História Sousuke Aizen x Leitora - Invasão a Cidade de Karakura.

Depois de chegar em Karakura, o capitão Yamamoto prendeu vocês quatro com o poder da Zanpakutō dele. Aizen parecia muito tranquilo, você por outro lado estava inquieta.

Seu coração parecia apertado, aquela sensação horrível, você sentiu quando a batalha de todos começou, até mesmo Gin fez questão de anunciar em voz alta. O calor era sufocante ali, mas sua mente estava presa em outro lugar.

Você esperava que Ulquiorra realmente atendesse seu pedido.

Fuja Ulquiorra... Por favor, não morra!

Você não tinha ideia de quanto tempo ficou presa naquela prisão de fogo, mas o fato era que em algum momento Aizen sorriu.

— Parece que está na hora. – Como um sopro muito forte, toda a ventania, você teve que proteger os olhos, o fogo foi extinguido, bem a tempo de você ver os únicos lutadores restantes.

Todos em péssimo estado, seu coração doeu em vê-los assim, eles estavam perdendo horrivelmente, foi aquele arrancar especial de Aizen que libertou vocês, Gin não gostava dele, Kaname já era muito apegado.

Você só o viu de relance muito brevemente.

Então eles apareceram, você reconhecia um dos rostos, Shinji Hirako, havia mais deles, todos vieram ajudar naquela luta, quando os menos apareceram, eles os derrotaram com facilidade.

Talvez houvesse uma chance, afinal.

Quando Shinji tentou atacar Aizen foi sua lâmina que o deteve.

— Olha só, quem é essa coisinha bonita? – Você deu um sorriso simpático.

— Hadou número um, Shou... – Usando o Kido você o empurrou para muito longe, as roupas ficando levemente chamuscadas.

— Uou... Eu me pergunto onde você encontrou essa garota, Sōsuke. – Aizen o olhou de relance.

— Isso não é dá sua conta. – Foi tudo que ele respondeu.

— Uma pena, eu vou odiar machucar esse rosto bonito dela. – Aizen sorriu.

— Bem... Você pode tentar... – Então Shinji te atacou de novo, você o parou facilmente.

Ele recuou, quase no mesmo instante você contra-atacou, a lâmina passando bem próximo ao rosto.

— Parece que eu errei... – Você disse simplesmente.

— Errou? Você cortou meu rosto, se eu não tivesse desviado poderia ser bem pior. – Você o observou enquanto o sangue escorreu pelo rosto dele, ele ainda estava sorrindo.

— Ah... Parece que ela está um pouco enferrujada, em outro momento ela teria cortado sua cabeça, capitão Hirako. – Aizen se gabou, você suspirou. A verdade era que você nem mesmo queria estar aqui, mas tinha que fazer, pelo menos por enquanto.

— Hadou número quatro, Byakurai. – Você estendeu a mão, o trovão saindo de seu dedo e atingindo Hirako em cheio.

— Ah... Mais que droga... Parece que eu subestimei você. – Ele disse, ele tinha uma máscara de Hollow.

— Interessante... – Você disse.

— (S/N)... – Você endureceu, olhando para trás de relance, você engoliu em seco.

— Shuuhei... – Ele estava ferido, você conseguia sentir a energia fraca, ele olhava para você com arrependimento, claro... Você era uma traidora para ele, outra batalha se desenrolava, entre Kaname e o capitão Komamura.

— Por quê?! Por que você faria algo assim?! – Você mordeu o lábio, como você poderia explicar? Como dizer que você não queria nada daquilo? Como dizer que você escolheu a sua melhor chance para viver? Como dizer que você se odiava a cada segundo pela escolha que fez.

— Você está com a guarda baixa, lindinha. – Foi muito rápido, você se virou a lâmina na frente do seu rosto, você não teve tempo de reagir. Você teria sido acertada, mas outra lâmina entrou no caminho.

— Que coisa feia, é muito deselegante atacar uma dama quando ela não está olhando.

Gin!

Ele havia usado a shikai da Zanpakutō e protegido você, você o olhou agradecida, se não fosse por isso, você provavelmente teria perdido a cabeça agora... Literalmente.

— Ah que pena, parece que eu perdi o manual de boas maneiras. – Shinji respondeu simplesmente.

— Talvez você devesse lutar um pouco comigo agora. – Gin disse e então o atacou.

Você observou os dois trocando golpes, antes de se virar totalmente para Shuuhei que ainda te encarava incrédulo.

— Você não entenderia, mesmo que eu desenhasse. – Foi tudo que você disse, friamente. Parando ao lado de Aizen.

Você observou o capitão Komamura perdendo.

— Droga! – Shuuhei disse simplesmente antes de correr em direção aquela batalha para proteger o capitão da sétima divisão. Você suspirou.

— Não é muito interessante? – Aizen comentou.

— Sim... É sim... – Você ficou ao lado dele e observou as lutas se desenrolando na sua frente.

Foi doloroso, quando Tosen atingiu Shuuhei e você o viu cair, seu coração errou uma batida.

— Shuuhei! – Você tentou ir na direção dele, você queria muito ajudá-lo, mas quando você fez o mínimo movimento, uma voz chamou sua atenção.

— Onde você pensa que está indo? – Você o encarrou, Aizen estava de costas para você observando a luta de Harribel, você mordeu os lábios, apertando as mãos em punho.

— Lugar nenhum... – Você disse simplesmente deixando o corpo relaxar, embora seu coração doesse horrivelmente.

Então você observou como com muita dificuldade os ceifeiros de almas derrotaram os espadas.

Baraggan primeiro, ele morreu tentando levar Aizen com ele, foi inútil.

Então foi a fez Stark, ele lutou bravamente, mas quando Lilynette foi destruída, ele simplesmente se perdeu e acabou sendo morto pelo capitão Kyōraku, uma grande pena, você sentiu pelos dois.

Harribel, foi a única que sobrou, ela ainda lutava contra aqueles três, ela era forte, Aizen estava muito interessado na batalha dela, enquanto isso, Kaname se transforou em um Hollow.

Foi uma visão grotesca, você quase vomitou, como ele poderia ficar tão contente assim, ele ao menos se olhou no espelho com essa forma? Era nojento! Você o observou lutar contra o capitão Komamura.

Ele estava vencendo, naturalmente, ele era um monstro agora, mas então, você não viu o momento, Shuuhei cortou a garganta dele, você suspirou vendo que o tenente da nona divisão ainda tinha força para lutar.

Você viu quando eles perdoaram a traição de Kaname, eles poderiam perdoar você assim? Provavelmente não.

E então Kaname literalmente explodiu, foi uma visão perturbadora. Aizen só sorriu quando o capitão Komamura disse que o mataria. Ah... Ele não se importava com ninguém além de si mesmo.

Isso foi provado, quando ele cortou Harribel sem piedade, ele já estava entediado e ela não era mais útil, você a viu tentar lutar, só para que ele a atingisse novamente.

Não havia nada no olhar dele, nenhum remorso ou culpa. Você se perguntou quando seria a sua vez... Você sabia que ela chegaria.

Então uma menina dos Vaizards tentou atacar Aizen, que ideia estúpida, ela foi cortada tão fundo que você nem sabia se ela sobreviveria.

 Então Hirako o atacou e dessa vez, você não interferiu, porque era isso que Aizen queria.

— As coisas estão ficando interessantes por aqui, não é? – Gin estava ao seu lado, observando como você.

— Você sabia disso? – Você perguntou.

— Disso o que?

— Dos planos de Aizen para destruir a cidade, de tudo isso? – Gin suspirou.

— Sim, eu sabia. – Você fechou os olhos, claro que ele sabia, era sempre você a última a saber de tudo.

Você não respondeu, apenas observou a batalha de Aizen, você viu quando Hirako brevemente acreditou estar ganhar só pra ser cortado pela lâmina de Aizen, você suspirou, tudo estava acabado agora.

Mas, então...

O céu se partiu, você nem viu quando aconteceu, a explosão brutal atingindo Aizen por trás, você teve que cobrir os olhos.

— Olha só, e não é que ele conseguiu? – Você abriu os olhos levemente, seus olhos se arregalaram.

Não era possível...

Você piscou algumas vezes.

Era Ichigo Kurosaki!

Embora ele tenha atingido Aizen por trás, nenhum dano foi feito, já que Aizen estava sempre pronto para tudo, Aizen falava com Ichigo, o garoto parecia assustado.

Mas, algo, algo que ele disse, fez o seu coração parar por um instante, seu peito apertou.

— Parece que Ulquiorra perdeu no fim das contas, não é?

Isso... Não podia ser o que você estava pensando, não é? Seu coração estava acelerado, você viu os capitães e Vaizards se colocarem na frente de Ichigo, mas não era com isso que você estava preocupada.

Quando a batalha dos capitães contra Aizen começou, você só conseguia olhar as costas do ceifeiro de almas, seu peito estava doendo, aquela sensação horrível.

— Ichigo Kurosaki... – Seus lábios se moveram sozinhos, você viu o garoto a sua frente endurecer, ele virou o rosto lentamente para você. — O que aconteceu com Ulquiorra?

Os olhos dele se arregalaram por um breve momento, então a expressão dele mudou, o olhar dele caiu para o chão, havia muito arrependimento em seus olhos, você o viu suspirar.

Seu peito apertou mais, a sensação nunca indo embora.

Por favor, não seja o que eu estou pensando, por favor não seja o que eu estou pensando... Por favor!

Então os lábios dele se abriram e você sentiu o mundo ruir ao seu redor.

— Ulquiorra está morto...

Você não pensou, seu corpo agiu sozinho, quando você se deu conta você já o tinha atacado ferozmente com sua Zanpakutō, Ichigo conseguiu parar seu golpe embora ele tenha cambaleado um pouco naquela hora.

Ele foi pego de surpresa, ele reconhecia você, Renji falou sobre você, a garota que foi levada, ele te viu brevemente naquele dia, Renji disse que você foi com Aizen para não morrer, então por que você estava o atacando?!

Mas, então, ele entendeu, seu rosto coberto por lágrimas, havia tanta dor no seu olhar, você não estava o atacando por causa de Aizen, era por Ulquiorra. A culpa do que aconteceu o atingiu mais forte.

— Por quê?! – Você gritou. — Por que você o matou?!

Sua voz era puro desespero, ele não esperava algo assim, sua Zanpakutō ainda sendo parada com a dele, toda a sua força, ele conseguia sentir, mas era sua angústia que o deixava pior.

— Não era o que eu queria! Não era pra ter sido assim! – Ele gritou, então você entendeu, a morte de Ulquiorra também mexeu com ele, você abaixou o olhar, as lágrimas não paravam de sair de seus olhos.

— Ulquiorra seu idiota... Eu disse para você fugir... – Você sussurrou, mas Ichigo ouviu, então você se afastou dele, guardando sua Zanpakutō e caminhando para longe. — Fique alerta, você é o único que pode parar todo esse inferno, boa sorte, ceifeiro de almas substituto, você vai precisar.

Ele viu quando você sumiu da vista dele, ele quis dizer algo para você mais não conseguiu, apertando o cabo da Zanpakutō ele voltou a atenção para a luta, só pra ser surpreendido pela pior cena que ele poderia ver.

— Ei... Pessoal... O que vocês pensam que estão fazendo?! – Ele gritou.

Você assistiu tudo, do alto de um prédio que ainda se mantinha de pé. A queda dos capitães das treze divisões, seu coração estava pesado, você o viu indo em direção ao ceifeiro de almas substituto só para ser parado pelo capitão geral.

As chamas.

Gin veio ao seu lado.

— Você está bem? – Ele perguntou, mas você não respondeu, as lágrimas haviam parado de cair, vazio, era tudo que você sentia, que patético, você e ele nem eram tão próximos assim.

Então por que pensar nele morto doía tanto?

O capitão geral foi pego por Wonderweiss, você viu quando o velho fez picadinho do garoto, só pra descobrir que ele era uma enorme bomba e então parar a explosão com o próprio corpo.

— Tudo bem ficar triste, você sabe? Eu sei que você e Ulquiorra eram amigos... – Gin disse ao seu lado.

— Cale a boca. – Foi tudo que você disse. Você viu Aizen confiante para matar o capitão geral, só pra quase ser queimado até a morte por um Hadou proibido, quando ele saiu distraído e zangado das chamas.

Ele foi atacado pelo ceifeiro de almas substituto, foi um golpe incrível, você encarrou a cena  apreensiva, ele conseguiu? Você apertou as mão em punho. Ele tinha que ter conseguido.

Mas, então, foi só um corte, seus olhos se arregalaram, suas mãos tremeram, o ar faltou, isso...  Não era possível.

— Ora, ora... Por essa eu não estava esperando... – Gin comentou.

Você não conseguia acreditar...

Aizen havia se fundido ao Hōgyoku.

Você riu, Gin te olhou confuso, você riu mais alto, isso era tudo uma piada, você não conseguia parar de rir, enquanto Aizen lutava e falava algo para o ceifeiro de almas substituto.

— Ei, você está bem? – Gin perguntou receoso, você continuou a rir, sua barriga doía.

— Você não vê? Vamos todos morrer Gin! – Você se sentou no chão, continuando a acompanhar aquela batalha feroz, em algum momento Gin deixou o seu lado, foi quando outro ceifeiro de almas que você nunca viu apareceu para ajudar Ichigo.

Depois disso Gin lutou com Ichigo, então Kisuke Urahara apareceu com Yoruichi Shihōin para lutar contra Aizen, você o sentia ficar mais forte a cada ataque, cada golpe.

Até ele sair daquela explosão coberto por aquela coisa, que você não fazia ideia do que era, parecia um casulo, era tão feio, você queria os ajudar, mas do que isso adiantaria? Todos vocês morreriam!

Valia mesmo a pena tentar?

Para eles podem ter sido horas, mas para você foram só minutos, todos estavam derrotados no chão e o ceifeiro de almas tinha entendido o mesmo que você, não adiantava nada lutar contra aquela coisa.

Você não o viu para onde ele foi quando desapareceu, mas o vento atrás de você indicou onde ele estava, você se virou lentamente para encontrar aquela coisa, só olhos e sem rosto encarrando você.

— Você está pronta? – Aquilo perguntou enquanto estendia a mão para você, você engoliu em seco, tremulamente você deu a mão a aquilo e se levantou, você não era nem louca de desafiá-lo agora, Gin também estava ao lado dele.

— O que devemos fazer agora, capitão Aizen? – Gin perguntou, aquela coisa, ainda segurava sua mão, por que aquilo parecia sugar sua força vital?

— Gin abra o Senkaimon, vamos para a Sociedade das almas, não a mais nada aqui...

— Como quiser... – Gin se preparou, mas então algo aconteceu, o casulo começou a rachar. — Hã... Capitão?

— Bom, parece que eu poderei ver tudo com meus próprio olhos, afinal... – O casulo se quebrou, o cabelo mais longo, os olhos roxos, era uma versão estranha de Aizen, dez vezes mais assustadora, mas, bem mais bonita, ele sorriu e olhou para você. — Estou melhor agora?

Você engoliu a bile e sorriu docemente.

— Sim, você está muito bonito.

— Excelente, então vamos. – Gin abriu o Senkaimon, você deu uma última olhada para o ceifeiro de almas substituto e suspirou, parece que esse era o fim de tudo.