Emma andava de um lado para o outro na sala do apartamento, apertava a cabeça e esfregava a testa buscando uma explicação para o que estava sentindo. Nem percebeu que Henry havia entrado com seu pai e ambos olhavam para a inquietude em forma de gente.
- Devemos nos proteger? – David brinca.
- Talvez. – Ela os olhou e apertou as mãos controlando o resquício de magia negra em seu corpo, respirou fundo. – Onde está seu livro?
- Porque? – Henry perguntou.
- Quero ler uma coisa, acho que pode me ajudar em algo. – Henry abre a mochila e entrega o objeto para sua mãe. – Prometo não estragar.
Sentou no sofá folheando até chegar na parte que buscava, lia cada palavra com absoluta atenção batendo seus pés no carpete.
- Porque está lendo sobre a mamãe? – Henry a assustou e ela fechou o livro. – Está tudo bem com ela? – Preocupou-se.
Emma notando que seu pai não estava mais no mesmo lugar, encarou o filho por alguns segundos e abriu novamente o livro, indo até onde sua história passou a cruzar com Jones.
- Mãe? – Henry tocou o braço dela.
- Tudo bem, filho. – Beijou a testa do menino e entregou o livro para ele. – Obrigada por me emprestar, eu queria reler algumas coisas.
- Mãe, eu posso te perguntar uma coisa? É que faz algum tempo que queria saber.
- Claro. – Ela virou-se para ele.
- Porque tomou as trevas para si? Poderia ter deixado a mamãe...
- Não! – Ela o interrompeu. – Eu não poderia deixar que Regina fosse machucada outra vez, ela é alguém que merece ser imensamente feliz. – Emma sentiu o peso de seu anel de noivado no dedo e soltou o ar cansada. – Robin está aí, ela está feliz com ele e são predestinados.
- Nunca entenderei a cabeça de vocês. – Henry negou subindo a escada.
Emma pegou sua jaqueta preta e saiu sem rumo, estava passando perto de um grupo dos amigos de Robin quando ouviu um comentário infeliz.
- Não vejo a rainha má convivendo em um acampamento, mas se vai ter casamento mesmo devemos começar a pensar em algo mais adequado para presentear nosso amigo.
- O que acham de construirmos um chalé? – Um dos homens sugeriu e todos se animaram.
- Um belo chalé, logo eles irão providenciar um novo homenzinho. – Riram enquanto se embebedavam.
Emma andou mais rápido sentindo seu ar pesar, todo seu corpo tremia de raiva e acabou deixando sua visão escurecer pelo ódio. Na hora não viu o que chutava, mas chutou fortemente uma lixeira fazendo os cachorros latir, andou mais um pouco e quase corria quando entrou na lanchonete, nem fez questão de olhar para as pessoas que estavam naquelas mesas. Aproximou-se do balcão e apontou a garrafa.
- Me dá ela. – Colocou a nota sobre a madeira.
- Quero uma também. – Se assustou ao ver Zelena em seu lado.
- Só tem aquela. – O rapaz informou. – Ruby esqueceu de comprar mais.
- É minha. – Zelena colocou mais dinheiro no balcão.
- Não mesmo, eu cheguei primeiro. – Emma pegou mais dinheiro. – Me dá!
- Porque? – Zelena a olhou.
- Preciso. – Emma pegou a garrafa e ia saindo quando foi segurada pelo braço. – Me solta!
- Vem conversar com a gente. – Zelena a puxou para uma mesa do lado de fora e a jogou sobre uma das cadeiras. – Essa boboca comprou a última garrafa e não quis me dar, trouxe de brinde. – Zelena abriu a garrava e encheu os copos.
- É sério? – Emma olhou para Ruby. – Preciso mesmo beber. – Virou de uma vez sua dose tentando não virar o rosto para quem estava na outra mesa em um jantar.
- Cadê o pirata? – Zelena perguntou.
- Está organizando algumas coisas dele. – Emma respondeu e viu Robin se despedir de Regina com um beijo. – Que merda! – Uma lâmpada estourou assustando o homem que passava e as meninas riram alto.
- Sis! – Zelena chamou por Regina.
- Não... – Emma sussurrou e a morena sentou na cadeira livre de frente para ela.
- Com quem deixou minha sobrinha? – Perguntou ao notar os braços vazios da irmã.
- Não a fiz sozinha, caso tenha esquecido. – Respondeu enchendo os copos. – Está com a babá.
- Regina, o filho de vocês passou aqui mais cedo e não parecia muito bem. – Emma olhou para a amiga e quase a enforcou. – Aproveitei que estão as duas para dizer uma única vez.
- Eu estava acostumada a olhar vocês sempre indo de um lado para o outro sempre juntas, agora temos que marcar na agenda. – Zelena implicou.
- Nem fala. – Ruby bateu o copo com Zelena.
- Me fala sobre o Henry. – Emma pediu virando mais uma dose.
- Ele estava quieto demais, lia e relia umas páginas do livro e negava freneticamente.
- Será que apareceu alguma coisa? – Regina pensou. – Mas se fosse isso ele teria nos falado.
- Preciso ir. – Emma se levantou e foi puxada por Ruby. – Olha o que sei fazer. – Levantou a amiga e seus olhos escureceram.
- Ei loirinha, pega leve! – Zelena tocou o ombro dela e viu Ruby ser colocada no chão.
Emma foi sentada outra vez e passou a abrir e fechar a mãos, produzindo alguns raios e se afundando em suas lembranças.
- Vamos jogar uma coisa? – Zelena mexia no celular. – Aqui, se chama verdade ou consequência. Parece ser legal.
- Nunca jogou isso? – Ruby perguntou e viu a ruiva negar. – Vamos fazer assim, inovar nesse jogo. Cada rodada é uma coisa para não ficar chato. Será: verdade, consequência e segredo.
- Gostei. – Zelena se animou.
- Vocês têm doze anos? – Regina tentou se levantar e foi segurada por Ruby.
- Senta essa bunda linda aí. – Brincou. – Daqui a pouco vocês estarão casadas, não teremos esses momentos. Nem acredito que Emma vai casar!
Regina rolou os olhos e se acomodou melhor, estalou a língua nos dentes incomodada com o que ouviu de Ruby.
- Quem não quiser responder vai ter que beber. – Zelena encheu os copos. – Esse lado responde e esse faz a pergunta. – Apontou. – Começa com a mais gostosa, eu! – Girou o objeto fazendo Ruby gargalhar.
- Já começa assim? – Ruby olhou para Regina. – Escolhe.
- Verdade. – Cruzou os braços.
- É verdade que o que sente pelo Robin não é tão forte? – Foi direta e fez a morena se engasgar. – E aí? – Regina bebeu fuzilando a outra morena com os olhos e elas riram alto.
- Vadia! – Regina girou o objeto. – E aí, sis?
- Verdade. – Secou os olhos e limpou o rosto de Emma atraindo o olhar da irmã.
- É verdade que... – Tentava controlar sua vontade de fazer a irmã virar poeira. – É verdade que você está pensando em ir para o inferno? – Riram mais.
- Irmãzinha, estamos destinadas a isso. – Piscou.
- Eu! – Ruby girou. – Olha, minha irmãzinha de outra barriga. – Brincou. – Quer o que?
- O mesmo. – Emma fez aparecer sua arma. – Se vir com palhaçada, não te mato com magia.
- Que medinho. – Ruby fez seus olhos mudarem de cor e riram. – É verdade que sente algo por alguém nessa mesa? – Emma pegou a arma e Zelena fez desaparecer. – Ui, ofendeu?
- Vai a merda! – Emma bebeu e girou, esperou o objeto parar e caiu em Ruby. – Que merda!
- Ah, você me ama. – Brincou. – Verdade.
- É verdade que em forma de lobo você transa com qualquer um também? – Provocou.
- Claro que sim, por isso deixo você aproveitar junto. – Brincou arrancado delas uma risada que chamou a atenção dos outros.
- Vejamos. – Zelena girou. – Ruby! – Bateu palminhas.
- Quero desafio. – Brincou com o cordão.
- Te desafio a... – Piscou discretamente para ela. – Beijar a Emma na boca e de língua.
- Não! – Regina falou alto.
- Ué gente? – Zelena riu.
- Ela não pode fazer pois é comprometida... – Foi rápida em arranjar uma desculpa.
- Isso. – Emma ajeitou a postura.
- Ruby, então te desafio a uivar bem alto.
- Vai assustar o pessoal. – Ruby segurou a mesa e fechou os olhos. Uivou altamente fazendo as pessoas dentro da lanchonete se encolher. – Pronto.
- Os olhos! – Emma sinalizou e ela voltou eles ao normal. Regina girou tentando parar de rir das pessoas que saíram correndo.
- Emma. – Zelena riu.
- Segredo ou desafio? – Regina perguntou sem jeito e a loira respirou fundo.
- Segredo. – Escolheu incerta e olhou para as outras.
- Então nos conte um segredo. – Ruby pegou a mão de Zelena e passou a brincar com as joias.
- Okay. – Pensou. – Peguei meus pais transando e vomitei no tapete. – As risadas ecoaram.
- Imagina os encantando fazendo isso? – Zelena aumentou as risadas. – Ih, você outra vez!
- Então é desafio. – Emma acendeu uma bola de fogo.
- Te desafio a me mostrar sua mente. – Zelena a olhou e Emma negou.
- Não mesmo. – Olhou para Ruby. – Nem pensar!
- Dou a minha palavra que não vai doer. – Zelena assoprou no rosto dela devagar. – Emma, me mostra sua mente? – Pediu ao ver que conseguiu enfeitiça-la. Emma inclinou-se para ela e as outras se espantaram.
- Não Zelena, não! – Regina tentou impedir e foi paralisada.
Zelena tocou a testa de Emma e não conseguia ver nada do passado, apenas Emma chorando segurando algo em suas mãos. Soltou a testa da loira e a liberou do encantamento.
- Vadia, você... – Emma se levantou. – Ficou doida?
- Eu não consegui ver nada! – Falou frustrada. – Você consegue se bloquear, que broxante.
- Quer saber... – Emma bebeu outra dose. – Vai, pergunta logo o que querem saber de fato.
- Porque está com o Killian? – Ruby perguntou direto.
- Eu tenho que ficar com ele. – Respondeu irritada. – Mas o que?
- Porque tem que ficar com ele? – Zelena questionou. – Você é tão superior aquele babaca.
- Porque eu fiz a pior merda da minha vida. – Swan apertou os olhos.
- Você ama ele? – Ruby encheu os copos e Emma bufou. – Ama? – Insistiu.
- Não posso dar a ele um sentimento desse tamanho. – Apertou as mãos.
- Então porque está fazendo isso? – Zelena alisou os cabelos loiros. – Por causa Do livro?
- Por que eu fui covarde desde que eu cheguei nessa cidade. – Emma a olhou. – Eu fiz aquela porra de livro mudar, eu precisava trazer o amor... – Parou de falar e se levantou devagar cambaleando. – Desculpa.
Emma pegou a garrafa de bebida e saiu trocando os passos pela calçada, Ruby tentou ir atrás e foi impedida por Zelena.
- Duas pessoas amarradas a um relacionamento sem amor. – Ruby brindou com Zelena. – Para uma prefeita você é um pouco despercebida das coisas a sua volta.
- Como? – Regina estava de olhos fechados acompanhando os passos de Emma.
- É a sua vez. – Zelena apontou para Regina. – Segredo ou desafio?
- Não acabou? – As meninas negaram. – Desafio.
- Desafio você ir atrás do seu verdadeiro amor e contar todos os seus segredos. – Ruby deitou a cabeça no ombro de Zelena.
- Ficou doida? – Cruzou os braços. – Eu nem sei onde ela...ele está agora. – Zelena riu e olhou para Ruby, que respirou fundo por alguns segundos.
- Seu amor verdadeiro está na delegacia. – Elas se olharam. – É sério.
Regina vestiu suas luvas e arrumou seu casaco no corpo, bebeu sua última dose antes de desaparecer em sua fumaça roxa. Apareceu na entrada da delegacia e subiu a escada sem ter muita certeza do que estava fazendo, seu coração estava acelerado e seu estomago abrigava milhões de borboletas.
- Em... – Entrou na sala e deparou-se com uma cena inesperada. – Robin?
- Oi, querida. – Ele se aproximou dela a abraçando. – O que faz aqui a essa hora? Está tarde.
- Pergunto o mesmo. – Regina o olhou e Emma virou o rosto se sentindo mal com a cena.
- Queria saber com a Emma se ela pensou em minha proposta. – Robin sorriu. – Killian me disse que pretende deixar a cidade quando se casarem.
- Como assim? – Regina controlava sua vontade de gritar e apertou os punhos, fazendo uma das luzes estourarem. – Vai deixar a cidade, Emma? – Empurrou os braços de Robin e foi até a xerife. – Pretende ir embora daqui mas tem o nosso filho e tem... – Parou de falar.
- E tem o que mais? – Robin se aproximou. – Henry está grandinho, ele pode decidir com quem quer ficar e ir visitar a outra quando quiser.
- Para! – Regina o afastou. – Ficou louco? Eu não quero isso!
- Nem tudo é como queremos, minha prefeita. – Emma falou já com ar saudoso. – Mas eu estou avaliando sim, Robin. – Olhou o homem que sorria. – Se for isso mesmo, recomendarei você para assumir meu lugar de xerife.
- Como tudo nesse mundo é diferente, tenho que ter um trabalho para manter meus filhos, minha mulher e nosso futuros filhos. – Segurou a mão de Regina e Emma olhou aquele gesto.
- Tem razão. – Falou sem sorrir. – Se é só isso... irei fazer uma ronda logo mais, preciso descansar um pouco os olhos.
- Era só isso sim. – Robin sorriu e andou, mas sentiu sua mão ser solta. – Querida, eu te deixo em casa. Não quero que ande sozinha por aí a essa hora.
- Preciso falar com a xerife sobre uns assuntos. – Respondeu prontamente.
- Vou me sentar para te...
- Robin, eu sei me defender muito bem. – Deixou seu tom áspero sair. – E o assunto é em particular.
- Nem louco que te deixarei sozinha. – Ele cruzou os braços.
- Chega! – Regina falou alto os assustando. – Não ouse tentar me dizer o que devo ou não fazer, muito menos o horário que devo andar na rua. – Emma riu baixinho. – Eu não sou uma menininha frágil, sou uma rainha.
- Eu sei...
- Não parece! – Ela o interrompeu.
Emma se levantou devagar e foi até a janela, fechou as cortinas enquanto ouvia Regina explodindo com o noivo. O silêncio cresceu e então percebeu que a havia acabado a DR dos dois, se encostou em uma das mesas olhando a mulher furiosa indo de um lado para o outro reclamando e esbravejando.
Regina faltava pouco para abrir um buraco no chão, Emma riu baixinho fazendo a morena parar e olhar em sua direção. Riu ainda mais sem perceber que era observada, Regina admirava o jeito infantil dá risada escandalosa de Emma, se permitiu ficar ali sem pensar em nada além dos momentos que viveu com ela.
- Você é a melhor mesmo. – Emma secou os olhos controlando a respiração.
- Sempre disse isso. – Regina deu de ombros. – Borrou o rímel. – Foi até a loira pegando seu lenço limpava os olhos dela devagar. – Duvido que vou deixar alguém decidir minha vida, não mesmo. – Emma riu baixinho. – Agora vê se pode isso.
- Você não é mulher para ser controlada, muito menos bancar de frágil. – Emma falou baixo e perceberam o quão perto estavam. – Lembra a primeira vez que nos abraçamos? – Perguntou e se arrependeu logo em seguida.
- Tem como esquecer? – Respondeu com outra pergunta. – Porque vai embora, Emma? – Não se afastou da loira.
- Killian está com essa ideia, disse que está difícil se adaptar aqui na cidade.
- Mas e você? – Regina se afastou um pouco. – Tudo o que conquistou está aqui, sua família, amigos e nosso filho. Emma, você é um excelente xerife e todos nessa cidade gostam de você.
- Isso é algo que tenho dois meses para decidir. – Emma sorriu fraco. – Quanto ao nosso filho, eu espero que ele escolha com quem queira ficar, pois não o obrigarei a ir comigo. – Abriu os braços devagar.
- Por favor, Emma! – Regina foi a passos rápidos para aquele abraço. – Não pode ir embora.
- Será melhor assim. – Emma roçou o nariz nos cabelos negros e inalou o perfume. – Você vai se casar logo com o bicho do mato... desculpa, desculpa! – Concertou-se, mas acabou fazendo a morena rir. – Robin, vai se casar com seu verdadeiro amor. É isso o que queria, ser feliz!
- Você não pode ir embora daqui, Emma. – Se apertaram mais naquele abraço.
- Porque não posso? – Emma perguntou acariciando Regina.
- Eu não posso perder você também. – Regina sussurrou e sentiu seu coração rasgar de forma boa, Emma sorriu emaranhando seus dedos nos fios lisos. – Só me resta você e o nosso menino, é tudo o que tenho e... – A prefeita levantou o rosto devagar, mirou os lábios finos bem rosados e fitou os olhos verdes brilhantes. – Não me deixa, por favor! – Tocou a face alva com a mão trêmula.
- Mesmo em outro lugar, eu nunca vou te deixar, minha prefeita. – Emma sussurrou. – Isso vai ser esquecido amanhã, estamos cheias de álcool nas ideias. – Riram. – Espero conseguir invadir minhas lembranças só para ficar nos vendo abraçadas.
- Digo o mesmo. – Regina brincou com o cordão de cisne. – Ninguém consegue me deixar assim, somente você me traz esse sossego interno.
- E você consegue me fazer tantas coisas. – Se olharam. – Adorava implicar com você quando cheguei na cidade, e cortar sua árvore foi um dos melhores dias da minha vida.
- E qual foi o melhor dia da sua vida?
- Conhecer você. – Emma olhava atentamente o rosto oliva. – E depois em te conhecer de verdade, saber quem realmente é Regina Mills. Ouvir toda sua história, conhecer os seus medos e ver sua fortaleza. – Alisou os lábios vermelhos. – Me seguro todos os dias da minha vida para não voltar ao passado e mudar algo que atormenta minha cabeça. – Sussurrou com aflição e suas lagrimas caíram preocupando a morena.
- Posso saber o que é? – Emma negou e Regina sorriu carinhosa. – Conta para mim, hein?
- Você não foi respeitada, roubaram até um momento especial de você. – Emma envolvia a cintura de Regina com um dos braços e a outra mão alisava o rosto delicado. – Como odiei saber que... que... – Emma soluçou apertando os olhos e os estouros das lâmpadas das ruas ecoou, logo um forte trovão assusta os moradores da cidade.
- Emma! – Regina a chamou balançando o rosto alvo. – Olha para mim. – Viu os olhos negros sumindo aos poucos e voltarem a ficar verdes. – Saber que seu avô...
- Não completa. – Emma cobriu os lábios dela. – Eu cheguei a voltar naquele dia, entrei naquele maldito castelo e no seu quarto, consegui ir para o quarto dele e quando ia impedir que ele tocasse em você, Rumple apareceu me impedindo. – Emma soluçou. – Me mostrou um outro futuro se eu interrompesse aquilo, e eu não queria te ver sendo maltratada como vi.
- O que iria me acontecer, Emma? – Regina beijou o dedo de Emma que estava sobre sua boca.
- Não queira saber, meu amor. – Respondeu abraçando mais a morena, juntou os lábios na testa oliva. – Dentre todos, essa vida foi a menos pior. Pois ao menos é uma rainha, respeitada e temida, não está sendo machucada fisicamente e é a melhor mamãe do mundo. – Riram.
- Estraguei a sua vida.
- Minha vida seria fudida mesmo, não é nada maravilhoso essa coisa de ser princesa e fruto do amor verdadeiro. – Emma desceu os lábios para o nariz dela o beijando. – Vestidos, bailes, todo aquele glamour frescalhão... não combina comigo. – Beijou os olhos demoradamente.
- Nos esbarraríamos em algum baile. – Regina brincou.
- Eu iria gostar só dessa parte. – Riram. – Te ver naqueles vestidos bem decotados.
- Quer dizer que você gosta dos meus decotes? – Pesou a voz para provocar.
- Sendo sincera, okay? – Regina fez que sim. – Você para meu coração com seus terninhos.
- Uau. – Regina riu. – Então eu paro seu coração puro?
- Puro? – Emma riu alto. – Minha linda, se eu pudesse te mostrar meu coração você iria ver o que tem nele. – Brincou. – Porem, se a tua mãe não conseguiu tirá-lo, acho que ele não sai.
- Fico feliz por isso, assim está um pouco mais segura. – Regina encostou o rosto sobre o peito da loira. – Está acelerado.
- É assim toda vez que está por perto. – Emma sorriu. – Amor, faz o seguinte. – Emma a afastou um pouco sem se separarem. – Tenta tirar meu coração? – Pediu.
- Isso dói, sua doida! – Regina negou e viu a carinha de Emma mudar para algo fofo. – Droga, eu não deveria ceder a você desse jeito. – Para que?
- Quero ver meu coração, tenho curiosidade. – Emma colocou a mão de Regina sobre seu peito. – Pode tentar?
- Certo. – Regina enfiou a mão com cuidado e se encaravam. – Quente e tão pulsante.
- Não só o meu coração. – Emma provocou. – Tire-o.
Regina mordeu o lábio e com cuidado puxou a mão, trazendo o órgão vermelho pulsante envolto de uma luz forte. Emma se apoiou na mesa rindo e trouxe Regina de costa para si, a abraçou alisando a barriga dela bem devagar.
- Que diferente. – Regina acariciou com cuidado. – Nenhum tinha luz, nem... – Parou de falar ao ver o órgão ascender mais e começar a formar algo dentro dele.
- Isso aí acontece? – Emma perguntou.
- Não mesmo. – Regina sorriu.
- Ei, ei... coração filho de uma... – Regina cobriu os lábios dela.
- Isso aqui. – Regina alisou devagar. – É nosso filho e eu. – A imagem de Regina e Henry estava gravada dentro do coração. – Isso não é possível.
- Quero que fique com ele. – Emma a olhou. – Mas não o coloque em seu cofre frio, o guarde com você e o leve onde for.
- Não! – Regina devolveu o coração para o lugar. – Preciso que ele fique guardado com você, é diferente de todos os outros e especial demais. Você me gravou junto com nosso filho em seu coração, como fez isso?
- Eu não fiz isso. – Emma sussurrou no pé do ouvido da prefeita.
- Como isso aconteceu então? – Fechou os olhos sentindo o calor da respiração do xerife.
- Deve ser porque são realmente tudo o que tenho. – Emma manteve a voz e o carinho que estava fazendo nas mãos da morena. – Me sinto melhor em saber que está com seu amor.
- Me sinto melhor em saber que estou com o meu verdadeiro amor. – Regina falou se ajeitando nos braços definidos de Emma. – Pena que vai acabar em breve.
- O que? – Emma virou a menor com cuidado e se olharam nos olhos. – Como assim? Robin não vai te deixar, ele já está querendo morar com você.
Regina saiu dos braços de Emma devagar e negou as palavras da loira, sentou em uma cadeira que estava perto e chorou como se acabasse de ouvir a pior notícia da sua vida. Swan ao ver o estado que sua prefeita (como já a chama) estava, se aproximou rapidamente ficando de joelhos em sua frente e segurou as mãos frias tremulantes.
- Gina, que foi? – Perguntou aflita.
- Gina... – Sorriu em meio ao choro. – É a única que deixo me chamar assim.
- Eu sei disso. – Limpou o rosto da morena.
- Sabe também que é a única que consegue entrar e sair dos meus muros sem me causar dores? – Perguntou. – Sabe que somente você tem a chave reserva da minha casa, que só você conhece meus esconderijos e segredos, é só por você que ainda passo todos os dias nessa rua na hora do almoço. Sabe dessas coisas, Emma?
- Minha linda, respira! – Emma correu para buscar água e ajudou a outra beber. – Isso, devagar para não se engasgar.
- Emma, eu estou te implorando. – Regina olhou nos olhos verdes. – Não vai embora daqui, por favor não me deixa aqui sem você! – Emma abraçou a rainha fortemente.
- Não vou te deixar, minha Regina. – Emma sussurrou para ela. – Tudo bem, eu não irei a lugar algum, ficarei aqui por você!
- Minha linda, minha prefeita, meu amor... minha Regina! – Juntou as testas. – Eu sou tão sua que não consigo ser de mais ninguém, Emma. – A prefeita soluçava.
- Quem dera que pudesse ser minha como eu gostaria que fosse. – Emma declarou, não suportando mais esconder. – Regina, eu amo tanto você que mudei toda uma história, só para que consiga ter o que é seu por direito. Mas ir embora daqui seria uma fuga, pois é doloroso demais ver quem eu amo ser de outro, entende?
- Imagina o que sinto toda vez que ouço tua mãe falar sobre os preparativos do seu casamento, tenho vontade de deixa-la muda. – Riram roçando os narizes. – Eu te amo tanto, que quando estava como senhora das trevas, lutei para que pudesse te ensinar a dominar os dois lados para que não se sacrificasse mais.
- Por isso deixei o punhal em sua posse, sabia que você era a única que saberia o que fazer.
- É isso, Emma. – Regina sussurrou. – Agora já sabe quem eu amo de verdade, quem é o meu final feliz. Eu posso ser tua como quer que eu seja, do mesmo modo que eu desejo que você seja só minha.
- Jura? – Emma sorriu abertamente e segurou o rosto da morena. – Está mesmo dizendo que quer chutar o cheira mato e ficar comigo?
- Quero você desde o dia que me salvou daquele imbecil que me encheu de choques. – Riram alto. – Agora que sabe disso, devolve a lembrança que roubou de mim. – Os olhos verdes se abriram em surpresa. – Acha mesmo que eu não sei que aquela lembrança é uma farsa? Eu sei que foi você que apagou de todos, mas exijo que devolva a minha.
- Não! – Emma se levantou rindo de nervoso e suspendeu a prefeita no colo. – Continua agindo como se não soubesse que apaguei nada. – Se abraçaram forte.
- Sinto que você fez alguma besteira. – A loira riu alto ficando vermelha. – Você fez?
- Okay, amor. – Emma foi até o sofá e sentou com a morena em seu colo. – Antes de você descer para o baile, nos esbarramos no corredor.
- Você estava tão linda com aquele vestido de princesa. – Provocou.
- Para de ser ridícula, eu me senti um bolo de casamento gigante. – Riram. – Você pediu que eu fechasse o seu vestido, quando puxei o cadarço acabei rasgando o tecido e quase que você me fez voar.
- Exagerada. – Rolou os olhos.
- Robin chegou oferecendo ajuda, mas você recusou dizendo que eu já tinha feito isso. Me puxou para dentro do seu quarto e procurou por uma caixa de costura, mas não tinha nada disso por ali. – Emma alisava os lábios bem desenhados. – Aí, eu tive a brilhante ideia de conjurar um feitiço para arrumar o estrago que eu causei, acabou que eu sumi com seu vestido e dessa vez você me jogou na parede.
- Então retirou minha roupa? – Riu sem acreditar. – Que safada, xerife Swan.
- Depois de me soltar você procurou por algo, mas não tinha nada. Então eu tentei outra vez um feitiço para te vestir com algo lindo, acabei te colocando em uma camisola de seda como a que usava naquele dia que abriu a porta para mim.
- Me mostra como fez? – Regina pediu e viu a loira fechar os olhos. – Emma! – Riu alto sem acreditar no que estava vestindo. – Nunca abri a porta para você desse jeito.
- Droga! – Emma ficou envergonhada. – Amor, desculpa. Eu... eu não sei o que acontece.
- Espera um pouco. – Regina moveu a mão trancando a porta e fechando as janelas. – Não quero correr o risco de ser vista com isso. – Sinalizou o corpo que trajava lingerie branca com detalhes em couro também branco. – Apagou minhas lembranças por me vestir assim?
- Não me lembro de nada depois disso, pois eu apaguei a minha também. Só lembro de acordar com você naquele porão. – Emma lutava para não olhar o corpo da prefeita. – Quer fazer o favor de se vestir? – Pediu impaciente provocando o riso da rainha.
- Pensei que quisesse me ver desse jeito. – Deixou a voz sair pesada. – Em-ma!
- Claro que quero, mas quero diferente. – Arrumou Regina em seu colo. – Não quero ser tua namorada.
- Não? – Regina ficou sem entender. – Mas eu...
- Eu quero que seja minha esposa, Regina, quero isso para ontem. – Emma sorriu. – Regina, eu não vou ficar perdendo tempo com essa etapa de namoro, te conheço bem demais e você sabe exatamente como sou.
- Você é a única que me conhece por inteira. – Regina estava emocionada. – Como será?
- Será! – Emma a abraçou. – Agora coloca uma roupa.
- Você que me despiu, coloca você. – Emma fechou os olhos e ao abrir riu. – Idiota! – Riu junto.
- Eu adoro seus seios. – Falou sem controle ao ver o traje elegante da rainha. – Mas se sair assim vai matar muita gente de medo. – Riram concordando. – Pronto. – Emma conseguiu vesti-la com o terninho que usava antes.
- Amanhã vou conversar com Robin. – Regina ia se levantar mais foi segurada pela cintura.
- E eu vou terminar tudo com Killian. – Alisou novamente os lábios vermelhos. – Estou ansiosa para te beijar.
- Talvez eu esteja mais que você. – Regina aproximou o rosto e juntou as testas. – Mas será que podemos esperar até terminar o que temos com outras pessoas?
- Eu disse que você é perfeita. – Emma a fez rir. – Posso fazer sua escolta?
- Estou sem carro. – Levantou as mãos e Emma as segurou.
- Quero deixar minha futura esposa em casa, posso?
- Claro que sim, futura senhora Mills. – Brincou se levantando. – Acha que nosso menino vai aceitar isso?
- Algo me diz que ele espera por isso tanto quanto nós duas. – Emma abriu a porta da viatura para que a prefeita entre. – Assim que eu acordar irei até Killian, não quero mais prolongar isso.
- Farei o mesmo. – Regina sorriu. – Vai fazer a ronda?
- Sim. – Emma segurou a mão de Regina e entrelaçou os dedos. – Mas confesso que estou um pouco tonta pela quantidade de bebida que ingeri.
- Pois é, Emma. – Regina fez seu olhar repreendedor. – Vou te ajudar essa noite, mas não ficaremos dentro dessa lata.
- Quer uma carruagem, minha soberana? – Foi irônica.
- Somente se você for o cavalo que vai puxar. – Devolveu a ironia. – Ué, hoje é dia do nosso filho está em sua casa, mas a luz do quarto dele está acesa.
- Ele ficou em casa quando eu saí. – Emma parou a viatura e sai rápido. – Liga para o celular dele, pergunta onde ele está. – Puxou a arma do coldre e verificou a munição. – Se eu pedir que fique aqui, você fica?
- Não! – Regina fez uma carinha engraçada. – Mas só porque você perguntou, vou deixar você pedir algo que não seja ficar aqui.
- Fica atrás de mim.
Emma seguiu atenta entrando na casa, olhava os cômodos com atenção e subiu os degraus empunhando a arma. Encostou Regina mais para a parede e pediu silêncio, olhou o tamanho do salto que a prefeita calçava e rolou os olhos. Chegou até onde é o quarto de seu filho, e viu o menino escrevendo e reclamando irritado.
- Henry! – Regina correu adentrando o quarto e agarrou o garoto. – Que susto me deu, pensei que iria ficar com sua mãe. – Enchia ele de beijos e Emma sorriu em ver a cena.
- Era a ideia, mas eu precisava conversar com a senhora. – Ele soltou uma lufada de ar. – Robin está lá embaixo?
- Não, meu amor. – Regina sentou na cama e ele foi para o seu lado. – Eu estava com ele umas horas mais cedo, mas depois fui puxada por sua tia para um jogo.
- Jogo? – Henry sorriu e a loira guardou a arma.
- Um novo jeito de jogar verdade ou consequência. – Explicou. – Acabou sendo um novo jogo.
- Suponho que acabou recusando algumas coisas e teve que beber, pois o cheiro de álcool está forte demais. – Riu da cara de surpresa da morena. – Nada comparado com o Killian. – Regina soltou sua risada forte e grossa.
- Já que está tudo bem, vou deixá-los conversar. – Emma se aproximou do filho o abraçando e beijou os cabelos castanhos. – Você é o melhor menino do mundo inteiro.
- Tenho que concordar com isso. – Regina os olhou e Emma abriu o abraço para que ela se encaixasse. – Ganhei um lugar!
Quem olhasse enxergaria a família perfeita, sorrisos sinceros e sentimentos puros. Henry riu ao receber cócegas de suas mães e se deitou puxando as duas com ele.
- Pode dizer ou tem que ser em particular? – Regina ficou sobre o cotovelo e olhava os dois.
- É sobre o Robin, posso falar na frente da minha mãe? – Viu a morena concordar. – Sinto que tem alguma coisa errada com vocês, mas não é só vocês dois que estão errados. Killian não é o seu final feliz, ele não é o seu amor verdadeiro.
- Não? – Emma fingiu surpresa.
- Mãe, em quem você confia a adaga? – Indagou. – Quem foi que ficou louca sem dormir direito até que você conseguisse controlar as duas forças?
- A Regina. – Emma respondeu como se fosse algo comum, mas fingindo. Viu o filho bufar e esfregar o rosto.
- Porque deu sua vida no lugar dela? – Henry perguntou. – E porque se desesperou para encontrar o lugar que ela estava sendo torturada?
- Porque essa é minha obrigação, sou a salvadora e xerife da cidade. Né?
- Preciso... – Henry se levantou rápido e foi para o corredor. – QUE PORRA! – Gritou.
- Gente! – Emma riu baixinho com Regina e fizeram cara de séria quando ele entrou. – Esse comportamento aí, fez download quando? – Implicou.
- Vocês adulto complicam tudo! – Ele sentou na cama. – Depois que arranjaram esses caras, tudo saiu de ordem. Vocês não riem mais, não saem e nem planejam algo para fazermos juntos como estávamos fazendo a um tempo atrás. – Henry apontou uma foto deles. – Olha isso aqui, onde vocês sorriem assim com eles?
- Mas esse sorriso aí só posso dar com o meu amor verdadeiro. – Emma falou se levantando.
- Exatamente o que eu quero... – Henry a olhou. – Como?
- Ué, acha que sorrisos assim são com qualquer um? – Emma riu saindo do quarto. – Boa noite, meus amores. Amo vocês! – Sumiu em sua fumaça e foi para o quarto de Regina. – Agora ele vai surtar... – Levantou o indicador.
- Ó MEU DEEEUSSS! – Henry gritou empolgado.
- É isso mesmo. – Emma sentou no divã esperando por Regina.
Enquanto o garoto enchia a prefeita de perguntas uma atrás da outra, a loira pensava no jeito como tudo acabou sendo exposto. Em sua cabeça já rodava uma conversa com Killian, esperou por longos minutos a morena entrar no quarto, olhava o cômodo muito organizado e encontrou uma caixinha pequena sobre a mesa ao lado da cama, junto estava um envelope branco.
- Quando se afasta eu sinto. – Regina falou ao entrar em seu quarto. – Henry está pulando na cama até agora, se quebrar você que vai arrumar.
- Deixaram algo aqui para você. – Emma apontou. – Não é meu, já aviso logo. – Emma passou a mão sobre as coisas. – Não tem nenhuma magia nas coisas.
Regina sorriu com o cuidado da loira, abriu o envelope e leu as palavras que Robin havia escrito para ela. Abriu a caixa vendo o anel de noivado, mostrou as coisas para Emma e sentou na cama esperando para ouvir alguma coisa.
- Amor, essa palavra aqui eu nunca ouvi falar. – Emma sentou ao lado dela. – Cunilíngua?
- Esquece isso. – Rasgou a carta e ela riu.
- Internet. – Pegou o celular e começou a digitar, mas Regina o pegou. – Ei! – Reclamou.
- Você não tem que fazer a ronda? – Regina assumiu a pose altiva e Emma sorriu indo para cima dela devagar. – Emma... não... você disse... – Regina se atrapalhou nas palavras ao sentir o corpo de Emma sobre o dela.
- É provável que eu caia da escada se for descê-la. – Emma roçou o nariz no pescoço oliva.
- Não precisa fazer nenhuma ronda hoje. – Regina fechou os olhos e varreu toda a cidade com sua visão. – Tudo está bem.
- Meu doce, posso dormir no seu sofá? – Emma sussurrou ao pé do ouvido dela. – Ou você pode me transportar para a delegacia.
- Você bebeu demais, não sei como não está no hospital em coma alcoólico. – Brincou.
- Culpa sua. – Emma foi descendo o nariz. – Ficou indo de um lado para o outro com o bicho do mato, sem contar que ouvir as pessoas falando que formam um belo casal me enoja. – Deitou a cabeça nos seios da morena. – Você é só minha, Regina Mills. – Sussurrou fechando os olhos pelo sono que a tomou. – Eu te amo, te amo de verdade. – Apagou sentindo o carinho em seus cabelos.
- Você também pertence somente a mim, Emma Swan. – Regina escutou o ressonar baixinho, sorriu ao perceber que a loira adormeceu sobre seu corpo.
A prefeita arrumou delicadamente a outra na cama, retirou as botas e a despiu usando magia para não a acordar, Emma apareceu com sua calça de flanela xadrez e uma regata branca, seu corpo foi coberto.
Regina tomou um banho quente para relaxar a tensão de todo o dia, vestiu-se com uma camisola de seda rosa claro, escovou os dentes e os cabelos depois de hidratar o corpo. Bebeu um pouco de água indo verificar como estava seu filho, esse já dormia profundamente.
- Boa noite, minha salvadora. – Sussurrou deitada ao lado de Emma e a olhando.
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