Do ponto de vista de Caera Denoir
"Me chame de Arthur, Caera."
"Arthur, como a lança de Dicathen?"
Arthur Leywin era um nome que todos os Alacryanos conheciam, afinal ele dizimou diversos dos nossos exercícios e matou dois retentores, ele era sem dúvidas a lança mais perigosa de Dicathen.
"Não, eu sou a lança Arthur Leywin."
Meus olhos se arregalaram em um choque absoluto, eu não conseguia acreditar no que eu tinha acabado de ouvir, mas tudo começou a fazer sentido, sua falta de conhecimento da nossa cultura até pelos coisas mais básicas, seu ódio visível todo a vez que eu falava sobre os Vritras ou Dicathen, apenas uma coisas não encaixava nesse quebra cabeça e isso era foice Seris.
Se a minha mentora sabia sobre a verdadeira identidade de Grey, porque ele não fez nada, Gre…Arthur não era o nosso inimigo? Eu o via como inimigo? Não, eu o não vi como inimigo, ele teve muitas chances de me matar ou simplesmente me deixar morrer, mas sempre que eu estava em perigo ele me salvava sem se importar o quão ferido ele ficaria.
Embora eu quisesse achar um motivo para foice Seris não ter revelado a identidade de Grey para Agrona, ou qualquer foice, eu sabia que mesmo se eu ficasse pensando nisso por messes eu não conseguiria achar uma resposta que iria satisfazer a minha curiosidade, mesmo tendo passado muitos anos com a minha mentora eu não conseguia ler ou sequer decifrá-la, ela é realmente muito boa em esconder suas intenções ou motivações.
Comecei a analisar Grey quero dizer Arthur, eu nunca realmente tinha visto a lança Arthur Leywin nem por foto mas eu sabia a sua discrição, ele tinha cabelos ruivos brilhantes, olhos azuis celestes e um físico atlético, e o homem sentado a minha frente não possuía nenhuma dessas características, ele provavelme se disfarçou.
"Faça o que quiser com essa informação Caera?"
"O que você quer dizer com isso?"
"Bem, eu sou um general inimigo, você não deveria relatar isso às autoridades."
Eu sabia que isso era o que eu deveria fazer como uma cidadã alacryana, mas eu não queria fazer isso, se nem a minha mentora que era uma foice fez isso não seria eu que iria fazer.
Fomos nós que invadimos o seu continente, os cidadãos de Dicathen não tinham culpa nenhuma na guerra, graças a minha mentora eu sabia que a invasão não alto soberano não era nada mais do que uma ação egoísta do próprio.
Grey, perdeu o pai na guerra sua irmã e mãe ainda estão lá em Dicathen, ou elas estão escondidas em algum lugar ou eles viraram escravas para nós.
"Eu não acho que te chamar de Arthur seria uma boa ideia, então acho que vou continuar te chamando de Grey." Falei me sentando ao seu lado na cama, Grey ficou visivelmente surpreso com a minha ação e fala, antes que ele tivesse a chance de falar alguma coisa eu continuei dizendo: "Sabe eu acho errado odiar alguém apenas pelo lugar que ele nasceu, ou pela a sua raça, você é um cidadão de Dicathen você tinha a obrigação de proteger a sua casa, sua família, não o culpo por esconder isso de mim, mas eu agradeço a confiança que você tem em mim para me dizer isso."
"Obrigado, Caera." Ele respondeu suavemente.
Peguei a sua cabeça e a coloquei gentilmente no meu colo, comecei a acariciar os seus cabelos loiros trigos, Grey passou por muitas coisas nesses últimos meses ele concerteza precisava de algum conforto,eu queria da e ele esse conforto nem que seja só um pouco.
"O que você está fazendo Caera?"
"Apenas fique calado!" Ordenei, "Se considere honrado por receber um cafuné meu."
Senti algo quente derramar nas minhas coxas, olhei para baixo e vi Grey chorando, minha ação provavelmente fez todas as emoções que ele estava suprimindo começaram a fluir como uma correnteza de um rio.
Olhei para Régis, o que lobo normalmente faria uma piada com o seu mestre por ele estar chorando, estava apenas observando tudo em silêncio, ele sabia que esse momento significava bastante para Grey, pois desde da primeira vez que ele pisou em Alacrya ele não precisava fingir, ele podia ser ele mesmo.
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