

- Melhor tomar banho gelado da próxima vez, parceiro, ou então diminuir os filmes mágicos porn... - Weasley dizia quando Potter se aproximou do amigo, e tapou sua boca.

- Obrigado pela dica; vou me trocar e já desço.

Ronald deu um sorriso fraco e saiu, Harry fechou a porta, suspirando e sentou-se no chão.

- Nunca pensei que o Weasley me faria sentir vergonha, mas eu juro, nunca tive tanta pena de você, Potty - Draco voltou para dentro do quarto gargalhando.

- Vai tomar no cú, Malfoy - O moreno jogou o primeiro objeto que viu no fantasma, um travesseiro; Potter colocou uma camisa simples de banda, com calças rasgadas e saiu pisando duro.

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Hermione estava sentada no centro do sofá, com Dobby e Rony ao seu redor, e quando Harry se juntou aos amigos, a cacheada começou a ler.

- Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore, diretor da Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts, faleceu nessa quarta-feira, dia 7 de novembro*, morto por Severo Snape, que se revelou um dos seguidores de Você-Sabe-Quem. - Granger tremeu um pouco a voz ao terminar de ler.

- Ele... Morreu? - Potter olhava para o nada com olhos vagos.

- Mas que porra! - Gritou Weasley - Estamos completamente sozinhos, o único que sabia sobre as Horcrux está morto.

Malfoy olhava a cena assustado, ele nunca gostou de Dumbledore, o diretor era parte do fã clube de Harry, e por isso vivia deixando o Grifinório se safar das encrencas, além de ser meio maluco; mas saber que o Lord das Trevas o matou, só deixava a situação mais real e assustadora.

O mundo bruxo estava prestes a entrar em outra Guerra, Malfoy era um fantasma, longe da sua família, e com a missão de proteger o rapaz mais odiado por Você-Sabe-Quem.

As coisas só melhoravam.

- Dobby pode ajudar - O Elfo se pronunciou, olhando nos olhos verdes do moreno - Conheço Monstro, ele sempre serviu a família Black, e antes tinha um medalhão aqui, todos diziam que era amaldiçoado.

- E onde ele está agora? - Hermione focou sua atenção na conversa, tentando esquecer a matéria.

- Sirius Black guardava consigo.*

Harry prendeu a respiração - Você sabe do paradeiro dele?

- Dobby sabe, os prisioneiros foram parar em dois lugares, os mortos estão no Necroticus e os que sobreviveram, mas não escaparam, viraram prisioneiros de Bellatrix.

Weasley se afundou no sofá, tapando o rosto com as mãos - Por que a vida é tão difícil pra gente? Pelo menos uma vez, eu queria ter uma missão fácil.

- Necroticus? - Potter nunca ouviu aquele nome em nenhuma aula, ou se ele foi mencionado, o moreno estava dormindo.

- Você vai ver - Draco murmurou sombrio - Mas vai odiar, eu que não entro naquele lugar.

Rony revirou os olhos - Que surpresa, o Malfoy sendo um covarde, como sempre; pelo menos temos uma coisa normal na nossa rotina.

- Fácil falar, cabeça de cenoura, quando se esconde atrás da sua amiguinha inteligente e do amigo famoso. 

- Pelo menos eu participo de alguma coisa. Se não quer ir conosco e proteger o Harry, que é a sua missão, volte correndo para os seus papais. - O ruivo ficou vermelho de raiva, e Hermione precisou segurar sua mão.

Potter se levantou - Nos leve ao Necroticus, Dobby.

O Elfo assentiu - Mas tem uma coisa que você precisa saber antes disso...

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Vou interromper o relato para dizer aos leitores trouxas, o que é um Necroticus, e depois dizem que os Malfoy não são generosos...

No mundo de vocês existe o necrotério, que é usado para o armazenamento dos cadáveres humanos aguardando identificação e remoção para autópsia ou enterro.

Já o Necroticus, seria uma espécie de necrotério, mas para bruxos, os corpos são levados para lá, toda a mágia é drenada de suas veias, e eles irão ser petrificados, ou congelados, para não apodrecerem.

Os bruxos já não gostam desse lugar porque ele tem uma energia muito pesada, mas agora que Você-Sabe-Quem está controlando a maior parte da sociedade, nossos Necroticus são usados apenas para extrair a mágia dos corpos de magos traidores, que serão usados em Poções para aumentar o poder dos Comensais da Morte.

Foi uma invenção do próprio Lord das Trevas. 

Muitos bruxos morreram no fatídico dia do Casamento, então os seus corpos estariam no Necroticus para servirem a propósitos sinistros.

Algumas pessoas querem ter poder até mesmo sobre a Morte.

Só mesmo um louco como Harry Potter iria lá.

E o seu tolo anjo.

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Dobby os levou para o Necroticus, como prometido, eles conseguiram aparatar sem chamar a atenção de ninguém, graças ao Elfo e a capa da invisibilidade.

O lugar era todo metálico, feito de alumínio, que emitia estranhas vibrações conforme o vento batia nas janelas de ferro.

Só existia uma sala destinada aos cadáveres e ela era enorme, com apenas uma lâmpada amarelada, três mesas estavam no centro do lugar, e em todas elas corpos repousavam.

Ao fundo, podia-se ver uma série de câmaras mortuárias.

O frio, que chegava a arrepiar os jovens, e machucar seus corpos, só colaborava para deixar o lugar ainda mais sombrio.

Hermione segurou a mão de Rony e Harry, e os três foram juntos para onde os cadáveres estavam.

A primeira na mesa era Luna Lovegood, o que causou um grande choque em todos eles, a loira era muito nova para estar naquele lugar.

Seu corpo estava ainda mais pálido que o normal, já que o sangue foi drenado, juntamente com a sua mágia, ela tinha um corte que ia do peito, até o final da barriga, seus órgãos internos foram retirados e a pele estava repuxada, devido ao frio.

Draco desviou os olhos da cena, a morte nunca agradou-lhe.

O próximo cadáver era de Chad, o Auror que estava cuidando de Lucios e Narcisa Malfoy durante o casamento; seu corpo estava em um estado deplorável, possuía claros sinais de tortura, cheio de cortes profundos e hematomas.

Seus órgãos também foram retirados.

Ronald prendia a respiração, e Granger apertava ainda mais a mão dos amigos, Harry possuia uma grande revolta no olhar.

O último corpo era de Remo Lupin, professor e lobisomem de meio expediente, que lecionava em Hogwarts, tinha se casado a pouco tempo; Draco queria muito sair daquele lugar mórbido e horrível, e teria ido embora mesmo, mas viu o rosto de Potter; o moreno correu para abraçar um cadáver frio, sem sangue e com membros torcidos.

Só uma pessoa muito desesperada fazia isso, então Malfoy se forçou a permanecer naquele cômodo que abrigava a Morte, porque o Grifinório precisava dele.

Era sua função como anjo, mas também dentro de si, existia um desejo de ajudar Harry, e naquele momento era evidente que o rapaz sofria.

- Por quê? Ele morreu no dia do casamento... - O moreno permanecia grudado no corpo, enquanto Hermione abraçava-o.

Ronald correu para abrir as câmaras, o corpo do segundo Auror, John, estava lá, juntamente com o de Pedro Pettigrew, porém o que mais chocou, foi ver Arthur Weasley naquele lugar.

O homem tinha um grande corte na garganta, e seus olhos ainda estavam abertos, Rony acariciou os cabelos ruivos do pai, enquanto soltava alguns soluços, atraindo a atenção dos amigos.

- Por Merlin! Eu sinto muito... - Murmurou baixinho Granger.

- Só vamos embora desse lugar, não existem mais corpos aqui, olhei em todas as gavetas; Sirius deve ter fugido.-O ruivo tentava segurar as lágrimas que insistiam em cair sobre o cadáver.

- Pena que vocês não vão ter a mesma sorte - Bartolomeu  Júnior, usando trajes médicos entrou na sala - Eu sabia que tiha ouvido alguns ratinhos.

Dobby se aproximou dos amigos, e até mesmo Draco que já morreu, sentiu um calafrio.

- Harry Potter, o garoto do momento, o Lord vai ficar muito feliz, então já vou te empacotar para ele. - Crouch apontou sua varinha para a única lâmpada do cômodo, e a explodiu.

Depois disso foi só o caos, Hermione e Dobby se enfiaram entre as mesas, sem poder conjurar qualquer luz, senão denunciaram sua posição para o adversário.

Harry se arrastou para a mesa de Lupin, ficando parado, tentando encontrar seus amigos, quando algumas gotas caíram em sua cabeça; o moreno passou a mão pelo cabelo, era um líquido muito raso, e com uma cor escura, ao aproximar os dedos do nariz, constatou que aquilo era o começo do processo de decomposição.

Ronald acabou se atrapalhando no escuro, e caindo em cima do corpo de Arthur, quando se viu cara a cara, com aqueles olhos mortos do pai, soltou um grito; Bartolomeu correu na direção do som, e agarrou o ruivo pelo cabelo, o levantando no ar.

- Você não vai ser o primeiro, e nem o último Weasley que eu matei - Crouch sorria de um jeito maníaco.

- Deffondio - Hermione ao ouvir o grito de Rony, se levantou e jogou o feitiço em uma parede sem nada, onde entalhes profundos se formaram - Bombarda! - A explosão fez com que as marcações aumentassem e explodissem a parede.

- Estupefaça - O Comensal da Morte atingiu Granger, que caiu desmaiada no chão.

- Expelliarmus - Harry apontou para a varinha de Bartolomeu, que foi jogada longe, o garoto correu na direção de Rony, que se encontrava mais próximo, e ajudou o amigo a levantar-se; Draco levitou Hermione para a saída, seguido por Dobby e pelos dois garotos.

- A gente precisa sair daqui, agora! - Gritou Potter.

Crouch vinha correndo logo atrás e assim que viu o grupo, lançou um feitiço irreconhecível neles, que acabou pegando no ombro de Potter.

Dobby os fez aparatar, de volta para a casa, e Malfoy finalmente pode olhar ao redor; Granger tinha desmaiado, Weasley machucou sua testa quando caiu na câmara, e Harry foi atingido tão forte, que sua pele se partiu, dando espaço a um buraco de sangue e músculo, mas se o loiro pudesse chutar, ele diria que o moreno sentia mais a dor interior, por ter perdido Lupin, do que a exterior.

O Elfo deitou o ruivo no sofá, esperando que o choque passasse, e levou a cacheada para a cama.

Como a inteligente do grupo estava inconsciente, e Ronald estava chocado demais com a morte do pai, Malfoy foi tratar dos ferimentos do Grifinório.

- Isso está péssimo, sorte sua que sou bom em Poções - O platinado se aproximou - Vulnera Sanentur! - O buraco no ombro do moreno foi diminuindo aos poucos, até se fechar totalmente, deixando apenas uma leve cicatriz branca - Sorte sua que Bartolomeu usou o Sectumzebra.

- Que sorte a minha - Potter murmurou com desgosto - Obrigado por ter salvado a Mione.

- Estamos no mesmo barco agora. Não gosto disso, mas é o que tem pra hoje - Malfoy sorriu e acariciou a o lábio de Harry - Devia tomar um banho, está cheirando a cadáver.

- Sirius não estava lá... Então ele ficou com Bellatrix ou os Weasleys - Os olhos do garoto ficaram extremamente verdes.

- Espero que ele esteja com os ruivos - O loiro nunca desejou tanto uma coisa

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Harry sentiu um arrepio percorrer seu corpo, devido a pele fria entrando em contato com a água quente do chuveiro.

O moreno lavou seu cabelo repetidas vezes, tentando ao máximo esquecer aquele cheiro podre... Mas principalmente, os cadáveres, Remo tinha uma vida inteira pela frente, e era um homem tão bom, além disso, fazia parte dos Marotos, seu pai morreu, agora Lupin, o único que sobrou foi Sirius, se ele morrer também, todo o legado terá desaparecido, assim como a memória tangível de que Thiago realmente existiu.

Luna era extraordinária, via o mundo de uma forma única e agora ninguém mais poderia compartilhar da sua visão.

Arthur foi como um pai para Harry, sempre o tratou bem e ajudou, ele morreu...

E com ele uma parte da família de seu melhor amigo.

O Grifinório sentia que, culpa daquilo era tudo sua.

- Não vá sozinho enfrentar Bellatrix - Draco atravessou a parede e agora estava no meio do banheiro.

- Não vou.

- Ronald Billius Weasley e Hermione Jean Granger não contam como uma boa ajuda. Ninguém que tenha um nome tão ridículo como Billius deveria contar, e não se atreva a falar do maldito Elfo; vocês podiam ter morrido hoje.

Potter fechou os olhos para tirar o shampoo do cabelo - Sempre tive os meus amigos perto, e isso basta, além do mais, nós sempre ficamos no "quase morrer", é o charme Grifinório. - Quando o garoto abriu os olhos, viu que o platinado estava ainda mais perto de si, e olhando para uma parte muito específica do seu corpo.

- Malfoy, você está me envergonhando.

Draco sumiu do banheiro, mas depois voltou - Posso dormir com você hoje? Fiquei preocupado de quase te perder, como anjo, é minha obrigação te proteger.

Harry sorriu, e concordou, ficando feliz por alguns segundos.

O único frio que ele queria sentir era o de Malfoy.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


* Nós livros Dumbledore morreu dia 30 de junho de 1997, mas como na minha fanfic o Draco morreu antes de ser nomeado para a missão de matar o diretor, Snape só aniquilou Albus depois.

* Eu sei que nos livros o medalhão não está com o Sirius Maravilhoso Black, mas, isso é uma fanfic, vou mudar os eventos, para ñ ficar uma cópia dos livros.

Espero q vcs aceitem e gostem, ou pelo menos dêem uma chance.

*


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