Emma acordou antes de Regina, sorriu em ver o jeito gracioso da rainha ao seu lado. Alcançou seu celular tirando uma foto dela e o guardou logo, foi até o banheiro fazer sua higiene e para provocar os nervos da morena usou a escova de dentes dela.
De volta no quarto viu que estava perto dela acordar, se deitou admirando mais a outra enquanto fazia um carinho nos cabelos lisos e negros. Sorriu sozinha ao se lembrar de uma música que a faz pensar em Regina sempre.
When I see your face
There's not a thing that I would change
'Cause you're amazing
Just the way you are
And when you smile
The whole world stops and stares for a while
'Cause girl you're amazing
Just the way you are
Os olhos da prefeita se abriram ao ouvir a forma doce com que Emma cantava, olhava os olhos verdes brilharem mais que o normal. Sorriu ao sentir o carinho que estava recebendo e seu coração acelerou ao perceber seus pés enroscados com os da loira.
- Bom dia, minha menina linda. – Tocou os lábios carnudos.
- Bom dia, minha linda salvadora. – Riram baixo. – Dormiu bem?
- Melhor impossível. – Emma sentou. – Obrigada por ter trocado minha roupa, além de ter me ajudado com a ronda de ontem.
- E quantas vezes você já me ajudou? – Regina sorriu ao sentar na cama.
- Você é linda, Regina. – Emma segurou as mãos da prefeita fazendo um delicado carinho. – Eu sei que ouve isso sempre, mas é tão verdade. – Tocou a bochecha de pele bem clara com a palma da mão.
- É verdade quando vindo de você. – Regina fez o mesmo no rosto da loira. – Não está dizendo só para que me tenha por uma noite ou alguns minutos apenas. – Seu olhar caiu um pouco.
- Meu amor, eu quero ter você muitas noites, muitos minutos até o fim de nossas vidas. Agora sabe a minha intenção real, te fazer feliz como merece ser.
Se abraçaram fortemente não tendo pressa para encerrarem o contato.
- Filhão, eu estou indo passar o horário para seu avô. – Emma terminou de lavar a pequena louça. – Te deixo na escola, quer?
- Quero sim. – Henry se levantou e correu para pegara a mochila.
- Marquei para conversar com Killian agora pela manhã. – Emma secou as mãos.
- Fiz o mesmo. – Regina passou seu batom forte, capturou o olhar da loira observando seu ato e sorriu exalando sua sensualidade. – Acha que esse batom ficou bom?
- S- sim! – Emma gaguejou.
- Não sei, parece que não está bom como nos outros dias. – Provocou lambendo os lábios.
- Está maravilhosa. – Emma sussurrou indo até ela e a abraçou por trás. – Não poderia receber um título inferior na realeza, você é a mais bela de todas. Minha amada rainha! – Curvou-se de forma correta para uma reverência.
- Você...
- Sei a quem amo, mas ainda assim devo total respeito a minha amada. – Emma fez a morena se emocionar. – Não estamos na floresta encantada, também não estamos naquele seu grandioso castelo. – Emma segurou a mão da morena se ajoelhando em sua frente. – Será em minha vida a única a quem me curvarei, pois no meu coração você reina unicamente. Farei do nosso lar o mais belo castelo digno de você. – Beijou a mão de Regina. – Irá exalar felicidade, harmonia, companheirismo e amor. Juro com cada gota do meu sangue, com a intensidade do meu amor por você que seremos felizes juntas, para sempre!
Regina chorava de emoção por cada palavra que ouvia sair dos lábios de Emma, sentia a veracidade de cada uma. A vontade de beijar os lábios finos rosados cresceu ainda mais, e se não fosse por ver seu filho filmando aquela cena ela teria feito sem pensar mais.
- Ruby tem que ver isso. – Ele assustou a loira.
- Te penduro de cabeça para baixo em um precipício se mostrar isso a alguém. – Emma foi em direção ao menino que correu. – HENRY! – Gritou nervosa.
- Não ameasse o meu filho! – Regina andou calmamente até a porta.
- Ele vai quebrar minha fama de ogra! – Cruzou os braços de modo infantil. – Vou pegar ele no carro, agora vou indo acabar essa farsa com Killian.
- Farei o mesmo com Robin. – Se abraçaram um pouco mais.
- Qualquer coisa me liga, acho que o cheira mato vai ficar um pouco nervoso. – Emma a fez rir.
Depois de deixar Henry na escola, dirigiu até a lanchonete da vovó para encontrar-se com Killian. Adentrando o lugar sentou no balcão ao lado dele, foi abraçada e beijada sem esperar por esse gesto. Rapidamente quebrou o contato e olhou para ele negando com a cabeça.
- Que foi, querida? – Perguntou com seu jeito pomposo. – Está diferente, parece mais animada
- Killian, precisamos conversar. – Emma olhou nos olhos azuis do homem.
- Que tipo de conversa? – Perguntou encarando a loira. – Alguma maldição? Nosso casamento que está mais perto?
- Não! – Emma sacudiu a cabeça. – É sobre o que temos sim.
- Espera um pouco. – Killian pediu uma bebida. – Assuntos românticos pela manhã é um tanto quanto enjoativo. Assim eu consigo pensar melhor e te ouvir atentamente. – Killian virou a dose de bebida. – Pode começar, love.
- Você nem deve ter mais fígado. – Emma comentou e ele riu. – Não pode... – Ouviu a sineta da porta, mas o que lhe chamou a atenção foi o perfume tão conhecido. – Regina! – Sussurrou em surpresa.
- A própria. – Killian debochou. – Não acredito que ela tenha mudado um grão de areia, por isso quero logo sair dessa cidadezinha com você e levar o Henry.
- Como assim? – Perguntou sem entender.
- Ele tem que ficar com a mãe verdadeira dele, por isso tenho conversado e passado bastante tempo com ele, assim criamos um vínculo. – Killian sorriu presunçoso. – Ela já tirou muito de você, é a sua vez de acabar com ela tocando onde mais dói. Sem contar que ele é neto do crocodilo, será dois corpos com uma punhalada.
- Então pode levantar sua ancora. – Emma o fez sorrir ainda maior. – Mas vai sair dessa cidade sozinho, pois não irei me casar com você. – Colocou a aliança no balcão. – E se isso fosse acontecer, respeitaria a decisão do meu filho caso ele desejasse ficar com a mãe dele.
- VOCÊ O QUE?
Não foi somente Killian que gritou essas palavras dentro da lanchonete, os olhares caíram sobre os casais. Emma buscou o olhar de Regina e viu a prefeita com sua pose imponente.
- Ficou maluca? – Killian segurou o pulso dela. – Fizemos planos sobre isso, estamos...
- Não fizemos não, você fez! – Emma puxou o braço. – Eu errei sim em ter aceito seu pedido, mas fiz isso por conta da pressão que estava me fazendo, além de estar pensando...
- Em outro? É isso? – Killian elevou a voz. – É o nosso rosto que aparece naquelas páginas.
- Não, não será nossos rostos. – Emma se levantou saindo do lugar e ele a seguiu. – Acabou!
- Acha que é assim, Swan? – Killian puxou o braço de Emma e ela o suspendeu com magia.
- Não será do jeito que vem dizendo todo esse tempo, será do meu jeito! – Emma apertou um pouco mais a mão. – Se entrar outra vez em meu caminho com essa inquisição, arranco sua outra mão sem pensar duas vezes.
- Emma? – Ruby se aproximou tocando o ombro da amiga. – Solta ele. – Emma o desceu e viu o homem gritar e chutar a placa.
- Para uma princesinha você se saiu pior que a rainha, talvez por andar tanto com aquela vadia você acabou adquirindo alguns hábitos. – Killian esbravejava atraindo alguns olhares. – Sempre é essa mulher destruindo tudo! Não enxerga que essa pros...
Emma foi para cima dele com toda raiva que corria em seu corpo, usou toda sua força para acertá-lo algumas vezes no rosto. David passava com Branca e viu o que estava acontecendo, correu para separar a briga e ajudar o pirata que ofegava com o rosto arrebentado, Branca puxou a filha com a ajuda de Ruby e pressionou onde sangrava perto do olho.
- Me soltem! – Emma se levantou com mais fúria e andou até o homem. – Só uma coisa, saia dessa cidade antes das seis. Ou afundarei seu navio e você junto com ele.
- Essa cidade não é sua! – Killian provocou. – Nem mesmo é mais daquela vadia!
Swan o socou inesperadamente o rosto dele e o retirou das mãos do pai, seu corpo foi empurrado contra o carro e conseguiu acertá-lo entre as pernas.
- Regina é o nome dela. – Emma o derrubou no chão e foi puxada outra vez.
- Qual o seu problema, garota? – Killian berrou. – Porque essa obsessão em protege-la? Acha mesmo que aquela lá não sabe fazer isso? Ela sabe, sabe tanto que tentou tirar sua vida, tirou você de seus pais, te fez crescer...
- CALA A BOCA! – O grito de Emma soou forte e grosso, fazendo tremer o chão.
- Olha no que ela está transformando você!
- Me transformando? – Emma riu debochada. – Não, não mesmo. – Emma olhou em sua volta e viu a quantidade de pessoas que se aglomerou no local. – Quer saber a verdade, vocês são hipócritas.
- Querida... – Branca deu um passo e ela negou com o indicador.
- Você mesma. – Apontou para a mãe. – Aos dez anos de idade o Henry consegue guarda um segredo melhor que qualquer um aqui. Você... você também foi culpada por cada sofrimento dela, você se vitima tanto e não consegue pensar em tudo o que ela passou. ELA ERA UMA GAROTA! – Gritou. – E você? – Apontou o pai. – Olhar sempre desconfiado, perguntas cheias de intenções ruins.
- Emma...
- Você também mentiu, foi forçado a fazer algo que não queria. – David abaixou o olhar. – É o que mais deveria entende-la, pois você também foi uma fraude durante um tempo. Onde está sua hombridade papai? Pois eu morreria ao ter que me casar com quem não amo, você foi covarde e pensou em seu conforto. – Emma olhou outra vez encontrando o rosto da prefeita em estado de choque. – E você? – Apontou para Robin. – Palavra de honra? – Debochou com sua risada. – Honra? Você é uma mentira barata, não merece mesmo a mulher ao seu lado, é um perfeito imbecil. Por honra deveria casar-se com Zelena, carregou sua filha. Adotou a modinha de assumir a paternidade e mais nada, mas isso depois que descobriu a verdade sobre quem era a mulher que dormia ao seu lado.
- Chega! – Branca se aproximou e recebeu um olhar desafiador.
- Você não a ama, caso contrário teria dado sua vida sem pensar em salvá-la das trevas, desconfia dela a cada passo que ela dá. – Emma se aproximou dele. – Acha que o fato de estar ao lado e dizer palavrinhas fofas muda alguma coisa? – Puxou Regina para ela. – Ninguém nunca mais vai dizer nada sobre Regina, ela já se desculpou por tudo o que fez e está provando ser melhor que qualquer um de vocês, melhor que o casal encantado. Regina foi a única que se disponibilizou a me ajudar. Foi ela que conseguiu me impedir de matar cada um de vocês, é ela que consegue controlar a maldade que circula em meu corpo. A maior vítima de toda essa merda foi ela, seus egoístas hipócritas. – Emma abraçou a prefeita embolando uma das mãos nos fios sedosos. – Perdão, meu amor! – Sussurrou.
- Me defendeu?
- Eu sei que não precisa disso, mas eu não consegui me controlar. Ele xingou você, minha linda.
- Tudo bem. – Regina sussurrou sorrindo. – Adorei a cara de espanto da sua mãe, melhor presente da minha vida. – Riram se abraçando mais.
- Você vai querer me enforcar, mas eu preciso fazer uma coisa. – Emma se afastou dela um pouco e olhou os pais. – Me casarei em breve como já sabem, mas é com a rainha e prefeita dessa cidade. – Esticou a mão para Regina e sorriu grandemente quando a morena segurou entrelaçando seus dedos.
- O QUE? – Branca gritou.
- É isso aí! – Emma puxou Regina pela cintura. – Minha linda menina!
- Minha linda salvadora. – Sorriu.
Emma a beijou na frente de todos e não foi apenas um belo tocar de lábios, houve todo o desejo e ansiedade para aquele ato. O forte tremor nem as abalou, Emma segurou mais firme em um dos braços o corpo envolvido da prefeita.
Não foi apenas uma única onda de luz que emanou delas, acompanhada de um vento fresco e que teve tanta força para percorrer toda a cidade. Pouco a pouco foram parando o beijo e juntaram as testas, os olhos de Emma estavam ainda mais verdes e brilhantes. Os castanhos da rainha ganharam um contorno mais claro, quase que mel.
- Eu disse que você é o meu amor verdadeiro. – Emma alisou o rosto de pele delicada. – Chega desse pessoal pensar tão mal de você, isso estava entalado em minha garganta.
- É por ela que me deixou? – Robin falou com desdém. – Ficou doida?
- Fiquei sim. – Regina riu. – Doida de estar prestes a me prender a você, acho que por causa daquele livro doido. O que um jogo novo não traz à tona. – Foi abraçada por Emma. – Como eu te contei lá dentro, eu não quero te iludir com algo que eu não quero fazer.
- Você não quer fazer comigo. – Robin cruzou os braços.
- É isso aí. – Regina adotou a sagacidade. – Quero com ela.
- Vocês são loucas? – Branca esbravejou. – Isso é para me irritar?
- Não, isso é porque eu me apaixonei por ela. – Emma respondeu. – E como você mesma viu, o beijo que demos quebrou alguma coisa por aí. Os beijos que dei em Killian quebrou minha cara, só isso. – Regina riu. – Bora lá. – Emma fez aparecer uma cadeira e sentou. – Vivemos salvando a cidade juntas, maldições sendo quebradas juntas, uma lutando pela outra e pelo bem de vocês... – Olhou para as pessoas. – Se ela fosse ruim mesmo, teria me deixado matar vocês enquanto dormiam.
- Tentou mesmo fazer isso? – Vovó perguntou surpresa.
- Claro que sim! – Emma foi sincera. – A verdade é que a única que eu deixaria viva seria a sua neta, é alguém que eu iria querer por perto. – Piscou para a amiga. – E Regina, pois iria querer fazê-la despertar a rainha má. Era isso o que meu corpo queria fazer, mas ela conseguiu me controlar e me ensinou a dominar essa coisa até encontrar uma solução razoável. Quem aqui sacrificou o ovo da Malévola mesmo? – Emma questionou. – Por causa De quem que Daniel teve o coração esmagado?
- Eu só tinha dez anos! – Branca jogou a bolsa na filha, que riu pegando o objeto.
- A senhora era fofoqueira desde criança. – Debochou. – Nada demais, apenas que o fruto do amor verdadeiro vai se casar com a rainha de vocês. E sim, vocês não têm nada com isso.
- Sou sua mãe, posso não autorizar... – Emma riu alto. – Droga, aqui é diferente!
- E mesmo que não fosse, mãe. – Emma se levantou segurando a mão de Regina. – Ela é quem eu amo, desde o primeiro dia que cheguei nessa cidade.
- Mesmo depois de tudo o que soube? – David coçou a cabeça.
- Talvez isso me fez amá-la ainda mais. – Emma respondeu. – Vocês deveriam analisar tudo de um jeito mais racional, não acham? Até quando irão jogar na cara dela os erros? Pois até agora não vi ninguém falar: vamos preparar algo e agradecer a prefeita por ter quase morrido para nos salvar. Por isso digo que são hipócritas, eu não salvei ninguém sozinha, mas é graças a ela que sei usar a magia que tenho.
Emma deu as costas a todos e pegou Regina pela mão, seguiu até onde estava o carro da prefeita e abriu a porta para ela. Ficou olhando a mulher se acomodar e abaixou-se em sua altura, alisou os cabelos negros admirando o rosto altivo.
- Não foi desse jeito que imaginei anunciar que estamos juntas. – A voz sem jeito acalmava os ânimos aflorados da prefeita. – Mas eu jamais deixaria que continuassem assim, por mim eles podem atravessar a fronteira e se...
- Ei, xerife. – Regina cobriu os lábios da loira e riu. – Não me senti frágil e incapaz ao vê-la me defender ali, mas me senti realmente amada e protegida. Me encontra na prefeitura?
- Chego logo atrás. – Emma beijou a mão dela.
Observou o carro clássico dar partida e andou até onde estava a viatura, jogou as chaves para o pai e se aproximou dele. David escondia muito bem sua animação, sabia que a filha estava errada em se comprometer com Hook, mas nada podia falar. Abraçou sua princesa fortemente e sussurrou somente para ela ouvir.
- Não importa quem seja o seu amor, se te faz feliz deve sempre protegê-la. E não me olha com os olhos tristes por ter me dito aquelas coisas, sinta-se orgulhosa de ser tão forte e destemida assim. – David se afastou devagar.
- Fiquei nervosa, não gosto de ver os olhares que tanto recebi ser direcionado injustamente para ela. – Emma recebeu um beijo na testa. – Regina não é mais aquela mulher, mesmo que fosse daquele jeito ainda é por tudo o que ela passou, papai. Sei que não justifica, mas dói.
- Está certa. – David acariciou o rosto da filha. – O fruto do amor verdadeiro, com a nossa ex inimiga. Diga a Regina que eu não tenho nada contra ela, não mais.
- Deixa eu te dar uma lembrança, algo que me perturba todos os dias e me faz querer a felicidade dela mais que tudo. – Esticou a mão e David aproximou a cabeça. – Se quiser eu apago depois, mas não deve contar a ninguém o que irá ver.
- Tem a minha palavra. – Ele respondeu olhando os olhos verdes.
Emma deu a ele o que tinha visto de Regina, desde Daniel sendo morto em sua frente até aquele momento. David sentiu as pernas tremerem e foi segurado pela filha, a multidão já havia se dissipado, Branca olhava de longe o que acontecia entre os dois e Ruby sorriu em ver que a amiga estava bem outra vez.
- Sempre tão sozinha. – David sussurrou triste. – Foi tão machucada, ainda sendo tão inocente.
- Regina Mills é a maior vítima de toda essa bagunça, mas será a mais feliz a partir de hoje, pois eu jurei isso aqui dentro. – Apontou o peito. – Eu a amo, amo em todas as suas versões.
- Então eu dou a vocês minha benção. – David abraçou a filha mais forte. – Pode só apagar a cena de seu avô e ela... – Pediu sem jeito.
- Não é meu avô, é um bicho asqueroso. – Emma tocou a testa do pai. – Prontinho. – Ele sacudiu a cabeça rindo.
Swan moveu as mãos sumindo em sua fumaça, apareceu na porta do escritório da prefeita e bateu levemente no vidro da porta.
- Entra. – Ouviu a voz rouca.
Ao entrar viu que a prefeita estava concentrada em alguns papeis enquanto digitava em seu computador. Se aproximou aos pouquinhos para não atrapalhar, parou admirando a forma séria da mulher em sua frente.
- O silêncio dessa sala não te irrita? – Perguntou olhando o lugar como sempre faz.
- Acha isso aqui silencioso? – Regina perguntou e guardou os papeis.
- Demais. – Emma focou na cesta de maçãs. – Sabia que é minha fruta preferida? – Pegou uma.
- Agora sei. – Se encostou na cadeira. – Você está bem? – Ficou de pé indo pegar a caixa de primeiros socorros, colocou a loira sentada no sofá e sentou em sua frente. – Sei que posso usar magia, mas as vezes é legal fazer algo de forma normal.
- É sim. – Emma apertou os olhos ao sentir arder seu ferimento. – Estou bem, agora estou ótima. – Sorriu. – Coloca um curativo legal? – Pediu fazendo Regina rir. – Tem algum de super-herói?
- Sinto muito, só de adultos normais. – Brincou. – Você sabe o quanto amo provocar sua mãe, isso me mantém animada por alguns dias. – Riram. – Me defendeu até mesmo deles, falou coisas até bem rudes para eles. Não gostaria que se indispusesse com eles por minha culpa.
- Não foi sua culpa, foi culpa deles. – Emma segurou as mãos dela. – Imagina quem está feliz por nós e adorou o que fiz.
- Henry? – Regina chutou.
- Meu pai! – Emma falou animada. – Nos deu a benção dele, mesmo que não precisemos disso nessa época, mas é algo legal. – A prefeita sorriu concordando. – Mas agora eu quero te fazer um convite, madame prefeita.
- Pode fazer, xerife Swan. – Regina usou o tom que arrepia todos os pelos da loira.
- Aceita sair comigo?
- Sair com você xerife? – Brincou. – Que tipo de saída?
- Tipo um encontro. – Emma sorriu da expressão da mulher. – Um lugar romântico, jantar à luz de velas...
- Pensei que não fosse assim. – Interrompeu a loira. – Mas eu aceito.
- Ótimo, eu te busco as oito em ponto. – Beijou as mãos da prefeita e se levantou.
- Até logo, senhorita Swan. – Regina acompanhou a loira até a porta com um sorriso bobo.
- Até logo, minha Regina. – Beijou a testa da morena e sumiu em sua fumaça.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.