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História Stuck In The Backrooms - Carpete Velho E Úmido


Escrita por: Coffee_Spirit

Capítulo 1 - Carpete Velho E Úmido


Fanfic / Fanfiction Stuck In The Backrooms - Carpete Velho E Úmido


" Se você não for cuidadoso e atravessar a barreira da realidade, você pode acabar nos backrooms. Onde não é nada além do fedor de carpete velho e úmido, a loucura da cor mono-amarelo, o ruído extremamente alto das lâmpadas fluorescentes e aproximadamente 600 milhões de milhas quadradas de salas vazias segmentadas aleatoriamente, onde você pode acabar preso e louco.


Deus te salve se você ouvir algo vagando por perto, porque esse algo com certeza ouviu você."


Kurt Hendricks não se lembrava há quanto tempo estava andando, poderiam ter sido minutos ou horas, e ele nunca teria certeza. 


As paredes amarelas e o carpete em tons pastéis eram familiares e reconfortantes no começo, dando a sensação de dejavú por parecer um lugar conhecido. Mas agora, depois de tanto tempo, elas pareciam enjoativas e agoniantes, todas as mesmas paredes iguais, não importasse quantos corredores ele andasse, tudo era idêntico, como em um labirinto. O teto era branco, porém meio sujo, talvez tenha siso desgastado com o tempo, haviam lâmpadas tubulares iluminando o local, pareciam desgastadas e algumas possuiam a luz bem fraca.


Depois de algum tempo, seus passos começaram a fazer barulho quando suas botas tocavam o carpete, como se ele estivesse úmido. O cheiro aumentava a cada instante e a cada novo corredor, cheiro de algo apodrecendo, provavelmente aquele carpete, mofo.

Ele tentou achar alguma porta, mas aquele labirinto confuso o impediu, e toda vez que ele tocava em uma parede, acabava voltanto para o começo do corredor em que entrou.


Aquilo era um sonho? Um pesadelo? Como ele chegado ali? Oque havia acontecido antes?Era difícil de dizer, sonhos não costumavam durar tanto tempo, ou talvez sim, o tempo é algo relativo, pois de certa forma ele nem existe.


Embora o tempo passasse, Kurt não sentia fome, ou sede e nem mesmo cansaço, o que fazia ele pensar mais ainda que era um sonho. 

Perdido e sem mais nenhuma opção, ele continuou a andar naquele ciclo viciante de luzes ruins, paredes amarelas, o som do carpete molhado em suas botas, o cheiro de mofo e um desconforto estranho em sua mente.


Por um segundo ele parou. Parou e olhou em volta, ele se sentia desconfortável, observado, ele tinha certeza que havia alguém ou algo lá. Sua espinha estremeceu em um arrepio de medo, a aflição de estar sozinho em um lugar infinito e desconhecido não era maior do que estar em um lugar infinito e desconecido mas não sozinho. 


Apesar de encorajado a achar uma saída, Kurt não cometeria tal estupidez de ir em direção ao som e acabar em uma emboscada, era como uma regra básica de sobrevivência. Mas há o porquê sobreviver aqui? Se tudo fosse um sonho ele acordaria assim que morresse, de qualquer forma sua realidade era algo que já havia o cansado. As constantes discussões com seus colegas de trabalho que também eram seus amigos, a saudade que tinha de sua mãe e seu padrasto que moravam longe, a abstinência que sentia há alguns dias por ter parado de tomar calmantes.


Se tudo era apenas um jogo de sua mente entorpecida por falta de medicamentos contra indicados e sono...


O que custava jogar também?


Ele continuou andando em seu infinito corredor, as luzes em algum momento começaram a piscar, dando uma aparência ainda mais macabra ao local, porém ele continuou ainda estava cético de que era tudo parte de sua mente e que iria acordar em algum momento.


Um zunido começou a surgir em seus ouvidos, como se algo estivesse prestes a explodir. Os corredores estavam ficando cada vez mais escuros, e isso o causava inquietação. O barulho de algo ou alguém correndo soou alguns passos atrás de si, meio hesitante e com a respiração começando a ficar pesada em seu peito, sem parar de andar e de maneira lenta, virou a cabeça minimamente pra trás. 


Ainda encabulado, suspirou de alívio quando não viu nada e voltou a olhar para frente. Mas poucos segundos depois, o som de um grunhido misturado com um rosnado surgiu ainda mais perto, não sendo nem um pouco parecido com algo animal ou humano ou qualquer coisa que ele já tenha ouvido.

Um rugido soou alto e ele se virou para trás, arregalando os olhos assustado antes de começar a correr enquanto era perseguido. Como ele havia pensado, não era algo humano e muito menos animal.


O ser era um quadrúpede, com a pele parecida com pele humana, corcunda e um rosto bizarro e demoníaco. Olhos grandes brancos, redondos e vazios, boca aberta em uma respiração bizarra mostrando uma grande quantidade de dentes torto e afiados. Mas isso só pode ser visto por pouco tempo antes do rosto da criatura ser coberto por cabelo preto longo e de aparência suja e úmida.

Ficava cada vez mais difícil de respirar enquanto corria, e Kurt podia sentir isso em seus pulmões, em sua mente que estava nublada, longe de qualquer pensamento que não fosse correr daquele ser desgraçado.


O som de suas botas batendo no carpete úmido e de odor desagradável enquanto ele corria, o som das luzes piscando e falhando até se apagarem, o som de o que quer que seja aquilo o perseguindo e por fim o som de um chiado que ficava cada vez mais alto enquanto ele corria emm direção a uma porta aberta, que de todas as portas parecia a mais diferente daquele lugar.


Como uma luz no fim do túnel, ele se forçou a correr o mais rápido que podia aguentar naquele momento até chegar cada vez mais perto da porta. A criatura bizarra e sombria havia conseguido se aproximar, prendendo parte de sua mão direita com seus dentes, a dor percorreu por seus nervos e impulsivo e desesperado, Kurt o chutou no rosto com toda a força que pode. A criatura caiu por um momento e ele não pensou duas vezes e passou pela porta, respirando ofegante e desnorteado, quando ele olhou para trás, não havia mais nenhuma porta, nem corredor amarelo, nem carpete úmido nem nada.


Aquilo parecia real demais para um sonho qualquer, a dor que as presas afiadas perfurando sua pele ainda era sentida com clareza, sangue escorria fresco pela palma de sua mão, passando por seus dedos até pingar no chão onde fazia uma poça em tom carmesim.

Ainda sem certeza do que havia acabado de acontecer, Kurt finalmente parou para olhar a sua volta.



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