História Seul high school (Rosekook, Taesoo, Lismin, Yoonie..) - Noite de baile 2... (FINAL)

BANG!

Jisoo povs:

Eu não sabia o que pensar. Não sabia como reagir. Tudo que eu conseguia fazer, era gritar desesperadamente por socorro...

Jisoo: - ELA TÁ SANGRANDO... PELO AMOR DE DEUS, SOCORRO!! ~ grito, antes das luzes (por razões que eu até então desconheço) se apagarem por completo ~

E por questão de milésimos (dois segundos, de acordo com o capítulo anterior) pude ver. Lá estava ela, minha melhor amiga debruçada sobre meus braços. Ambas sobre o chão gélido daquele ginásio. Sua cabeça sangrava sobre meu ombro.

De repente, não só eu, mas todas as pessoas ali presentes entraram em desespero. Tanto pelo tiro, quanto pelos meus berros agoniados. Todos em meio ao escuro... Assustados... E sem entender o que acabara de acontecer. Só que enquanto isso, ninguém veio nos ajudar..!

Jennie: - JISOO, PRECISA SE ACALMAR... O-OU ELA MORRE! ~ com a lanterna de seu celular, foi até o chão onde nos encontrávamos, tentando localizar o ferimento de Rosé e estancá-lo. Sua voz era falha, e ela tremia conforme se aproximava de Rosé. Há essa altura, tanto eu quanto ela estávamos chorando muito ~

Jisoo: - ALGUÉM LIGA PRA EMERGÊNCIA, RÁPIDO! ~ exclamo, após as luzes serem reacesas ~

Assim que a luz retorna, todos se depararam com a cena da ruiva ferida em meus braços, e entraram em pânico. Então, do meio da multidão, surgiram Jimin e os demais já discando para ambulância. Não podiam ser mais sínicos.

Taehyung: - Jennie, não adianta pressionar suas mãos sobre a cabeça dela. Só está piorando as coisas... ~ comenta, com um olhar insensível, enquanto deprecia as tentativas da morena de salvar nossa amiga ~

Jisoo: - CALA BOCA! ~ me exalto, e Jennie tenta não me deixar perder o controle diante de toda aquela situação ~

Prof Kihyun: - ME DÊEM LICENÇA! ANDEM, SAIAM DA FRENTE..! ~ disse o professor, acompanhado do diretor e de outras duas professoras, sendo estes os únicos adultos presentes no baile de outono ~

Prof Choa: - A polícia j-já... Já está à caminho! Então, alunos... Preciso que se acalmem, e que abram espaço para a equipe médica que virá socorrê-la! ~ explica a prof de literatura, enquanto tenta controlar os alunos apavorados que rodeavam a ruiva ferida~

{...}

Passaram-se exatos um minuto e meio, e lá estava a ambulância adentrando ao local fechado no qual ocorria o baile de outono.

Logo após a equipe de emergência socorrer Rosé e colocá-la às pressas na maca, surgiu então Jungkook que, há pouco, se encontrava ausente. Ele adentrou no ginásio com muito desespero, enquanto chamavam pelo nome de Rosé.

3 minutos antes do ocorrido...

Jungkook povs:

Eu tinha apenas 3 minutos até que o tal "Josh" atentasse contra a Rosé. Por isso, sem pensar duas vezes, corri uns km até a sala de energia que se encontrava dois andares acima da diretoria, ou seja, um andar acima da sala de segurança. Foi então que no caminho, eu encontrei logo o Yuta (Japa hightec do meu antigo clã). Ele seguia para sala de segurança, e eu não pude deixar de perguntar...

Jungkook: - Que porra cê tá fazendo..?

Yuta: - Eita caraio! ~ se assusta com minha presença ~

Yuta: - A menina me pediu pra fazer um favor pra ela.

Yuta: - ... Eu tô fazendo, oxi.

Jungkook: - Rosé?

Yuta: - É. Acho que é essa aí... ~ diz, enquanto conecta um notebook no PC do sistema de segurança ~

Jungkook: - Tá... Eu não sei por qual razão ela queria que você hackeasse o sistema de segurança... Mas aposto que ela não faz a menor idéia do que realmente estão tramando contra ela. E eu vou precisar da sua ajuda para conseguir entrar na sala de energia. Afinal, a mesma possui senha. E também você já está no sistema mesmo...

Yuta: - Mas...

Jungkook: - VAI YAKISOBA!

Yuta: - Tá! Tô indo...

{...}

Sala de energia

Jungkook: - Certo. Faltam 1 minuto...

Yuta: - Já posso voltar para o que estava fazendo..?

Yuta: - Vou precisar ligar de novo as câmeras logo após estas serem desligadas pelo tal sequestrador.

Jungkook: - Ele não é sequestrador... É um assassino.

Yuta: - whatafuck?!

Jungkook: - Pois é. Agora vai fazer o que ela te pediu... Anda! ~ dá um tapa na bunda do Yuta, e ele sai da sala meio corado ~

{...}

Sala de segurança

Yuta: - Rosé, ele já desligou... ~ diz ao telefone com a ruiva ~

Yuta: - Agora? Beleza!

{...}

Sala de energia

Jungkook: - 5... 4... 3... 2... ~ conta, conforme acompanha o pequeno ponteiro de seu relógio de pulso ~

Jungkook: - UM! ~ aperta o botão que desliga todas as luzes presentes no colégio ~

{...}

Jungkook povs:

Feito aquilo, eu apenas fechei meus olhos e rezei. Mas no fundo, estava até feliz. Sentia como se eu tivesse acabado de salvar a vida da Rosie, e que ainda teria muito tempo pra tretar e trepar com a garota fria porém selvagem por quem eu teria desenvolvido sentimentos perigosamente intensos, mas ainda sim puros.

Eu só tinha focado em correr para cá e fazer o que parecia ser o mais lógico, pra impedir que ela morresse. Mesmo que isso custasse a vida de outra pessoa...

Mas também sabia que, cedo ou tarde, teria que lidar com o fato de que eu havia sido traído pela única família que ainda me restara. Eles pretendiam tirar de mim a única pessoa que eu ainda amava (Mesmo que eu odiasse essa palavra. Literalmente. Me dava enjôo), e certamente pagariam por isso. Ninguém, absolutamente ninguém... Mexe no que é meu.

{...}

Jungkook: - Eaí, conseguiu ligar o sistema de segurança?? ~ perguntei, apreensivo, após ir para sala de segurança ~

Yuta: - Houve um probleminha... Parece que o tal atirador entende mais de hack do que o esperado, e bloqueou qualquer possibilidade de alguém entrar no sistema enquanto ele estiver no controle deste.

Jungkook: - Porra japa...

*Barulho de tiro*

Jungkook: - Ouviu isso?! Foi um...

Yuta: - Puta à milanesa que me pariu... FOI UM TIRO!

Jungkook: - E-Eu... Eu achei que no escuro ele não atiraria! ~ fui para a sala de energia, reacendi as luzes, e corri desesperadamente para fora do prédio da escola, seguindo direto para o ginásio que ficava a quase 1,0 km de distância de onde eu estava ~

{...}

Atualmente...

Jisoo povs:

Eu já tava mal. Mas ver a reação do Jeon quando levaram a Rosé para dentro da ambulância... Me deixou mil vezes pior.

E eu nem sabia que aquela angústia poderia piorar. Meu coração chegava a doer sobre o peito, e eu só pensava no quanto eu queria poder voltar no tempo e ter trancando a Esquilete no banheiro da minha casa. Qualquer coisa para que ela não fosse àquele maldito baile!

Jennie: - Jungkook... ~ disse, se esforçando muito para não chorar ainda mais diante do garoto que se encontrava em estado de choque ~

Jennie: - Foi muito rápido. Não deu tempo de se abaixar, ou sequer desviar de onde a arma foi direcionada... ~ diz, colocando sua mão sobre o ombro do garoto ~

Jimin: - Kookie, eu sei que você deve estar bem mal... Isso deve ser muito difícil pra você..!

Jimin: - Mas então... Topa sair pra beber? Ou sei lá... Fuder umas putas, quem sabe.

*Jungkook permanece estático, enquanto um turbilhão de lágrimas pesadas e quentes são disparadas contra o traje à rigor que o acastanhado vestia*

Ele encarava algumas das gotas de sangue derramadas sobre o chão a sua frente com um olhar vazio, enquanto fechava seus punhos com tamanha ira, que quase rasga a palma de sua mão ao pressionar suas unhas contra a mesma.

Foi então que toda uma equipe da polícia adentrou no ginásio, já isolando a "cena do crime" com aquelas fitas amarela e preta, enquanto alguns dos agentes presentes começaram a fazer perguntas ao diretor e professores presentes.

{...}

Inspetora Murilo: - Então o único disparo foi dado segundos antes das luzes serem apagadas, certo? ~ confirmou a explicação dada pelo diretor, enquanto outros policiais revistavam todos os alunos, de um em, e assim liberando aqueles que estivessem livres de suspeitas (Com excessão dos Royals, Monsters e Jokers) ~

Diretor: - Sim.

Inspetora: - Alguns dos meus agentes já entraram em contato com os responsáveis da Roseanne Park. Os mesmos estão vindo de Dubai, e vão se encontrar com a governanta da família que vai acompanhar a vítima na emergência do Hospital Jihenjon localizado aqui em Seul.

Diretor: - Certo doutora... ~ assente o mais velho ~

Inspetora: - Agora... O que eu e minha equipe queríamos entender, é como não conseguimos imagens das câmeras de segurança de todo o campus deste colégio?

Prof Kihyun: - Como assim?! O que houve com as gravações de segurança..?

Inspetora: - De acordo com os técnicos, o sistema de segurança da escola foi hackeado exatas 21:36 da noite. Foi então que 45 segundos depois alguém frequentou a sala de energia, desligando o gerador de energia no mesmo instante em que o primeiro e único tiro foi disparado contra a aluna.

Diretor: - O que está tentando dizer..?

Inspetora: - Estou querendo dizer que a história não está batendo, pois a pessoa até poderia se infiltrar no sistema, desligando-o através de seu próprio celular, e logo em seguida atirado na Roseane. Mas quanto a sala de energia, seriam praticamente 1000 metros de distância, correspondentes 37 segundos caso o atirador viesse correndo até o ginásio. Neste caso, é provável que alguém soube do que iria acontecer nesta noite, e tentou salvar Roseanne, ou simplesmente colaborou com o atirador, apagando a luz para que este não fosse pego ou reconhecido.

Diretor: - Sem a imagem das câmeras vai ser difícil, mas eu vou fazer o possível para colaborar na investigação doutora!

Inspetora: - Muito bem, senhor diretor. Agora, pelo o que podemos observar, meus agentes já liberaram mais de dois terços dos alunos presentes neste baile, o que me leva a crer que a pessoa responsável pelos disparos pode não estar mais presente neste local.

Inspetora: - Neste caso, eu e minha equipe vamos focar primeiramente nas circunstâncias para esse crime, investigando amigos, namorados, membros de clã... Qualquer um que tenha alguma espécie de relação com a vítima. Óbvio que outros de nós estarão checando as câmeras dos arredores, indentificando os indivíduos mais propícios a serem suspeitos.

Inspetora: - Então poderia me levar aos adolescentes que confraternizaram com a vítima?

Diretor: - Você provavelmente vai querer falar primeiro com os Royals. Mas eu observei proximidade dela com os clãs dos Jokers e dos Monsters. Ambos de regiões distintas da Coréia.

Inspetora: - Certo. Vamos começar pelos Royals...

Diretor: - Me acompanhe. ~ leva a diretora até onde os Royals se encontravam ~

{...}

Taehyung povs:

O plano havia sido um sucesso. Eu tive lá minhas dúvidas, afinal, sou um cara um tanto calculista, e também meio pessimista, mas por alguma razão, Deus decidiu provar sua inexistência nesta noite, pois justiça divina nenhuma havia protegido a pobre donzela de adormecer em sono profundo.

Como eu sei? Oras! Um tiro na cabeça é guiado por apenas duas opções de destino, sendo uma a morte, e a outra o estado vegetativo. O que significa que, de acordo com a ciências, sua mente desligará, e então game over. Ou simplesmente o jogo continua, mas seu futuro não passará de um sonho.

Triste, não? É... Eu bem que queria panfletar essa informação para que todos compreendessem o verdadeiro significado de se tornar um Royals, e assim, para aqueles que não tivessem culhão de se submeter e disponibilizar sua vida em 99.9% pela alcatéia, apenas aceitariam ficar abaixo, permanecendo gratos por não terem de suportar tal pressão que exige este status.

Mas por que faria? Afinal, eu amo ver as pessoas sofrerem. Então assisto esses panfletos queimarem em chamas, e desejo boa sorte para o próximo infeliz que entrar para a corte.

Yoongi povs:

Uma parte já havia sido concluída. Houve um imprevisto ou outro, mas estes não afetaram diretamente nosso objetivo final. Agora só faltava enrolar a polícia, e caso a ruiva não morresse de uma vez, a Lisa já tava encarregada de visitar sua querida amiga no hospital e desligar o oxigênio que a sustenta-se. Então posso dizer que me sinto num simples jogo de poker. E da pra acreditar que mesmo sem saber jogar, haha... Estou ganhando.

Jimin povs:

Eu sei que pareço um cara mal... Bem, pelo menos é assim que me sinto. Desde o começo sabia que Jungkook não teria opção de nos deixar, isto porque o pacto do nosso clã, pelo menos para membros oficiais, proibi a desistência do cargo, caso contrário sua morte passa a ter data e hora anotadas em nossos caderninhos.

E é lembrando disso, que agora compreendo a razão pela qual o Jeon nos convenceu a não tornar Rosé uma membro oficial. Ele
sabia que por ela ser diferente da maioria, as peculiaridades de sua personalidade a impediriam de ser influenciável, e desta forma ele pode perceber que ela não suportaria as verdades por trás do título de um Royals e acabaria não só desistindo de seu cargo, como também atuando contra nós.

Mas quem disse que ela precisou ser uma Royals oficial para acabar morrendo..? Pois é. E olhando nos olhos de Jungkook, posso enxergar o vazio de seus olhos. Como um zumbi, só que ao invés de não ter cérebro, não tinha alma. Estava nítido que perder a Rosé já ultrapassava o limite aceitável de injustiça cósmica. E quanto a mim... Tanto faz. Desde que me entreguei a essa irmandade, perdi minha alma no caminho também. E não ter mais o Jeon como companheiro era só a comprovação disso.

Lisa povs:

Fudeu. Esses três filhas da puta podem estar de boa, mas quando todos formos interrogados na delegacia, eu serei a única não registrada como cidadã deste país, ou deste planeta! Foi então que eu tive a brilhante idéia de vazar bem quando o diretor trouxe a inspetora até o cantinho na arquibancada onde o nosso clã manteve o Oscar na prateleira, agindo como se aquela situação nos afetasse, só que never. Fora que os três coadjuvantes (Jisoo, Jennie e Jungkook) estando cinco assentos mais afastados não melhorava a situação de ninguém.

{...}

Inspetora: Com licença.

Jimin: - Boa noite..! ~ responde, inocentemente, e os outros três (Tae, Lisa e Suga) repetem a atitude do loiro ~

Inspetora: - Soube que a aluna Roseanne Park pertencia ao círculo de amizade de vocês. Então por mais informações, gostaria que me acompanhassem até a delegacia para um interrogatório básico sobre esta noite, tudo bem?

*Todos concordam gentilmente, enquanto Jennie, Jisoo e Jungkook apenas tentam conter a dor e a irá que foram expressas por mais lágrimas derramadas por ambos dos três, em sincronia*

Lisa: - Eu sei que não é a hora certa de dizer, mas todos nós concordamos que os únicos que poderiam ter feito isso... ~ pausa para respirar, forçando fragilidade ~

Lisa: - Desculpa, haha... É que eu ainda não acredito que isso tá realmente acontecendo. Bem... Como eu dizia, nós concordamos que somente os membros do clã Monsters poderiam ter agido contra a nossa querida amiga. Quero dizer... Eles nos odeiam! ~ sugere, dramaticamente ~

Taehyung: - Sim. Os Monsters são nossos rivais, desde que tomamos posse indireta da região norte, assim como adotamos seu antigo membro em nosso próprio clã. Não é mesmo, Jungkook? ~ pergunta, mas o acastanhado apenas mantém o olhar fixo as gotas de sangue do outro lado do ginásio, estas que há pouco ele pôde ver de perto, enquanto levavam a ruiva para o hospital, já inconsciente ~

Inspetora: - Certo. Bem, os três clãs presentes na noite de hoje serão interrogados. Então precisarei ouvir a versão de todos para chegar em alguma prova, ou situação que bata com as horas registradas, assim como o relacionamento de cada um de vocês com a vítima, visto do ponto de vista dos que estão de fora. Óbvio.

Inspetora: - Agora, se me derem licença, solicitarei aos demais que me acompanhem até a delegacia. ~ se afasta dos Royals, e segue para a outra arquibancada onde todos os Monsters se encontravam aglomerados e tensos ~

{...}

Jennie povs:

Naquela hora, tudo que eu queria era ir pra minha casa e chorar no colo da minha mãe. A inspetora mal havia se afastado de onde estávamos, e os Royals já começaram a determinar o que podíamos ou não dizer no interrogatório, como agir, que expressões fazer, e eu pensei seriamente em sair correndo dali, sem pensar duas vezes.

Mas aí eu olhei pro lado, e vi que Jisoo estava aos prantos, exausta de todo o horror pelo qual havíamos passado. E quando olhei pro outro lado, lá estava o Jungkook, sem expressão definida, apenas um olhar vazio, e lágrimas escorrendo por seu rosto. Eu não podia deixá-los naquelas condições. Ainda mais tendo que lidar com a falsidade e manipulação daqueles assassinos imundos.

As minhas condições também não era das melhores. Eu não sabia exatamente qual era a velocidade de um bala disparada daquela distância. Mas por questão de míseros segundos, pude presenciar aquele tiro acertar a Rosie na lateral do sua cabeça, e então tudo ficou escuro.

Essa cena ficava se repetindo na minha mente, quase que em câmera lenta, e tudo que eu conseguia pensar era na possibilidade de não ter sido algo sério. Que nós poderíamos ver nossa preciosa ruiva no dia seguinte, falando umas grosserias e esfregando sua superioridade intelectual na nossa cara. Eu... EU NEM ME DESPEDI, PORRA! (lágrimas)

Fora que além de dor, eu estava furiosa com aqueles putos! Principalmente o Yoongi. Saber que meu próprio namorado teria participado dessa merda... SÓ PIORAVA AS COISA, CARALHO!

Sem chance deu continuar nesse relacionamento... Ou nesse clã. Preciso sair dessa, antes que eu seja a próxima. E se eu pudesse levar a Rosé comigo, estaríamos indo agora.

Foda.

Após intimar os outros dois clãs para serem interrogados, alguns dos agentes dessa operação nos acompanhou até as viaturas, e por fim fomos levados até a delegacia.

{...}

Interrogatório:

Inspetora: - Percebeu algum comportamento estranho da Rosé durante o baile..?

Lisa: - Na verdade...

Lisa: - Bem, no decorrer da noite houve um momento em específico no qual eu flagrei a Rosé discutindo com o líder dos Monsters.

Inspetora: - E por acaso conseguiu ouvir do que se trava a discussão..?

Lisa: - Ah, não. Seria muito deselegante da minha parte...

{...}

Inspetora: - Você é líder de seu clã?

Jimin: - Sou.

Inspetora: - Pode descrever a relação de vocês com a vítima?

Jimin: - Bem... Eu diria...

Jimin: - Saudável.

{...}

Inspetora: - Verificamos todos os celulares dos interrogados está noite, certo? E no seu celular em específico, encontramos conversas em que a Roseanne marcou horário no prédio do seu clã, pelo menos duas vezes.

Mina: - Correto. Duas.

Inspetora: - Poderia me dizer o que ela estava fazendo lá?

Mina: - Suponho que a senhora já saiba...

Inspetora: - Sim, jogando. Mas a troco de quê..?

Mina: - Respostas.

{...}

Inspetora: - Uma testemunha afirmou ter visto o senhor tendo uma discussão em particular com vítima. É verdade?

Bobby: - Eu já saquei o que os Royals estão tentando fazer... Merda!

Inspetora: - Não se exalte, rapaz. Apenas responda a pergunta.

Bobby: - A Rosé nos convidou. Ela queria provocar os Royals com a nossa presença... Como acha que entramos? Ou melhor, por que acha que viajamos 3 horas para vir a esse maldito baile?!

Inspetora: - O celular da vítima ainda não foi localizado, mas se você tiver provas desse convite feito por ela, e o número da mensagem no seu celular bater com o contato salvo pelos demais, então entraremos no assunto com mais delicadeza.

Bobby: - Deixei meu celular com um de seus agentes. Pode verificar. Encontrará o que está procurando...

{...}

Inspetora: - A vítima foi atingida bem a sua frente, certo?

Jisoo: - S-Sim...

Inspetora: - Reconheço sua situação de pós-trauma, e não quero te pressionar. Então a única pergunta que vou te fazer é...

Inspetora: - Sabe de alguém que não queria a Rosé viva?

Jisoo: - Eu... Eu acho que...

Inspetora: - Uhum?

Jisoo: - Acho que devia ficar de olho no meu clã...

Inspetora: - Pode dizer o porquê?

Jisoo: - Não.

{...}

Inspetora: - Onde você estava e o que fazia às 20:46 da noite de hoje? Pode me dizer..?

Yuta: - Estava bebendo... Ponche, povavelmente.

Inspetora: - Entranho, porque as câmeras registraram você andando pelos corredores do prédio, depois abrindo o armário pertencente a vítima e pegando seu notebook, e em seguida o senhor também foi visto entrando na sala de segurança, quando dois minutos depois... Pluft! Todas as câmeras do campos foram desligadas. Coincidência?

Yuta: - Eu só estava fazendo um favor para a menina, mas não deu certo.

Inspetora: - Que menina?

Yuta: - Rose... Rosé. Ela queria que eu utilizasse o programa de hack do notebook dela para que eu entrasse no sistema e ligasse as câmeras após estas serem desligadas pelo atirador...

Inspetora: - E quanto a sala de energia do andar de cima..? Frequentou aquela sala?

{...}

Jungkook: - Não.

Inspetora: - Mas o garoto afirma ter visto você lá, e que você apagou as luzes baseando-se no momento em que o tiro seria disparado. É mentira?

Jungkook: - Claro que é! Está nítido que ele e o clã dele são os envolvidos no caso... ~ diz indiferente, enquanto encara seu próprio reflexo na parede de vidro por de trás da inspetora ~

Inspetora: - Algumas pessoas afirmam ter te visto deixando o ginásio minutos antes do ocorrido. O fazia fora do ginásio?

Jungkook: - Eu estava falando com a minha mãe no telefone do Yoongi. Mas quando ouvi o tiro, saí correndo. E só depois de não ouvir mais nenhum outro tiro, que tive coragem de voltar para o ginásio. Só que perdi o celular do Yoongi no caminho.

Inspetora: - Seus olhos parecem inchados, e essa situação pode ter te abatido... Quero dizer, você tinha alguma espécie de relacionamento com a Roseanne..?

Jungkook: - Ha...

Jungkook: - Sabia que eu sempre me perguntei isso..?

Inspetora: - Você e ela foram coroados rei e rainha do baile de inverno. Foram coroados por algum motivo.

Jungkook: - Rosekook..! Rosekook..! Rosekook..!

{...}

Inspetora: - Têm certeza de que seu clã não tem nada a ver com isso..?

Taehyung: - Você não têm?

{...}

Inspetora: - Conhece algum segredo obscuro da Rosé..?

Jennie: - Sim. E vai morrer comigo.

{...}

Hospital Jihenjon

[Sala 12]

Governanta: - Sra Park! ~ levanta da poltrona ao lado da cama de Rosé, e recebe a mãe da ruiva ~

Sra.Park: - Oi Sra. Yang... Bem, o meu marido está falando com o médico. Pode ir comer algo na lanchonete, eu fico com a Rosé... ~ fala para a mais velha, e depois se senta na poltrona que antes era ocupada pela governanta ~

Governanta: - Ah... Ok! ~ deixa a sala, e segue para o refeitório do hospital~

{...}

Sra Park: - Roseanne..? ~ chama pela filha, enquanto acaricia sua cabeça ~

Sra Park: - Vai dar tudo certo, meu amor... ~ derrama algumas lágrimas sobre os lençóis do acolchoado onde Rosé se encontra ~

{...}

Uma semana depois...

[Chat on]

"Os burguesin"

Jimin: Souberam???

Lisa: Tenho que sair, depois me contem!

Jin: As tretas de Seul não me apetecem mais... Aqui em Londres o baguiu é loko, pai!

Namjoon: Não. O quê?

Jin: Só ontem, eu vi um libanês chupando duas rolas ao mesmo tempo KKK.

Jimin: Quem dera a Lisa tivesse essa capacidade...

(Silêncio constrangedor)

Hobi: É mesmo, Jimin? E por que exatamente..?

Jimin: Por que meu pau equivale a dois.

Namjoon: Aff...

Yoongi: Só dois?

Tae: POR QUE O JIMIN NÃO VAI DIRETO AO ASSUNTO, ÉIN?!

Jimin: Ah, tá bom! O Yuta foi preso ontem. Só isso.

Yoongi: Mas.. E o Bobby?

Jimin: Também foi preso, na verdade. Só que os pais dele já pagaram a fiança.

Jimin: E eu soube que os pais do Yuta virão do Japão para pagar a fiança dele também...

Tae: Viu? Não fomos tão injustos assim. No final das contas, todo mundo se deu bem...

Jin: Mas por que eles fariam isso com a ruiva? Tipo... O que eles tinham contra ela?

Namjoon: Será que foram realmente eles..?

Tae: O que te faz pensar que não seriam eles?

Namjoon: Estou querendo dizer que eram vocês que estavam pretendendo algo contra a Rosé. Só não especificaram o que fariam com ela.

Hobi: Sim. No passeio das montanhas, o Jimin falou que ela sabia de algo podrão sobre nós, e que devido a isso nós deveríamos agir.

Hobi: E olha só... Agora ela tá respirando através de máquinas num hospital. Coincidência?

Jin: Não pode ser gente... Vocês nem pensaram no Jungkook?! Puta que pariu...

Hobi: Olha, só pelo silêncio, já dá pra saber o que se passa na cabeça de vocês...

Yoongi: E o que é, então?

Namjoon: Culpa.

Jimin: Talvez...

Tae: Eu não sinto nada.

Jin: Porque você é a porra de um psicopata, Taehyung!

Jimin: Gente...

Tae: Olha quem fala, né Jin? Asfixiava a própria irmã com o travesseiro, porque queria ter nascido com a fruta dela.

Jin: Fiz isso porque enquanto ela era mimada pela família, eu era abusado constantemente pelo nosso pai! Então certo dia, eu fiquei tão puto, que decide descontar na minha irmã...

Jin: MAS ISSO NÃO É DA SUA CONTA! E TAMBÉM NÃO ESPERO QUE VOCÊ ENTENDA!

*Jin deixa o chat*

Namjoon: Olha... Vocês se meteram com merda, e nós que não vamos pagar por um pato que não comemos!

*Namjoon deixa o chat*

Hobi: Melhor começarem a rezar, porque se essa garota morrer, seis tão fudidos!

*Hobi deixa o chat*

Yoongi: Menos três cabaços pra cheirar da minha mercadoria...

Taehyung: Então... Onde vão querer passar as férias..?

{...}

Casa da Jisoo

Sra Kim: - PRONTA, FILHA?! ~ berra do andar de baixo ~

Jisoo: - Tô indo, mãe..! ~ responde impaciente, enquanto desce as escadas ~

Sra Kim: - Você sabe que o horário de visita desse hospital é complicado, Jisoo. Então não fode!

Jisoo: - Só porque gravam "autópsia de famosos" lá..?

Sra. Kim: - Menina! Não se... (Dá um leve tapa na nuca de Jisoo) BRINCA com os mortos..! ~ dá outro tapa ~

Jisoo: - Au! Caralho.

{...}

Hospital Jihenjon

Sra. Kim: - Pronto! Tá entregue. ~ diz, após estacionar seu luxuoso carro em frente ao prédio ~

Jisoo: - Confirmou minha presença, né?

Sra. Kim: - Claro que sim! Agora... Como a sua mãe já te trouxe aqui...

*Jisoo encara sua mãe com impaciência*

Sra. Kim: - Eu gostaria que você fosse mais grata à mulher abençoada que te pôs no mundo, sabe?

Jisoo: - Eu tenho uma amiga que tá internada, quase morrendo dentro deste hospital, e você tá mesmo preocupada com o que Jesus gostaria que eu dissesse pra você após me dar uma maldita carona?!

Sra. Kim: - JISOO! QUAL É A PALAVRINHA MÁGICA?

Jisoo: - (Não fez mais do que a obrigação, sua velha) Muito obrigada, senhora minha mãe. ~ bate a porta do carro, e segue para dentro do estabelecimento ~

{...}

Recepcionista: - Boa tarde, como posso ajudar?

Jisoo: - Ahn... Eu sou a Kim Jisoo. Minha mãe solicitou um agendamento de visita para Roseanne Park, enviando-o para o seu endereço de e-mail.

Jisoo: - Você recebeu... Né?

Recepcionista: - Ah, sim. Mas então... É que na verdade, hoje cedo a paciente Roseanne Park foi...

Jennie: - Transferida para uma sede hospitalar em Melbourne. ~ surge na conversa, voltando do toilette hospitalar feminino ~

Jisoo: - Também veio visitar ela... ~ supõem desanimada, enquanto acompanha a acastanhada até o sofá de espera na recepção ~

Jennie: - Claro. Já tinham se passado uma semana que a Rosé estava aqui, e a Sra. Park só nos deixou vê-la naquela terça... Então decidi vir de qualquer jeito. Não tava aguentando a angustia da incerteza...

Jisoo: - Incerteza?

Jennie: - A gente sabe que ela pode não resistir... ~ explica, cabisbaixa ~

Jisoo: Ela vai resistir! Foi você mesma quem disse que a bala tinha passado raspando na cabeça dela...

Jennie: - Sei lá Jisoo, eu tava confusa... E em choque... Não dá pra ter certeza do que vi!

Jisoo: - Por que enviaram ela para Melbourne? ... Onde fica Melbourne? ~ se questiona, exaustivamente ~

Jennie: - Austrália.

Jisoo: - Ah... Mas por quê?

Jennie: - Não sei. Espero que por uma boa causa...

Jisoo: - Semana que vem, eu vou ter que ir à Itália com meus pais.

Jisoo: - Eles querem me levar no Vaticano pra ser "purificada" por aqueles padres estupradores... ~ faz uma cara de nojo ~

Jennie: - Ha. Já eu vou pra Nova Zelândia reencontrar meus velhos amigos do intercâmbio.

Jisoo: - Já que você vai tá perto, da um pulo na Austrália e visita a Rosé pra ver se ela está bem, ok?

Jennie: - Claro que eu vou.

Jennie: - E fico feliz por você saber que a Nova Zelândia fica no mesmo continente que a Austrália...

Jisoo: - Sério..?

Jennie: - É, eu não esperava.

Jisoo: - Te fode, então.

Jennie: - Penso sobre... ~ começa a chorar ~

Jisoo: - Tá... ~ algumas lágrimas descem pelo seu rosto ~

Jisoo: - Vamos tomar um maldito sorvete. ~ seguem para fora do prédio, e atravessam a rua para chegar até a pequena confeitaria de sorvete gourmet ~

{...}

2 semanas depois...

Malibu, Eua.

Os Royals haviam chegado nos EUA há quase duas semanas, e optaram por se estabelecerem na casa de praia do Taehyung, localizada num condomínio caríssimo com uma vizinhança digna do preço.

Taehyung: - Vai ter um churras na casa da Kylie Jenner... Tão afim? ~ pergunta do sofá, enquanto os outros se encontram na piscina ~

Jimin: - Tô com paciência pras Kardashians não! ~ exclama da piscina ~

Yoongi: - Eu tenho compromisso... ~ afirma, voltando de onde estava com uma toalha em mãos ~

Taehyung: - Vai aonde? ~ pergunta, pouco interessado, enquanto folheia uma revista da Peaple ~

Yoongi: - Numa pequena reunião na casa do Post Malone. ~ vai até a bancada da cozinha, pega um copo de pequeno porte, porém largo, e deposita o conteúdo de uma jarra de cristal em seu copo ~

Yoongi: - Quem quiser, pode vir. ~ da um gole modesto em seu Whisky ~

Lisa: - Eu e o Jimin vamos no aniversário da Billie Eilish. ~ diz, enrolada numa toalha, voltando da piscina ao lado do loiro ~

Yoongi: - Essa pirralha..? Sério?

Jimin: - Fomos convidados pelo próprio Justin Bieber, que está organizando a festa.

Tae: - Então foi esse o rumo que a carreira daquele garoto do baby tomou..? Trágico.

Jimin: - É tudo por imagem, vocês sabem. Nossos fomos os únicos asiáticos convidados para essa festa, então... Bora rouba cena!

Yoongi: - Aff... Dá licença, que eu vou é fornecer doce aos meus amigo macho! ~ segue para a escada de mármore, enquanto enxuga seu cabelo com a toalha em sua mão ~

Taehyung: - E quanto ao Jungkook..? O avô dele mora em Los Angeles. Por que ele não veio com a gente?

Lisa: - E quem disse que ele está nos Estados Unidos?

Taehyung: - Ué! Ele sempre vem pra cá nas férias de verão.

Jimin: - Ele quis ir para Londres, junto dos outros... ~ explica, desapontado ~

Taehyung: - Quê, com os excomungados?

Lisa: - Tecnicamente, foram eles que deixaram os Royals.

Taehyung: - Vocês não entendem! Não podemos perder o Jungkook... Ele é o famosinho do nosso clã, porra.

Lisa: - Só porque o avô dele é o dono da Samsung?

Taehyung: - Cherô orégano?! Esse velho é mais rico que o Stevie Jobs...

Jimin: - Pensasse nisso antes de executar a ruiva!

Taehyung: - A idéia foi do Yoongi, caramba. Vocês sabem que ele não passa de um narcisista mafioso, e pra fazer a gente sumir do mapa, basta um estralo de dedos.

Lisa: - É. Eu soube desde o começo que não era boa idéia... Ainda mais porque não é todo dia que a filha do dono da Hyundai entra no nosso clã.

Jimin & Taehyung: - Como?!

Lisa: - Oras, vocês sabiam que ele era um patrocinador do nosso colégio. De onde achavam que vinha todo o dinheiro..?

Jimin: - Como ficou sabendo disso, Lisa? ~ puxa a loira até o sofá, colocando-a para sentar entre ele e Taehyung ~

Lisa: - Pelo jeito, só eu fiz a lição de casa...

Taehyung: - Fala, desgraça!

Jimin: - Ei! Olha como você fala com ela. ~ diz, apontando seu dedo indicador com desprezo para Taehyung ~

Lisa: - Relaxa gente... Como dizia, eu soube pela minha mãe. Ela estudou com o pai da Rosé. Também me disse que eles eram melhores amigos no colégio, e que uma vez o Sr. Park contou em segredo para ela que ele era o herdeiro de todo a franquia Hyundai.

Lisa: - Emocionante, não?

Taehyung: - Tá, mas a sua mãe não nasceu na Tailândia?

Lisa: - Sim, mas ela morou dois ano aqui, e depois foi para a Coréia do Norte, onde conheceu meu pai.

Jimin: - Agora que eu me dei conta de que namoro a filha de um ditador...

Lisa: - Uau! Quanto drama...

Taehyung: - O que ele te dá de pensão? Duas cabeças de pessoas que assistiram Felipe Neto escondido?

Lisa: - Antes fosse...

Jimin: - Tá, volta pro Jungkook!

Lisa: - A gente tava falando da Roseanne, Chim.

Jimin: - NÃO ME CHAMA DE CHIM!

Taehyung: - Ah! Dá licença, que eu vou comer Vieras com ganache na casa das Kardashians..! ~ levanta revoltado do sofá, seguindo para seu quarto no andar de cima ~

Jimin: - Será que ela resisti..? ~ pergunta, referente a Rosé ~

Lisa: - Você quer que ela resista?? ~ pergunta, estupefata ~

Jimin: - Quer saber... Já vou pro inferno mesmo. ~ segue para os degraus de mármore ~

Lisa: - Você já tá nele, bebê. ~ sobe nas costas do loiro, que a leva para cima ~

{...}

Londres, Inglaterra.

Jin: - Linda essa vista, não? ~ perguntou à Jungkook, enquanto ambos apreciavam a paisagem da maresia vista da borda do Cruzeiro no qual se encontravam ~

Jungkook: - Uma merda. ~ comentou, desanimado ~

Jin: - Não vai poder ficar assim pra sempre, maknae. Fora que a Jisoo me contou que a sua metade da laranja foi transferida para Melbourne.

Jin: - E lá estão situados um dos melhores neurologistas da Oceania

Jungkook: - Tá falando do continente que contém apenas dois países no total?

Jin: - Tô.

Jungkook: - Vai se fuder, Jin!

Jin: - Ksksksksk. Não podia perder essa, foi mal...

Jungkook: - Aff, cara... ~ fragilizado, começou a chorar ~

Jin: - Ah não... NÃO CHORA, MEU AMOR..! ~ abraçou seu amigo de lado, o consolando ~

Namjoon: - Lembraram da cena do Titanic, foi? ~ apareceu com três garrafas de cerveja nas mãos ~

Jin: - nÃo, nAmJoOn... CaLa bOcA! ~ sussurrou, enquanto dava tapinhas leves nas costas de Jeon para que ele colocasse todas as mágoas para fora ~

Namjoon: - Ata. O Jack que lute, então... ~ ergueu sua garrafa de bebida alcoólica propondo um brinde, mas foi ignorado ~

Namjoon: - OH KOOKIE... NÃO CHORA NENÉM! ~ juntou-se aos dois, dando-lhes um abraço coletivo ~

Hobi: - Assistiram As Vantagens de Ser Invisível, né seus froxos..? ~ foi até eles, acompanhado de uma menina não muito estranha ~

Hobi: - Lembram da minha prima?

Namjoon: - A éguinha pocotó..? ~ desfaz o abraço, virando-se para ver de quem Hoseok falava ~

iu: - Égua sua mãe, aquela pinguça! ~ respondeu, obrigando todos a rirem ~

Jungkook: - Por que ela tá aqui..? ~ perguntou, um pouco menos depressivo ~

Hobi: - Ela tava gravando um dorama aqui em Londres, aí eu convidei ela pra te consolar...

Jin: - Consolar? KKK. Eles fazem dorama no PornHub?

Todos: - Fazem. ~ responderam, formalmente ~

Jin: - Hahaha. (Qual canal..?)

Jungkook: - Largou os estudos?

iu: - Tô tendo aulas particulares.

Jin: - E o dorama, garota? Qual é o nome?

iu: - Hotel de Luna.

Hobi: - Que puta nome ruim! Jesuis...

Jin: - Vou procurar Motel de Luana aqui no hentaipraficarduro.com... ~ avisou, após abrir o navegador de seu iPhone ~

iu: - Ah, não enche! ~ bateu em Jin e Hoseok com sua bolsa da Prada ~

Jungkook: - Kkkkkk. ~ riu da atitude de sua velha amiga ~

iu:- Vamos Jungkook! Vamos vazar daqui... ~ puxou jungkook para si, e o levou para dentro do navio ~

Jin: - Boa tentativa, Hoseok! Dou três gozos para ele gemer o nome da Rosé, e depois tacar sua prima pra fora da cama.

Hobi: - Achou que o seu abraço de viado iria aliviar as dores do menino? Aprende de uma vez por todas Jin... Cola pra coração partido É PORRA! ~ brindou sua Devassa com a dos demais ~

Namjoon: - É, ele tá certo parceiro. Agora vamos brindar, só que dessa vez em nome da nossa liberdade... ~ e assim fizeram ~

Hobi: - Royals o caralho, mermão!

Jin: - Uhuuuuuu! ~ começou a rebolar as nádegas ~

{...}

Melbourne, Austrália.

Lavosier Hospital

Sra. Park: - Ok, senhora Yang. Qualquer coisa, eu te aviso.

Sra. Park: - Mas lembre-se, é de extrema importância que a senhora mantenha esse assunto em confidencial. Entendido?

Sra. Park: - Certo... Até, Tchau! ~ encerra sua ligação com a governanta ~

Sr. Hyundai: - O que ela achou..?

Sra. Park: - E desde quando isso importa? A Rosé é minha filha, e sou eu que determino o que ela pode ou não fazer...

Sr. Hyundai: - Sim amor... Estava me referindo ao como nossa governanta poderia reagir diante da situação a qual nós a colocamos. Afinal, que eu saiba, ela era uma mulher muito religiosa.

Sra. Park: - A religião dela é salário em dia! Se ela ama tanto a nossa filha como diz que ama, vai compreender nossa decisão com relação à vida da Rosé...

*O casal se encarou num clima de compreensão, e logo deixaram o quarto já vazio, indo à encontro com o médico que os explicaria as circunstâncias das coisas*

{...}

8 dias para a volta às aulas...

Jisoo povs:

Era domingo de manhã. Eu havia acabado de acordar, então paguei meu celular e desci para tomar café da manhã na lanchonete do hotel em Veneza onde eu e meus pais estávamos hospedados. Chegando lá, apenas me servi de Sucrilhos com leite, e me sentei ao lado da minha mãe.

Sra. Kim: - Bom dia pra você também... ~ disse, em tom de ressentimento ~

Jisoo: - Ah mãe, não começa! ~ balbuciei, enquanto ingeria meu cardápio matinal ~

Sra. Kim: - Como eles dizem aqui, "Mangia bene!".

Jisoo: - Coma bem? Mãe, isso aqui é 70% açúcar. Tô comendo ótimo..!

Antes dela responder ao meu comentário, fui pega desprevenida com uma notificação de mensagem no celular, sendo que a única pessoa pra quem eu teria passado esse número... Era a Rosé!

Sra. Kim: - Ha! A sua sorte é que você não engorda, garota. ~ disse, enquanto bebia seu chá Detox com adoçante do Himalaia ~

Jisoo: - Agora não dá, mãe! ~ me levantei da mesa, e saí às pressas dali para poder atender a ligação que certamente era da minha amiga ~

Ligação on:

Jisoo: - Amiga?!

Pessoa: - Alô. Oi Jisoo... Sou eu, Sra. Park!

Jisoo: - S-Senhora Park..? ~ naquela hora, os meus olhos encheram-se em lágrimas, já temendo o que aquela mulher tinha a dizer ~

Sra. Park: - Eu sei que você tá longe, mas...

Ligação off.

No mesmo instante, desliguei o telefone, pois já sabia o porquê dela ter me ligado. Imediatamente, liguei para Jennie. Queria saber se ela já sabia, se ela tinha notícias; se aquilo realmente estava acontecendo...

Ligação on:

Jisoo: - Jennie..? ~ atendi desesperadamente, já chorando pakas~

Jennie: - Jisoo, eu sinto muito...

Suas palavras haviam sido suficiente. Não dava mais para fugir do fato. Então sem pensar duas vezes, taquei meu celular longe, desligando (não propositalmente) na cara da acastanhada do outro lado da linha.

Não sabia o que pensar, pra onde ir ou com quem falar. Queria ir embora. Não importava para onde, contanto que fosse longe.

Foi então que minha mãe apareceu e, me vendo naquela situação, me abraçou na mesma hora. E eu, apenas desabei em seus braços, manchando seu vestido com o rímel dos meus cílios.

Sra. Kim: - A mãe da Rosé me ligou. Filha... Ela quer saber se você vai comparecer ao...

Jisoo: - NÃO!

Jisoo: - Não mãe, não fala... ~ suplico, em meio a soluços e gemidos abafados ~

Sra. Kim: - Ok filha...

{...}

Segunda-feira

O avião no qual Jisoo e seus pais vieram havia acabado de aterrissar em Melbourne. Trajados todos de preto, os três pegaram um táxi, e seguiram para o local solicitado.

Cemitério Wrallof

Conforme se aproximavam da pequena aglomeração de pessoas, conseguiram ter uma visão mais ampla do caixão branco de design italiano no qual a falecida se encontrava.

Sra. Park: - Obrigada por virem... ~ agradeçeu, abraçada ao seu marido, e com um lenço em mãos, manuseando-os sobre seus olhos pouco úmidos ~

Sr. e Sra. Kim: - Não têm de quê. ~ responderam gentilmente, enquanto Jisoo permanecia em silêncio ~

Mas Jisoo não era a única. Basicamente, alguns dos primos de parte de pai da Rosé permaneceram muito calados e impacientes; quase como estivessem aguardando ao discurso religioso do orador contratado, para que então pudessem ir embora e se livrar do tédio que o velório de sua prima significava para estes.

Jisoo: - Como podem ser tão... Idiotas! ~ resmungou em baixo tom, ao se incomodar com a atitude desrespeitosa de alguns dos poucos adolescentes presentes no velório ~

Josh: - Depois dizem que os alemães são nazistas, filhotes de Hitler... ~ surgiu do lado de Jisoo, trajado num terno preto, com seus cabelos loiros levemente penteados ~

Jisoo: - Te conheço? ~ perguntou, sem se importar em ter sido rude ~

Josh: - Me chamo Joshua Park. Sou filho de um dos primos da Sra. Park, ou seja... Primo da Rose.

Josh: - Mas pode me chamar de Josh...

Jisoo: - É primo da Rosé?

Josh: - Sou.

Jisoo: - E é daqui de Melbourne... Certo?

Josh: - Sim.

Jisoo: - Então por que fala coreano..? ~ perguntou, em ultimato ~

Josh: - A Rosé me ensinou. ~ fez uma expressão nostálgica ~

Jisoo: - Hum... ~ bufou, em cansaço emocinal ~

Josh: - Além dos primos mimados do lado Hyundai, você é a única coreana adolescente por aqui. A Rosé não tinha mais amigos lá na Coréia..?

Jisoo: - Pelo jeito eu era a única amiga verdadeira porque, afinal de contas, nem a Jennie apareceu... ~ disse, mais para si mesma, e Josh acabou por ouvir ~

Josh: - Esse nome não me é estranho. Mas, à propósito, eu ouvi dizer que ela pertencia a um clã, é... Como era mesmo..?

Jisoo: - Royals.

Josh: - Isso! Pó royal.

Jisoo: - Kkkk. ~ riu de leve, mas sem tirar o olhar triste de seus olhos ~

Josh: - Brincadeiras à parte. Eu também tô mal com essa situação... Gosto muito da minha prima.

Jisoo: - Você disse "gosto"?

Josh: - G-Gostava!

Josh: - Haha. Não me adapto a esse tempo verbal...

*Jisoo começa a chorar*

Josh: - Ah, não chora Jisoo... ~ tentou consolá-la ~

Jisoo: - É que... Pera. ~ interrompeu suas lágrimas para refletir ~

Jisoo: - Como sabe o meu nome..?

Jin: - Oi maninha... ~ abraçou sua irmã ao reencontrá-la após semanas sem vê-la ~

Jisoo: - Jin. ~ retribuiu ao abraço do irmão ~

Namjoon: - Não pretendíamos vir, mas o Hoseok insistiu, então...

Hobi: - O cacête! ~ secou a lágrima que havera acabado por escorrer em seu rosto ~

Jin: - Não minta Namjoon, que você tava todo emocinal hoje cedo.

Namjoon: - Que blasfêmia..!

Hobi: - Ó lá... Não passam nem três semanas em Londres, e já tão falando que nem um casal de LGBT's idosos.

Jisoo: - E o Jungkook..?

Namjoon: - Bem, como você já deveria imaginar... Ele tá mal.

Jin: - Mal não, ele tá péssimo!

Jin: - Quando o Jungkook soube, ele enlouqueceu. Chegou até a falar de suicídio... E então teve uma overdose de heroína. Só que levamos ele às pressas ao hospital local, acabando por ficar tudo relativamente bem.

Jisoo: - E onde ele tá agora?

Jin: - O buscou ele em Londres e o levou de volta para os Estados Unidos.

Josh: - Quem é Jungkook? ~ se intrometeu ~

Jin: - Quem é você..? ~ respondeu, incomodado com sua intromissão ~

Jisoo: - Ele é o Josh, primo da Rosé. ~ explicou ~

Hobi: - É, pois é. Você é primo dela... Só que é loiro dos olhos azuis. Aí, do outro lado, vejo um grupinho de adolescentes coreanos, mais nojentinhos que nois, e agindo como se estivessem na fila do Starbucks, aguardando seus Nescafé com Toddy.

Hobi: - E então, no lado oposto ao memorial da Rosé, vejo umas Barbies e Kens, iguaizinhos a esse tal de Josh.

Hobi: - Não compreendo.

Josh: - Ah sim. Eles possuem o sobrenome Hyundai,  mas agem como se fosse Lamborghini.

Namjoon: - É, pode crer...

Os familiares da Rosé constituíam-se em duas partes, sendo que cada uma delas possuía etnias diferentes. Do lado Hyundai (no caso, a família de parte de pai) apenas nativos coreanos; enquanto do lado Park, embora a mãe da ruiva também fosse coreana, seus pais adotivos (avós maternos da ruiva), assim como sua família, possuíam nacionalidade Australiana, e descendência alemã.

{...}

Josh: - Então vocês devem ser os Royals dos quais eu tanto ouvi falar... ~ tentou quebrar o silêncio que se instalara no ambiente ~

Jin: - Não, não somos. Pelo menos, não mais...

Jisoo: - Sairam oficialmente?

Namjoon: - Sim.

Jisoo: - Eu e a Jennie também.

{...}

Orador: - Boa tarde a todos. Estamos reunidos hoje em nome de uma filha; de uma amiga; de uma jovem moça que fará falta para todos aqueles que desfrutaram da sua alegria e bondade, durante toda a sua trajetória na terra.

*De repente surgem os Royals no velório, interrompendo o discurso religioso do orador*

Jimin: - Não seja tímido padre. Pode prosseguir com isso... Aí. ~ sugeriu, "educadamente", fazendo assim com que alguns dos primos nojentinhos da falecida rissem de sua atitude ~

Orador: - Bem... Agora peço que façamos um minuto de silêncio, concentrando vossos pensamentos na Roseanne Park, e refletindo sobre a importância que sua vida teve na memória de vossos corações...

Orador: - Em nome do pai, do filho e do espírito... Que Deus abençoe a alma de nossa irmã e acompanhe-a até o caminho dos céus... Amém.

Todos: - Amém.

Orador: - Nesse momento, vocês podem vir até o caixão da Roseanne e deixar flores, ou simplesmente despedirem-se, antes dos rapazes a enterrarem. Fiquem à vontade...

Sr. e Sra. Park: - Obrigada padre.

Lisa: - Rosé, não... Por que Deus..?! Por que ela..? [ oferecimento, Brodway! O teatro mais próximo da sua casa ] ~ disse, ao se aproximar do local onde Rosé se encontrava ~

Jisoo: - Ah... Mas NEM FUDENDO que eu vou ficar aqui parada, enquanto essa vadia faz esse show! ~ avançou na direção de Lisa, mas foi impedida pelos rapazes ~

Jin: - Jisoo, não vale a pena... ~ disse, enquanto abraçava sua irmã por trás ~

Namjoon: - Ainda mais quando isto é exatamente o que eles querem. ~ afirmou, e Hoseok assentiu ~

Jisoo: - Aquela... Falsa. ~ derramou algumas lágrimas de raiva sobre o gramado já úmido do cemitério robusto ~

Josh: - O que ela fez pra você..? ~ perguntou a Jisoo, mas ela preferiu não responder, pois sua pergunta teria alimentado a ira que a mesma já sentia no momento ~

Jin: - Escuta aqui... "Josh". Independente do que a Lalisa, ou qualquer outro Royals tenho feito pra gente, continua não sendo da sua conta. Ficou claro?

Josh: - Como a palidez da garota dentro do caixão... ~ respondeu, ríspido e baixo ~

Hoseok: - Jesuis, Maria José... Bate na madeira, muleque macabro!

*Os quatro se afastam do estranho, mas antes disso, Josh coloca um envelope na bolsa de Jisoo*

Jimin: - Tá bom Lisa, já chega. ~ disse, interrompendo o drama da loira que debruçava um buquê exagerado sobre o design italiano no qual alguém se encontrava ~

Lisa: - Desculpa, é que... ~ se direcionou para os pais de Rosé, aos prantos ~

Sra. Park: - Estamos todos sensíveis. Eu lhe entendo. ~ respondeu, adiantando o processo de consolo correspondente a qualquer perda ~

Taehyung: - Prazer, Kim Taehyung. Nós somos os antigos membros de clã da Rosé. ~ se apresentou, estendendo a mão para o casal a sua frente ~

Sr. Park: - Royals, não é? ~ comprimenta todos os quatro ~

Jimin: - Isso mesmo, haham. ~ riu, modestamente ~

Sra. Park: - Sei que ela fez parte do clã de vocês, e que vocês provavelmente eram muito próximos uns dos outros. Só que eu e meu marido gostaríamos muito de ficar a sós pois, como podem perceber, estamos passando por um momento... Delicado.

Yoongi: - Claro que entendemos. Desculpe a incoveniência...

Sr. Park: - Não seja por isso.

Jimin: - Com licença...

*Se afastam um pouco dali*

Sra. Park: - Tal pais, tal filhos. ~ afirmou, e seu marido assentiu com a mesma ~

Josh: - Tio. Tia. Meus pêsames... ~ disse aos parentes, que reagiriam com gratidão pela empatia do rapaz ~

Sr. Hyundai: - Também sentimos muito, sobrinho. Afinal, você e Rosé eram tão próximos...

Sra. Park: - Obrigada mesmo, Josh. ~ deu um abraço no filho de um dos seus primos ~

Josh: - Sempre que precisarem... ~ direcionou um olhar específico para ambos os adultos a sua frente, tal que poucos entenderiam no momento ~

{...}

Sra. Kim: - Eu e seu pai já vamos filha. Temos um compromisso em Bangkok, e já estamos atrasados..!

Sr. Kim: - Se quiser ficar mais um pouco, pode ir embora com o seu irmão. Você decide.

Jisoo: - É, acho que vou fazer isso mesmo... ~ disse, enquanto se despedia de seus pais ~

{...}

Jisoo: - Posso falar com vocês? ~ se direcionou para os pais de sua falecida amiga ~

Sra. Park: - Mas é claro Jisoo..!

Jisoo: - Então, sem querer ser desrespeitosa... Eu tenho total noção da delicadeza do assunto. É que eu soube que ela estava em coma, e um amigo do meu pai, que inclusive trabalha naquele hospital daqui de Melbourne, disse ao meu velho que as chances da Rosé se recuperar eram altíssimas.

Jisoo: - O que aconteceu..?

*Um silêncio estranho se instala entre o casal da Dinastia Hyundai*

Sr. Park: - Lamento muito por terem te iludido com essa informação, mocinha. Agora, se nos der licença... ~ se afastaram da morena, seguindo até seus familiares ~

Jin: - Esquece Jisoo, vamos embora. Não sei percebeu, mas até nossos pais já vazaram daqui... ~ disse, induzindo sua irmã até o carro preto de luxo que Namjoon teria alugado neste país estrangeiro no qual estavam temporariamente ~

Jisoo: - Mas eu nem me despedi direito! ~ reclamou, ao parar em frente ao automóvel ~

Jin: - Beleza. Alerta de spoiler: papai e mamãe pretendem te dar um jatinho no seu aniversário de dezoito anos. Pode vir visitá-la quando bem pretender...

*Entram no carro e seguem para o aeroporto internacional de Melbourne*

Lanchonete Halley's burger

Jimin: - ... E me traz um milkshake também. ~ pediu à garçonete, enquanto esta anotava o pedido dos cinco ~

Yoongi: - Certeza que vai ficar só na água tônica..? ~ perguntou para Lisa, que sentava a sua frente ~

Lisa: - O gás faz parecer que meu estômago está cheio. ~ disse, com uma naturalidade que causou espanto nos demais ~

Taehyung: - Sério Jimin, como consegue transar com essa menina, sem quebrar uma costela dela?

Jimin: - Cala boca, Taehyung! ~ exclamou, ao perceber que sua namorada tinha ficado ofendida, e tacou uma batatinha frita nele~

Yoongi: - Tá, ignora eles... Bem, voltando para o assunto principal...

Josh: - Sim. ~ deu um gole na sua coca-cola ~

Taehyung: - É verdade que você têm residência na Coréia, Josh?

Josh: - Duas, na verdade.

Lisa: - U-lá-lá..! ~ elogiou o loiro, e imediatamente foi fuzilada pelos olhos de seu namorado ~

Jimin: - Mas então cara... Estávamos conversando entre si, e chegamos a conclusão de quê... ~ fez suspense proposital ~

Josh: - Uhum...

Yoongi: - Quer entrar pros Royals, garoto?

Taehyung: - Oferta única, éin!

Josh: - Nossa... Fico lisonjeado, só que ao mesmo tempo, confuso...

Yoongi: - Confuso. Por quê?

Josh: - Fui contratado por vocês para matar a minha prima. Agora que o serviço já foi feito e pago... O que mais vocês esperariam de mim?

Lisa: - Vai por mim, essa oferta será vantajosa no seu caso...

Josh: - Quê? Do que você está falando..? Eu sei lidar com rastros, tá?! Afinal, isso está incluído no meu currículo como um sniper profissional.

Jimin: - Você quis dizer clandestino, né? Não é nessa classificação que se encontram a maioria dos "profissionais" como você?

Josh: - Profissionais como eu fazem muleques sonsos que nem você sumirem do mapa sem ninguém se quer perceber..! ~ disse, com uma expressão debochada e sarcástica ~ ,

Taehyung: - Ele têm razão. ~ complementou, irritando ainda mais Jimin ~

Taehyung: - Funcionários da deep web são treinados para serem fodas. Disso não há dúvidas. E é por isso que precisamos de alguém como você ao nosso lado...

Josh: - Quis dizer "Ao nosso dispor...", seja franco.

Lisa: - No nosso clã, estamos todos sempre dispostos uns pelos outros. ~ afirmou, diante da suposição do loiro ~

Josh: - Ai que lindinhos vocês... E EU COM ISSO?!

Jimin: - Baixa a bola, seu merda!

Taehyung: - Se acalmem...

Josh: - Tô tirando uma com vocês, kkkk.

Yoongi: - Excuse me?

Josh: - Eu tô dentro. Óbvio.

*Todos riram aliviados*

Jimin: - Então seja bem-vindo. ~ disse, sorridente, enquanto comprimentava seu novo colega de clã ~

{...}

3 dias para o volta às aulas...

Los Angeles, Califórnia.

Residência Samsung

"Toc-Toc": - fez-se a mão do mais velho sobre a porta.

Vovô Jeon: - Kookie, abre a porta! Vai, que o seu velho te trouxe um café da manhã super reforçado pra te tirar dessa bad...

*Porta é aberta*

Jungkook: - O que você quer, idoso..? ~ perguntou o acastanhado, que se encontrava em péssimo estado, com olheiras profundas, e tonalidade de pele próxima de pálida, enquanto o mesmo trajava apenas uma bermuda de moletom cinza, devido ao suor que era ocasionado pelo quarto do garoto que ficava todo fechado, sem entrar sol, nem ar ~

Vovô Jeon: - Nossa garoto... Que cheiro de álcool! ~ disse, abanando sua mão livre contra a corrente de podridão alcoólica que vinha do quarto do adolescente ~

Jungkook: - Então isso é pra mim, né..? ~ perguntou, referente a bandeja de comida sobre as mãos do mais velho, tomando-a para si mesmo, e em seguida fechando a porta na cara do mesmo ~

Vovô Jeon: - Ei! ~ reclamou indignado, retornando a bater na porta de madeira branca do quarto de seu neto ~

Vovô Jeon: - Ah, e eu recebi um e-mail da escola dizendo que as aulas começam na segunda. Ou seja, daqui três dias você têm que estar na Coréia. Sabe o que isso significa? ~ perguntou em alto tom para Jungkook ~

Jungkook: - O quê? ~ perguntou, de dentro do quarto ~

Vovô: - Significa que você têm meia hora pra tomar esse café, 40 minutos para tomar um banho, e 10 minutos para se trocar, assim como fazer sua mala, pois um Uber virá te buscar e te levar até o aeroporto, e então você vai pegar o voo pra Seul do qual eu já reservei sua passagem...

*Porta é aberta*

Jungkook: - Que mutação alimentícia é essa aqui..? ~ perguntou, referente as frutas desidratadas que ele encontrou dentro de um potinho lacrado sobre a bandeja ~

Vovô: - É damasco. Têm colágeno, e é muito eficiente quanto a remoção de rugas na virilha... ~ explicou com muita elegância, e Jungkook reagiu com ainda mais nojo, optando por devolver os damasco para o avô, e fechar a porta novamente ~

{...}

Após tomar banho e se trocar, lá estava Jungkook descendo as escadas com suas malas já feitas. Ele se despediu do avô milionário, e ao sair da residência do velho, logo se deparou com um carro estacionado em frente a fachada da casa.

O Uber estava a sua espera, e quando o motorista percebeu que Jungkook vinha em direção ao automóvel, se dispôs à colocar a bagagem do garoto no porta-malas.

{...}

Ao chegar no aeroporto internacional de Los Angeles, Jungkook apropriou-se de sua coisas, pagou o Uber, e então seguiu para dentro do local. Depois de comer alguns mini churros de uma lanchonete de dentro do aeroporto, ele foi para o banco de espera, e aguardou a chamada de seu vôo.

Como o garoto estava adiantado, teve de aguardar um longo período até a então chamada, e assim decidiu ouvir música em seus fones portátil, tentando ao máximo se distrair de pensamentos que chegassem à Rosé, e evitando lembrar que um dia se quer tivesse trocado um palavra com a ruiva.

Foi aí que um rapaz desconhecido sentou-se ao seu lado, deixando o passaporte nas suas mãos exposto, o que não chamou muito a atenção de Jungkook, até olhos do acastanhado, de relance, baterem direto no destino o qual o rapaz ao seu lado tinha como objetivo.

Jungkook: - Licença... É... ~ pronunciou-se pelo primeira vez, com o olhar vidrado no passaporte alheio ~

Desconhecido: - Sorry? ~ respondeu o gringo ~

Jungkook: - Puta merda..! É... Só um minutinho. ~ pediu, educadamente, enquanto arranjava alguma forma de se comunicar com aquele rapaz ~

Jungkook: - Siri, abrir Google tradutor pelo amor de Deus! ~ exigiu, desesperadamente ~

Jungkook: - Mái que poha..?! Siri, caralho! Fala devagar, arretada...

*Gringo encara Jeon com medo*

Jungkook: - Tá. Excuse me, sir. É... My name is Jungkook. I'm 18 years old, my favorite color is red, and i love Cheetos de batata doce.

Alguém: - Quer ajuda aí, garoto? ~ perguntou, uma garotinha de 13 anos sentada num assento à frente do de Jungkook, e ela parecia debochar da situação do garoto ~

Jungkook: - Ai, eu aceito. Você é coreana também?

Zao: - Chinesa. Mas, além de mandarin, também falo inglês, espanhol, coreano, francês...

Jungkook: - Caguei, princesa.

Zao: - Como é que é, seu analfabeto?!

Jungkook: - Analfabeto o cacete, que de anal eu entendo muito bem!

Zao: - Só se você der o seu, porque meu avô sempre disse que vocês coreanos são os asiáticos que possuem a menor beringela.

Jungkook: - O seu avô o QUÊ?!

*Gringo permanece estático*

Zao: - Fala logo o que você quer que eu traduza. Baitola...

Jungkook: - Mínina... Só não dou um biliscão nas orelha dos teus pais, porque seis exalam covid. ~ escreveu no bloco de notas do celular o que queria que fosse traduzido ~

Jungkook: - Vai pirralha, manda vê. ~ mostrou seu celular à Zao ~

Zao: - Nossa... Era essa merda que você queria falar pra ele? ~ perguntou, com um olhar depreciativo ~

Zao: - Tá, whatever.

*Após a tradução*

Gringo: - How much would you pay me? ~ perguntou à Jungkook ~

Zao: - Ele perguntou quanto você pagaria pelo passaporte dele?

Jungkook: - Pago o valor do passaporte, e ainda dou o meu pra ele.

*Zao traduz para o Gringo*

Zao: - Ele disse que aceita.

Jungkook: - Fácil assim?

Gringo: - (blá-blá-blá em inglês)

Zao: - Ele disse que sempre quis ir a Coréia, e que pode pegar outro voo para Melbourne com o dinheiro que você der a ele. Pronto...

Jungkook: - Tá aqui. ~ entregou seu passaporte e um cheque assinado para o rapaz, e este lhe deu seu passaporte ~

*Comissário do aeroporto chama por ambos os vôos*

Gringo: - I hope you enjoy my hometown! [Espero que você curta minha vida natal] ~ desejou, ao se despedir de Jungkook e seguir para o embarque do seu novo destino: Seul, Coréia ~

Jungkook: - Quê que ele disse..? ~ questionou-se, enquanto caminhava em direção ao embarque para Melbourne ~

Zao: - Ele disse "Espero que o seu avião caia". ~ fingiu traduzir, enquanto acompanhava os passos apressados de Jungkook até o avião da companhia Aérea de Campluc ~

Jungkook: - Ah, tá bom..! Pera, se tá me seguindo?

Zao: - Eu também vou pegar esse vôo, panaca.

Jungkook: - Sozinha..? ~ parou no meio da escada so avião, interrompendo o trajeto de Zao ~

Zao: - O meu pai é o piloto, duh!

Jungkook: - O mesmo cara que te educou?!

Zao: - Sim. Agora sobe logo com essas malas, e para de viadagem!

Jungkook: - Olha... A sua sorte é que eu tô meio suicida desde que a minha namorada morreu. ~ disse num tom de brincadeira, mas o seu olhar era triste e melancólico ~

Zao: - Ah... Tá tudo bem. Se quiser, posso me sento no assento ao seu lado, e então você me conta tudo sobre a sua namorada. ~ sugeriu, se sentindo meio culpada ~

Jungkook: - Ok... ~ adentra no avião, levando sua bagagem e a de Zao ~

{...}

2 dias e 11 horas para as voltas aulas...

Seul, Coréia.

Residência Kim

Jin: - Eu vou chamar a Jisoo pra jantar... ~ avisa, enquanto sobe às escadas ~

Hobi: - Hum... O cheiro tá ótimo! ~ diz à Sra. Kim, após ser servido pela mesma ~

Namjoon: - O tio não vêm..? ~ pergunta, durante sua primeira garfada no Curry com arroz frito ~

Sra. Kim: - Ele deve estar no escritório, haha... Ele sempre chega tarde. ~ diz, um tanto rancorosa ~

Hobi: - Sei como é. Minha mãe sempre responde o mesmo, quando pergunto do meu pai, logo após receber algumas fotos anônimas dele chupando as tetas de putas aleatórias em boates aleatórias...

Namjoon: - Hoseok! ~ repreende seu amigo ~

Sra. Kim: - Tudo bem, Namjoon. A verdade é que a única diferença entre eu e o meu marido, é que ele gasta gasolina. ~ diz, deixando os dois na mesa em choque ~

Hobi: - Touché, mademoiséle! ~ diz, num sotaque refinado ~

Namjoon: - Que revira volta, éin! Jesus...

{...}

Jin: - Anda Jisoo, a comida já vai esfriar... ~ chama, enquanto observa sua irmã super concentrada nas pesquisas que fazia no notebook dela ~

Jin: - Que quê cê tá fazendo aí..? ~ se senta na cama dela, se inclinando para curiar o que a mesma fazia com tanta concentração ~

Jisoo: - Tentando encontrar um certo nome... Mais especificamente seu significado num dicionário em latim, o qual eu baixei de um link que eu encontrei na...

Jin: - Tá. Qual é o nome, e o que faz dele tão relevante na sua vida? ~ pergunta, após interrompê-la ~

Jisoo: - Bem. É mais fácil eu te mostrar... ~ entrega um papel em formato de convite para seu irmão ~

Papel:
______________________________________

• É sabido que na selva, o predador mais forte e resistente não só pevalece, como lidera.

Mas são poucos que sabem que na terra, além das ideologias de poder e dinheiro, existe uma linha paralela na qual os verdadeiros jogadores atuam nas sombras.

Serão poucos como você, que poderão ter acesso à chave da porta invisível.

Kim Jisoo, você está sendo convidada a ser integrante do novo clã oculto do norte, os Ghosts [fantasmas] •

Atenciosamente, Esor.
_____________________________________

Jin: - Esor... Isso não te soa familiar? ~ pergunta a Jisoo, após ler o tal convite ~

Jisoo: - E deveria? Parece nome de Exu que você expulsa nos exorcismo..!

Jin: - Irmãzinha... Leia ao contrário esse nome, e depois me diz se você não é burra pra caralho. ~ pede, devolvendo o convite a ela~

Jisoo: - Como assim, ler ao contrário..? Ros... Rosé!

Jin: - Eita... Agora que eu me dei conta de que ela está morta.

Jin: - Ou será que não..?

Jisoo: - A Rosé não está morta... A ROSÉ NÃO ESTÁ MORTAA! ~ larga o notebook na cama, e levanta da mesma aos pulos ~

Jin: - Não acha que está se equivocando, maninha? ~ pergunta, receoso ~

Jisoo: - Não Jin, você não entende..! Eu tava sentindo que todo aquele lance de tranferir a Rosé para aquele hospital em Melbourne... E o velório então, com todo aquele clima estranho... Tinha alguma coisa de errado, eu só não sabia o quê. Não, até esse convite... ~ explica, otimista ~

Jin: - Tá, mas e esse negócio de "clã oculto do norte"? Não é da noite pro dia que se consegue um acordo com o estado e os diretores executivos influentes no norte para estabelecer um novo clã representante. Ou até mesmo conseguir integrantes capacitados para formar o clã.

Jisoo: - Capacitados? Kk. Nos Royals, cada um de nós praticamente representava um pecado capital. Acha mesmo que a Rosé não têm contatos poderosos..?

Jin: - De qualquer forma, se ela te chamou, é porque não deve tá exigindo muito mesmo... ~ debocha de Jisoo, levando ela a retribuir no soco ~

Jin: - Aff Jisoo... Preciso nem ser macho, pra rir desse soco de anêmica! ~ se levanta da cama da irmã, e segue pra sala de jantar no andar abaixo ~

Jin: - Ah. E antes de se iludir, não se esqueça que a sua amiga levou um tiro na cabeça, não estando a mais de 5 cm de distância de você e da Jennie.

Jin: - O sangue dela escorreu pelo seu vestido de gala; uma ambulância socorreu ela diante de todos os presentes no ginásio; e além disso, ela ficou em coma. Repito. Em coma. ~ comenta, e então retorna ao caminho que antes traçava ~

Jisoo: - E-Eu... Eu não sei. ~ diz, quase derrotada pelo comentário do irmão ~

Jisoo: - Preciso contar isso pra Jennie... Mas também ela não atende! ~ se joga de volta na cama, já ficando antecipadamente estressada por talvez ter se iludido com a idéia de que sua amiga ainda pudesse estar viva ~

Jisoo: - Como é que eu acho esses Ghosts..? ~ seca as lágrimas que escorriam por seu rosto, e pega seu notebook de volta, começando com as pesquisas mais coerentes sobre tal clã oculto ~

{...}

Aeromoça: - Senhores passageiros, acabamos de aterrissar no aeroporto internacional de Melbourne. Peço que se apropriem de suas bagagens e aguardem a saída.

Zao: - Kook, acorda. O avião já aterrissou...

Zao: - Ô passiva!

Jungkook: - Ah! Quê..?

Zao: - Chegamos.

Jungkook: - Dá pra não me chamar dessas coisas em público? ~ pede, irritado, enquanto pega seus pertences e os de Zao ~

Zao: - Se não for em público, qual a graça..?

Jungkook: - O que eu preciso fazer, pra você calar essa boquinha?

Zao: - Fala "101 negão" rápido, e quatro vezes.

{...}

No táxi...

Jungkook: - Onde você quer que ele te deixe?

Zao: - Bem... Eu estava pretendendo visitar a filha da sócia do meu pai. Mas acho que ela já deve estar grandinha demais pra brincar comigo... Nesse caso, eu vou com você.

Jungkook: - O quê?! Não... Não. Você fica na sócia do papai, e eu vou sozinho ao cemitério. Tá decidido!

Zao : - Acha que dá conta de se despedir da sua namorada sem um ombro amigo? Haha.

Jungkook: - Quer saber...

Taxista: - Falou comigo? ~ pergunta, olhando pelo retrovisor ~

Jungkook: - Eu? Eu não.

Taxista: - O senhor falou Cemitério Wrallof, né?

Jungkook: - Sim.

Taxista: - Então chegamos.

{...}

*Após pagar o táxi, Jungkook e Zao adentraram no cemitério e seguiram a busca do túmulo da ruiva*

Zao: - Será que é em ordem alfabética..?

Jungkook: - Não. Eu lembro que quando teve o velório do meu pai, o túmulo dele ficava num lugar mais afastado, e ficava distante dos outros túmulos comuns. Acho que vai ser o mesmo para...

Zao: - Sua namorada?

Jungkook: - É... Bem. Na verdade...

Zao: - Não é sua namorada, né? Sabia que você era gay!

Jungkook: - Não, kkk. Mas mesmo que eu fosse gay, acho ainda não resistiria à ruiva...

Zao: - Tá bom. E por que não namoraram?

Jungkook: - Porque o sentimento que existe entre namorados comuns é fraco demais comparado ao que o nosso era.

Zao: - Ui..! Ok então, Titanic.

Jungkook: - Acho que a gente tava mais para Bonnie e Clyde...

Zao: - Larga mão de ser convencido!

*Jungkook para um momento quando uma lápide lhe chama atenção*

Zao: - De repente ficou quieto, né..? Quem cala, consente.

Jungkook: - Zao Lu, de 2004 à 2018.

Zao: - Ah. Olha eu aí... ~ diz, observando a própria lápide ao lado de Jungkook ~

Jungkook: - Me fala que isso é uma pegadinho do Silvio Santos...

Zao: - Deixe de ser lesado. Se acha que tá me vendo como? É óbvio que você é medium!

Jungkook: - Eu fechei meu canal desde da época em que o meu pai tinha parado de me visitar. Não era pra eu se quer ouvir uma risadinha medonha sua!

Zao: - Como você sabe que minha risada é medonha..?

Jungkook: - Mas e o piloto do avião?

Zao: - Sim, era meu pai. E vivo, tá? Não se preocupe.

Jungkook: - Puta que pariu... ~ sai atordoado dali, voltando à sua procura anterior ~

Zao: - Ei, espera!

{...}

Zao: - Então quer dizer que você ainda não viu sua não namorada...

Jungkook: - Não.

Zao: - Estranho a Bonnie não ter vindo te visitar...

Jungkook: - A-Achei... ~ declara, ao se deparar com o memorial privado de sua falecida Bonnie ~

Zao: - Roseanne Park, de 2002 à 2019. Esse nome me parece familiar...

Jungkook: - Pode me deixar um tempo sozinho com ela? Eu preciso desse momento à sós com a Rosé...

Zao: - É justo. ~ some num estralo de dedos ~

Jungkook: - Obrigada. ~ volta a encarar a lápide ~

Jungkook: - Bem... Oi. ~ se senta sobre o gramado o qual ficava acima do túmulo da ruiva ~

Jungkook: - Antes de tudo, eu queria pedir desculpas por não ter vindo semana passada no seu enterro. Eu tava muito mal, e não tive coragem... ~ suas primeiras palavras para Rosé saem falhas, e não demora muito para que ele fique emocionado ~

Jungkook: - Acabei por recorrer aos velhos hábitos...

Jungkook: - A mesma rotina de drogas e álcool, igualzinha a da época em que meu pai tinha morrido.

Jungkook: - A única diferença, é que ele me visitou algumas vezes, e me deu belas broncas pela rotina errada que ele nunca permitiu na minha casa. Só que eu te esperei... E nada você.

Jungkook: - Sabia que mesmo com o meu canal espiritual fechado, você poderia me visitar, porque a Miyeon conseguiu, e eu até pude me desculpar por ter partido o coração dela...

Jungkook: - Mas como Karma is bitch, óbvio que eu acabaria com o coração partido nessa história, kkkk.

Jungkook: - Aaah..! Que saudade, Rosie... ~ disse, enquanto entrelaçava seus dedos na grama sintética, e despejava lágrimas sobre a mesma, encarando-a como se através dela pudesse enxergar Rosé ouvindo ao que ele lhe dizia ~

Jungkook: - Eu até ia trazer Rosas, mas sabia que você odiaria... Haha. Então eu.... ~ tira um caixinha enlaçada de seu bolso ~

Jungkook: - Eu trouxe um objeto de muito valor pra mim. Na verdade, você meu deu ele de presente de aniversário, e eu fiz questão de guardá-lo na mesma caixinha que veio para toda vez que eu a abrisse, eu lembrasse da melhor noite da minha vida... ~ remove o laço, e pega o objeto de dentro da caixinha ~

Jungkook: - Eu não tive a oportunidade de te dar um presente de aniversário. Então eu tive a idéia de compartilhar o meu... Com você.

*Com a chave do seu quarto em uma mão, jungkook utiliza a mão livre para cavar um pequeno buraco na terra ainda fofa com o intuito de enterrar a chave junto com o caixão de Rosé, quando seus dedos se separam com um papel rígido no meio da terra...*

Jungkook: - O quê que é isso..? ~ puxa u papel em formato de convite do meio da terra e, ainda confuso, lê o mesmo na tentativa de entender seu paradeiro ~

____________________________________

• É sabido que alguns coelhos possuem afeição por plantas, folhagens, e até mesmo flores. Mais raro ainda, são os coelhos que buscam pelas típicas rosas vermelhas que se destacam frequentemente no meio de qualquer vegetação.

E foi dessa informação que surgiu o conto "traição exótica" de José de Alencar, que conta a história de um coelho que passa dias e noites deixando de comer para ficar apreciando um rosa solitária no meio do deserto. É então que, devidoa escassez de água, a rosa morre nas mãos do coelho e o único sentimento que fica no coelho, é rancor. Pois o coelho, supostamente vingativo, acaba por comê-la.

E por que , ao invés de sofrer, o coelho guardou remorso?

Seria porquê sua afeição pela rosa o cegou de tal forma, que ele arriscou morrer de fome para poder apreciá-la até o fim..?

A verdade é que, ao cair sobre as patinhas do coelho, a rosa já morta havia deixado espinhos no local, ocasionando uma dor que reacordou o instinto selvagem do coelho que, em defesa de ataque, a comeu.

A maioria dos humanos agem assim. Quando finalmente se encontram lúdicos, traem qualquer um que ameace afetar teu ego. E quando o narcisismo se torna uma cultura disfarçada, fica difícil denunciar aquilo que não é considerado ilegal.

Justiça inteligente trabalha na mesma proporção que a mentira. Discretamente atuando nas sutilezas das sombras.

A verdadeira elite de poder real e bruto está por vir...

Jeon Jungkook, você está sendo convidado a ser integrante do novo clã oculto do norte: Os Ghosts •

Atenciosamente, €sor.

___________________________________

Jungkook: - Quem caralho é Esor?!

Jungkook: - Deixa eu ver se entendi bem... Um novo clã representando o norte, me convidando, e ainda por cima... Enterrando o convite no túmulo da Rosé?! Tem que ter alguma ligação...

Jungkook: - Ai... Eu não acredito que eu vou fazer isso... ~ começa a discar um número no celular ~

Jungkook: - Desculpa mesmo, Rosie.

[Ligação on]

Jungkook: - O que você sabe sobre os Ghosts?

Jimin: - Kookie..!

Jungkook: - Anda Jimin, não tenho tempo pra viadagem.

Jimin: - Viadagem? KKK. Eu sabia que a nossa amizade era colorida, mas não é pra tanto.

Jungkook: - Porra. Fala logo...

Jimin: - Vejamos... Ghosts, certo? Tradução para coreano = Fantasmas. Satisfeito? Dois dias pro voltas às aulas, e você caçando filme de terror na Netflix... Ksksk.

Jungkook: - Sabe onde eu tô agora? No túmulo da Rosé. E adivinha o que eu achei...

Jimin: - Ah não Jungkook... Não me diz que você misturou leite com manga, e teve a brilhante idéia de matar saudades da sua ex morta..!

Jungkook: - Vai se fudê, Jimin!

Jimin: - Sei lá... Fiquei sabendo de umas overdose monstra que você teve em Londres, ué. Por isso imaginei o pior.

Jungkook: - Não, arrombado. Eu encontrei um maldito convite pra ingressar nesse clã oculto do norte que eu nem sabia que existia!

Jimin: - Óbvio, se é oculto...

Jungkook: - Para de graça.

Jimin: - Tá Kookie. Mas antes, deixa eu ver se entendi... ~ fez silêncio ~

Jungkook: - Anda..! Por favor... ~ suplicou, enquanto encarava o convite nas suas mãos, trêmulo ~

Jimin: - Eu preciso analisar o convite. Manda uma foto.

Jungkook: - Nem fodendo! Você vai mostrar pros outros.

Jimin: - Até onde eu sabia, íam dar um tiro no pé dela... Então não. Não estou contando com eles, e nem eles comigo.

Jungkook: - NÃO ME INTERESSA!

Jungkook: - Ela... Está... Morta! ~ não consegue segurar as lágrimas que acabam por escorrer novamente ~

Jimin: - Eu sei Jungkook. E eu sinto muito mesmo... Só que agora é hora de seguir em frente, pois você ainda é um Royals, e tem de arcar com os deveres de tal.

Jungkook: - Saiba que eu não sou, e nunca mais serei seu amigo... Independente de ser um Royals ou não.

(Jimin permanece em silêncio)

Jungkook: - E agora, mais do que nunca, me tornei completamente vazio por dentro, e "contar" comigo, é igual a contar com o Diabo. ~ diz, seco e breve ~

Jimin: - Então seja bem-vindo ao clube, por que coração nenhum de nós nunca teve. Os que ainda possuíam um, ou perderam ou vazaram...

*Jungkook vai para o chat, e envia a foto que acabara de tirar do convite em mãos*

[Chat On]

Jimin: Jungkook... Melhor voltar pra Coréia. Logo. ~ escreve, após analisar a foto ~

Jungkook: O que foi..?

Jimin: - Vem!

[Chat Off]

Jungkook: - O que ele viu, que causou tanto espanto..? ~ questiona-se, enquanto encara o mesmo convite, só que agora no seu celular~

Zao: - Ei.

Jungkook: - SAI! ~ exclama, pulando e dando um soco no ar ao mesmo tempo ~

Zao: - Já são 23:00 da noite... O que ainda tá fazendo aqui?

Jungkook: - Pô Zao..! ~ diz ofegante, com uma mão sobre o coração~

Zao: - Já disse o que tinha pra dizer..? Hum? ~ pergunta a ele, enquanto o cutuca ~

Jungkook: - Sim... Quero dizer, mais ou menos...

Zao: - Ela não apareceu, né? Sinto muito, mas acho que ela não gostava de você tanto assim...

Jungkook: - Têm razão... ~ diz, com os olhos cheios de lágrimas, e uma expressão é rancorosa ~

Zao: - Tenho?! ~ pergunta, incrédula ~

Jungkook: - Ela nem se quer me deu u-um mísero sinal... Nada!

Jungkook: - Vai ver ela sempre me usou, como todo mundo... ~ agora as lágrimas parecem se secarem aos poucos, dando espaço para um olhar cheio de ódio e remorso ~

Zao: - As vezes as coisas não são como a gente pensa que são. Muitas vezes nós enganamos, ou somos enganados. Mas a maior parte delas, fazemos ambos os papéis.

Jungkook: - Quê?

Zao: - Se você engana e está sendo enganado, nessa sequência, então só pode estar se auto-enganando!

Jungkook: - Foda-se... Só quero ir embora daqui. ~ começa a caminhar para longe dali ~

Zao: - Esqueceu isso aqui! ~ corre em sua direção, levando consigo uma caixinha vazia que havia encontrado sobre a cova de Rosé ~

Jungkook: - O quê, isso? Deixa onde estava, não quero nada que me ligue a ela. ~ saí às pressas para fora do cemitério, frustrado ~

Zao: - Ok. ~ some novamente ~

Jungkook: - Táxi! ~ chama, após ver um veículo amarelo passando perto de onde estava ~

Jungkook: - Me leve até o aeroporto local. ~ exige, ao adentrar no automóvel ~

Taxista: - I'm not bilíngue, sorry.

Jungkook: - Airport. Airport! ~ diz, já sem paciência ~

{...}

Primeiro dia do terceiro bimestre...

Jisoo povs:

Acordo, faço minhas higienes e visto o uniforme novo que havia chegado ontem pelo correio. Após descer e tomar café da manhã, esperei a carona que a minha vizinha daria pois, no trajeto do trabalho dela, ela passaria pela Seul School of Arts.

Seohyun: - Bom dia. ~ disse a vizinha sobre o volante, enquanto eu adentrava em seu carro ~

Jisoo: - Bom dia.

{...}

No caminho...

Seohyun: - Eaí Jisoo, onde você e a sua família passaram as férias..?

Jisoo: - Fomos para Itália, e no fim passamos na Austrália. ~ respondi, meio tímida ~

Seohyun: - Ui, chique.

Jisoo: - Nem tanto, kk. ~ há essa altura, eu já estava pegando o fone na minha mochila e selecionando a música mais adequada para o meu nível de desgosto pela vida ~

Seohyun: - E como tá aquela menina da sua escola? Sabe... A que estava em coma. Ela já tá melhor..? ~ sua pergunta chamou minha atenção de tal forma, que cheguei a gemer de susto ~

Jisoo: - Ah... Você não soube? ~ perguntei, tentando disfarçar o quanto sua pergunta tinha me afetado ~

Seohyun: - Do quê?

Jisoo: - Ela não resistiu...

Seohyun: - Como assim, ela morreu?! ~ sua insistência já estava me dando nos nervos ~

Jisoo: - Sim. ~ respondi, um pouco arrogante ~

Seohyun: - Impossível!

Jisoo: - Do quê você tá falando..? ~ faltava um triz para que eu jogasse aquela mulher pra fora do carro ~

Seohyun: - Estou falando da filha do dono da Hyundai. Roseanne Park, se não me engano. Têm certeza de que ela morreu..?

Jisoo: - Eu era a melhor amiga dela. Claro que eu tenho! ~ me exaltei, mas permaneci passional ~

Seohyun: - E como isso não saiu nas mídias coreanas..? Você foi ao enterro, por acaso?

Jisoo: - Fui.

Seohyun: - Sério? Ah, nossa... Desculpa. É que eu achei estranho, porque a família dela é influente pra cacete aqui na Coréia... ~ sua explicação me deixou muito reflexiva~

Seohyun: - Bem... Chegamos! ~ estaciona o carro em frente ao colégio, e eu excito em deixar seu carro ~

Seohyun: - Tá tudo bem?

Jisoo: - Não saiu nada, né..? ~ perguntei para ambas de nós, encarando a aglomeração de adolescentes que adentravam ao colégio, enquanto eu permanecia ~

Seohyun: - Nadinha. Nem uma manchete!

Jisoo: - Será que...

Seohyun: - Jisoo, eu sei que esse assunto é delicado pra você... Mas eu vou me atrasar pra reunião com o administrador do novo clã da região Norte, e essa é uma oportunidade única! Então, se você puder...

Jisoo: - Você disse "novo clã"?

Seohyun: - Sim! Haha. Tô super animada pra atuar na parte de mídias sociais. O governo tá apostando muito nessa nova potência da juventude clerical.

Seohyun: - Mas ainda é confidencial. Não saia espalhando por aí, porque isso pode me prejudicar.

Jisoo: - Puta que pariu... Obrigada pela carona! ~ peguei minha mochila e deixei o carro, seguindo às pressas para dentro do prédio escolar ~

{...}

Foi andando por aqueles corredores, que eu descobri o quão solitária eu estava. Meu irmão, Namjoon e Hoseok estavam estudando em Londres; Jennie havia sumido; os Topers já não tinham dado as caras desde o baile de inverno; e a Rosé... O que realmente tinha acontecido com ela? Por que eu sentia que o universo tava tirando sarro da minha cara..? Por acaso, não sofri o suficiente?!

Já me encontrava perdida na mais profunda paranóia... Como se ter sido estuprada, ou simplesmente quase assassinada pelo meu próprio irmão na infância não tivesse sido o suficiente.

Eu queria fugir, sumir... Queria acabar com todas essas vozes na minha cabeça. Porque, no final das contas, eu nunca sei de nada. Todos vivem brincando de deuses, assim como manipulando diversas realidades a favor de seus interesses, e eu fico balançando com as ondas silenciosas que costumam me levar até as ilhas que às convém...

Jisoo: - Ei! ~ exclamei, após um cuzão esbarrar em mim ~

Taehyung: - Isso que dá ficar parada no meio do caminho. ~ disse, debochando da minha situação ~

Jisoo: - Josh?! ~ me surpreendi ao ver o loiro Australiano saindo do meio dos Royals ~

Josh: - Como vai, Jisoo..? ~ perguntou com aquele típico tom de superioridade, e eu logo soube que ele tinha entrado pros Royals~

Jisoo: - Eu vou indo, Joshua.

Jungkook: - Andem! Não estão vendo que vamos nos atrasar?

De repente, por de trás de mim, surgiu Jungkook acompanhado da... Prima do Hoseok? Isso mesmo. Lembro de ter ido no aniversário de quinze anos dela, mas ainda sim não esperava vê-lo tão cedo com uma nova pessoa. O Jeon não só permaneceu no clã, como também trouxe uma nova garota pra intregrá-lo. Algo fedido não cheirava bem...

Jungkook: - Bom dia, Jisoo. ~ disse, após ter me interrompido, mas não respondi. Apenas me afastei dos sete, e rezei para que a Jennie aparecesse ~

{...}

Diretor: - Certeza de que a senhorita quer ir pro 3°y?

Jisoo: - Certeza absoluta. ~ respondi, meio apreensiva. Na verdade eu tava com medo... ~

Diretor: - Soube que a senhorita deixou os Royals voluntariamente. Sabe que se eles não te expulsam do clã, você têm direito a permanecer no 3°x.

Jisoo: - É, mais eu não quero terminar meu último ano da escola sofrendo bullying.

Diretor: - Entendo.

Jisoo: - E à propósito, você soube da morte da Rosé, né?

Diretor: - Tá falando da Roseanne...

Jisoo: - Park. É... ~ o interrompi, antecipando as cerimônias que eu bem conheço ~

Diretor: - Não tenho permissão para falar sobre a aluna Roseanne. N-Não aqui... ~ explicou o senhor que parecia intimidado ~

Jisoo: - Fui ao enterro dela. ~ afirmei, deixando-o espantado ~

Diretor: - E-Eu e minha escola não temos nada e ver com o que acontece ou deixa de acontecer em continentes vizinhos!

Jisoo: - Então você sabia... Vocês sabiam!

Diretor: - Toma..! Aqui está sua transferência para o 3°y. Agora saia da minha sala, antes que eu te dê uma advertência! ~ pego o papel em suas mãos, e sigo correndo para minha nova turma~

{...}

No 3°x...

Jimin povs:

O sinal havia tocado, e nós já nos encontrávamos dentro da sala. Sentamos todos perto uns dos outros, optando por manter a postura, e não nos exaltármos logo cedo, demonstrando respeito à nossa falecida "amiga".

Era não só um começo para cada um de nós, como um recomeço pros Royals. Novos membros; nova dinâmica; entretanto, uma mesma linha de pensamento: Cada um por si. E vale tudo.

Eu e Jungkook até nos reaproximamos, mas não era como antes. Agora não confiávamos mais um num outro. Não confiávamos nem em nós mesmos, pra falar a verdade. Olha só para nós...
Roubando no quebra-cabeça, como se nós mesmos tivéssemos desenhado as peças.

Acabou que perder a Rosé por nossas mãos, não fez Jungkook se afastar dos Royals, e sim ficar mais próximo. À princípio, deduzi que ele estivesse tramando um um bela vingança contra nós. Mas para minha surpresa, ele realmente estava disposto a ser um Royals, tendo consciência do que isso significava. Agora ele tinha maldade no coração, e sabia que estava no lugar certo.

{...}

A aula rolava, a gente enrolava... Mas não tinha nenhuma importância para a realeza. Pessoas como nós desconhecem o verbo conjugado da tão conhecida "preocupação".

Já parou pra pensar sobre o que se passa na cabeça de quem possui grana, poder... Mas ainda sim, não têm amigos de verdade, não têm família de verdade, e também é cúmplice da assassinato?

O coração mal bate, eu garanto. Você têm uma lindíssima garota ao seu lado; um lindo carro; um belo e bem dotado pênis; Mas o que importa, se você também têm sangue nas mãos..?

Gente como eu, gente como o Jungkook... Mas especificamente adolescentes insolentes como nós, quando rezamos, trocamos sem querer o nome de Deus pelo nosso. Isso não é dádiva. É uma puta de uma má sorte do caralho! Nossos olhos não enxergam a poha de um limite para nossas ambições e insanidades...

Jungkook: - Jimin. Ei..! ~ taca uma bolinha de papel em mim ~

Jimin: - Oi.

Jungkook sempre se sentou atrás de mim. E então hoje, depois de anos, ele decidiu sentar-se exatamente na minha frente. O que era pra ser normal, e supostamente não deveria ter nenhum significado. Só que eu era, e sempre fui, o líder dos Royals. Bem, isso até a manhã de hoje, quando o Taehyung teve a brilhante idéia de colocar Jungkook na liderança, sabe... Pra superestimar o garoto viúvo, comprando seu perdão com o cargo da superioridade entre os superioriores.

E Jungkook..? Ele adorou. Mas não porque ele sempre sonhou com isso. O Jeon se sentia no direito de ser ruim. E no seu caso, sendo o mais injustiçado de todos nós, por que não ser o mais ruim? Ser a alma mais impiedosa de todas..?

Parece drama, parece ficção... Mas só eu tinha noção da máquina mortífera que o Kookie tinha virado.

Jungkook: - Preciso conversar com você.

Jimin: - Primeiro cara, eu estou literalmente atrás de você. Então por que tacou uma bolinha de papel em mim?

Jungkook: - Não tenho tempo pra frescura, Jimin. Quero confirmar algo que seria conveniente da parte de vocês...

Jimin: - Não exite.

Jungkook: - Esse Josh é o mesmo "Josh" que atirou na Rosé?

Jimin: - Sim. Na cabeça.

Jimin: - E ela morreu.

{Adimirável que esteja cursando a faculdade do mal, Kookie. Só que eu já tenho doutorado nela...}

Jungkook: - Tá tentando me afetar com essa combinação de palavras chaves, sem saber que toda dor minha, agora é convertida em ódio.

Jimin: - Também posso converter esse seu fogo no cu em um olho roxo. ~ o ameaço, na esportiva ~

Jungkook: - Se é tão confiante, então por que não tenta a sorte..? ~ vira para frente, mais ressentido que puta quando não recebe tapa na bunda ~

Jimin: - Eu gostava de você Jungkook, justamente porque era diferente de mim. Mas se vai ser igual a gente como eu, vai ter que lidar com a aversão que tenho à minha espécie. ~ falo sutilmente, sem querer humilhá-lo ou algo do gênero ~

Jungkook: - Espero que todo esse drama não seja por eu estar na liderança. Ainda mais porque isso provavelmente foi idéia sua, e você estaria se contradizendo.  ~ disse, ainda de costas para mim ~

Jimin: - Se me conhece tanto quanto eu te conheço, não vai querer no time adversário...
 
Jungkook: - Por enquanto, eu te quero como aliado.

{Psicologia reversa. Uma clássica..!}

Jimin: - E por que eu?

Jungkook: - Porque nós somos a dupla mais poderosa. Sempre fomos, na verdade.

Jungkook: - Não entendo porque você está se sentindo tão ameaçado, quando eu finalmente me torno aquele que você sempre me ensinou a ser.

Jungkook: - Só você não tá vendo que estamos no mesmo barco...

Jungkook: - Nossas vidas são desgraçadas, mas nós... Nós temos tudo do que é mais valioso nesse mundo. E esse prazer que o poder nos permite sentir, também é o único prazer que nos restou.

{E ele não parava de falar... Tava inspirado}

Jungkook: - Têm um novo clã à caminho, Jimin. Sabe o que isso quer dizer?

{Claro que sei, maknae. E eu estou mais que dentro...}

Jimin: - Precisamos proteger nosso legado!

E como um doutor, obviamente eu tive meu aluno. Mas até que a proposta do garoto era tentadora o suficiente, a ponto de me fazer desistir de conservar a pureza que ainda podia existir no seu coração.

Jungkook: - Trato feito. ~ sem se virar, ergueu seu punho fechado na minha direção e eu retribuí com o soquinho que era o nosso toque ~

{...}

No 3°y...

Jisoo povs:

Joy: - Olá Jisoo. Eu sou Joy, a representante dessa classe. ~ disse a menina super entusiasmada que veio me receber na porta da nossa sala ~

Jisoo: - Oi...

Joy: - Seja bem-vinda ao 3°y! ~ tanto ela quanto o resto da turma pareciam super simpáticos e receptivos, e por um momento eu me senti menos pressionada ~

{...}

No decorrer daquela aula de física, eu fui criando alguns laços superficiais com algumas garotas que pareciam muito quererem ser minhas amigas, e até passei o zap pra um gatinho que eu fiquei surpresa de não ter notado antes. Mas o que realmente vibravam na minha cabeça, eram as mesmas vozes de antes, só que ainda mais barulhentas depois das novas informações sobre toda essa situação mal resolvida da Rosé.

Por alguma razão, me sentia animada pela chance de todo aquele pesadelo não ter sido real, e a Rosé estar viva. Só que ao mesmo tempo, sentia medo de estar me iludindo com falsas possibilidades, e não estar conseguindo lidar com o fato de que perdi a minha melhor amiga para sempre...

Estava prestes a entrar num colapso emocional, e isso era nítido para qualquer um. Mas uma coisa era fato...

Nunca quis tanto na vida fumar um beck, como eu tava querendo naquele momento.

{...}

Joy: - Jisoo. Jisoo! ~ acordo com a maldita me chamando ~

Jisoo: - Que foi..? ~ seco a baba que tinha na minha bochecha e sua poça na mesa ~

Joy: - É que você tava roncando no meio da aula. Tava atrapalhando o professor...

Jisoo: - Com essa voz, esse maluco não devia da aula de física, e sim fazer umas hipinose da boa.

Joy: - Ksksksk.

Jisoo: - Sério, ele fala "alcachofra", e eu já tô vendo o Deadpool fazendo quadradinho de oito.

Joy: - Kkkkkk. Você é ótima, Jisoo.

Jisoo: - Haha... Pior que sou, né? ~ rimos, mas isso não melhorou meu humor ~

E pra piorar, alguém lança uma pérola...

Umfilhodaputaqualquer1: - Ô Jisoo! Por que é mesmo que você deixou seus parças lá, os Royals?

*De repente um silêncio constrangedor p/ carai se instalou na minha nova turminha*

Jisoo: - Então... Aconteceu que deu vontade de sair.

Jisoo: - Aí eu saí.

Todos: - OOOOOOOOH!

Joy: - Ai Jisoo... Não liga pro Cleyton. Ele é o novato brasileiro, e geralmente se auto-proclama como "Mc oppinha"... ~ explicou ~

Jisoo: - Diminutivo de Oppa? Kk. Essa é nova...

Clayton: - Diminutivo de Oppa, mas o Jorge ainda é plus size... ~ explicou, do outro lado sala, enquanto me encarava como um canibal, esfregando sua língua freneticamente pelos lábios ~

Jisoo: - Quê..? Como assim, "Jorge"?

Clayton: - É como eu apelidei o dragão que pode visitar sua toca, se quiser... ~ engoli seco, e voltei minha concentração para a escrita da lousa ~

Joy: - Olha Jisoo, como sou sua amiga, preciso te contar... ~ se aproximou do meu ouvido esquerdo para sussurrar algo ~

Joy: - Ele já tirou virgindade de mais da metade da sala... E a maior parte delas ficou de cama. ~ sussurrou ~

Joy: - No país dele, chamam ele de "Christian Gray de Taubaté"...

Joy: - Têm hashtag e tudo.

Jisoo: - Mas só um terço da sala é de menina...

Joy: - Pois é!

Jisoo: - Bem... Antes um truta das quebradas, do que contra a minha própria vontade...

Joy: - O quê..?

Jisoo: - Nada!

Cleyton: - Anal, oral, vertical, 69... Como vai querer? ~ perguntou, ao se sentar do meu lado ~

Jisoo: - Ah não, tô de boa.

Umfilhodaputaqualquer2: - Ô Jisoo...

Jisoo: - QUÊ É, PORRA?! ~ me irritei precipitadamente ~

Umfilhodaputaqualquer2: - E aquela sua amiga lá, a Rosé? Já saiu do coma? ~ essa pergunta me causou uma fusão de sentimentos e, por um instante, senti minha mente voar pra júpiter e voltar~

Clayton: - Aquela mina ruiva, né? Pô... Mó gostosa.

Jisoo: - E-Ela...

Clayton: - Magrinha... Mas apetitosa.

Jisoo: - Eu acho que... ~ comecei a suar de nervoso, quase tendo mais uma crise de pânico, só que desta vez eu não tinha remédio comigo ~

*Toc-Toc*

Prof Pyong: - Pois não..?

*Porta é aberta*

Jennie: - Desculpa o atraso...

Jennie: - A gente pode entrar?

A Jennie? É, ela reapareceu. Mas não foi por causa dela que eu comecei a chorar de alegria, emocionada com sua aparição inusitada e milagrosa. Eu chorava por causa da garota de cabelos naturalmente alaranjados, com seu olhar penetrante, e seu sorriso mais confiante do que nunca.

Jisoo: - Sua... ~ ainda desacreditada, vejo a magrinha apetitosa vindo em minha direção com seus braços abertos para um abraço que ela pretendia dar em sua amiga precocemente cardíaca ~

Rosé: - Brotei nessa poha..!

Jisoo: - Sua puta desalmada! ~ pulo na Rosé, dando-lhe um abraço mais que apertado, enquanto despejo lágrimas... E lágrimas sobre a blusa branca de seu uniforme ~

Jennie: - Desculpa a demora... É que eu tive que ir até o inferno pra buscar ela. ~ fez referência à suposta morte da ruiva, e eu a fuzilei sem dó com meus belos olhos negros ~

Jennie: - Haha... Mas tá entregue, e é isso que importa. ~ se justifica, indiretamente ~

Rosé: - Desculpa Soo... ~ sussurra em meu ouvidos, enquanto retribui ao meu abraço na mesma intensidade ~

Rosé: - Eu sei que deve ter sido difícil pra você... Mas vou te compensar!

Jisoo: - É mesmo, é? ...Safada!

Rosé: - Ksksksks, começou...

Prof Pyong: - Hu-Hum! ~ tosse forçadamente, exigindo atenção das três ~

Prof Pyong: - Sei que vocês todas vieram dos Royals, mas aqui nessa turma não existe privilégios.

Clayton: - A não ser pelo privilégio de me chamar de papai... ~ pisca para Rosé ~

Jennie: - Sabemos... Mas e se eu te dissesse que essa turma não vai ser mais ofuscada pelo 3°x..?

Prof Pyong: - Eu te aconselharia a fazer Proerd e larga as dorgas, menina.

Rosé: - A diferença entre as duas sala sempre foi uma ter clã e a outra não, tô certa?

Joy: - Certíssima.

Jisoo: - Puta merda, saquei!

*Todos encaram a Jisoo, confusos*

Jisoo: - Você, Rosé. Você originou os Ghosts. Sabia!

Jisoo: - Mas colocar como remetente seu nome ao contrário...

Rosé: - Uma merda, né? Eu sabia que ia soar...

Jisoo: - Genial!

Rosé: - Amador.

Jennie: - RESUMINDO, terão membros de um clã de elite estudando nessa sala. Sabem o que significa, né?

Clayton: - O bonde das maravilhas tá diferente...

Joy: - Vamos entrar no mapa, yes!

*Sinal do Recreio*

Jennie: - Bem... Prontas? ~ perguntou à nós duas, enquanto nos preparávamos para a bomba que estávamos prestes a lançar ~

Jisoo: - Deixa eu ver... Não forjei a própria morte, nem fiz meus amigos irem ao meu "enterro". Eu tô pronta!

Rosé: - Esqueceu de colocar "não levei um tiro" na sua lista.

Jennie: - Nem me fale dessa noite... ~ disse, balançando a cabeça em negação ~

Jennie: - Mas não se preocupe Soo, que a gente vai te informar de todos os detalhes.

Jisoo: - E dale porra que vocês têm pra me contar, éin!

Jennie: - É... Digamos que a Rosé sempre arranjou as piores maneiras de ser a protagonista da noite. ~ ambas as três seguimos juntas para fora da sala ~

{...}

Jennie: - A reação dos Royals vai ser icônica... ~ comentou, enquanto caminhávamos pelos corredores do colégio ~

Jisoo: - Ah! E têm novos membros no Clash Royale, tá?

Rosé: - Tô sabendo. ~ disse, antes de empurrar as portas do refeitório de uma vez só, revelando seu retorno das trevas ~

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