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História Teen Titans e 23 - Requimaze


Escrita por: 1invisiblegirl

Notas do Autor


desculpe a demora por postar esse capitulo. Estava sem pc. Espero que gostem...

Capítulo 17 - Requimaze


Por um momento Estelar ficou na duvida de quem enlouqueceria primeiro: Ravena ou Dick. Todo mundo estava arrasado e ferido, porém Ravena e Robin estavam em situações extremas: Ravena estava tão péssima, que começou a ter alucinações, o que era extremamente preocupante, considerando que Kori lembrava que tinha sido chamada de alucinação pela Ravena que ela viu em um quarto completamente branco quando viajou no tempo, e Dick estava sem o controle da situação, sem o controle da equipe, sem o controle de si mesmo. Não que ele fosse um mandão controlador. Ok, talvez ele fosse um pouco disso, mas não é exatamente isso que importava. Robin se sentia responsável por cada um, por cada missão, por cada detalhe. Se as coisas dessem errado na cabeça oca dele, a culpa era dele, no entanto quando davam certo era mérito da equipe.

Naquele momento as coisas deram errado da pior maneira possível, e ele não conseguia ver nenhuma maneira de consertar aquilo. E ele sempre consertava as coisas. Não conseguir fazer isso, somado a sensação de ser incapaz de ter o controle sobre a vida e a morte estava deixando o garoto prodígio paranoico. Como se ele já não fosse paranoico o suficiente. E para piorar acreditava que nunca tinha chegado tão próximo do requimaze quanto naquela semana.

‘’ No meu mundo requimaze que dizer separação, o ponto que os amigos próximos começam a se separar e a amizade começa a morrer’’

Aquelas palavras martelavam no pensamento de Dick. Ele nunca as esqueceria, especialmente por que Estelar não o deixava esquecer. No fundo, o maior medo que Dick tinha, maior até mesmo do que falhar com seus amigos, era que ele não conseguisse evitar o requimaze. Kori chegou a proibi-lo de mudar o nome Robin para Asa Noturna, só por precaução para que o futuro não pudesse de maneira nenhuma chegar perto da realidade que ela tinha visto. Outras precauções foram tomadas, como a frequente atualização de Cyborg para não se tornar obsoleto, os momentos de terapia que Ravena fazia com Estelar, onde a empata se permitia sentir mais intensamente em locais que podia ser destruídos, a peça do museu guardada á sete chaves, sete alarmes, sete senhas, sete magias seladoras, sete armadilhas, sete mecanismos de autodestruição, dentro de sete cofres e consequentemente protegido de sete formas variadas, e até mesmo a precaução de Mutano com o cabelo para não ficar calvo, fazendo tratamentos com médicos especializados (todo esse cuidado era  uma preocupação exclusiva do verdinho).

 Apesar disso, a equipe tinha tido muitas crises. Mas aquela era uma das piores: Abelha e David estavam mortos. Uma esposa e um filho. Isso já tinha gerado conflitos, mesmo tendo acontecido tudo há tão poucos dias. Tudo estava tão fresco. Ninguém conseguia acreditar que estavam no velório de pessoas tão queridas...

Uma semana antes

23 tentou voltar pelo portal que havia aberto na tentativa de salvar o irmão, contudo Ravena foi mais rápida. O coração saindo pela boca e lágrimas quentes descendo no rosto da empata demonstravam claramente que as coisas não estavam boas.

- SAI – 23 tentou empurrar a mãe, mas a empata não abriu espaço para que a menina a tocasse. A garota por sua vez tentava entrar pelo portal agitada, sem parar de balançar as mãos e os braços desesperada – o David, o David, eu tenho que salvar o David.

- Sua inútil – Ravena falou sem pensar – Você não pode salvar o seu irmão.

- Sim eu posso. Eu posso fazer qualquer coisa – a pequena debateu com o rosto em chamas.

- Você é uma demônia. Você realmente acha que demônias podem fazer qualquer coisa? Demônias destroem as coisas. Elas arruínam a vida daqueles que estão a sua volta. Trazem morte e sofrimento – a Titã cuspiu com os olhos vermelhos.

- Sua mentirosa – 23 gritou chorando. Encontrar os pais foi a pior decisão que ela já havia tomado na vida.

- Sua assassina – Ravena debateu entre os dentes. Ela cuspiu com toda a angustia e amargura em palavras que machucavam mais que uma surra. A empata estava disposta a nunca mais ver sua primogênita e faria tudo para que isso se tornasse realidade – VOCÊ MATOU SEU IRMÃO. O DAVID ESTÁ MORTO. POR SUA CAUSA.

- Não - 23 babucilou e saiu correndo com o rosto vermelho. As lágrimas caiam por seu rosto, tão intensas e quentes que brilhavam em um tom avermelhado. Ela virou a esquina de um prédio e não parou de correr e de tentar fugir. Mas fugir de quê? Dos Titãs? Da Ravena? Não. Fugir de si mesma. Infelizmente, não importava quanto ela corresse, ela não conseguia fugir de si mesma. Estava presa dentro daquele corpo infantil. Presa naquele casulo feito de carne, sangue, ossos. Aquele corpo de demônia. Presa dentro da sua mente com memórias que nunca poderiam ser apagadas.

Ravena não se importou. O portal de 23 tinha sumido, porém não era difícil de notar o rastro de destruição que os sentimentos da menina deixavam para traz. A empata fez outro portal e ao se ver novamente na floresta, ao relembrar que perdera dois filhos em questão de minutos para sempre, foi suficiente para que ela caísse no chão sem forças para fazer qualquer outra coisa que não fosse chorar.

Uma semana depois

No fundo tudo o que Mutano queria era respostas. Ele se sentia um monstro por querer que Ravena desse as respostas para ele naquele estado em que ela se encontrava. Por isso só ficava na vontade de perguntar. No inicio de toda aquela confusão ele imaginou que nunca conseguiria se aproximar da esposa novamente. No calor do momento, o que ela tinha feito era imperdoável. E ele ainda não sabia o porquê. Mas as circunstâncias mudaram. Ravena precisava dele tanto quanto ele precisava dela. Ela estava sofrendo. Sofrendo muito. David não era uma criança qualquer. A empata sofreu 11 abortos para finalmente conseguir que o menino nascesse. Contudo, por algum motivo, ele não conseguia ficar junto dela.

Ele não conseguia evitar o sentimento de magoa ao chegar perto dela. Ravena não teve nem condições de ir ao enterro. Isso deixou Garfield chateado. Ele realmente tentava entender o lado dela, mas era como se ninguém nunca conseguisse entender o lado dele. Ninguém sequer tentava. E isso abalava a pouca integridade que os Titãs tentavam preservar. Dick simplesmente não sabia o que fazer. Conversar não adiantava. Ambos o lados o criticavam dizendo que ele não tinha nenhuma noção do que era perder um filho. Ele realmente não tinha. Mas podia imaginar. David era como se fosse seu sobrinho. Dick amava aquele menino. Era duro para ele também.

O problema se repetia com Cyborg. Robin podia jurar que o homem robótico estava escondendo alguma coisa da luta. O mais velho da equipe não estava no nível de depressão que Ravena se encontrava, todavia a comparação era um tanto injusta. Cyborg sempre fora feliz, mesmo com suas crises existências. Ele era alegre, brincalhão, comunicativo, perturbado. E agora... Estava deplorável.  Era desconfortável só de ver. Cyb, o antigo Cyb havia desaparecido. Em seu lugar surgiu um Vitor mal humorado, violento, solitário, triste, calado, culpado. Robin nunca imaginou que ele conseguiria chegar a esse ponto. E da mesma forma que Ravena e Mutano tentavam se justificar, Cyborg repetia: Dick não tinha noção de como era perder uma esposa. E mesmo não admitindo, e tentando culpar 23, Cyborg sabia que David tinha morrido por sua culpa. E Robin nunca saberia como era ser assassino por causa da sede de vingança... Pelo menos Cyborg desejava que não...

2012

Já estava nos últimos dias do ano. Ravena acariciava a barriga aflita. Estava no terceiro mês da sua décima primeira gravidez. Sua cabeça estava péssima, devido às perdas consecutivas de suas crianças. O primeiro tinha sido tirado dela tão abruptamente e os nove seguintes tinham morrido sem a chance de nascer com vida. Ela ainda não sabia que dali a dois meses, sua garotinha nasceria sem vida.

- Não se preocupe Rae – Mutano tentava acalmar a ansiedade dela – Nossa menina  vai ser linda. Vai dar tudo certo.

- Eu... Não tenho tanta certeza... Se eu consigo – a empata engolia em seco sua dor. Já não tinha esperanças. Seu rosto já não tinha mais a expressão triste. Voltara a ser sem expressão e sombrio. Depois da ultimas perdas, ser mãe era quase uma utopia.

- Você consegue – Garfield sorriu cansando. Olheiras profundas estavam abaixo de seus olhos verdes que não tinha perdido o brilho apesar de tudo. Ele queria muito ser pai. E sabia que a criança viria. Ele não tinha certeza se esse bebê vingaria. Estranhamente ele sentia cheiro de morte, mas podia ser só sua impressão. Era preciso ter fé e isso ele tinha de sobra – Vamos enfrentar tudo juntos. Qualquer coisa. Eu prometo.

- Talvez... –a Titã vacilou. Mas ela precisava tomar medidas concretas - Talvez possamos usar barriga de aluguel...

- Que ideia é essa Rae? – Garfield estranhou parando repentinamente o carinho que estava fazendo no cabelo dela – Você é saudável. Seu corpo nãoé o problema.

- E se for ? – Ravena olhou tristemente para os olhos do amor da sua vida. Não era justo que ele sofresse por culpa dela.

- Não é. O problema é que é muito difícil fazer uma criança artificialmente, ainda mais sem nenhum sangue do seu pai – Mutano a confortou voltando a acariciar os cabelos macios da esposa.

- Talvez meu corpo não esteja preparado. Como é possível que 10 filhos dessem errado? –ela soluçou sem realmente pensar no que estava dizendo.

- 10? – o Titã ficou meio confuso – Rae, você perdeu nove. A nossa numero 10 não vai dar errado.

- Quê? – Ravena ficou com um rosto de interrogação por tanto tempo que quando ela percebeu a besteira que tinha feito era tarde.

- Ravena – Mutano perguntou sério – Existe alguma razão especifica para você achar que tem algum problema no seu corpo?

- Eu – a empata ficou sem saber como reagir - Eu perdi muitos filhos. Isso não é o suficiente?

- O que você quis dizer com 10 filhos deram errado? – Garfield confrontou. Demorou muitos anos, mas com o tempo ele meio que conseguia farejar as mentiras da esposa. Era equisito mais ele simplesmente conseguia. Talvez não todas, mas quando ele farejava a empata sabia que era tarde para enrolar - Ravena você????? Você já ficou grávida antes? Antes da gente tentar ter filhos?

- Eu... - a empata mal conseguia respirar. Não estava pronta para dizer a verdade. Talvez nunca estivesse.

- Você já fez algum aborto por vontade própria? – o Titã perguntou com medo da resposta.

Ravena não pode mais conter as lágrimas. É claro que era ridículo. Ela nunca faria um aborto por vontade própria. Era muito sofrimento. Porém ela precisava se explicar. Talvez ela pudesse contar sobre o primogênito, de uma forma distorcida. Ter aquilo guardado por tanto tempo era terrível. Ela precisava desabafar. Precisava para não enlouquecer. Ela contava todos os anos e meses do filho perdido. Sabia que Terra cuidaria, mas agora com tantas tentativas frustradas de ter um filho sem sucesso, ter ficado com o primeiro era um desejo tão forte, e tão trágico... Ela não sabia se Mutano a compreenderia. Mas ela tinha que falar. Mesmo que de maneira distorcida.

- Meu... Meu pai... Ele me forçou... O meu bebê... Eu não podia ficar com ele... Eu não podia... Me desculpe – Ravena soluçou. Ela sabia que aquelas palavras levariam a interpretações bem erradas, mas ela não tinha mentido. Ravena odiava o pai com todas as forças por ter que passar por tudo aquilo. Se não fosse aquele maldito, ela teria um filho feliz e saltitante pela torre. Ele já teria 5 anos. Ela não teria escondido a gravidez. Ela teria feito tudo tão diferente. A culpa também era da mãe. Que diabos ter prometido o primogênito dela, para Trigon. Por que não tinha prometido o segundo filho dela mesma? Afinal a mãe não teve nenhum segundo filho. E qual é, custava avisar? Se tivesse avisado antes, a empata teria tomado medidas antes, teria compartilhado antes, teria exposto o problema antes,teria se protegido com maior cuidado antes e não faria tudo em cima da hora. E não sofreria daquela maneira.

- Oh, Rae – Mutano a abraçou com força. Ele cuidou dela, e a deixou chorar a vontade. Sua raiva estava toda voltada para Trigon. Ele não pediu para que ela entrasse em detalhes. Era doloroso demais...

 2018

Apenas um pouco mais de 6 anos depois que Garfield iria entender ia entender o que Ravena estava querendo dizer. E ele reagiu da pior maneira possível.

- Você está melhor? – Estelar perguntou preocupada. Ravena estava deitada na cama e tinha tido febre. A alienígena passava um pano fresco na testa da amiga com medo que novas alucinações surgissem.

- Não, eu não estou melhor - Ravena confessou virando a cabeça de lado. Ela estava numa luta interna. Uma luta que não podia compartilhar com ninguém. Aliás ela nunca deveria compartilhar nada relacionado a 23 com ninguém. Nunca.

- Você mentiu para mim – Mutano chegou acusando a empata. Ele estava cansado de mentiras.

- Mutano não é uma boa hora... – Kori começou empurrando o amigo para fora. Ele estava muito menor agora na sua forma adolescente. Nem parecia que quando ficasse adulto ambos ficariam quase do mesmo tamanho.

- Seu pai... Ele nunca te violentou não é? – o adolescente verde cuspiu. Ele ficava um tanto assustador quando ficava bravo mesmo sendo tão pequeno.

- Você está maluco? Meu pai me machucou das piores formas possíveis – Ravena respondeu fraca.

- Não se faça de sonsa. Você nunca ficou grávida, nunca abortou – Garfield rugiu se soltando de Kori que cansada ficou surpresa com o rumo que a conversa estava indo.

- Estou dizendo que você tem problemas. Acho que o que não faltou na minha vida foram gravidez e aborto – Ravena respondeu desviando o olhar do marido.

- Como você pode mentir sobre uma coisa dessas? Como você pode fazer isso comigo Ravena? - Garfield começou e continuou brigando e falando coisas que em sã consciência nunca falaria. Ravena tapou os ouvidos com as mãos e começou a chorar baixinho. Aquilo era demais para ela.

- Mutano – Estelar começou a puxá-lo para fora do quarto – Já chega.

-MENTIROSA – Garfield gritou para a esposa preparado pra sair do quarto.

- EU NUNCA MENTI PRA VOCÊ SOBRE ISSO, OK? – a empata gritou chorando. A febre começou novamente, no entanto ela pouco se importava – Eu nunca disse que meu pai tinha me violentado da maneira que você está pensando.

- Você disse que ele te forçou, disse que você não podia ficar com o seu bebê por... – Daí ele percebeu o que estava fazendo. Foi aí que ele começou a entender o que Ravena queria dizer.

- E ele forçou. Ele me forçou a abandoar meu filh... Minha filha. Ele me forçou a deixar meu tesouro. Eu fui obrigada a deixar minha filha para sempre. Eu quis te poupar disso. Eu achei que eu podia aguentar essa carga sozinha mais eu não podia. Garfield eu não podia.

- Você me fez pensar que você tinha abortado um filho – Mutano falou baixinho, mais para si do que para a esposa.

- E 23 não vive como uma abortada de qualquer maneira? – a adolescente bruxa suspirou. Seu corpo começou a tremer, e suas vistas começaram a escurecer. Então ela não ouviu mais nada.

- RAVENA!!! – Kori gritou desesperada – Garfield pega rápido o máximo de gelo possível.

- O que está acontecendo? – o metamorfo perguntou preocupado.

- Ela esta tendo convulsões, por causa da febre. Faz rápido o que eu mandei. Ou então sua esposa também vai morrer...

Terra organizava a Torre. Deixou tudo arrumado. Ela não entrava naquele lugar desde... Desde o casamento de Estelar, pouco depois que ganhou sua filha. Tara tentava a todo custo manter sua mente ocupada, e depois que a Torre ficou completamente arrumada, ela também começou a enlouquecer. Os Titãs prometeram ajuda-la a encontrar Emma. Mas já fazia uma semana e nada ainda. Ela entrou no quarto de Cyborg que suspirava olhando as fotos da esposa.

- Oi – Tara cumprimentou tímida. O quarto estava destruído de novo o que significava que ela poderia ocupar a mente de novo. Parecia que até sua empresa tinha resolvido ficar em ordem só para ela não ter nada para ocupar a mente.

- Terra – Cyborg levou um susto quando a viu.

- Vim arrumar o quarto – A loira avisou.

- Não precisa – o homem robótico respondeu mal- humorado.

- Eu faço questão.

- Eu não vou te pagar.

- Eu tenho cara de mendiga?

- Você não quer saber a resposta.

- E Cigarra não ia querer que seu querer te ver desse jeito – Terra falou com a intenção de ajudar.

- O nome dela não era Cigarra – Cyborg rugiu.

- Que povo estressado – Terra começou a arrumação – Formiga, sei lá. O nome dela não era Karina?

- É Karen – o homem robótico cuspiu - E pra você é Abelha. A minha linda Abelhinha.

- Que seja. É só um inseto qualquer – Tara respondeu um pouco brava pela falta de modos do Titã.

- Olha quem fala.

- Eu não sou um inseto – Terra revirou os olhos.

- O Mutano é – Cyborg começou querendo provocar. Mas não queria provocar como antes por brincadeira. Queria machucar mesmo. Ele ainda estava com raiva da loira por não ter salvado sua esposa.

- E daí? Pelo menos o Mutano é todos os bichos, não apenas insetos.

- Pelo menos o Mutano arranjou alguém melhor.

- O que quer dizer? – Tara parou de arrumar. Cyborg tinha colocado o dedo em sua ferida e parecia feliz com isso.

- Não seja burra. Ele não te quis mais por que você era uma traidora e uma mentirosa – o Titã falou com malicia.

- Grande coisa – Terra respondeu com raiva – a Ravena também é uma mentirosa e traiu a confiança dele. Ela vendeu a própria filha.

- Você não tem espelho em casa não? – Cyborg debochou – Você abandonou 23 do mesmo jeito.

- Eu não abandonei.

- Fez o que então?

- Eu ia busca-la quando fizesse 14 anos.

- E enquanto isso ela vivia feito um cachorro sarnento?

- O que? A Estelar não a deixou com alguma família?

- Família? – Cyborg deu risada – Não existe adoção em Tamaram. É por isso que sua filha virou uma covarde fraca.

- Se minha filha é fraca não quero nem saber o que sua esposa lixo era, pois Emma a matou – Tara falou por maldade.

- E ela vai pagar por isso – Cyborg disse com ódio. Terra recuou. Lembrou-se da cena em que sua rocha explodiu. Na hora ela ficou confusa. Agora tudo fazia sentido.

- A Emma não matou o irmão – ela suspirou aliviada e ficou horrorizada ao mesmo tempo. Não conseguia imaginar sua filha como assassina. Ela era tão pequena. E também não conseguia imaginar Cyborg assassino. Afinal ele era um herói – Foi você. Você matou o David.

- Você acha que pode me acusar? – o Titã rugiu com ódio. Seu único olho humano estava mais frio que o seu olho robótico - Foi você que colocou aquela pedra inútil na frente. Era para ter acertado a menina. Se você não fosse tão estúpida David estaria vivo

- Você ia mata-la – Terra disse horrorizada. Já não podia confiar nos Titãs.

- Eu só ia machuca-la para que o Zombies sumisse – Cyborg tentou justificar. A ideia de ser assassino ia contra seus instintos.

- Aquele raio ia mata-la – Tara debateu.

-Eu pensei que você disse que ela era forte – o homem robótico confrontou – Quer saber Tara? A verdade é essa: 23 ia se machucar um pouco é verdade, mas os Zombies iriam sumir. Porém aquela pedra que você colocou no meio do caminho a empurrou para aquele estúpido portal e o David foi sugado. Tudo por sua culpa. Você matou o filho da Ravena por invejinha do Mutano.

- Eu ia matar os Zombies para proteger a Emma – Terra se justificou sem acreditar no que estava ouvindo. Dava nojo.

- Da próxima vez 23 não vai ter você para estragar tudo – Cyborg disse voltando a atenção para as fotos.

- Você não é louco de tocar na minha filha – Tara rugiu.

- Você quer apostar? – Cyborg falou sarcástico. Então Terra perdeu a paciência e avançou em cima dele, destruindo mais ainda o quarto. Cyborg nem teve tempo de revidar. Antes que ela chegasse a machuca-lo Dick chegou e a impediu.

- Mas ele... – Tara tentou se defender, mas Robin não chegou a escutar o que ela queria dizer.

- Não importa. Já temos muitos problemas Terra. Não precisamos que você arranje mais do que você já arranjou.

- Está querendo dizer que eu ou a Emma somos problemas? – a loira perguntou furiosa. Se nem o líder estava colaborando ela não iria ficar naquela Torre amaldiçoada. Iria encontrar a filha sozinha.

- Terra – Dick até tentou corrigir e tocou de leve no braço dela.

- Não encosta em mim – Tara cuspiu – Já que você não quer me ouvi, tudo bem. Não preciso da ajuda de uma equipe fragmentada.

Dick sentiu como se Terra tivesse lhe dado uma facada. Ela estava certa. O Requimaze era inevitável. E estava chegando. E quando isso chegasse definitivamente os Titãs não passariam de uma lembrança.


Notas Finais


Obriga por lerem. Comentem


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