Marian estava em seu quarto deitada na cama, pensando como tiraria proveito do que havia acabado descobrir, quando o seu celular tocou.
Ela o pegou e viu que era um número desconhecido, mas mesmo assim atendeu.
- Alô!
- Oi Marian.
- Quem está falando?
- Não reconhece mais a voz de um velho amigo?
- Juca?
Falou a garota surpresa.
- Eu mesmo, estou de volta e preciso de um favor seu.
- Claro, é um idiota não consegue fazer nada sozinho. Diz logo o que você quer garoto.
- Calma Marian é bem simples, só quero saber quem é esse infeliz que roubou a Bia de mim.
- Então é isso. Tá, mas primeiro me diz o que pretende fazer.
- Acabar com ele, é claro, se ele acha que vai roubar a Bia de mim está muito enganado, ele vai saber do que eu sou capaz.
Bia foi até a casa de Janjão conversar com o garoto sobre os dois. Enquanto andava pela rua, pensava em como iria falar pra ele que queria um tempo, a volta de Juca tinha deixado a garota totalmente confusa em relação aos seus sentimentos e ela sabia que nesse horário a mãe de Janjão estava trabalhando, então ficariam mais a vontade para conversar.
- E então Bia, como fica a gente?
- Eu pensei muito Janjão, muito mesmo e cheguei a conclusão de que eu preciso de um tempo.
- Mas por que Bia, por que tudo isso agora, qual o problema.
- Eu estou muito confusa. Preciso de um tempo pra mim, pra pensar bem e tentar esclarecer os meus sentimentos, entende.
- Não eu não entendo, você não sente mais nada por mim, é isso? Não me ama nem um pouquinho assim?
Diz ele fazendo gestos com os dedos.
- Eu gosto de você Janjão, gosto muito, mas não podemos ficar juntos enquanto eu não resolver os meus problemas do passado.
- Está bem, mas antes me responde uma coisa, você gosta mais desse tal de Juca do que de mim?
- Você quer mesmo a verdade?
- Por mais que isso me doa sim, eu preciso que você seja sincera comigo.
Ela vira de costas para o garoto.
- Eu não sei, e é por isso que eu preciso de um tempo.
Ela vira novamente para ele.
- Eu prometo que vou resolver meus problemas com o Juca e depois voltaremos a conversar.
- Tá, e como você vai fazer isso, por um caso sabe onde ele está?
- Ele voltou.
- O que?
- Ele me procurou ontem no orfanato.
- Então é isso.
Ele sorriu nervoso.
- Você tá pensando em voltar pra ele não é mesmo? Por isso tá me dando um pé na bunda.
- Mas é claro que não, não é nada disso.
- Você acha que eu sou idiota ou o que? É só esse cara voltar pra você vir me dizer que quer um tempo.
- Nós já tínhamos conversado sobre isso, lembra? E foi antes do Juca voltar.
- E quem me garante que vocês não estavam a esse tempo todo em contato.
- Você acredita mesmo que eu seria capaz de uma coisa dessa?
- Eu não sei, me diz você.
Ela o olhou incrédula e depois pegou sua bolsa que estava em cima do sofá.
- Quer saber, é melhor eu ir embora.
- Você quem sabe.
Ela o olhou mais uma vez e depois foi embora muito magoada com o que havia escutado.
Pata estava distraída, sentada no banco do pátio do orfanato lendo um livro.
Mariam chegou de fininho e tirou o livro da mão dela surpreendendo a garota.
- O que você tá fazendo garota, me devolve agora anda.
- Calma, eu vou devolver, mas antes precisamos ter uma conversinha.
- Não tenho nada pra falar com você.
Mariam folheou o livro enquanto sorria debochada. Depois ela o fechou e jogou em cima do banco.
- Você tem um péssimo gosto pra leitura.
Pata revirou os olhos.
- Você é insuportável garota, porque não vai embora daqui.
- Eu vou só depois que a gente conversar.
- Eu já disse que não tenho nada pra falar com você.
- Eu já tô sabendo de tudo.
- De tudo o que?
- Eu estou com as fitas.
- Não sei do que você está falando.
- Não se faça de idiota, as fitas da câmera de segurança do café Boutique.
- Isso é mentira sua.
- A é.. então vai lá em cima olhar pra ver se está aonde você deixou, pode ir, eu espero aqui.
Disse ela olhando pras unhas.
- Como você conseguiu?
- Isso não importa, o que importa é que eu estou com elas e você vai fazer tudo o que eu mandar senão eu conto pra todo mundo e rapidinho vão te mandar pra um reformatório ou coisa pior.
- Eu te odeio Marian.
- Então estamos kits. Mas e aí como vai ser?
Pata pensou um pouco antes de responder.
- O que você quer de mim?
- É bem simples, você vai terminar o seu namoro com o Duda, só isso, por enquanto é claro.
- Não, isso não, eu não posso fazer isso.
- Que pena, porque então não me resta outra alternativa.
- Me responde uma coisa Marian, por que todo esse ódio contra mim e o pessoal do orfanato, por quê?
- Eu não te devo nenhuma satisfação e fala logo de uma vez, vai fazer o que eu disse ou não?
- Está bem, você ganhou. Eu só te peço dois dias, e eu prometo que depois disso eu termino com o Duda pra sempre.
- Pra não dizer que eu não sou uma boa pessoa, eu te dou os dois dias, dois dias e nenhum a mais.
Ela foi embora e Pata acomodou-se novamente no banco com os olhos cheios de lágrimas. Ela pegou o livro e tacou contra a parede, tentando descontar um pouco da raiva que estava sentindo.
- Droga, por que isso está acontecendo meu Deus, por quê? Mas como eu pude ser tão idiota de fazer uma coisa dessas e por um infeliz que nem se quer vale a pena.
Janjão estava deitado no sofá, desolado depois da conversa que teve com Bia.
A campainha tocou, ele levantou e quando abriu a porta foi surpreendido com um soco no rosto que o fez cair no chão.
- VOCÊ ESTÁ LOUCO GAROTO?
Grita ele enquanto se levantava do chão um pouco desnorteado.
- Isso é só o começo do que eu vou fazer com você se não se afastar da Bia, tá me entendendo?
- Então é isso, você é o infeliz que desgraçou a vida dela.
- O recado está dado, se afasta dela, senão você vai se dar muito mal, não sabe do que eu sou capaz.
- Eu não tenho medo de você Juca.
- Pois deveria.
Os dois se encara por alguns segundos.
- Se você não quer mais nada é melhor você ir antes que eu devolva o soco que você me deu.
Ele sorriu pro garoto depois virou as costas e foi embora.
Janjão fechou a porta a batendo com toda a sua força e depois voltou a deitar novamente no sofá.
- Você não pode ficar com esse idiota Bia, não, senão eu morreria de amor e ciúmes.
No dia seguinte Pata vai até a mansão Almeida Campos falar com o namorado.
- Que bom que você veio, não tem ninguém em casa hoje, vem, vamos pro meu quarto lá podemos conversar mais a vontade.
- Claro.
Eles vão até o quarto e sentam na cama.
- O que foi amor, aconteceu alguma coisa?
- Nada, por quê?
- Então porque está tão quieta assim?
- Eu andei pensando muito Duda e eu acho que eu estou pronta, eu quero fazer amor com você.
- Você acha que está ou tem certeza?
- Eu tenho certeza.
Ele a deita com cuidado na cama e vai a acariciando enquanto a beija.
Depois de alguns minutos ele para e fica olhando pra ela.
- Você tem certeza que é isso que você quer amor, não vai se arrepender depois?
- Não, eu não vou me arrepender, eu quero, quero muito.
Os dois voltam a se beijar novamente, ele tira a roupa da namorada e fica a admirando por alguns segundos.
- O que foi, algum problema?
- Não, só estou olhando o quanto a minha namorada é perfeita.
- Para está me deixando com vergonha.
- Tem razão, melhor voltar para o que estavamos fazendo.
Diz ele com um sorriso malicioso.
Pata entrou no orfanato chorando e subiu as escadas apressada. Mili viu quando a garota passou e foi atrás dela.
- Pata espera, o que aconteceu, porque você está chorando?
- Me deixa Mili.
- O que foi, porque você voltou desse jeito, Pata, espera.
Ela segurou o braço da garota obrigando a mesma a parar.
- Me deixa Mili, por favor, depois a gente conversa tá, agora eu preciso ficar um pouco sozinha.
- Está bem, mas depois nós vamos conversar de qualquer jeito, eu estou muito preocupada com você.
Pata entrou no quarto e sentou em sua cama pensando em tudo o que havia acontecido entre ela e o Duda minutos antes e um sorriso brotou em seu rosto, mas logo depois se desfez quando ela lembrou de sua conversa com Mariam.
- E agora meu Deus, o que eu faço, se eu terminar com o Duda mais uma vez, ele nunca vai me perdoar e vai acabar me odiando pra sempre.
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