Pov Jason
Quando ele e Thalia descobriram que tinham uma meia-irmã por parte de mãe, o tempo parou por uns segundos enquanto processavam aquela informação, Baryl Grace era uma ex-atriz de cinema que acabou mal sucedida e alcoólatra, ela não deveria ter a guarda de nenhum filho.
Ele já tinha ouvido diversas vezes Thalia contando da vez que a mãe estava tão bêbada que quase causou um acidente de carro com os dois filhos dentro, então com certeza ele não se sentia bem com o fato de ter uma irmã mais nova por parte de mãe, não pelo fato de ter uma irmã, ele havia ficado com vontade de conhecê-la, mas sim pelo fato da mãe deles está com a guarda dela.
Eu olhei apreensivo para Thalia quando chegamos na porta da casa de "mamãe", se é que Baryl poderia ser chamada de nossa mãe. A casa era de dois andares, mas o jardim da frente estava todo jogado, parecia que ninguém mexia nele a anos, a frente da casa também não estava das melhores, a pintura descascada, as plantas tomando conta da mesma, vidros quebrados nas janelas e com algumas pichações nas paredes.
Thalia bateu na porta, conseguimos ouvir sons de dentro da casa como se alguém tivesse tropeçado em algo, logo nossa mãe abriu a porta, ou pelo menos uma versão mais acabada dela.
— Olha só, quem lembraram que tem mãe.—disse Baryl, conseguia notar seu hálito de álcool a distância.— Entrem antes que eu me arrependa.
— O que querem? —perguntou Baryl após eu e Thalia entramos na casa, havia garrafas de bebida vazias na mesa de centro, um cinzeiro cheio de bitucas de cigarros, havia uma camada de poeira nos móveis e a pia da cozinha estava cheia de louça suja.
— A gente soube que temos uma irmã, viemos tentar conhecer ela. —disse Thalia encarando Baryl, ela não estava nem um pouco à vontade aqui de frente a nossa mãe.
— Sinto muito, mas ela está na escola. —disse Baryl com um sorriso no rosto.
— Como uma mãe como você ainda tem a guarda dela? —perguntou Thalia.
— Eu sou uma boa mãe, vocês sabem disso, mas seu pai tinha que colocar na suas cabeças que eu sou um monstro. —disse Baryl se sentando no sofá, acho que já sei de quem puxamos o drama…
— A gente quase morreu uma vez porque você inventou de dirigir bêbada! —exclamou Thalia.— Você nem deveria ter a guarda de nossa irmã!
— Eu admito que errei naquela vez, mas não sou um monstro, Thalia. —disse Baryl olhando para a filha mais velha.
Eu estava com receio de como aquilo acabaria, mas a tensão foi quebrada pela porta da frente sendo aberta, logo entram duas pessoas, uma garota e um garoto.
A garota não devia ter nem 1,60 de altura e uns 16 pra 17 anos, ela possui cabelos castanhos com a parte de baixo e a franja vermelho de corte mullet curto, olhos castanhos e pele clara, ela usava uma calça jeans preta rasgada nos joelhos com algumas correntes, um all star velho vermelho, uma camisa social branca com uma jaqueta de couro preta, ela usava diversos anéis que lembravam prata, um colar com pingente de dado —pelo menos era isso que eu achava que era—, um delineador longo branco e bastante iluminador arroxeado.
O garoto aparentava ter uns 18 pra 19 anos, ele tinha 1,80 de altura, cabelos castanho escuro ondulados num corte em camadas com franja um pouco abaixo dos ombros, ele usava uma camiseta branca escrita " Hellfire Club " em vermelho com uma figura que se lembrava um demônio com nadadeiras —eu tinha que admitir aquilo era estranho—, uma calça jeans escura rasgada, um tênis preto velho, uma jaqueta jeans escura por baixo de um colete jeans, também usava uma bandana preta amarrada no cinto da calça, um colar de palheta de violão e diversos anéis de metais.
— Senhora Grace. —o garoto cumprimentou Baryl, enquanto olhava para os outros dois adolescentes que estavam com a mesma.
— Eddie, quanto tempo. —disse Baryl sorrindo para o garoto.— Onde estava, Marina?
A garota que andava até as escadas parou e olhou para Baryl, Marina parou e se virou para ela.
— Detenção, soquei o arrombado do Victor. —disse Marina sorrindo enquanto começava a subir as escadas.— E meu nome é Mari! —gritou ela, indo por andar de cima.
— Eu… eu vou ver se Mari precisa de ajuda lá em cima… —disse Eddie indo atrás da amiga, ele não queria ficar ali com aquele clima tenso.
— Aquela é Marina, a irmã de vocês. —disse Baryl olhando para mim e Thalia.
Eu e Thalia nos olhamos apreensivos, a garota de uns segundos atrás era nossa irmã….
Marina o lembrava de uma mini Thalia, talvez um pouco mais caótica.
Depois de uns minutos conseguimos ver Marina, ou Mari como ela havia falado antes, descendo as escadas junto com o tal Eddie em seguida.
— Eu vou te esperar lá fora, Mari. —disse Eddie saindo.
Mari pegou uma vasilha de colocar doce ou açúcar que havia uns dados parecidos com o que ela usava no pescoço, ela logo colocou eles na bolsa sem se importar muito se demoraria para os encontrar ou não, ela colocou a vasilha de volta do lugar.
— Marina…. — Baryl chamou a filha, conseguindo a atenção da garota.— Esses são os seus irmãos, Thalia e Jason.
Marina nos encarou por alguns segundos.
········
— Como foi com sua irmã? —perguntou Percy, nosso primo, conseguindo minha atenção, eu e Thalia estávamos na casa da mãe de Percy junto com nossos outros primos, Nico, Hazel e Emilly.
Costumávamos nos encontrar para conversarmos e passar um tempo juntos à toa.
— Não sei… Mal? —eu disse fazendo uma careta, não sabia como definir aquilo ainda.
— Não foi mal, foi… —começou Thalia, tentando encontrar a palavra certa.— Deu para notar que Baryl não contou de nós para ela.
— Mas no geral como foi? —perguntou Emilly curiosa.
— Ela me lembrou uma versão de Thalia mais gótica… Eu acho.—eu disse, lembrando de como nossa irmã estava naquele dia.— Ela usava um tipo de dado no pescoço….
— Dado? —perguntou Nico curioso, aquela era a primeira vez que o mesmo se pronunciava naquele dia.
— Um dado com mais lados, não sei explicar…. —eu disse franzindo a testa.
— Assim? —perguntou Nico tirando um dado similar ao que eu tinha visto no pescoço de Mari do bolso, ele era preto com os números em dourado.— É d20, usam em rpg de mesa.
— Como você sabe disso? —perguntou Percy confuso.
— Eu jogo rpg. —disse Nico dando de ombros.
— Ela colocou outros dados como esses na bolsa. —comentei olhando para Nico.
— Ela pode ser mestre de mesa de rpg. —especulou Nico.
— Mas falem mais da sua irmã. —disse Hazel olhando para mim e Thalia.
— O nome dela é Marina, mas segundo ela, ela prefere Mari. Ela tem cabelos preto com vermelhos, estilo tipo o da Thalia… —comecei sendo interrompido por Thalia.
— E parece que ela deu um soco em um tal de Victor. —acrescentou Thalia.
— Tem alguma foto dela? —perguntou Emilly curiosa.
— Têm, ela nos passou o número dela. —eu disse pegando o telefone e indo na foto do whatsapp de Mari, logo mostrando para eles.
— Eu já vi ela… —cometou Nico franzindo a testa.
— Onde você viu ela? —perguntou Thalia olhando para o primo.
— É da sua escola? —especulou Hazel olhando para o irmão.
— Tu realmente acha que eu presto atenção em alguém na escola? —perguntou Nico confuso.— Eu olho rpg, é isso que eu faço no tempo livre. Já vi ela interpretando num rpg que olho, não lembro qual agora….
— Ainda estou chocado que tu faz algo pra se divertir. —comentou Percy.
— Eu me divirto, Perseu. Não sou um velho. —afirmou Nico ofendido.
— Tem certeza? —perguntou Percy desviando de uma almofada que Nico jogou em sua direção, Percy mostrou a língua como resposta.
Toc toc…
Olhamos pra porta vendo a Tia Sally com um prato de biscoitos, ela sorriu colocando o prato na mesa de estudos do quarto.
— Achei que vocês podiam estar com fome. —disse Sally docemente.
— Obrigada, tia Sally! —disse Hazel sorrindo, Sally logo sai deixando eles sozinhos.
— Qual o rpg que tu viu ela, Nico? —perguntou Thalia enquanto pegava um dos biscoitos.
— Er…. Deixa eu ver… —disse Nico pegando o telefone e indo para o youtube, e indo em seguida para a aba de inscrições.— Aqui, antigamente o rpg era postado em Lives Cellbit mas agora é em Ordem Paranormal. —disse Nico mostrando para Thalia o canal.— Ela aparece quase em todas as temporadas, o rpg completo tem quase 200 horas de duração.
— 200 horas? Tu não consegue se concentrar nem pra fazer as coisas da aula, mas para rpg tu consegue. —disse Hazel franzindo a testa.
— Rpg são legais e dá pra olhar até desenhando, ou limpando meu quarto. —afirmou Nico enquanto gesticulava com as mãos.
— Namorar o Will te faz bem. —disse Emilly olhando para o irmão, Nico deu de ombros.
— Acham que vão se dar bem com ela? —perguntou Percy se referindo a Mari para mim e Thalia.
— Percy, a gente nem sabia que ela existia. —disse Thalia o olhando.
— Talvez sim, talvez não, ainda é muito cedo pra falar. —eu disse franzindo a testa.
— Eu não sei como Baryl tem a guarda dela. —afirmou Thalia.
— E o Cellbit acabou de entrar em live e pelo título sua irmã está junto. —disse Nico ao ver a notificação em seu telefone.
— Diz o site que coloco na tv. —disse Percy pegando o controle da tv.
— Coloca na twitch "Cellbit". —disse Nico enquanto Percy colocava na tv o que Nico havia dito.
Live on- Comentando sobre o segredo na ilha com os players.
Haviam quatro pessoas na sala, uma loira com mechas rosa, um emo de cabelos pretos lisos na altura dos ombros e um de cabelos castanhos também na altura dos ombros.
— Não sei da onde vocês tiraram que o Olivier já teve um crush na suposta garota que ele segue no insta, gente…. Olha para as interações do Goulart e do Matt. —disse Gabi apontando para o Matt que a olha.
— Mas o melhor é as teorias. —admitiu Cellbit.
— A loira é a Gabi que faz a Bárbara no rpg, o emo é o Matt que faz o Milo e o último é o Cellbit o mestre do rpg. —explicou Nico aos primos.
— O chat 'tá dividido entre a garota ser uma npc nova, ou a Rosalee. —disse Cellbit encarando a câmera por alguns segundos após terminar a fala.
— Também você terminou o episódio assim que a chamada de vídeo foi atendida! —afirmou Matt olhando para alguém que estava fora das câmeras.— Para de rir! Cellbit olha ela!
— Deixa ela, caralho. —disse Cellbit enquanto via Mari indo para onde as câmeras pegavam.
— Eai chat! —disse Mari sorrindo.
— Mari, você vai estar em o segredo na ilha? —perguntou Cellbit a olhando.
— Óbvio que não, chat estou nesse rpg desde o início, me deixem ser ver a cara do Rafael por um tempo porra. —disse Mari, ela encarou a câmera sorrindo.
— Ela está mentindo. —afirmou Nico recebendo um olhar confuso dos primos.
— Como você sabe? —perguntou Percy confuso.
— Eu olho esse rpg desde que ele começou, quando mal tinha público. —afirmou Nico o olhando.— E ela e Cellbit são os mais expressivos, por mais que não pareça, ainda mais quando estão tramando algo.
— Nico tu não quer está junto na próxima vez que a gente for ver ela? —eu perguntei, Nico poderia nos ajudar a nos aproximarmos de Mari.
— Tem certeza disso? —perguntou Nico franzindo a testa.
— Claro, você parece saber um pouco disso de rpg que ela aparentemente gosta. —disse Thalia.
Pov Mari
Eu estava sentada fora das câmeras enquanto via Rafael, Gabi e Matt falando sobre teorias na live, andava tentando focar mais no rpg para não encarar a realidade que eu tinha dois irmão mais velhos e que Baryl nunca havia me falado deles.
— Não sei da onde vocês tiraram que o Olivier já teve um crush na suposta garota que ele segue no insta, gente…. Olha para as interações do Goulart e do Matt. —disse Gabi apontando para o Matt que a olha, enquanto eu ria baixo.
— Mas o melhor é as teorias. —admitiu Rafael.
— O chat 'tá dividido entre a garota ser uma npc nova, ou a Rosalee. —disse Rafael encarando a câmera por alguns segundos após terminar a fala.
— Também você terminou o episódio assim que a chamada de vídeo foi atendida! —afirmou Matt me olhando enquanto eu ria, eu tinha amado o fato do Rafael ter terminado a live quando a chamada que Olivier fez foi atendida durante a última sessão do rpg.— Para de rir! Cellbit olha ela!
— Deixa ela, caralho. —disse Rafael enquanto eu ia para onde as câmeras pegavam.
— Eai chat! — eu disse sorrindo.
— Mari, você vai estar em o segredo na ilha? —perguntou Rafael me olhando.
— Óbvio que não, chat estou nesse rpg desde o início, me deixem ser ver a cara do Rafael por um tempo porra. —eu disse, e encaro a câmera sorrindo em seguida.
— Nossa falando assim nem parece que me ama. —disse Rafael.
— Mas não amo mesmo. —eu rebati vendo Rafa colocando a mão sob o peito fingindo estar ofendido.
— Mas agora falando sério, você irá aparecer no rpg ou apareceria? —perguntou Rafa, me olhando.
— Não, eu tenho meu próprio rpg pra mestrar e agora uns problemas familiares. —eu disse, enquanto olhava para as mensagens do chat.— Chat, eu não irei aparecer, não tem chance nenhuma disso acontecer, nem como outro personagem e nem como Rosalee.
— Outra coisa, Rosalee não é a única ocultista que existe. —afirmou Gabi.
— Exatamente, e essa temporada está incrível com personagens, players novos e com a Gabi.— eu disse recebendo um olhar indignado da Gabi.— Então creio, na minha visão, que não precisamos dos antigos personagens ou da Rosalee.
— Amo o carinho que você tem por mim, Mari! —disse Gabi.
— Tu sabe que eu te amo, Gabi. —eu disse abraçando Gabi.— Menos na primeira temporada, eu pensei que vocês iam matar Rosalee…
— Tenho que admitir que por uns segundos achei isso também e tive medo disso. —admitiu Rafael olhando pra mim e a Gabi.
— Também, na primeira temporada deram um tiro no pé da minha personagem! —eu disse.
— Também sua personagem matou alguém! —exclamou Gabi
— Rosalee matou Gabriel porque o mesmo queria a incriminar e talvez matá-la por causa do desaparecimento da namoradinha dele! E também era pra ser só um ritual para ele calar a boca! —eu disse alterada, fazendo os outros rirem.
— Vocês falam de mim, que eu chamo Rosalee de "minha bebê" mas Mari também chama ela disso! —afirmou Rafael apontando para mim.
— O chat quer saber qual é a relação sua e da Mari, Cellbit! —exclamou João por trás das câmeras, fazendo eu e Rafael rir.
— Eu vejo Mari, Marina, como minha irmã mais nova mesmo ela não sendo minha irmã de sangue. —disse Rafael me olhando.— A gente se conheceu através de uma amigo em comum, Eddie, por causa de rpg.
— Um fato interessante para a gente desviar o assunto de mim. —comecei a falar antes que Rafael falasse toda a minha vida em live.— Eu quando estou jogando com o Rafa rpg, fico o olhando para vê se ele esboça alguma expressão mas não funciona.
— As vezes eu deixo vazar algo. —disse Rafael.
Depois de algumas horas de live, estávamos apenas eu, Rafael sentados na sala comendo pizza e conversando.
— O que está acontecendo? —perguntou Rafael me olhando.
— Descobrir que tenho dois irmãos mais velhos, e que aparentemente Baryl provavelmente nunca iria me falar.— eu disse sem ânimo.
— O quê?! Caralho! —disse Rafael em choque.
— Exatamente…. —eu disse escorando a cabeça na escora do sofá.
— E agora? —Rafael perguntou-me olhando novamente.
— Não sei… —eu disse encarando o teto antes de o olhar.— A gente conversou bem pouco, mas não sei….
— Eu 'tô aqui pra tudo que tu precisar. —disse Rafael com um sorriso doce nos lábios.
— Obrigada…. —eu disse o abraçando.
— Eu estou contigo para tudo, nem que seja para pular de uma ponte. —disse Rafael fazendo carinho no meu rosto, eu sorrio pra ele.
— Obrigada, Rafa…. —eu disse me escorando em seu ombro.— Pronto para acabar com a sanidade dos players na próxima sessão?
Rafael ri.
— É claro, ainda mais com a Rosalee chegando na ilha. —disse Rafael fazendo carinho em meu cabelo.
— Rosalee na ilha…. O paranormal já está lá, mas com ela aquele lugar vai pegar fogo. —eu disse fazendo ele ri.
— Que bom que você está ciente disso. —disse Rafael sorrindo. — Quer carona até em casa? Ou quer dormir aqui?
— Vou dormir aqui, lógico. Não vou voltar pra casa com o clima que está lá. —eu disse.
— Pode ficar aqui sempre que precisar. —disse Rafael.— Como são seus irmãos?
— Um é loiro, tipo o Ken, mas com uma boa aparência. —eu disse fazendo Rafael ri.— E minha irmã… É tipo aquela mulher bonita que bota medo.
— Ken mas de uma boa aparência. —disse Rafael rindo.— Puta merda, ksks.
— Temos que concordar que o boneco Ken é horrível. —eu disse sorrindo.
— É…. Mas tem bonecos piores, tipo os bonecos masculinos de Monster High. —disse Rafael.
— Eles eram horríveis, mas o reboot foi horrível também. —eu disse o olhando.
— Vou ir arrumar o quarto que tu vai ficar. —disse Rafael se levantando.
— Deixa que eu faço isso, já conheço sua casa. — eu disse o puxando de volta por sofá.
No dia seguinte Rafael me deixou em casa, entrei na mesma suspirando ao ver Baryl desmaiada no sofá com garrafas de bebidas em sua volta.
Algumas coisas não mudam, coloquei minhas chaves na mesinha ao lado da porta subindo para o segundo andar em seguida. Me joguei na cama encarando o teto por alguns segundos antes do som de notificação do meu telefone conseguir minha atenção, o peguei do bolso vendo uma mensagem de Jason: "oi, vamos marcar de sair qualquer hora?"
Pov Nico
Eu ainda não estava muito à vontade com o fato de Jason e Thalia quererem que eu vá juntos com eles para verem a irmã deles, mas não iria negar que estava ansioso para saber mais sobre ela, principalmente pelo fato dela jogar rpg, ele não conhecia muitas pessoas que jogassem ou gostasse de rpg.
Batia meus pés no chão enquanto esperava Mari junto com Thalia e Jason.
— Parece que você está mais ansioso que nós para ver ela. —comentou Thalia me olhando.
— Ela gosta de rpg, vai que ela é legal. —eu disse dando de ombros.
— Jason, Thalia… —disse a garota, Mari, se aproximando de nós.
— Oi, maninha. —disse Jason recebendo um olhar sério dela.
— Eu sou um ano mais nova que tu. —afirmou Mari, fazendo eu e Thalia ri.
— Mari, esse é Nico. —Thalia me apresentou à Mari.
— Oi. —eu disse tímido.
— Oi. —disse Mari sorrindo.
— É um dado de D20? —perguntei ao notar o colar da mesma, era um dado vermelho com glitter.
— É, um amigo meu que fez. —disse Mari mexendo no colar.
— Acho que vocês vão se dar bem, Nico gosta de rpg. —disse Thalia à Mari.
— Isso vai ser interessante. —disse Mari me olhando.— Acho que vamos nos dar bem, Emo.
Dei risada com o jeito que ela me chamou, talvez Will tenha razão, eu deveria me enturmar mais e que isso seria bom pra mim.
— Como funciona isso de rpg? —perguntou Jason curioso.
— É um jogo narrado pelo mestre que controla a trama, inimigos, descrever cenários enquanto os players tomam suas decisões de forma livre conforme as situações narradas pelo mestre e pelos números dos dados. —explicou Mari gesticulando com as mãos enquanto andávamos.
— Você entende bastante disso, né? —perguntei a olhando.
— É, jogo e mestro. —disse Mari sorrindo.
— Mari… Como está sua situação com a Baryl? —perguntou Thalia preocupada.
— Eu sempre evitei ficar com ela o máximo, então continua tudo "normal".... —disse Mari dando de ombros.
— Se tu quiser, tu pode ir morar com nós. —sugeriu Jason a olhando.
— Não precisam se preocupar comigo. —disse Mari com as mãos nos bolsos.
— Está pedindo algo impossível vindo deles. —eu disse fazendo Mari ri.
— Isso não é verdade. —disse Jason franzindo a testa.
— É sim. —afirmo o olhando.
— A gente estava pensando, Mari…. —começou Thalia, ela parecia nervosa.— O que acha de marcarmos no sábado de noite, sexta ou domingo para você conhecer o resto da família.
— Sábado eu tenho compromisso quase sempre, mas vamos marca sim. —afirmou Mari a olhando.
— Rpg? —questiono conseguindo a atenção de Mari.
— Sim, participo de um rpg todo o sábado à noite desde a primeira campanha. —disse Mari me olhando.
— Rpg do Cellbit? — pergunto curioso.
— O emo 'tá sabendo legal. —afirmou Mari apontando para mim.
— Não me culpe, culpe os recomendados do youtube e twitch quando o assunto é rpg. — eu digo, ouvindo ela ri.
— Se tu falar sobre isso no twitter eu mando a assombração puxar teu pé. —alertou Mari me fazendo ri agora.
— Não uso twitter. —respondo, vendo ela franzir a testa.
— Que tipo de pessoa não usa twitter? —perguntou Mari.
— Eu falo isso pra ele, mas ele não me ouve. —disse Thalia.
— Eu vivo bem sem twitter, meu namorado me mantém atualizado sobre o que acontece com o mundo. —eu disse sorrindo ao lembrar do Will.
— O emo 'tá melhor que eu. —comentou Mari tirando risadas de nós.
— Você não namora então? —perguntou Thalia a olhando.
— Nunca namorei. —disse Mari.
— Nunca? Por escolha ou… —começou Thalia sendo interrompida por Mari.
— Por escolha. —disse Mari.— Dos outros… —Mari logo acrescentou fazendo a gente ri.
— Tadinha. —comentou Jason.— A gente pode arrumar alguém pra você. —disse Jason passando o braço pelo ombro de Mari.
— Obrigada, mas estou muito bem solteira. —afirmou Mari tirando o braço de Jason do ombro dela.
— Thalia falava a mesma coisa antes de namorar. —afirmo recebendo um dedo do meio como resposta de Thalia.— Também te amo, prima.
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