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História The first son of Vergil - The Eyes of the World - O nascimento de Nero



Notas do Autor


Oi gente, essa é minha 1º fic, postarei apenas aqui, se ela estiver em outro site não serei eu escrevendo ela mas sim alguém copiando ela, enfim, eis a minha primeira fic, espero que gostem! - Betado por Bereu.

Capa: Lady-Chang {Wonderful Designs}

Nero é entregue a um senhor por seu pai, Vergil, este conta ao homem que Nero é fruto de uma relação entre ele e uma garota de programa que morrera num acidente. Será que ela morreu mesmo num acidente? Ninguém sabe ao certo... Também conta que ele é seguido por demónios e que a vida do garoto corre perigo, Nero será aceite por essa família e quem são eles afinal? E o que é a Ordem da Espada?

Capítulo 1 - O nascimento de Nero


Fanfic / Fanfiction The first son of Vergil - The Eyes of the World - O nascimento de Nero

O véu das trevas recai sobre a cidade — não havia mais nada além de caos e gritos de horror e desespero crescentes sussurrados contra o vento febril e rancoroso que os envolvia em um sufocante cerco. Acima de suas cabeças um mal disfarçado de salvador pairava, imponente e sem clemência. Ele era o juiz e o carrasco, julgando com mãos de ferro quem viveria e quem morreria de acordo com sua mente distorcida. Seria loucura acreditar que aquele suposto ser que muitos crédulos diriam que carregava consigo a promessa do renascimento, pudesse realmente trazer algo benéfico.

O poder descomunal iria varrer o mundo e não tinha mais como recuar. O inevitável fim chegaria para todos.

Nero resfolegou.

As coisas progrediram a uma velocidade que não poderia assimilar adequadamente: sua respiração tornou-se arrastada e imprecisa, seus músculos clamavam por uma pausa após horas lutando ferozmente e seu cérebro não acompanhava o ritmo dos acontecimentos, por mais que tentasse se impor contra esses empecilhos. Desmoronou sobre seus joelhos fatigados e usou Red Queen para se apoiar e manter a postura de luta para deixar claro que não tinha desistido, embora soubesse que tal símbolo de nada resultaria senão para que virasse alvo fácil. Estava disposto a enfrentar aquele desafio até às últimas consequências sem se importar com o preço que pagaria.

Fechou os olhos por um segundo, o ato lhe despertou memórias que rastejaram até a superfície no mar túrbido de sua mente, se desenrolando feito um filme sem seu controle. Dali, desbravando terrenos desconhecidos e que no momento, finalmente, tiveram sentido em sua perspectiva. Nunca imaginou, em sua vida, que possuía uma família e que se reuniram para combater juntos o maior desafio de todos.

Seu pai tomou sua frente, usando a si mesmo como escudo para possíveis ataques e sua mãe murmurava palavras de consolo para que saísse do transe que a exaustão o colocou. Por mais que seu corpo exigisse descanso e que seus pensamentos frenéticos partissem em diferentes direções em um fluxo inquieto, não se sentiu vulnerável tampouco tentado a negar tanta preocupação e, ainda que a situação lhe fosse um pouco estranha, sua consciência permaneceu tranquila como nunca.

Não estava sozinho, não mais.

Do que adiantava? - uma voz rabugenta em sua mente proferiu.

Apesar de ter restabelecido sua família, tudo que conhecia estava em colapso diante de seus olhos. Pela primeira vez, conseguia entender a real dimensão do plano que aquela figura tão monstruosa e inflexível se encontrava tão arduamente disposta a executar. O caos reinou absoluto sobre escombros e vítimas feridas, um domínio em ruínas onde não existia lugar seguro, somente um caminho pavimentado de devastação insondável.

Se ergueu vitorioso sobre sua debilidade.

Ele não tinha o luxo de fraquejar quando inocentes sucumbiam por mãos vis, crianças que como ele não teriam o amparo de seus pais em tão tenra idade e que perderiam suas casas.

Não. O mundo que ele conheceu, o qual nasceu, não desapareceria!

Tomado por um impulso selvagem de coragem, Nero brandiu sua espada com bravura e uma fúria contida — ele guiou-se para o campo de batalha pronto para dar um desfecho para aquela história antiga.

(...)

Os primeiros raios de luz nasciam no horizonte, um fulgor que veio acompanhado pela brisa gélida que soprava furtivamente pelas ruas desertas. Um homem encapuzado apertou delicadamente o embrulho que carregava, cuidando para que o bebê não sentisse tanto os efeitos do frio matutino. Com a mão livre removeu o capuz revelando seus cabelos prateado escovados para trás e os afiados olhos azuis que estudaram com meticulosidade o local, preparado para qualquer imprevisto.

— Nunca pensei deixar essa criança aqui, mas é a minha única hipótese. – falou o homem cobrindo o bebê com a manta enquanto dormia tranquilamente.

Não restou nada além da pequena e indefesa criança que repousava no calor de seus braços. Assistindo como, mesmo tão pequeno, parecia sentir que estava seguro. Não chorava tampouco mostrava sinais de desconforto ou inquietação. Em uma época diferente nunca se imaginaria sendo alguém capaz de amar ou gerar uma vida e aqui estava, levando consigo a última ligação que possuía com sua mulher.

Com um longo suspiro, esquadrinhou os arredores para se certificar que não o seguiam, detestando a exposição ao perigo que representava ao garotinho. Sacou a katana Yamato, herdada de seu pai, ao escutar um ruído bastante característico, virando-se com destreza sobrehumana a tempo de esquivar de um ataque. Vários braços emergiram da escuridão para pegá-lo, tão sedentos e ansiosos que quase podia provar a sede furiosa que vibrava deles. Agarrou o punho da katana e eliminou cada um dos inimigos com a graça e velocidade de um exímio espadachim, vendo-os se desfazerem em cinzas.

Uma voz rouca que contrastava com o cenário caótico de minutos antes, proferiu: — Um dia o garoto ainda será nosso. Sua cria guarda um enorme poder demoníaco nele e ainda o pegaremos.

Sem retrucar tais palavras, o enigmático homem checou o bebê que permanecia em seu pacífico mundo de sonhos ignorante aos eventos. Embainhou a katana e refez seu trajeto até se avizinhar a porta de um enorme casarão, sua arquitetura nobre e bem cuidada se assemelhava a um templo vagamente antigo, contudo conservado. Voltou a ocultar a face com o capuz e bateu na porta, não demorando muito para ser atendido por um senhor intrigado e assombrado.

— Quem é o senhor? O que faz com essa criança aqui? — indagou preocupado.

— Meu nome é Vergil, posso explicar o que está acontecendo? – questionou com placidez, ajeitando o bebê nos braços que se remexeu com o movimento.

— Claro. Entre, senhor. – Vergil entrou e se acomodou num enorme sofá que se encontrava no espaçoso salão e colocou o garotinho dormindo numa parte dele. – Me diga o que está acontecendo? – indagou o homem da casa.

Considerou se seria prudente contar a um mero estranho, embora não tivesse mais ninguém para respaldá-lo em circunstâncias tão adversas. Tinha escutado sobre esse lugar e que as pessoas ali poderiam oferecer ao seu filho não somente suporte básico, mas garantir que crescesse seguro, longe de todo mal que estando juntos certamente atrairia.

Precisava, mais que tudo, se afastar dali e o mais rápido possível.

— Aconteceu que eu acabei por me envolver com uma mulher. Ela acabou engravidando e agora, tenho essa criança aqui e não sei como cuidar dele. Não posso cuidar dele, tenho medo de que acabe morto, pois corre um enorme perigo. Por isso, queria te pedir pra cuidar dele por mim. – explicou ele.

— Entendo. Mas me diga uma coisa... Quem era a mulher? E o que aconteceu com ela? – perguntou.

— O nome dela era Ângela. Trabalhava como garota de programa, acabei por me apaixonar por ela. Nos envolvemos e esse garoto foi fruto dessa relação. Ele tem apenas seis meses de vida e ela acabou morrendo num acidente. Fiquei com ele, entretanto sou perseguido por demônios e eles querem pegá-lo e nem imagino o que querem fazer com ele.

— Muito bem, cuidarei do garotinho, mas você sabe que terei de falar a verdade quando ele crescer, certo? Sabe que ele poderá ficar revoltado com isso?

— Sei sim. Um dia, ele entenderá meus motivos.

— Certo. Ele ficará aqui e em boas mãos. Me diga uma coisa. Você é filho do lendário Sparda? – inquiriu, curioso.

— Não posso responder a isso, entretanto, uma coisa eu garanto: voltarei pra pegar meu filho um dia, quando tudo isso passar, me prometam, cuidem dele.

— Tudo bem, eu prometo sim. E você tem todo o direito de voltar para pegá-lo, já que é o pai do pequeno, só antes, quero saber qual o nome que quer que eu bote no garotinho?

— Nero… Nero Ângelo. – disse o homem, tentando esconder suas lágrimas. Dava pra ver em seu rosto que ele não queria deixá-lo ali.

— Muito bem, ele ficará em boas mãos e garanto pra você que ele será treinado e será um bom guerreiro.

— Muito bem, vou indo, mas antes quero dar uma última palavra ao garoto. – Vergil se levantou, se aproximou do pequeno, agarrou-o, abraçou-o fortemente e falou: – Lamento te deixar aqui, lamento mesmo. Apenas estou te protegendo e sei que aqui podem protegê-lo. Você será um grande guerreiro como seu avô. Espero que se cuide e que se torne num bom moço e que seja feliz. Te prometo que volto pra te buscar um dia, mesmo que você me odeie. Tudo o que estou fazendo é para protegê-lo. Já perdi sua mãe, acabarei por perder meu irmão também, não quero perdê-lo também. Eu te amo, meu filho, meu garotinho. – acariciou o pequeno – Seja forte e proteja quem você mais ama nesse mundo, pois perder alguém é a coisa mais dolorosa, uma dor que nem o tempo consegue curar direito. Sei que errei em muitas coisas, mas ainda irei remendar esses erros. Me perdoe mais uma vez. – Vergil entregou o pequeno ao homem, e ele pegou o menininho indefeso no colo – Cuide bem dele. Adeus, Nero, mais uma coisa... – entregando um amuleto, uma espada e uma pistola ao homem – Quando ele crescer, entregue isso, isso lhe pertence. – saiu e o homem se sentou com o garotinho nos braços.

— Tão pequeno. Parece indefeso, ainda assim, sinto que tem um enorme poder nele.

Levou-o para o quarto aconchegante com mais duas crianças. O pequenino permaneceu adormecido no meio de ambas, filhos daquele bondoso homem. Ficou observando o sonho inocente dos três e viu a esposa entrar, instigada com os leves ruídos.

— Nossa... Quem é o garotinho? - perguntou surpresa, um cálido sorriso estampou-lhe o rosto.

— É filho de um homem que acabou saindo e pediu para cuidar dele.

— Que lindo. Como ele se chama?

— Nero Ângelo, foi o nome que o pai dele escolheu. — murmurou para não acordar os anjinhos.

— Nome de um Deus e Ângelo é um nome muito bonito também. O nome lembra a palavra anjo e ele é um anjinho mesmo! – disse, acariciando o garotinho.

— Esse moço ainda vai ser um grande guerreiro, tenho certeza disso. O pai dele me deixou essas coisas, as guardarei num local e entregarei quando crescer. — mostrou para a esposa tudo que o misterioso homem deixou como herança para o filho.

- Muito bem. Cuidarei do menino como se fosse nosso filho. Ele será irmão adotivo do Creedo e Kyrie. Bom, vou dormir, vem?

— Sim, claro. Boa noite para vocês, minhas crianças, e boa noite pra você também, Nero. Espero que se sinta em casa. Ele está quentinho e com abrigo e comida agora.

- Verdade, agora ele tem uma nova família. Boa noite, queridos.

(...)

Ouvi inúmeras vezes essa história enquanto crescia e duvidava um pouco que fosse verdade — não totalmente ao menos.

Nunca foi meu estilo ser reflexivo a respeito da vida e de como as coisas funcionavam, não ocupava minha mente questionando tudo que divergia com o que escolhi como objetivo, embora estivesse ainda incerto. Simplesmente agia de acordo com minha própria bússola moral e enxergar um propósito grandioso na existência era perder tempo.

Agora, no entanto, a situação parecia me encorajar a tentar. Estava em um dilema, nada que realmente me fizesse entrar em conflito com minha perspectiva… Ou quase. Talvez soe cliché, mas a vida nos prega estranhas e irônicas surpresas. Igual uma montanha russa. Uma quebrada e que dispara em uma velocidade insana.

A verdade é que acontecem momentos em que nem nós mesmos sabemos o motivo de elas acontecerem, um mero desastre ao acaso ou algo que precisava ser revelado. Tanta coisa por explicar, tanta coisa escondida, tanta coisa que nós vemos e outras pessoas não.

Claro… Ninguém acredita no que é só ficção. No que supõe que seja. O resto que é contra essa ingênua realidade é taxado de louco. Demônios, anjos… Criaturas que só dizem que habitam outro mundo ou até falam que não existem e que nunca ouviram falar delas.

Será mesmo?

Interrompendo o monólogo, no mais próximo que consegui de um, devo me apresentar antes de prosseguir: Meu nome de batismo é Nero Ângelo. Não tenho um sobrenome porque não tenho uma família como as demais pessoas. Nero é nome de um deus grego e Ângelo, me lembra da palavra Angel que significa anjo. Kyrie, às vezes, me chama de Angel.

Das mais mirabolantes explicações e teorias que já escutei a respeito da minha ascendência, como a história da minha origem, é que sou filho de um dos filhos de Sparda, o lendário Dark Knight que, segundo os livros, salvou a humanidade de um destino de sombras e escravidão. E devido a esse ato de altruísmo, no qual ele foi contra seus semelhantes, ele foi cultuado como um Deus – que minha cidade adora e fielmente segue. Enquanto crescia costumava ouvir muitos desses contos e nem sequer cogitei que ele seria meu avô.

Se tem algum pingo de veracidade, não faço ideia e não é algo que pauto a minha vida. Inventaram cada absurdo sobre meu passado, inclusive sobre minha mãe ser uma prostituta. Até mesmo deram a identidade do meu suposto pai: o mais velho dos filhos de Sparda. Os rumores dão a entender que Vergil era um homem sério e pouco interessado nos seres humanos e, indo contra essa imagem, se envolveu logo com uma mulher aleatória?

Fui deixado na porta de uma enorme casa, nem sei se devo chamar casa, convento, igreja, templo ou local religioso. E fui criado pela família de dois irmãos, Kyrie e Creedo, já que era órfão.

Kyrie era a mais nova dos dois e, mais tarde, acabei por me apaixonar por ela e tivemos uma relação amorosa desde sempre. Ela é uma moça ruiva, de olhos castanhos bem brilhantes, uma garota apaixonada, calma, simpática e muito religiosa. Creedo e Kyrie eram seguidores da Order of the Sword, a Ordem da Espada – um grupo de malucos que acreditavam que Sparda era um Deus. Não bastava apenas isso para pertencer à elite da Ordem da Espada, tinha de saber lutar, combater e enfrentar qualquer tipo de demônio.

Demônios, criaturas monstruosas, que se alimentam dos nossos medos, traumas, desgraças. Eles amam matar humanos e qualquer outro tipo de criatura – seres obscuros que rastejavam nas trevas e que o mundo quer ver longe, mas como eu digo: a escuridão nunca irá vencer, pois a luz reinará sempre por cima delas. Sei que um dia poderá existir a paz e como falo: deve-se manter a esperança sempre, ter fé e confiança em nós mesmos.

Dizem que todas as grandes histórias precisam de um ponto de ignição para começar, bem, esse é o meu.

 

 


Notas Finais


Nero se tornou num adolescente rebelde, lutador e que derrota demónios, a cidade de Fortuna é atacada novamente por demónios, muita coisa está para acontecer, será que Nero dará conta?


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