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História Teen Wolf - A New History - You're not a monster


Escrita por: Pollux_geminiz

Notas do Autor


Gentii, obrigada pelos comentários e favoritos, vocês não fazem ideia do quanto fico feliz quando recebo sua mensagens ♡.

Capítulo 11 - You're not a monster


Fanfic / Fanfiction Teen Wolf - A New History - You're not a monster

Alex's pov

Lydia e eu estávamos nervosas, mas não tanto quanto Kira. Naquele mesmo dia, colocaríamos nosso plano em ação. Ao final da aula, a Martin e eu estávamos no corredor fingindo conversar e pegar algo no armário. Liam saía de sala com um amigo, conversando tranquilamente, sem nem imaginar o que aconteceria. Ele parou no meio do caminho e dirigiu seu olhar para a garota oriental que descia as escadas transbordando sensualidade. Olhei para Lydia e a mesma retribuiu meu sorriso com um arqueio de sobrancelhas. Voltamos a olhar para Kira que, nos últimos degraus, pisou em falso e deu de cara no chão, literalmente.

— Ah meu Deus. — Murmurei enquanto cobria o rosto com uma das mãos.

— Você está bem? — Liam correu ao encontro de Kira. Como dizem, há males que vêm para bens.

— Sim, sim. Estou ótima. — Ainda no chão, Kira garota sorriu e apoiou a cabeça em uma das mãos. — Você é novo aqui, não é?

— Sou, sim. — O loiro sorriu, encantado.

— Gostaria de ir a uma festa hoje? — Ela fez a proposta.

— Claro. Por que não? — Liam sorriu e a ajudou a se levantar.

— Me manda mensagem. Te pego às oito. — Entregando um papel com número de telefone, Kira lhe lançou uma piscadela e saiu desfilando pelo corredor.

— Melhor do que a encomenda. — Lydia comentou, apenas assenti.

Voltei para o loft depois do êxito no plano, mas antes, fiz uma parada no Mcdonald's do centro. A fila do drive-thru estava um pouco grande, então resolvi aproveitar e ligar para um amigo. Ele atendeu antes do quarto toque e pedi a ele que me mandasse todas as informações que conseguisse sobre Liam, o garoto que Scott mordera.

Já em casa, tomei um longo banho e saí do banheiro com a toalha enrolada em meu corpo. Faltava uma hora para a "festa" na casa do lago e eu sabia que me atrasaria se não parasse de me enrolar. Sequei o cabelo rapidamente e vesti meus jeans, uma camiseta de alcinhas cinza e calcei minhas botas de cano médio pretas, que tinham um salto não muito alto, pois provavelmente Liam resistiria à "intervenção".

A casa do lago dos Martin era o lugar perfeito para que lobisomens descontrolados sob o efeito da lua cheia não fossem ouvidos. Ficava afastada da cidade, cercada por quilômetros de floresta. Qualquer som que os lobos fizessem, os humanos pensariam ser apenas um animal selvagem. Cheguei ao local e avistei Isaac, Lydia, Stiles e Malia na varanda da casa, mas antes que eu saísse do carro, a notificação em meu celular chamou minha atenção. "Isso é tudo o que encontrei. Nada fora do comum, mas acho melhor dar uma olhada no laudo psicológico. Beijos." Dizia a mensagem enviada junto com o anexo. Sem paciência, procurei as palavras 'laudo psicológico' no texto e fui direto para tal página. No documento estava descrito o motivo da transferência de Liam, a qual, na verdade, fora uma expulsão. Seu registro dizia que ele se desentendeu com um professor e, na mesma noite, depredou o veículo particular do educador em questão.

— Alex? — Isaac deu três toques na janela do carro quando percebeu que eu estava demorando. — Está tudo bem?

Saí do carro, perplexa. — Temos um grande problema.

Mostrei o arquivo para os outros e não precisei dizer mais nada, todos sabíamos o tamanho do problema que teríamos de enfrentar com Liam.

— Ah, que legal! — Stiles soou irônico. — Transformamos um lobisomem adolescente com transtorno de raiva.

Quando Scott chegou, a primeira coisa que fiz assim que o alfa tirou seu capacete foi explicar a situação e mostrar-lhe a foto do carro do ex-professor de Liam. O Sedan azul tinha seus vidros quebrados, lataria amassada, pintura riscada e, em sua lateral, lia-se "Isso é culpa sua!".

— Esse é o carro do professor. — Stiles disse. — Depois de Liam depredá-lo com um pé-de-cabra.

O motor de um carro, ao longe, desviou nossa atenção.

— Eles estão vindo. — Malia alertou-nos.

Entramos na casa e ficamos em silêncio, esperando que Kira e Liam entrassem. O carro parou, o garoto estranhou o fato de não ter música ou pessoas, mas seguiu a garota mesmo assim. Assim que ambos passaram pela porta, fechei a mesma e vi que o mais novo se assustou com a batida, olhando para mim e para Kira, confuso.

— Desculpe. — Yukimura parou ao lado de Scott.

— O que é isso? — Liam questionou.

— Vamos dizer que é uma intervenção. — Stiles respondeu. — Você tem um problema, Liam, e somos os únicos que podem ajudá-lo.

A história foi contada novamente. O garoto estava confuso e nervoso, andando de um lado para o outro no meio da sala, talvez, tentando compreender cada palavra que lhe era dita.

— Lobisomens. Coiote. Banshee. Híbrida. — Liam apontou para cada um de nós ao ditar as "raças". — Raposa?

— Kitsune. — Kira o corrigiu.

— E você? — O loiro se virou para Stiles. — O que você é?

— Há um tempo eu fui possuído por um espírito maligno, muito, muito maligno! — O humano disse. — Agora, digamos que eu sou... melhor.

— Ainda há muito para aprender, Liam. — Aproximei-me do garoto. — Mas, por ora, seu desafio é a lua cheia.

— A lua já está cheia e a única coisa que está acontecendo comigo é que eu estou cercado por um bando de psicopatas! — O garoto se rebelou e gritou. — Vocês são loucos, mas não podem me impedir de ir embora agora e, se alguém tentar eu juro que...

No meio da frase, um grito grave e de dor escapou. Liam tapou seus ouvidos e debruçou-se para frente como se tentasse impedir o que quer que lhe estivesse causando aquela agonia.

— Liam, o que foi? — Isaac foi até o garoto.

— Não estão ouvindo? — Entre gemidos, o garoto respondeu.

A sala escura foi iluminada por luzes vindas de fora da casa. O som da música e de gritos de animação eram altos, descontrolados, acompanhados de assobios e uma enorme falação.

— Você falou onde estava para alguém? — Lydia perguntou ao Liam.

— Meu amigo Mason. — O garoto respondeu. — Você disse que era uma festa.

Fui até a janela e abri um pouco da persiana para averiguar melhor a situação. Havia muitos carros ali e deles, montes de adolescentes estavam preparados para A festa.

— Quem o Mason convidou? — Scott olhou para mim, mas sabia que não gostaria da resposta.

— O colégio inteiro. — Disse. — Vamos levá-lo lá para baixo.

Scott e Kira seguraram os braços do garoto, peguei uma bolsa preta, com as correntes para o jovem lobo, e os segui. Enquanto descia as escadas ouvi rosnados vindos de Malia, mas Stiles daria conta dela. No ancoradouro, Liam não parava de se debater e lutar contra as correntes.

— Desculpe, garoto. — Acertei um soco na lateral de sua cabeça, fazendo-o desmaiar ali mesmo.

— Belo soco. — Kira elogiou.

— Obrigada. — Agradeci. — Ele não vai ficar desacordado por muito tempo.

— As correntes vão segurá-lo. — Scott concluiu, mas não parecia muito confiante. — Bom, eu espero que segurem.

Assenti, concordando. Um silêncio se instalou entre nós e, depois que desviei meus olhos de Liam, percebi que Scott e Kira se encaravam, mas com timidez.

— Eu vou ver se eles precisam de ajuda. — Disse referindo-me a quem estava no andar de cima, na festa. Minha presença ali só iria atrapalhar o casal. — Volto para dar uma olhada daqui a pouco.

Nunca vi tantos adolescentes ocupando tão pouco espaço. A sala era o lugar mais lotado, cozinha e corredores estavam até que tranquilos, mas ainda era impossível andar sem esbarrar em alguém. Continuei andando de um lado para o outro, impedindo adolescentes de quebrarem outro vaso ou abrirem mais uma garrafa cara de vinho. Lydia tentava manter todos no andar de baixo, e pude perceber isso quando a vi indo atrás de um garoto no andar de cima.

— Eu abri o vinho então, eu pago o barril. — O tal garoto, Garret falava com o entregador de shopp.

— Hey! — Apontei para um garoto que estava a colocar um vaso de porcelana na cabeça. — Se não colocar isso no chão, agora, eu vou enfiá-lo em um lugar bem mais difícil de tirar!

O garoto e seus amigos ficaram sérios e, rapidamente, deixaram o vaso no chão e saíram de perto. Respirei fundo e fechei os olhos para repor, mentalmente, minha paciência. Saí correndo, sem pensar em mais nada, assim que ouvi um barulho estrondoso e agudo, barulho de vidro se quebrando, muito vidro. Nas escadas para o ancoradouro, vi que Isaac me seguia e ambos quase caímos ao abrir a porta, de maneira brusca. As correntes foram partidas, havia sinais de luta e a grande janela de vidro estava estilhaçada.

— O que aconteceu? — Isaac fez a pergunta antes de mim.

— Liam fugiu. — Scott respondeu.

— Vamos atrás dele! — Falei, indo até a janela quebrada e farejando o ar. — O rastro está fresco.

— Procure a Lydia. — Scott disse à Kira. A garota assentiu, de acordo.

Scott, Isaac e eu começamos a correr pela floresta, seguindo o caminho pelo qual Liam acabara de passar. O coração do mais novo estava acelerado e o cheiro de seu nervosismo o fazia suar, facilitando o rastreamento. Não foi muito difícil avistá-lo um pouco a frente e, tive de correr um pouco mais para poder alcançá-lo e jogar meu corpo contra o seu, como um quarterback. Rolamos pela colina, enquanto caímos senti suas garras rasgarem a pele de meu abdômen, mas poderia suportar a dor. Prendi seu braço nas costas e forcei seu rosto contra o chão forrado de folhas secas. Liam se debateu e se soltou, mas passei um de meus braços por cima de seu ombro direito e o outro por debaixo do esquerdo, imobilizando suas pernas com as minhas e ameaçado deslocar seu ombro se não parasse de se mexer. Isaac e Scott chegaram até nós e o alfa se aproximou para falar com o garoto.

— Liam, fique calmo. Não vamos te machucar! — Scott tentou conversar.

— O QUE VOCÊ FEZ COMIGO? — O mais novo gritou em resposta. — É CULPA SUA! A CULPA É TODA SUA!

Liam ficou ainda mais nervoso e bateu com a nuca em meu rosto, acertando meu nariz, fazendo-me desequilibrar e cair para trás. O garoto correu, mas uma flecha, do tipo sinalizador, o fez mudar de direção. O clarão o deixou atordoado e ele mudou a rota de sua fuga. Isaac e Scott ajudaram-me a levantar. Olhamos para o alto da colina onde estava nosso arqueiro, Chris Argent. O caçador foi até nós e fomos a seu encontro.

— Chris, como sabia? — Foi a primeira coisa que Scott disse ao caçador.

— Recebi sua mensagem. — O mais velho respondeu. Chris colocou seus olhos em mim e acenou com a cabeça. — Alexandria, há quanto tempo.

— Chris. — Fiz o mesmo movimento ao dizer seu nome.

— Vocês se conhecem? — Isaac franziu o cenho.

— Longa história. — Disse. — Temos de cuidar do Liam.

— Tem um campo ao norte daqui. — O Argent colocou a mão no bolso de sua calça, calmo. — Levem-no para lá e deixem o resto comigo.

— O que vai fazer? — Perguntei.

— A pergunta certa é o que Scott irá fazer? — Argent corrigiu-me.

— Ele não vai me ouvir. — Suspirou o alfa.

— Vai ouvir se usar suas próprias palavras. — O mais velho tinha razão. — Pegue!

Um urro doloroso ecoou pela floresta e o objeto pequeno entregue a Scott parecia ter conexão com isso. Corremos na direção dos gritos e grunhidos de Liam, que estava caído de joelhos cercado de amplificadores sonoros estacados no chão. O garoto tentava tapar os ouvidos para diminuir a frequência, mas não faria diferença. Scott apertou o botão do controle do Argent e desligou os aparelhos. Com cuidado, ele se aproximou de Liam, Isaac e eu preferimos manter distância.

— O que está acontecendo comigo? — O loiro estava perdido.

— O mesmo que aconteceu com todos aqui. — Scott soava mais confiante.

— Minha mãe e meu padrasto, eles não podem saber. — Liam baixou a cabeça, choroso. — Não posso fazer isso com eles de novo.

— De novo? — Perguntei com o tom mais suave que consegui.

— Já fui expluso antes. — Ele respondeu. — Mas eu mereci aquilo. Não parecia tão grave até eu ver os olhares deles... o jeito como me olhavam depois que viram o carro...

— Liam, está tudo bem! — Scott assegurou.

— Eles não podem me ver como um... — Por medo, ou vergonha, Liam deixou a frase morrer.

— Como um monstro? — Scott terminou sua frase, o mais novo assentiu. Mesmo receoso, ergueu o olhar para o alfa à sua frente. — Liam, você não é um monstro. Você é um lobisomem, assim como nós.


[...]



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