As notícias correm soltas em Moordale e tendo alguém para espalhar a semente da discórdia tudo fica mais rápido ainda, mesmo que seja hora da saída e metade dos alunos já tenham ido embora para suas residências, porém, nada disso é um fator determinante que limite todos de saberem sobre os “fantabulosos piolhos pubianos de Diana” e, falando nela, essa procura pelos corredores por Maeve e Otis, sem sucesso é claro, pois os dois já estão a essa altura bem longe dessa escola de secundaristas, todavia, Eric não recorre da mesma sorte e esbarra com a desesperada garota em busca de respostas.
Eric- Ai, o que houve, por que o desespero?
Diana- Pergunte isso para seu amigo e para a comparsa dele…
Eric- Tá falando do Otis e da Maeve?
Diana- Sim, você viu eles?
Eric- Eu tô procurando eles também, no caso só o Otis, mas provavelmente a Maeve virá inclusa no pacote, então, não posso fazer nada. Por que procura pelos dois?
Diana- Eles espalharam mentiras minhas por toda Moordale…
Eric- O Otis e a Maeve, tem certeza disso?
Diana- Certeza absoluta, só eles sabiam do meu problema…
Eric- Você se consultou com o Otis?
Diana- O que você acha? (Sarcasmo)
Eric- Calma aí, você deve estar equivocada, eles não teriam essa capacidade, caso você não saiba, o Otis não faria mal a uma mosca e a Maeve, ela não faria mal a ninguém quando tem dinheiro envolvido, o que eles ganhariam com isso?
Diana- Você confia muito neles dois não é?
Eric- Sim, eu confio…
Diana- Não deveria, as pessoas podem ser ruins as vezes, podem pensar só em si mesmas, creio eu que na primeira oportunidade de apunhalar você pelas costas eles por si só farão, e verá, que eu, não estarei enganada.
Eric- Eu conheço o Otis desde os nove anos, ele não teria coragem e…
Diana- E a Maeve, você tem o mesmo nível de confiança que tem pelo Otis?
Eric- Não…
Diana- Então, o que me diz?
Eric- Digo para não tomar decisões precipitadas, deve rever seus conceitos e sempre suspeitar de uma notícia como essa, sabe que aqui a fofoca rola solta…
Diana- Você acha que eu não estou desconfiada, você acha mesmo?
Eric- Acho não, eu tenho certeza…
Diana- Sua opinião não importa para mim.
Eric- Então por que ainda está me ouvindo?
Diana- Nem eu sei, já deveria é ter ido falar para o Groff sobre essa situação, tenho que evitar que a notícia se espalhe mais ainda...
Eric- Só se você souber como apagar os dados dos celulares das pessoas, porque minha querida, não sei se sabe, mas nós não vivemos mais na década de 80, a essa altura a notícia já deve estar nas mãos de quase todos daqui.
Diana- Vou procurar o Groff, e você nem tente me impedir de fazer isso, porque eu não vou mudar de ideia…
Eric- Não vou impedir, faça o que quiser, eu não ligo, só espero que não se arrependa depois.
Diana- Eu não vou me arrepender (Se vira para ir embora).
Eric- Espera…
Diana- O que foi?
Eric- Deveria lavar sua boca antes de ir falar com o Diretor Groff…
Diana- E você deveria reconsiderar suas amizades meu caro (…)
Então, com sangue nos olhos e uma vagina piolhenta, digo, com vontade de esclarecer as coisas, Diana, corre até a sala do excelentíssimo Diretor Groff para por na mesa os fatos que agora se alastram por toda Moordale, atrapalhando assim a confortabilidade do representante escolar que comia seus chocolates caramelados com seus pés sobre a mesa de trabalho, a porta abre, e o susto é mútuo, açoitado por uma garota eufórica que desbrava com intensos hormônios juvenis e que, em busca de soluções entra no recinto mais sagrado dessa nobre escola.
Diretor Groff- Qual o motivo de tanta eufória?
Diana- Estou sendo motivo de chacota de toda Moordale…
Diretor Groff- Que Moordale? Mais da metade dos alunos já foram embora.
Diana- Disse certo, mais da metade, não todos e esses que restaram estão transformando minha vida em um inferno...
Diretor Groff- Por que estão fazendo isso?
Diana- Eu me consultei com o Otis mais cedo sobre um problema pessoal meu...
Diretor Groff- Consultou, desde quando o Milburn é médico?
Diana- Ele não é médico, mas tem um incrível poder de presunção...
Diretor Groff- Como assim?
Diana- O Otis e a Maeve tem uma clínica sexual que ajuda os jovens de Moordale com seus problemas pessoais, pelo menos na prática era isso que deveria ocorrer, mas não foi o que ocorreu dessa vez...
Diretor Groff- Clínica, como assim? Essa história está começando a ficar bem confusa pra mim, explique melhor, desde o inicío de preferência.
Diana- Eles tem uma clinica de mentira que ajuda os jovens daqui com seus problemas, que parte você não entendeu, tá impossível ficar mais claro que isso...
Diretor Groff- Desculpa, mas isso está estranho demais, o Milburn ajudando os jovens com problemas sexuais, ele é a pessoa errada para isso, provavelmente deve ser virgem ainda, além de parecer um idiota completo em tantos aspectos que fica bem dificil botar fé nessa história, desculpe Diana...
Diana- Mas ele não tá nessa sozinho, tem a Maeve por trás, pode ter sido corrompido, concorda?
Diretor Groff- Vendo por esse ponto de vista sim, mas como posso acusa-los de alguma coisa?
Diana- Só eles sabiam dos fatos que circulam de mim na escola, isso já deveria ser um belo motivo, não acha?
Diretor Groff- Concordo com você, mas não tem muito o que eu possa fazer hoje, então, amanhã tomamos as devidas providências, agora vá pra sua casa, que tudo irá se resolver, confie em mim, mas antes, me tire uma dúvida, qual é a fofoca?
Diana- Eu tenho coceira vagina e disseram que estou com piolhos radioativos...
Diretor Groff (Começa a achar graça)- Pode ir, amanhã resolvemos esse problema.
Diana- Até você rindo de mim? Acho que nem virei pra aula amanhã...
Diretor Groff- Pois venha, que sua presença será indispensável, irei chamar você, o Otis e a Maeve, para tentarmos resolver esse problema...
Diana- Só venho porque quero esclarecer as coisas, e talvez, arrancar um olho dos dois (Se levanta).
Saindo da sala enfurecida e cheia de dúvidas sobre seu futuro, Diana vai embora deixando Groff sentado no conforto de sua cadeira de couro e na companhia de seus chocolates variados e deliciosos, enquanto isso, Eric, indo para sua casa acaba por ter uma surpresa, bem no meio do caminho encontra com Adam Groff que tá com uma cara de perdido e com carência aguda, dá dó de ver o estado que o garoto se encontra, eles param frente a frente, olham-se, sentem-se atraídos um pelo outro, mas retidos em seus sentimentos os dois resolvem então quebrar o gelo, de um jeito simples, começando um diálogo bem acanhado, mas não menos importante.
Eric- O-oi Adam...
Adam- Oi, é, eu estava esperando você mesmo, nós podemos conversar?
Eric- Acho que sim, por que você está vestido com a roupa do seu colégio militar?
Adam- Eu fugi, não aguentava mais aquele lugar, preciso de sua ajuda trombodorista!
Eric- Você não deveria ter feito isso, seu pai vai te matar Adam...
Adam- Eu sei, por isso estou pedindo sua ajuda, não tenho onde ficar e muito menos com quem contar (Nisso ele vai pra cima de Eric com ignorância).
Eric- Calma aí, se você quer minha ajuda, não vai ser desse jeito que irá conseguir, não precisa me tratar com ignorância, desse jeito as coisas não se resolverão!
Adam- Desculpa, é que, eu sempre me meto em encrencas, parece algo natural meu, só me ajuda, por favor...
Eric- Tá bom, vem comigo, dou um jeito de te colocar dentro da minha casa, mas você tem que prometer ficar em silêncio para não meter nós dois em encrenca.
Adam- Eu prometo, só me ajuda, por favor, eu não sei com quem contar mais além de você...
Eric- Tudo bem, pode contar com minha ajuda, vem, vamos para minha casa (Sorri para Adam, que retribui do mesmo modo).
Então, os dois vão andando para a casa de Eric, sobre um silêncio acompanhado de troca de olhares disfarçados e sorrisos acanhados, os desejos intensos dos dois é bem visível, no fundo nenhum deles entende o que está ocorrendo, simplesmente andam, sobre as folhas das árvores e ventos sobre os rostos, em uma ligação ingênua e tênue, acompanhados pela sorte e pelo destino até seu destino final, eis o começo de uma história de parceria ou desavenças, o futuro dirá isso (...)
SEX EDUCATION (STRANGE LOVE)
T01E04 - PRIMEIRA
Conjunto de Trailers Sterrett's Caravan Park, 17:30 PM.
Calados, Maeve e Otis chegam ao seu destino final, unidos pela intensa vontade de ter a companhia um do outro e acompanhados de trocas de olhares diretos e carinhosos eles param, na entrada do trailer, enquanto a nossa querida ''morde-pau'' encosta sua costa sobre a porta, o nosso desajeitado terapeuta sexual admira as curvas de seu amor, que em segredo o ama também, mesmo que uns beijos já tenham sido trocados entre ambos as dúvidas pareciam maiores, não sabiam como começar a se tratar e muito menos como amarem-se, em movimentos sorrateiros e sinuosos os instintos juvenis falam mais alto e o silêncio impetuoso tende a acabar de um modo ou de outro.
Otis- Enfim chegamos (Sorri acanhado para Maeve).
Maeve- Sim (Sorri de volta).
Otis- Então, eu, eu acho que já vou indo (Se vira para ir embora).
Maeve- Não!
Otis- Por que não?
Maeve- Não quer beber água? Afinal, você deve estar cansado de me trazer de bicicleta até aqui em casa...
Otis (Sorri e leva as mãos a cabeça)- Eu acho que não, é, você vai ficar bem?
Maeve- Sim, acho que sim. Qualquer coisa te mando mensagem, beleza?
Otis- Bom, então tudo bem, eu já vou, tchau Maeve (Se vira novamente para ir embora).
Maeve- Tchau cabeção...
Ele então sorri para ela antes de subir em sua bicicleta, eles se olham e um espaço vazio entre os dois parece surgir, o garoto começa a andar se afastando do lar de sua amada, que não resiste em vê-lo partir e em um súbito impulso resolve gritar e chamar a atenção de Otis novamente, no fundo Maeve sabe porque quer que ele fique, mas por fora não sabe o real motivo, só sabe que precisa dele, só sabe que quer ele, só sabe que mesmo sabendo de todas essas coisas acaba não sabendo de nada, confusa e instintiva nossa personagem está nesse momento, mas desertora não, sua determinação é aparente e ao ver que seu chamado é correspondido, um sorriso lhe vem a face como quem sente na pele o tocar de Deus, os milhões de uma loteria ou o cheiro de um jardim cheio de rosas vermelhas.
Otis vira-se e vai até Maeve, que pede que fique mais um pouco, ele sem pensar duas vezes retorna e juntos entram no trailer, sentando-se em cadeira e olhando a garota ir até a pequena, porém comoda cozinha de sua humilde casa fica nosso jovem ''terapeuta'', que por sua vez repara todos os detalhes dela, é incrível como pode chamar a atenção com tão pouca coisa, ela por um momento para perto da pia e olha pela janela a bicicleta dele, sorri de um jeito bobo e singelo, o garoto repara que sua camisa de frio está sobre a cama, e, em um impulso bem sutil ele desbrava-se em uma pergunta, disfarçada de indagação própria.
Otis (Sorri acanhado e eleva o tom de voz em um timbre calmo)- Minha camisa de frio está com você, eu realmente não lembrava disso, que bom, achei que estivesse perdido ela...
Maeve- Sim, você não se lembrava disso? Hoje mesmo eu te falei sobre ela (Sorri para Otis).
Otis- Caramba, é verdade, já havia me esquecido, minha cabeça tá uma confusão esses dias, meu Deus.
Maeve- Confusão, com o quê? Se quiser me falar é claro...
Otis- Quer mesmo saber?
Maeve (Pega um copo de café e senta-se para acompanhar Otis na conversa)- Eu adoraria. Geralmente é você que faz isso de me ouvir, acho que chegou minha vez de ser a ouvinte (Sorri).
Otis (Sorri)- Tudo bem, deixa eu pensar. Não sei nem por onde começar, bom, primeiro, minha mãe é bem maluca e eu não entendo como alguém pode ser desse jeito, você entende?
Maeve- Bom, olhe ao meu redor, você vê minha mãe aqui?
Otis (Sorri com vergonha)- Não. Eu nem lembrava disso, desculpa, desculpa mesmo...
Maeve- De boa, eu não ligo, só sinto saudades de ter alguém comigo as vezes, tipo, o Sean, ele é de temporada, passa uma aqui em casa e outra em algum lugar que eu não faço a miníma idéia, minha mãe é assim as vezes também, faz dois anos que não a vejo e não faço a minima ideia de onde ela esteja, no final sou só eu, meus livros e minhas manias esquisitas.
Otis- Quem olha pra você não imagina que passa por esses problemas, acho que não deixa claro isso para todos...
Maeve- Como assim?
Otis- Sei lá, você sempre aparenta ser durona, as vezes fica meio difícil perceber que tem algum sentimento (Sorri).
Maeve- É, eu sei, mas sou assim porque não achei um outro modo de me manter segura...
Otis- Acho que te entendo, sabe, eu também meio que desenvolvi isso também.
Maeve- De um modo bem diferente do meu (Sorri).
Otis- Sim, mas temos coisas em comum, tipo, passamos por traumas. e desenvolvemos válvulas de escape para nossos problemas.
Maeve- O que te traumatizou?
Otis- Bom, quando eu era menor, vi meu pai traindo minha mãe, e digamos que é por causa disso que eu sou meio receioso sobre sexo, também tem outras coisas, mas essa é a mais relevante...
Maeve- Entendo (Sorri). Posso te fazer uma pergunta?
Otis (Sorri)- Pode sim...
Maeve (Sorri com vergonha)- Você, como posso fazer essa pergunta meu Deus? Você já sentiu vontade de transar com alguém, ou toda vez que você pensa nisso, acaba travando?
Otis (Sorri com vergonha)- Bom, eu sinto as duas coisas. Toda vez que o assunto sexo é colocado em questão eu fico, bom, eu fico, eu fico...
Maeve- Nervoso como está agora? (Sorri)
Otis- Si- sim (Sorri tentando disfarçar).
Maeve- Não precisa ficar nervoso, somos amigos...
Otis- Sim, somos...
Maeve (Então se levanta e derruba café na camisa)- Caramba, que merda!
Otis- Quer ajuda? Posso pegar um pano e...
Maeve (Sorri)- Não precisa, deixa eu tirar essa camisa e colocar pra lavar (Tira a camisa ficando só de sutiã).
A atitude de Maeve ascendeu um sentimento de repleto tesão em Otis, nesse momento seu pênis começou a ficar ereto, o garoto fica repleto de um nervosismo misturado com adrenalina dada graças ao que nesse momento vê em sua frente, é tudo que ele não imaginaria ter o prazer de olhar no início do dia e nem em toda sua vida, ela sutilmente percebe que tem uma tensão aparente e vai ai banheiro, nervoso tem uma ideia de ir sentar-se na cama e cobrir-se com um travesseiro para tentar disfarçar o ''amiguinho''.
Otis- E, é, eu vou me sentar ali na cama, tudo bem?
Maeve- Ok, vai lá, vou tentar resolver essa lambança que fiz agora...
Otis- Vou colocar uma música aqui no celular pra ouvir, qualquer coisa me chama, tudo bem?
Maeve- Por mim tudo bem, é o tempo que eu resolvo isso e volto pra conversar contigo.
Otis- Be- beleza.
O garoto então começa a passar as músicas do seu celular, até parar acidentalmente na música "Follow You, Follow Me" da banda britânica "Genesis", ele fica nervoso e tenta baixar o volume, mas seu celular trava. Maeve espia a cena pelo canto da porta do banheiro, depois resolve entrar em ação e falar com Otis, intervindo para tentar acalma-lo, pois percebe que o nervosismo dele está além do comum.
Maeve (Sorrindo de dentro do banheiro)- Deixa tocar, essa música me faz ter boas lembranças, não tira não...
Otis- O- ok (Super nervoso).
Então, a música começa a tocar, os acordes pairam sobre o ar e os sons de violão e teclado são uma combinação perfeita com o clima do momento, essa canção que trás consigo perguntas como se fossem respostas, indagações como pedidos de amor e provas de paixão avassaladoras, a voz doce e levemente nasal de Phil Collins que entrega um clima menos tenso e nítido de sentimentos profundos, transforma "Follow you, follow me'' em uma máquina de quebrar gelo no inverno, Otis ainda continua tenso tentando disfarçar sua ereção, enquanto isso, Maeve do banheiro canta em alto e bom tom as letras dessa bonita melodia.
Maeve- Stay with me, my love, i hope you'll always be, right here by my side if ever I need you, oh my love, in your arms, i feel so safe and so secure, everyday is such a perfect day to spend, alone with you [Fique comigo, meu amor, eu espero que você sempre estará, bem aqui ao meu lado sempre que eu preciso de você, oh meu amor, em seus braços, eu me sinto tão salvo e tão seguro, todo dia é um dia tão perfeito para passar, sozinho com você]. Eu não sabia que você curtia bandas antigas com essa vibe do tipo Genesis, mas já suspeitava que sim (Sorri de um modo bem doce).
Otis- Eu curto algumas sim, na realidade, eu curto até demais (Sorri).
Maeve- Essa música me faz lembrar da minha mãe, quando ela estava boa, bom, ela cantava essa canção pra mim dormir. Minha infância foi embalada por bandas britânicas de sucesso e Genesis sempre estava no repertório dela (Sorri).
Otis- Genesis é um marco na música e a letra dessa canção mostra bem isso, a fase do Phil Collins tem mais ''baladas'', não são todas as pessoas que curtiram a mudança na época, os fãs mais ''cult'' preferiam o Peter Gabriel como vocalista por gostarem mais do rock progressivo...
Maeve- Qual fase do Genesis você mais gosta?
Otis- Não tenho uma fase especifica, digo que tanto o Peter quanto o Phil fizeram ótimos trabalhos na banda, e você, qual sua fase favorita?
Maeve- A fase do Phil Collins...
Otis- Tem um motivo específico para isso?
Maeve- Phil trouxe uma leveza, um conforto, um modo sutil de lidar com os problemas, trouxe uma profundidade maior a banda toda, eu me sinto mais calma quando escuto a voz dele, ninguém me dá essa calmaria além das letras da Jane Austen nos seus livros, a vida poderia ser mais leve como uma balada do Genesis e poderia ter mais nuances bem elaboradas também, na maioria do tempo são só tormentas que parecem até os rock sobre guerra do ''Yes" ou as vozes aterrorizantes do vocalista do ''Pink Floyd" (Suspira profundamente encostada na porta do banheiro).
Otis- Você está bem?
Maeve- Sim, estou, fiquei pensando em algo agora, depois de tudo que falei sobre o Phil e o Genesis...
Otis- O quê?
Maeve- Essas músicas antigas são cheias de sentimentos, como se existisse essas coisas, Phil Collins é um babaca isso sim, a vida não é do jeito que ele imagina, o amor não existe, essa fase dele foi menos madura, era um jovem idiota como nós dois, cheio de sonhos, se você olhar as músicas dele mais pra década de 90 o pensamento era diferente, pois, havia virado um adulto...
Otis- Então, você não acredita no amor?
Maeve- Quer saber a verdade? Não, o amor é uma farsa Milburn...
Otis- Eu acredito, até o Phil acreditava, pois mesmo na fase mais madura da carreira dele isso não passou despercebido, eu posso não saber muito sobre amor, não tenho experiência nesse assunto, mas passei a minha vida toda ouvindo caras que mesmo depois de sofrerem grandes desilusões amorosas ainda acreditavam, se não tivermos no que acreditar o que seríamos nesse mundo?
Maeve (Sorri)- É cabeção, isso faz sentido, em partes faz sentido. (Põe a cabeça para fora do banheiro) Você pode pegar essa camisa que tá na cabeceira da cama e me trazer aqui no banheiro por favor?
Otis- Sim, posso sim, só aguarda um instante...
Maeve- Obrigado cabeção.
Nervoso, Otis levanta-se, com o travesseiro sobre sua frente para tentar disfarçar a ereção "inesperada", na sua mente passavam tantas coisas que estava uma confusão sem precedentes, Maeve percebe o nervosismo do garoto e tenta colocar em seu ar uma calmaria, mesmo assim ele permanece nervoso com o ocorrido, um diálogo de indagação altamente ligada à um desejo íntimo de curiosidade começa a surgir.
Maeve (Sorri)- Por que o travesseiro?
Otis- É, que, é...
Maeve- Deixa pra lá, você é estranho Milburn (Então se vira e sorri sem Otis perceber, finge deixar a camisa cair no chão, depois se abaixa pra pegar, o garoto vê a cena e fica perplexo, ela então percebe). Você está bem?
Otis- Não muito (Então ele deixa cair o travesseiro, Maeve vê a ereção)
Maeve(Sorri com uma cara de safada)- Meu Deus...
Otis- Desculpa, eu não queria, caramba, eu só faço besteira...
Maeve- Calma, eu não estou falando nada, já vi outras ereções na minha vida, isso não é estranho pra mim (Sorri).
Otis- Não sei o que falar, meu Deus, isso não deveria ter acontecido, você agora vai me achar um garoto perverso por ficar excitado bem na frente e, acho que vou embora!
Maeve- Calma Otis, isso não foi nada demais, são coisas que acontecem, relaxa, por favor, só relaxa...
Nesse instante Maeve olha fundo nos olhos de Otis, põe sua mão direita sobre o peito do garoto e começa a beija-lo intensamente, enquanto sua mão esquerda massageia o pênis dele bem devagar deixando-o mais excitado ainda, sobre beijos apaixonados eles dois vão parar na cama, ela por cima do corpo do amado beija-o e morde-lhe os lábios bem devagar enquanto é massageada pelas mãos grandes e trêmulas de um virgem e tenso menino que nesse momento não sabe os motivos pelos quais seu corpo está tão ''estranho', em um surto de um segundo o clima é cortado graças a insegurança.
Otis- Meu Deus, me desculpa, eu não posso fazer isso, eu, eu, tenho que ir embora e, me desculpa Maeve, eu não sei se consigo, eu sou todo errado...
Maeve- Calma, você está comigo e por sorte sua, eu também sou toda errada (Faz carinho nos cabelos dele, na tentativa de deixa-lo menos tenso).
Otis- É disso que tenho mais medo, é você, você é demais pra mim, não deveríamos estar aqui Maeve, isso tá errado, tá tudo errado, eu não deveria (Tenta se levantar da cama).
Maeve- Não estamos fazendo nada errado Milburn, estamos fazendo o que deveríamos ter feito a muito tempo atrás, eu serei paciente contigo, prometo não ser uma cuzona como sempre sou, só não me deixe ficar nessa vontade para o resto da minha vida, eu sei que você também quer isso...
Otis- Eu quero, quero muito, só não sei se estou preparado ainda (Respira ofegante).
Maeve- Posso te contar algo?
Otis- Pode, sim, claro que pode, eu acho...
Maeve- Ninguém nunca está preparado pra nada (Beija Otis).
Depois de beija-lo resolve então ficar sentada sobre a pelvis do garoto, leva as mãos a costa e tira o sutiã jogando-o no chão, logo em seguida, pega as mãos de Otis e as põe sobre seus seios, ele continua tenso, porém aparentemente mais ''confortável'' com a atitude, o olhar dela é paciente e calmo que acaba por transferir a mesma sensação para seu ''parceiro'', eles olham um para o outro enquanto sorrisos bobos e acanhados são coisas frequentes, cada atitude de ambos vai tornando o ambiente mais sutil e reconfortante novamente, a tensão tende a diminuir progressivamente.
Maeve percebe que Otis está menos tenso e resolve ficar pelada, ele instintivamente toma a atitude de colocar suas mãos sobre a cintura dela tirando-as dos seios, que foi a primeira parte do corpo da amada que teve o prazer de tocar, começou então a dar pequenos apertos que marcavam-lhe a pele, de um jeito prazeroso e que, ela não imaginava que tal atitude viesse a acontecer pela tensão que no inicio teve, depois, ambos desnudos e aparentes para o outro como nunca estiveram antes começam o ato, começam a sentir o prazer dado através do contato entre as suas partes íntimas, sentem-se livres e conectados, os problemas sumiram e a tensão? Essa deixou de existir e, ao fundo, os sons dos pássaros que alinhavam-se para dormir conectava-se com "Follow You, Follow Me" , isso tudo junto conectava-se aos dois jovens apaixonados que pela primeira vez experimentavam um ao outro em aspectos nunca antes pensados porém não menos esperados.
Por horas os dois fazem amor e após todo o ato, o sono, como um suspiro chega para ambos, Otis dorme primeiro e Maeve, antes de dormir olha para o rosto dele, adimirando-o como quem admira uma coisa que nunca havia visto na vida, é, isso não deixa de ser verdade, nunca antes ela teria a oportunidade de estar com o cara que havia lhe conquistado com atitudes tão simples porém não menos importantes, nesse momento era um turbilhão de emoções, eles se conectaram, sentiram um ao outro, trocaram suor apaixonado e calor corporal, deram e sentiram prazer, regorjizaram de um intenso amor, colheram juntos os frutos de dor mútua, a tensão quase os impediu, as pessoas quase os impediram, tudo apontava para o erro, mas houve o acerto e pela primeira vez em anos, uma ''garotinha'' deita sobre o peito de um jovem homem que mesmo não tendo a experiência necessária conseguiu satisfaze-la, ao fechar os olhos para descansar ela tem medo que tudo seja mentira, mas se assim for, que seja a mentira mais prazerosa de sua vida (...)
Casa dos Effiong, 18:30 PM.
Eric- Espera aqui, eu vou entrar pra ver se tem alguém em casa, não faz barulho e fica quieto...
Ele entra para analisar o território e percebe que não há ninguém em casa, chama então Adam que está com uma cara de mendingo abandonado, os dois entram e vão até o quarto, sem muito papo, só com um nervosismo bem aparente e com medo de serem pegos, porém, tudo ocorre bem, graças a Deus o caminho foi limpo em todos os sentidos, pelo visto nem os vizinhos fofoqueiros notaram tal chegada e isso era ótimo para ambos.
Adam- Você vive aqui mesmo?
Eric- Por quê?
Adam- Não sei, muitas cores me incomodam, acho que é isso...
Eric- Se acostume, pelo menos por enquanto. Vamos às regras, qualquer coisa, corra para o banheiro e não fale nada, quero que não faça barullho algum quando eu não estiver em casa, não podemos ser pegos em hipótese alguma!
Adam- Só isso?
Eric- Por enquanto sim. Agora vou pegar uma toalha pra você tomar banho, pois está bem fedido, até demais...
Adam- Eu andei muito, não tinha como não ficar fedido, ainda tive que trazer todas essas malas, então minha situação não foi a melhor e nem tinha como ser, desculpa por não me adequar a seu ''padrão'' de limpeza!
Eric (Entrega uma toalha para Adam)- Calma Adam, não estou te julgando por estar fedido, só quero que tome um banho para não continuar assim, se vai ficar aqui tem que ficar limpo, creio eu que isso não vai ser um problema pra você...
Adam- Tá bom, obrigado por isso trombodorista (Põe a toalha sobre seu ombro).
Eric- De nada, agora, espere aqui que vou pegar algo para você comer e beber...
Adam- Tudo bem, obrigado, vou tomar um banho enquanto isso.
Em questão de meia hora mais ou menos, Eric retorna ao quarto trazendo comidas e bebidas para Adam que está no banheiro, tomando banho depois de um dia cansativo vindo andando de um colégio militar longe pra caramba de Moordale, mas o que importa é que agora ele está em um ambiente mais aconchegante. Ao entrar no quarto trazendo as coisas, Eric, chama por Adam, este por sua vez sai do banheiro com a toalha enrolada sobre o pescoço e completamente pelado, seu imenso membro branco e de cabeça rosada balançava de um lado para o outro, meio ereto e bem limpinho.
Em passos lentos Adam aproxima-se de Eric, pega uma torrada com geléia de morango e come, bem devagar, logo após pega a bandeja com os ''comes e bebes'' e põe sobre o criado-mudo, em seguida pega o trombodorista e joga- o na cama e o deixa despido por completo de um jeito brutal e completamente excitante, passa sobre seu pênis um lubrificante e vai para perto da cama já cheio de tesão, parecendo um lobo faminto ele ''ataca'' sua presa que mesmo podendo fugir prefere ficar lá, para ser usada de maneiras completamente diferentes e prazerosas, os dois transam, loucos e sem muito pestanejar, vão direto ao ponto. Logo após o ato acabar depois de várias horas juntos, Adam, senta-se sobre a cama e parece ficar pensativo sobre a atitude que acabara de tomar com Eric, pois, parecia ser errado os dois terem transado.
Eric- O que foi?
Adam- Nada.
Eric- Eu sei que isso é estranho pra você ainda, mas com o tempo você se acostuma.
Adam- Com o quê?
Eric- Em ser gay.
Adam- Eu não sou gay, nós só transamos, isso não significa que eu sou gay.
Eric- Você pode ser bi, afinal, você também gosta de mulher.
Adam- Eu gosto só de mulher, o único cara que gosto é você, então não sou gay.
Eric- Você gosta de mim?
Adam- Não sei, eu não deveria estar aqui, tenho que ir agora...
Eric- Você não pode, meus pais já estão em casa!
Adam- Ok, eu não vou, mas só se você prometer não contar isso pra ninguém (Ameaça Eric)!
Eric- Eu não contaria, mesmo antes de me pedir!
Adam- Você não pode contar nem para seu amigo esquisito!
Eric- Não contarei Adam, confia em mim poxa.
Adam- Tá, eu confio em você, só porque é você, me desculpa em ser grosseiro novamente, eu não tô legal...
Os dois beijam-se sentados na beira da cama e em questão de segundos um barulho de batidas fortes na porta começa a surgir, é o Sr. Effiong que achou estranho Eric ainda não ter descido do quarto para jantar e foi ver o que se passa com o garoto, preocupação natural de um pai, porém ele escuta vozes e fica intrigado, resolvendo indagar seu filho.
Sr. Effiong- Tem alguém com você no quarto?
Eric- Não pai, deve ser só meu rádio que está ligado...
Sr.Effiong- Então abre a porta, sua mãe e eu estamos preocupados por você ainda não ter descido para jantar!
Eric- Já vou, deixa só eu trocar de roupa, pois estou no banho, só um minuto por favor!
Sr. Effiong- Não ouço barulho de chuveiro Eric [...]
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