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História Sobre noites de Halloween e um garoto-gato altamente sedutor - Lee Minho achava o Halloween uma tremenda piada


Escrita por: swagsung e gothbin

Notas do Autor


oioioi, aqui é a bibi de novo
essa oneshot já era pra ter saído a um tempinho, né? kkkkkkk mas o que vale é a intenção galera!
minha primeira minsung da vida que emoção🙈 tô muito viciada nesse shipp e já tava querendo escrever sobre eles a muuuito tempo, então essa data foi perfeita para os pombinhos.

quero agradecer IMENSAMENTE a @mercurioz por essa capa INSANAMENTE perfeita, ela com certeza tá na lista das capas mais lindas que eu já vi na vida, muito muito muito obrigada por isso, amorzinho, eu boiolei demais no seu trabalho!

essa oneshot NÃO ESTÁ REVISADA, só dei uma passadinha de olho nela mas deve ter alguns errinhos chatos que eu já peço perdão pra vocês por eles e prometo que vou corrigir o mais rápido possível :)

CONTÉM: sexo, masoquismo bem leve, violência e morte de alguns animais. então se você não gosta desse tipo de conteúdo já deixo avisado aqui pra depois não se arrepender.

então acho que é isso, espero que gostem e até as notas finais, boa leitura a todos😼🤟

Capítulo 1 - Lee Minho achava o Halloween uma tremenda piada


ㅡ 'Ocê ouviu falar do tal Príncipe das trevas? Soube que ele vai passar por essas bandas na noite de halloween ㅡ Escutou uma senhora dizendo em tom de segredo ao senhorzinho que vendia batatas tranquilamente atrás de sua barraquinha como acontecia todos as quartas e sextas naquele local. 


ㅡ Eu soube, sim. Temos que proteger nossas plantações a todo custo desses demônios travessos, só Deus poderá nos livrar das maldições que correrão soltas por esse lugar no dia 31 ㅡ Respondeu o velho enquanto entregava a sacola cheia das batatas de sua plantação para o jovem ㅡ que escutava atentamente a conversa ㅡ com uma mão e pegava o dinheiro com a outra. 


Lee Minho escutava tudo se revirando de rir internamente, achava incrível como pessoas velhas do interior acreditavam facilmente em qualquer baboseira que lhes fosse dita. Morava naquele fim de mundo a mais de dez anos e podia afirmar que nunca ouviu e muito menos viu algo sobrenatural, achava uma tremenda piada que as pessoas acreditassem em coisas do tipo. 


Aquele era o assunto do momento entre os fazendeiros e cultivadores, só queria fazer suas compras semanais tranquilamente mas a cada barraquinha que parava ouvia mais e mais informações sensacionalistas sobre o tal "Príncipe das trevas" - o tal Han Jisung para os mais íntimos - e como deveria ter cuidado pois, além de ser uma criatura assustadoramente sexy, o tal garoto também tomava formas sobre-humanas que poderiam assustar até o homem mais corajoso daquela cidade. 


E, se aquilo tudo não passasse de uma tremenda mentira, seria no mínimo interessante ter um ser como aquele andando em meio às fazendas e pregando peças nos moradores. Riu sozinho com esse pensamento. 


Voltou para casa com as mãos e antebraços cheios de sacolas com diferentes legumes e verduras, pretendia voltar à civilização apenas no mês seguinte quando, com sorte, todos já teriam se esquecido daquele assunto e já teriam parado de tentar amedrontar qualquer um que passasse por lá. 


Em partes achava cativante a forma como aquelas pessoas tinham tanta fé em seres imortais e monstros comedores de plantações, tinha que admitir. Entretanto, em todos os seus vinte e três anos de vida nunca presenciou algo paranormal ou no mínimo fora do comum da vida humana, não haviam provas concretas para o fazerem cogitar o contrário. 


Sinceramente, achava melhor dessa forma, enquanto todos estariam se roendo de medo na noite do dia 31 ele estaria em seu sofá comendo algo gostoso e assistindo algum filme de terror de época com a mente livre de qualquer preocupação. 


E foi isso que fez. 


Na tão esperada ㅡ e ao mesmo tempo indesejada ㅡ noite de Halloween, Minho se encontrava largado em seu sofá enquanto devorava algumas guloseimas que as irmãs Jung haviam o levado naquela mesma manhã como forma de agradecimento pelo coreano tê-las ajudado com um probleminha no telhado e, de quebra, serviu também como um presente de dia das bruxas. 


Fazia carinho em seu gato que dormia calmamente descansando o corpo em seu colo e aproveitava sua solidão de jovem adulto que não tinha muitos amigos e os que tinha haviam se mudado para a cidade grande, o deixando completamente isolado em meio a tantos idosos e pessoas de meia-idade.


Às vezes se questionava como seria se houvesse decidido ir para a área urbana junto com Chan e Jeongin, se seria mais feliz assim como eles, ambos os garotos tinham muita ambição e sempre quiseram sair do interior, o que não demorou visto que Bang Chan conseguiu um emprego e foi viver com seu primo que já morava a alguns anos em meio aos prédios da cidade grande, o Yang entretanto sempre foi um garoto inteligente e esforçado e não demorou muito para ser chamado por uma das melhores faculdades do país, indo embora meses depois do Bang. Apesar disso, continuam sendo homens de bom coração que sempre que podiam visitar seus parentes na pequena cidade não pensavam duas vezes em arrumar suas malas e passar um fim de semana com seus pais e até mesmo com o Lee. 


Viajou por tanto tempo em pensamentos sobre escolhas certas ou erradas que deu um sobressalto assustado sobre o estofado do sofá com o barulho alto que escutou do lado de fora da casa, percebeu segundos depois que o gato havia saído de seu colo à tempos e agora se encontrava no outro extremo da casa olhando vidrado para a porta da cozinha. 


Parou de se mover por alguns segundos, tentando identificar algum som suspeito que pudesse escutar para que tivesse certeza da existência de invasores ou animais em seu terreno. Nada. Achou que tivesse sido sua cabeça o pregando alguma peça. É… a idade estava chegando rápido demais para o Lee, talvez fosse pelas longas horas que passava debaixo do sol capinando a terra. 


Resolveu voltar a prestar atenção no filme que passava na televisão e parar de pensar em coisas sem sentido. Aquele dia inteiro havia sido completamente estranho, então não ficaria impressionado se agora estivesse escutando mais coisas do que deveria. Logo pela manhã quando mal havia acordado, escutou as duas mulheres em sua porta o oferecendo doces - que apesar de ter ficado muito grato com a boa vontade das senhoras achou estranhamente esquisita a forma como foi abordado por elas. Elas disseram algo como "Tome muito cuidado esta noite, meu rapaz. Não seja bonzinho demais ou você pode acabar virando a presa de alguém". O que caralhos significava aquilo!? A noite de Halloween estava corroendo os cérebros daquelas pessoas, era a única explicação plausível.


Horas depois daquele episódio inusitado foi em direção aos fundos do terreno alimentar os porcos e as galinhas como fazia todos os dias, porém, tendo já concluído sua tarefa e terminando de fazer a contagem dos animais percebeu que um de seus porcos estava em falta. Achando estranho, tratou de ir em busca pelo animal. Seus porcos nunca haviam fugido e se lembrava muito bem de ter trancado as cercas no dia anterior, então como ele sumiria do nada? 


Dando a volta pelo espaço sentiu um cheiro horrível vindo dos fundos do chiqueiro, seguiu o rastro se deparando com o pobre animal que parecia já estar morto a dias, até mesmo semanas, cheirava mal e sua carne além de ensanguentada estava completamente apodrecida, mas como? O animal não estava naquele estado no dia anterior, se lembrava de tê-lo visto vivo e com a saúde intacta enquanto comia com os outros porquinhos. 


Não achando explicação para o ocorrido foi à procura das respostas sábias e certeiras de seus vizinhos mais experientes na área, mas se arrependendo amargamente pela escolha pois só ouviu mais baboseiras referentes ao tal ser maligno que denominavam "Príncipe das trevas". Pobre porquinho, teve uma morte injusta e sem explicação e o Lee não poderia fazer nada a não ser aceitar o ocorrido e aumentar a segurança dos animais restantes.


E foram esses ocorridos os responsáveis por levarem Lee Minho à situação atual de total paranóia.


[🎃]


Nunca havia visto um filme mais chato que aquele em toda sua vida, assistiu menos de uma hora e mal percebeu quando começou a cair em um sono profundo em meio ao aconchego momentâneo daquele sofá que no dia seguinte com certeza o presentearia com uma bela torcicolo. Infelizmente, quando estava quase entrando de vez no mundo dos sonhos, escutou aquele barulho de novo.


E de novo. E de novo.


Aquilo com certeza não era algo de sua cabeça e muito menos da de seu gato que parecia tão assustado quanto si próprio, estando ainda parado em frente a porta. Se levantou em um salto, olhando em volta com olhos arregalados à procura de sua espingarda que lembrou estar posta ao lado da escada. O fato de estar no completo breu do interior coreano e seus olhos estarem embaçados pelo cochilo recente não o ajudaram muito em sua busca pelo objeto, acabou tropeçando nas mobílias mais vezes do que poderia contar. 


A agitação e o talvez medo o fez esquecer completamente que em sua casa havia luz elétrica, lembrando daquele fato apenas quando já estava em sua cozinha com a espingarda na mão se preparando mentalmente e fisicamente para a sua "caçada de halloween não planejada", por sorte já havia passado por aquela situação outras vezes e não se abalou com a adrenalina do momento, mesmo sentindo um frio na barriga diferente quando pôs o primeiro pé para fora da casa.


Fez uma caminhada um tanto longa até chegar ao celeiro - que era o local onde havia identificado a origem do som - percebendo no meio do caminho que o barulho havia cessado e agora só se podia escutar o som incessante da brisa fria de começo de madrugada que batia agressivamente em seu rosto. Se perguntou que animal estaria fazendo um barulho tão alto àquelas horas para conseguir ser escutado de sua casa, não era comum aparecer animais de grande porte em suas terras, apenas animais pequenos procurando roubar seus vegetais ou se esconder em meio às inúmeras caixas e ferramentas agrícolas que guardava no local, mas também não poderia excluir a possibilidade do autor do estresse que estava passando no momento ser um ser humano muito infeliz e desocupado. 


Chegando em frente ao grande portão de metal, pôde escutar claramente ruídos baixos vindos do que parecia ser um roedor se revirando de dor, ratos apareciam com frequência por alí mas com toda certeza não havia sido um deles que fizeram um barulho tão alto como o que tinha escutado minutos antes. Não se lembrava de ter ratoeiras em nenhum lugar, então presumiu que algo houvesse caído em cima do animalzinho e agora ele clamava com sua voz fininha para o Lee salvá-lo da morte. 


Abriu um lado da porta de madeira e de primeira não enxergou nada, no celeiro não havia lâmpadas até porque nunca achou ser necessário visto que a luz da lua era muito mais forte na zona rural e clareava boa parte do lugar. Varreu a parte interna com o olhar, não achando nada anormal mas podendo escutar com dificuldade o som baixo de passos se aproximando cautelosamente, seu instinto o fez posicionar agilmente a arma sobre os dedos esperando o que quer que fosse sair dali.


Por cima da mira da espingarda observou atentamente o ser que se revelou sobre as sombras. Um gato preto. Suspirou em alívio. 


Era apenas um gatinho fofo e indefeso! E, por sorte, Lee Minho era um amante nato dos felinos, aquele em especial tinha olhos castanhos claros e seus pelos eram os mais escuros que já havia visto, pareciam brilhantes e macios ao tocar, e foi exatamente isso que despertou a vontade no coreano de acariciar o animal e talvez até mesmo levá-lo para sua casa para o dar de comer. 


O gato o olhava intensamente enquanto carregava um rato ㅡ que presumiu ser aquele que havia escutado mais cedo ㅡ já morto em suas presas manchadas pelo sangue do roedor, não parecia estar com medo como normalmente os gatos ficavam ao ver alguém desconhecido em um lugar desconhecido. Suas pupilas dilatadas o deixavam ainda mais inocente e fofo aos olhos do Lee, mesmo que estivesse com um animal morto entre os dentes. Aquele era o ciclo da vida, afinal, não podia interferir. 


Pspspsps ㅡ Chamou o felino ㅡ Vem aqui, gatinho, o Lino vai te dar de comer ㅡ Conversava com o bichano como se pudesse ser entendido, e realmente pareceu, já que depois de completar a frase o animal soltou o pequeno cadáver no chão porém não moveu um músculo sequer em sua direção. Resolveu insistir, se agachou no chão mantendo certa distância entre seus corpos enquanto estendia sua mão esquerda na direção do gatinho para mostrar que era confiável e não o faria mal algum. 


ㅡ Se você for bonzinho eu te levo pra casa e te dou leite! ㅡ Sorriu docemente, esperando que o animal conseguisse sentir as boas energias que tentava emanar naquele pequeno gesto. 


Porém a única coisa que recebeu foi uma risada, uma risada baixa e aterrorizante, vinda sabe-se lá de onde. Minho paralisou. 


No mesmo instante seus olhos capturaram a cena no mínimo medonha do pequeno gatinho se transformando - em meio a contorcionismos horrendos e sons de ossos quebrando ao passo que tomava a forma humana - em um homem com cabelos tão escuros quanto antes eram os pelos do felino, olhos castanhos e lábios pequenos. Saía lentamente debaixo das sombras que ainda o escondiam, indo em sua direção. Lambia os lábios encharcados de sangue com sua língua extensa e afiada sorrindo ladino para o fazendeiro que não conseguiu fazer nada além de assistir àquela cena estático, seus músculos não o obedeciam quando os implorava para ir embora para bem longe daquele lugar, daquele demônio.


ㅡ O que foi? o gato comeu sua língua? ㅡ Disse se divertindo com o espanto que via nos olhos do homem ㅡ Se eu bem me recordo você disse que me daria leite… ㅡ Se aproximou ainda mais do corpo que continuava parado sobre seus comandos, sabia que se o fazendeiro estivesse em sua completa consciência já teria corrido dali à tempos, por isso teve de fazer o uso de magia. Recorrer a magia negra em casos como esse - onde tinha contato direto com humanos - era explicitamente proibido de onde vinha, mas nunca foi de se importar com regras.


ㅡ Me solta, seu desgraçado ㅡ felizmente ainda tinha total controle sobre sua boca, então xingaria aquele ser maldito de todos os nomes possíveis, mesmo que aquilo o levasse no futuro a uma lenta e torturante morte. 


Assim como nunca acreditou no sobrenatural, também nunca o temeu. É claro que se seu corpo estivesse livre daquele peso que o prendia no chão já teria saído correndo em disparada dali para o mais longe possível, mas como imaginava que não sairia daquela condição nem tão cedo, enfrentaria o demônio com unhas e dentes. 


Uma das mãos do garoto foi em direção ao seu rosto enquanto a outra segurava levemente a alça do macacão jeans que usava. Passava os dedos finos e gélidos sobre sua bochecha, passeando lentamente sobre a pele até chegar em seu nariz, o deixando ali, na ponta do local. 


ㅡ Você está muito agressivo, gatinho ㅡ Disse o ser levando o dedo que continuava parado sobre seu nariz até seus lábios naturalmente rosados e exageradamente atrativos para qualquer um daquela cidade ㅡ Quem sabe eu possa te ajudar a tirar essa tensão do corpo… ㅡ O dígito percorria livremente a carne macia daquele local, tão imerso no ato de observar tamanha beleza que um ser mortal poderia ter que percebeu a falta de protesto e movimentos vindos do humano somente quando já era tarde demais.


O fazendeiro agarrou o dedo sobre seus lábios usando seus dentes com toda força que conseguia ter naquele momento, experimentava pela primeira vez o gosto de sangue que jorrava do membro correndo rapidamente sobre seu paladar, se sentia um lunático por se sentir tão satisfeito com o grito de dor que escapou da boca do demônio, se deliciando com a expressão de dor que ele fazia. Expressão que, infelizmente, não durou muito tempo já que se transformou tão rápido quanto havia aparecido em um sorriso divertido com aquele toque irritante de provocação que parecia sempre estar alí. 


ㅡ Você se daria bem no lugar de onde eu venho ㅡ A frase veio junto da risada baixa do demônio que passava sua língua sobre o dedo que foi fundamente perfurado pelos dentes do Lee, o curando rapidamente de qualquer lesão sofrida. É, não tinha saída, teria que aceitar sua morte precoce causada por um ser maligno que mais parecia um jovem-adulto estudante ㅡ se não fosse pelas roupas pretas que usava junto a várias correntes espalhadas por seu pescoço e calças apertadas ㅡ que com certeza se apaixonaria se estivessem em outra ocasião.

 

Aquele com certeza não era o fim que desejava ter, nunca ao menos cogitou morrer daquela forma! Como explicariam que havia sido morto por um demônio? Ninguém além daqueles malucos de sua cidade acreditariam em uma coisa dessas.


ㅡ Olha… dá pra você me soltar? Eu juro que não vou tentar fugir ㅡ Se debateu tentando sair do lugar mas sem sucesso, seu corpo continuava imóvel.


ㅡ E por que eu deveria confiar nas suas palavras sendo que poucos minutos atrás você quase arrancou meu dedo fora como um cachorro raivoso?


ㅡ Eu… ahm… nós podemos fazer um acordo! ㅡ Propôs, se sentindo orgulhoso por estar conseguindo convencer um demônio tão facilmente apenas na base da conversa ㅡ Me dê uma condição em troca da minha liberdade.


ㅡ Isso é interessante… ㅡ Segurando novamente as alças de sua roupa o puxou para perto de seu rosto como se pesasse menos que uma pena. Por pouco não se sentiu ofendido com tamanha facilidade que o “garoto” tinha em manipular seu corpo sendo que ele mesmo não conseguia nem ao menos mover o dedinho da mão por conta própria ㅡ Só não vá reconsiderar suas palavras no meio da brincadeira, viu, gatinho? 


Quando estavam próximos o suficiente sentiu o cheiro forte e doce de limão misturado com sangue fresco que emanava do corpo menor, ao passo que também sentia os lábios róseos pararem sobre sua orelha e proferirem palavras em uma língua desconhecida. Mesmo não entendendo sequer uma palavra dita pelo garoto, seu corpo reagiu de maneira instantânea àquelas palavras estranhas seguidas de uma mordida no lóbulo de sua orelha.  


Subitamente seus pensamentos eram todos unicamente sobre aquele à sua frente, como se tudo não relacionado ao garoto se tornasse desinteressante para sua mente e fosse rapidamente descartado.


Havia se esquecido quase completamente do fato que era um demônio que sussurrava em seu ouvido enquanto subia e descia as mãos lentamente sobre seu tronco coberto. Se afastou minimamente olhando de perto os olhos - agora quase totalmente alaranjados - do demônio que retribuía na mesma intensidade, como um predador.


ㅡ O que você tá fazendo? ㅡ Perguntou inebriado, quase tonto. Não conseguia pará-lo, deixava que as mãos explorassem cada parte de seu corpo e rosto como se estivesse sob efeito de alguma droga que o fizesse desobedecer todas as ordens de sua cabeça e seguir apenas as vontades daquele ser que exalava luxúria a cada respiração densa e posicionamento de mãos.


ㅡ O que você tá fazendo, Lee? ㅡ suas mãos adentraram os fios claros do fazendeiro, tombando sua cabeça para o lado ao passo que o fitava de modo questionador, como se nem ele mesmo estivesse entendendo as novas ações do coreano ㅡ De uma hora pra outra não conseguiu mais resistir aos meus encantos? ㅡ Riu de canto como se zombando da complexidade alucinógena que cobria o olhar do Lee como um véu.


ㅡ Você… é você quem está fazendo isso comigo! ㅡ Esbravejou, cada vez mais irritado com o fato de não estar conseguindo colocar tudo que queria dizer em palavras, só conseguia sentir. Sentir o toque das mãos frias em todo o seu corpo. Da respiração quente próxima a seu rosto que aquecia cada vez mais sua boca e todo seu interior. Sentir os corpos quase completamente colados mesmo que desejasse mais que tudo que aquilo fosse apenas um sonho. 


ㅡ Okay. Vou deixar que pense dessa forma e ver até onde você aguenta. ㅡ Os dedos que antes se apoiavam gentilmente sobre seus fios agora os rodeavam com firmeza - que até poderia ser dolorosa para o Lee se ele não fosse tão sádico quanto alguns chegavam a cogitar - puxando-os como se quisesse o domar, trazendo seu rosto para ainda mais perto e fazendo suas bocas finalmente se alcançarem.


O beijo desde seu princípio era hostil, não poupavam mordidas longas e apertos fortes que agora eram desferidos por ambos os corpos, o Lee - que finalmente havia sido liberto do estado de paralisação - apoiava suas mãos fortes sobre as laterais da cintura fascinantemente fina do mais baixo que por sua vez continuava com as mãos em seus fios, agora as usando para ditar os movimentos do ósculo que se tornava cada vez mais rápido e confuso.  


Umas das mãos do demônio saiu do lugar habitual, passando por seu pescoço e descendo até que estivesse explorando curiosamente os botões do macacão que trajava - e que se arrependia muito de ter colocado já que dificultava o trabalho do outro em tirá-lo. Ouviu segundos depois o barulho dos objetos caindo sobre o chão empoeirado do celeiro, eles haviam sido arrancados pelos dedos inquietos que já rumavam para outra parte de seu corpo. Já era de se esperar de alguém como aquele à sua frente uma força fora do comum, mas não conseguiu não ficar espantado.


A parte da frente do macacão caiu sobre suas coxas junto com a ficha de que estava beijando um ser maligno que provavelmente só estava ali para matar. As mãos geladas tocavam sensualmente seu abdômen até chegar ao elástico da cueca preta, adentrando sem rodeios o tecido e enfim tocando o membro semi-ereto. 


Mordeu o lábio inferior tentando - de modo falho - conter qualquer ruído que quisesse sair de seus lábios, mas não conseguiu conter o revirar de olhos quando o de cabelos pretos pressionou a ponta de seu pau o olhando lascivamente. Estreitou sua visão com o espasmo que sofreu depois daquele ato, encarando de volta as orbes dilatadas de luxúria do demônio que mais pareciam imãs que o prendiam propositalmente, podia ver o mal por trás das íris que oscilavam do castanho para um laranja intenso, como um aviso mudo de que o mataria até o final daquela noite.


Envolver o pescoço do demônio com os dedos e o puxar de volta para seus lábios pareceu ser a única boa saída para que aqueles pensamentos torturantes cessassem e dessem espaço apenas às sensações intensas que sentia a cada mínimo toque. Suas línguas lutavam pelo domínio e os movimentos desconexos pareciam certos para os garotos naquela dança sem ritmo. 


Quando o ar ficou escasso, o Han puxou agressivamente os fios loiros entre seus dedos para trás, afastando os rostos e tendo a visão perfeita do caos que Lee Minho havia se tornado com tão pouco, seus cabelos estavam tão bagunçados quanto seu interior que borbulhava em excitação e seus lábios estavam exageradamente vermelhos e inchados, por um segundo desejou poder beijar aquela boca naturalmente atraente para sempre, mas logo recobrou a consciência que aquela era apenas mais um noite de halloween que saia sem deixar rastros e que quando o sol surgisse no horizonte seria como se nada tivesse acontecido. 


ㅡ Parece que você não é tão resistente quanto eu pensei, Lee Minho ㅡ caçoou do fazendeiro recebendo em troca a feição irritada que ele deixou escapar em meio a suspiros pesados ㅡ Tô vendo que não vai aguentar nem cinco minutos desse jeito.


A risada costumeira de escárnio foi cortada pela ação seguinte do coreano que segurou bruscamente os fios pretos de Jisung, o obrigando a ficar sobre os próprios joelhos enquanto olhava para cima, vendo a feição de desprezo que o Lee revelava pela primeira vez naquela noite. Agora sim começariam a brincadeira de verdade.


ㅡ Chupa ㅡ Disse ríspido, o olhando de cima como se a qualquer momento fosse pisar sobre seu rosto e o xingar da forma mais arrogante possível ㅡ Agora. 


Entendeu bem o comando, não protestou e nem iria, a única coisa que pensava era em ter aquele caralho teso sobre os lábios, provar seu gosto e sentir se era tão bom quanto aparenta. Baixou por completo a peça de roupa a deixando sobre os tornozelos do loiro, em seguida retirou parcialmente a cueca que continha uma mancha feita pelo pré-gozo que vazava abundantemente do pau grosso. 


Assim que Minho sentiu os lábios tocarem pela primeira vez seu membro, mesmo que sutilmente, seu corpo se arrepiou por completo e seu ventre contraiu em prazer. Eles pareciam absurdamente aveludados e insanamente quentes, poderia morrer só com aquilo, o observava indo e vindo contra seu quadril á comando de sua palma que ainda se encontrava no couro cabeludo do garoto, sua boca incansável parecia nunca desejar parar de mamar seu membro como um doce, por vezes passando a língua sobre toda extensão veiuda para depois engoli-lo de volta com gula. Estava desnorteado. Fitava a cena com olhos cerrados enquanto gemia curtamente a cada movimento de ida e vinda do Han, estocando a cavidade sem dó e contorcendo seus dedos sobre os fios pretos. Queria morrer. Talvez se fosse para o inferno pudesse fazer isso o dia todo com o garoto. 


Sentido que estava perto de gozar tirou o membro completamente lambuzado da boca de Jisung levantando o rosto do garoto em sua direção ㅡ Bom trabalho. ㅡ Disse satisfeito dando dois tapinhas na bochecha rechonchuda em forma de agradecimento, aquilo era o suficiente para o Han. 


Se levantou do chão dando leves sacudidas em sua calça preta para retirar a sujeira que havia grudado por conta do chão empoeirado do celeiro. Se pôs novamente de frente para o Lee, este havia mudado drasticamente da água para o vinho, não reconhecia aquele comportamento bruto e sádico que estava recebendo mas admitia estar adorando provar da malvadeza desinibida do garoto. Foi surpreendido por, antes mesmo que conseguisse executar qualquer movimento, acabou por ser segurado dolorosamente pelo pescoço com os dedos longos do fazendeiro que continha um brilho perverso nos olhos, como se ele fosse a criatura demoníaca ali. 


Trocou mais selares longos e intensos com o fazendeiro enquanto ainda era envolvido pela garganta, vez ou outra sentia Minho forçar ainda mais as falanges sobre sua pele tendo como resposta gemidos quebrados que não se importava de soltar sempre que perdia a circulação de oxigênio em sua cabeça. 


ㅡ Vira. 


ㅡ Finalmente! ㅡ se colocou de costas para o outro escutando claramente um "cala a boca" proferido pelo Lee enquanto desabotoava sua calça de couro afoitamente, esperando aquele momento como uma criança espera por seu aniversário - o que era no mínimo incomum pois em situações normais era ele quem deveria estar no comando visto que possuía mais poder sobre, bom… tudo. Sentiu Minho o empurrar levemente contra uma das estruturas de madeira que sustentavam o teto do celeiro e se apoiou com os antebraços no local. Empinou o quadril eroticamente na direção do fazendeiro, este havia ficado cerca de três segundos estático como se em sua mente só existisse o branco, mas sabia que no íntimo de seus pensamentos o homem estava se deliciando como um louco pervertido com tal cena, tanto que logo em seguida desferiu um tapa ardido na carne macia. 


Virou a cabeça e pelo canto de olho pôde enxergar com clareza o humano segurando seu próprio membro pela base e o levando até que estivesse perto de sua entrada enquanto batia uma punheta rápida, mordeu os lábios, seus olhos transbordavam com a vista desejando poder tomar aquele pau com a boca mais uma vez. 


Minho pincelava a entrada apertada sendo recompensado com o rebolado ansioso do Han a cada simulação de estocada que fazia contra suas bandas. 


ㅡ Enfia logo esse caralho, Minho ㅡ Olhou impaciente para o coreano, seus olhos se tornaram vermelhos e isso significava que estava verdadeiramente irritado com aquela demora. Não tinha tempo para os joguinhos do Lee, quando o sol nascesse teria que voltar para debaixo da terra e não queria ter que fazer isso sem antes ter desfrutado de um belo orgasmo. 


Dito e feito. No instante seguinte o pau grosso foi violentamente introduzido em si, a seco, sem preparação ou lubrificação natural. O grito que soltou deveria ter sido escutado até pelos moradores da fazenda mais próxima - que ficava a bons quilômetros de distância - junto com as unhas que cravaram dolorosamente na pilastra. Quando conseguiu coragem suficiente para olhar nos olhos sádicos de Minho, ofegante e humanamente provocante, não se surpreendeu ao vê-los acompanhados de um sorriso desafiador, como se perguntasse se estava satisfeito agora. 


Graças aos seus sentidos apurados conseguia sentir todas as veias saltadas e pulsantes do membro alheio sendo esmagadas por suas paredes internas, juntamente da palma quente do fazendeiro que masturbava seu membro até aquele momento negligenciado e assustadoramente sensível. As estocadas começaram lentas, já que de uma hora para outra Minho pareceu ter compaixão por si e esperou até que se acostumasse com o volume. Aquela merda ardia como o inferno, como humanos aguentavam aquela sensação todas as vezes que transavam? Admitia só estar aguentando tal humilhação por conta daquele pau magnífico que o coreano carregava entre as pernas. 


Por sorte, pouco tempo depois das estocadas tomarem um ritmo mais rápido, pôde se acostumar com o desconforto mínimo que ainda sentia e finalmente aproveitar do prazer carnal. O Lee ia e vinha fortemente, batendo sua pélvis contra a bunda do demônio e gemendo roucamente ao pé de seu ouvido. Em certo momento envolveu as correntes prateadas que o garoto carregava no pescoço com a mão direita, enforcado-o propositalmente com elas ao passo que o puxava para deitar a cabeça sobre seu ombro. 


ㅡ Você adora isso, não é? ㅡ Sussurrou no ouvido do de cabelos pretos, o maltratava por trás e o masturbava pela frente, beijava e lambia o pescoço suado o prendendo como um animal pelas correntes. O Han gemia manhosamente quase explodindo de tesão, suas bandas já começando a tomar um tom avermelhado pelo choque entre as peles que ficava cada vez mais rápido e bruto. 


ㅡ Você é insano ㅡ fitou precariamente o fazendeiro, seus olhos tomaram cor completamente laranja ao observar o perfil elegante que ele possuía, assemelhava-se a um anjo. Um anjo caído


Quando foi encarado de volta viu que o Lee tinha as pupilas dilatadas pela luxúria que era quase palpável em volta de ambos, sentia a respiração pesada em sua bochecha pelo esforço que ele fazia com o quadril e o peito forte contra suas costas. Ele sorriu de maneira fodidamente sexy enquanto aumentava a velocidade das estocadas, essas que se tornaram cada vez mais fundas com a ajuda do Han que jogava o quadril  ao encontro do membro teso.


Soube que o Han estava perto do ápice quando sua respiração ficou quebrada e descompassada, comprimiu a palma em volta do membro do garoto-gato o causando um espasmo intenso, em seguida aumentou a velocidade que o masturbava só para vê-lo implorar por mais e revirar os olhos extasiado. Suas costas magras se contraíram contra o peito forte do Lee quando chegou ao ansiado orgasmo, jogando a cabeça ainda mais por cima de seus ombros ao passo que sofria espasmos sofridos que fazia sua entrada se contrair, apertando deliciosamente o pau que não parava por um segundo de meter contra sua bunda vermelha. 


ㅡ Você é mais ㅡ depois que a frase foi proferida sentiu a porra quente preencher seu interior, levando consigo o último pingo de forças que ainda tinha em suas pernas. O Lee mordeu o lábio inferior enquanto apertava a carne das bandas fartas que escapavam por entre os dedos aproveitando o último resquício do orgasmo. 


Um silêncio esmagador preencheu o lugar durante um segundo. Sendo quase totalmente cortado com o barulho que faziam no momento que decidiram colocar suas roupas de volta em seus corpos suados, olhando de relance um para o outro de vez em quando. 


ㅡ Agora que nós já terminamos aqui eu tenho que ir embora, gatinho ㅡ Tomando a primeira fala, o Han passou os braços em volta do pescoço do fazendeiro, olhando com suas íris que agora haviam voltado ao castanho natural e desejando em seu íntimo que agora momento nunca tivesse que terminar. Mas aquilo não era possível. Tinha que ir. 


ㅡ Eu nunca mais vou te ver, não é? ㅡ Perguntou sério. Aquele não era um momento triste, muito pelo contrário, estava mais para uma despedida desajeitada com um gostinho de quero mais. Ouviu o outro proferir baixinho um "quem sabe?" enquanto brincava com os fios curtos de sua nuca, meio distraído no rosto do Lee mas atento a conversa que tinham ㅡ Até que não foi de todo ruim você ter me enfeitiçado ㅡ Apoiou as mãos na cintura do demônio, ainda sentindo vestígios da magia em suas veias. 


ㅡ Eu não fiz nada, seu fudido ㅡ Esbravejou apertando as unhas contra a pele incrivelmente leitosa, visto o lugar onde vivia e como trabalhava. Aquele garoto só podia ser muito burro se estava pensando até agora que tinha sido ele a lhe lançar alguma magia com efeitos tão promíscuos. 


ㅡ Então como eu fiquei tão descontrolado ao ponto de não conseguir resistir a um ser maligno vindo de sabe-se lá onde que além de invadir meu terreno comeu meu porco? ㅡ Despejou tudo em cima do garoto, o olhando confuso e sendo retribuído com a falta de respostas daquele que deveria ser seu principal esclarecedor de dúvidas. Okay, aquilo era estranho. 


[🎃]


ㅡ Aquele garoto com certeza vai se divertir essa noite ㅡ Gargalhou alto sendo acompanhada por sua irmã que continuou:


ㅡ A essas horas os doces já devem ter feito efeito ㅡ Colocou os pés sobre a mesinha de centro olhando para a Jung se vangloriando por aquele feito tão extraordinário. O Halloween com certeza era a melhor data do ano.


ㅡ Por um momento eu senti pena do garoto, ele foi bondoso conosco e o retribuímos lhe dando doces enfeitiçados... ㅡ Eram bruxas bondosas - quando queriam - e não desejavam fazer mal ao Lee, mas precisavam de uma cobaia para testar a nova poção que haviam desenvolvido e ninguém melhor do que o único jovem da cidade que não acreditava em seres mágicos, não é mesmo? Era brilhante. 


ㅡ Não fizemos nada demais, isso será prejudicial para ele apenas se ele for um mentiroso que esconde seus reais desejos ㅡ Disse tentando livrar a irmã e a si mesma da culpa do ato que já não podia ser revertido, afinal, já amanhecia e naquele momento o efeito das guloseimas já deveriam ter até mesmo passado.


ㅡ Você tem razão, vamos esquecer isso e planejar novas travessuras para o ano que vem ㅡ Deu palminhas animadas com sua nova ideia, mesmo que ainda faltasse 364 dias para o próximo Dia das Bruxas já se encontrava extramamemte ansiosa, sorrindo maldosamente para sua irmã que retribuiu da mesma forma. 








Notas Finais


E FIM!!

é meu primeiro especial yeee, mas pretendo postar com outras datas comemorativas se vocês gostarem.
já tenho o bônus complemente planejado na minha cabeça, ele vai sair no halloween do ano que vem (obviamente) se eu ver que vocês gostaram da história.

AVISOS RÁPIDOS:

O Han >NÃO< forçou e nem manipulou o cérebro do Minho para transar com ele, o que ocorreu é que as irmãs Jung deram os doces pro Lee (como vocês viram) e esses doces continham uma substância que não te deixa mentir e ser contraditório com o que você sente ou deseja, em relação a TUDO, o minho se relacionou com o Jisung porque ele quis, okay?

O Han é uma espécie de demônio, mas no bônus que vai vir vocês vão ver que essa "denominação" que deram pra ele vai muito além do que foi mostrado nessa one.

não vou prolongar muito, eu sei que falo demais desculpa gente kkjkjj mas é isso, eu espero do fundo do coração que vocês tenham gostado! e se vocês puderem (e quiserem) dar um feedback pra mim nos comentários eu vou ficar extremamente feliz:)

até a próxima galera, beijão pra vocês e tchau🤟


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