Hinata descia a rua movimentada, o celular em uma das mãos e seus vintão' na outra. Prestava atenção no aparelho a sua frente, onde, no Facebook, ela discutia sobre algo banal com sua prima Vanessa.
— Piranha, né! — Estalou a língua, mascando o chiclete com mais vontade. — Nojenta, me deixa ir pros' meus bailão', milicrente do caralho.
A perolada suspirou fundo, haja paciência com a família de parte de mãe, viu! Definitivamente não tinha saco para aturar sua tia e sua prima.
— Agora a safada comentou na publicação de Tia Cida, né! Falsa!
"Isso mesmo Tia Cida! Que Deus nos abençoe e nos livre das tentações dos jovens de hoje que só pensam em beber! [insira aqui emojis idiotas]"
Era, no final, o que sua parente havia postado. A Hyuuga apenas assumiu uma expressão de nojo, colocando a língua para fora como se fosse vomitar.
— Chata pra' caralho, mané.
Andou mais um bocado de chão, falou com os moradores da rua, desde a velha chata do cachorro escandaloso até a mãe da criança birrenta que mora lá no alto, considerava-se clean e muito simpática. Ao passar pela esquina, sentiu uma mão agarrar seu pulso e automaticamente arregalou os olhos em extrema força, balançando a cabeça de um lado para o outro, com a boca aberta quase saindo um grito.
Sua expressão de choque se assemelhava a um hamster assustado, mas o que poderia fazer? Senta que lá vem assalto!
— Qualé', passa o celular! — Disse firme o assaltante, fazendo a garota juntar as sobrancelhas, levemente intrigada.
Conhecia aquela voz!
Levantou a cabeça, dando de cara com o parça mais firmeza que poderia conhecer. Kiba a largou imediatamente assim que encarou os olhos lavanda que tanto gostava.
— Hinatinha! — Exclamou animado.
A respiração, antes descompassada, voltou ao seu normal depois de alguns segundos. Suas bochechas ficaram levemente rosadas devido a adrenalina, mas a garota ainda se pode rir.
— Pô, mano, o susto que cê' me deu. — Ralhou com o amigo de longa data, batendo-lhe no braço. — Quer me matar, maluco?
— Claro que não, Hinah. — Respondeu o mais alto, coçando a nuca, levemente envergonhado. — Tu é mó' firmeza, tá ligada?
— Hm. — Se limitou a responder, guardando o celular no bolso e fechando a cara.
— Fica assim não, pô.
O Inuzuka estalou a língua, desviando o olhar para o céu, na tentativa de pensar em algo. A perolada, no entanto, só cruzou os braços e revirou os olhos, chateada.
— Oh, te pago um pastelão, com caldo de cana e tudo, fechou? — Diz, por fim.
Hinata abre um mínimo sorriso, um biquinho ladino junto do mesmo, acenando positivamente em resposta e fazendo o moreno passar o braço ao redor de seu pescoço.
Então, os dois, com sorrisos que iam de pequenos e sem graça a grandes e iluminados, foram rumo à barraca da Dona Domênica "bater um rango".
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.