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História The L Word: 7 temporada - Losing hope - parte 2


Escrita por: brullf

Notas do Autor


Eu sei que prometi postar antes, mas a vida no trabalho por aqui não anda nada fácil!
Desculpem-me!

Capítulo 35 - Losing hope - parte 2


Fanfic / Fanfiction The L Word: 7 temporada - Losing hope - parte 2

No escritório do The Planet, Bette precisa encontrar as respostas para o que aconteceu, mas Tina se recusa a qualquer palavra.

- Quer dizer que você acredita que Kelly e eu transamos naquela noite? Decidiu que sou culpada de traição, Tina Kennard? – a paciência da curadora está no limite.

- Não... – a loira finalmente se pronuncia.

- Não? Mas então por quê...?

- Eu fui até a galeria na segunda-feira à tarde. Encontrei Kelly e perguntei a ela se...

- Você fez o quê?

- Perguntei a sua sócia se vocês tinham transado.

Bette está indignada.

- Minha palavra não é mais suficiente para você... A que ponto chegamos? Porra! É por isso que Kelly tem me olhado como se... merda!

- Você queria que eu engolisse aquela história de taça quebrada sem ao menos investigar?

- Eu queria que você tivesse confiado em mim... Quando eu traí você, Tina, não neguei...

- As evidências eram tão contrárias que não consegui acreditar, Bette Porter...

- E se a própria Kelly confirmou que não houve nada entre nós...

- Eu fui até sua sala... Queria tentar ao menos pedir desculpas, mas você não estava. Seu secretário me disse que havia saído para o atelier de Jodi Lerner. Achei que ele estivesse enganado, não sabia que vocês tinham se reaproximado tão intensamente... E fiquei mesmo comovida com a cena que vi.

- E o que foi que você viu, Tina?

- Você deitada no chão, nos braços de Jodi. E ela fazendo carinho em seus cabelos. Devia estar tão bom que vocês sequer perceberam a minha presença na porta...

- Espera! Tina, está me dizendo que você sai de casa, abandona nossos filhos e ameaça tirá-los de mim por causa de uma suposição? Grande merda... – Be respira fundo, está muito magoada com aquilo.

- Suposição?! O que eu vi não era...

- O que você viu era uma mulher desesperada, chorando no colo de uma amiga a dor, o medo de perder a mulher, a única que a interessa, a única que ela ama... – fala alto – Mas talvez você não mereça, Tina...

A loira emudece ante aquelas palavras duras. A curadora anda de um lado a outro e tenta impedir que as lágrimas continuem a cair.

- Eu não posso acreditar... – Bette põe as duas mãos na cintura – Você põe na sua cabeça que eu estou tendo qualquer coisa com Jodi e sai logo de casa para se jogar nos braços de Helena. Ficou com saudade do que vocês tiveram e precisava de uma desculpa para ir embora, Tina? – acusa.

- Você não tem o direito... Eu não me joguei nos braços de ninguém. Só pedi ajuda a uma amiga, Bette.

- Pode ser que não pareça só isso pra mim...

- Mas é!

- Assim como a Jodi é apenas uma amiga com quem eu consegui me abrir por tudo o que estava acontecendo... – olha para a loira com os olhos marejados – Espero que você saiba o que está fazendo com a nossa família, Tina – a morena sai, não aguenta ouvir mais nada por hora.

Ti se sente perdida. Quer acreditar nas palavras de Bette. Se as coisas forem como sua (ex?) companheira diz, porém, a loira não sabe se terá perdão.

 

O domingo amanhece e Helena ainda está sentada à borda da piscina. Não conseguiu dormir pensando na conversa com Liv. Dylan parece mesmo disposta a conquistá-la, a provar que a ama, como se fosse possível provar o amor... Mas a questão é: ela quer ser conquistada? Está pronta para isso?

Alice acorda irritada. Não gosta de estar sozinha em casa. Precisa fechar duas matérias e editar três textos para a L Magazine. Dois eram tarefa de Emma, mas a namorada pediu que fizesse o trabalho dela, pois quer terminar de montar o curso de jornalismo colaborativo. A loira ainda pensa na tarde anterior, na suspeita de Marina de que Em é virgem.

E se for? Que problema há? Há que Al sente como se a editora não confie nela e por isso esconda a virgindade no discurso. A jornalista admite que a relação entre elas seja diferente e a loira se vê mais junto, mais companheira e mais apaixonada pela pessoa com quem está. E experimenta isso pela primeira vez.

 

Bette aproveita o dia bonito e decide sair com os filhos para um piquenique no parque. Ela arruma lanches, mamadeiras, brinquedos e tudo mais que uma bolsa de neném precisa ter. Angie ajuda a colocar as coisas na bolsa térmica. A curadora conversa com a filha sobre assuntos triviais. Tudo pronto, os três saem.

Tina acorda de um pesadelo. Ela teme perder os filhos e, mesmo não querendo admitir, teme perder Bette. Da janela de seu quarto, vê Helena na área da piscina e vai até lá.

- Bom dia – a loira repara nos olhos inchados da amiga.

- Hey, Ti...

- Tudo bem? – preocupa-se a produtora.

- Não.

- Bem, estamos na mesma – Tina aproxima a cadeira de rodas da cerca que delimita o fim da propriedade da inglesa e o início da praia.

- Quer conversar? – a morena se senta ao lado da outra.

- Acho que agora estou preparada a falar... Ontem eu não conseguiria – Ti tem um sorriso triste enfeitando o rosto – E você não dormiu por quê?

- Tive uma conversa com Liv ontem.

- Sobre?

- Dylan.

- Hum... O que vocês falaram?

Helena resume a conversa e enfatiza o principal. A empresária parece começar a acreditar no que a cineasta diz sentir por ela.

- Eu não sei o que pensar disso tudo – refugia-se.

- Não precisa tentar se esconder para mim, Helena... O impedimento que vejo é se você não estiver interessada, o que, me parece, não é o caso – analisa a produtora.

- Ok... Sua vez – Helena prefere não falar nada ainda.

Ti conta do encontro com Bette e das angústias que a assombram desde o dia anterior.

- O que mais me assusta é que não senti mentira ou dúvida ou qualquer coisa assim no que ela me disse.

- E por que a desconfiança?

- Se você visse o vídeo no celular da Jenny, se tivesse um passado contra, Helena, qualquer uma duvidaria. Você sabe do que estou falando, você ama Dylan e não consegue confiar nela.

- E... o que você vai fazer agora? – questiona a inglesa.

- Vou esperar até amanhã... não sei, talvez eu volte para casa... pelas crianças pelo menos.

- Amanhã é segunda-feira, você tem que ir ao médico, refazer exames e começar a fisioterapia – recorda-a.

- Ow droga! Estava me esquecendo disso.

- Já avisei a Marina que vou com você, por isso não devo aparecer no Studio pela manhã.

- Helena, por favor, você não pode...

- Não posso o quê? Tina, você precisa de uma acompanhante. Não pode ir sozinha ao USC University Hospital.

- E se Bette for comigo?

- Ow, bem... se for assim, terei prazer em não acompanhá-la – sorri.

Wilson e Yun Jing chegam e abraçam a mãe. Os dois são calorosos com a herdeira de Peggy, que retribui aquele amor. Com menos euforia, eles cumprimentam também Tina. A empresária pede que o café da manhã seja servido na área externa e os quatro aproveitam a manhã de sol morno.

 

Mary sai para correr no quarteirão. Apesar de ser domingo, a sargento não se descuida do físico e tem orgulho por ser sempre a primeiro lugar nos testes de resistência da corporação. Na quinta volta em frente a sua casa, a policial vê Marina e sabe acelerar pulsação. A artista sorri. Irresistível.

- Atrapalho? – pergunta a morena.

- Um pouco... Ainda tinha vinte quilômetros pela frente... – diz a agente federal.

- Pelas Deusas! Você é maratonista?

Mary ri da suposição.

- Não, mas poderia.

Marina não consegue esconder o desejo queimando. Passeia os olhos pelo corpo da detetive, que sente a pele arder. Aquela intensidade, a morena percebe, é nova para ela. O tesão que sente pelas outras mulheres costuma ser mais prático.

- O que você veio fazer aqui? – quer saber a investigadora.

A desculpa minuciosamente inventada se evapora quando Ferrer se perde a observar Mary umedecer os lábios com a língua, provocativamente natural. Marina se esquece de estratégias de caça, cuidados, sutilezas e cola o corpo na agente do FBI. É como se fossem feitas para aquele encaixe. Um beijo voraz, do tamanho de seus desejos, lhes rouba o ar por completo. A femme fatale encosta a outra na porta e se comprime contra ela.

Quando enfim se separam, mudas. Os olhos faíscam. A pele pede mais contato. Mesmo sem se tocarem, sabem-se molhadas. Antes que a conquistadora possa dominá-la, a policial se desvencilha.

- O que foi?

- Marina... não! – faz sinal para que a outra se mantenha distante.

- Por que? Você não quer?

- Não se trata apenas de desejo... o que eu não quero é ser mais um passatempo pra você ou qualquer outra mulher... nunca me permiti isso, nunca me deixei ser alguém para suprir certas necessidades momentâneas e pronto.

- E se eu disser que não quero que você seja momentânea?

- Você transou noite passada?

- Que importância tem isso?

- Que importância tenho eu?

Colocada a questão, Mary abre a porta e entra em casa sem dar chance para nova investida da artista. Aquela pergunta Marina ainda não sabe responder. Caminha para a calçada tentando entender a si mesma e o que realmente quer com a sargento.

 

Liv, Shane e Carol se divertem jogando videogame. Elas organizam um pequeno campeonato e passam o domingo a pizzas, cerveja para as namoradas, refrigerante para a grávida e jogos eletrônicos.

Já é fim de tarde quando Bette volta para casa com os filhos. Ela checa a secretária eletrônica e encontra diversos recados de Tina pedindo que retorne a ligação. Be tira o fone do gancho, mas prefere cuidar primeiro de Angie e Jhonny. A doutora em História da Arte dá banho nos dois. O pequeno logo dorme depois do dia agitado. Angélica tem tarefas da escola. Mãe e filha estudam juntas até terminarem as lições. Depois de um lanche, Angie volta para seu quarto e vai ler uma historinha.

Quando finalmente decide ligar o celular, Bette se surpreende com a quantidade de ligações registradas. Todas de um mesmo número. Um suspiro fundo e aquela dor aberta pela desconfiança de sua ex-mulher lateja em seu peito. Em movimentos mecânicos, ela tecla o discar.

Da primeira vez, chama até cair na caixa postal. Da segunda, terceira e quarta tentativas também. Porter acredita que Tina não atenda de propósito, como resposta a sua demora para entrar e contato. Be abandona o aparelho sobre a cama e vê o céu escurecer. Não demora e o celular toca. No visor, o nome de Tina.

- Alô?

- Onde você estava? – a voz da loira tem tom de raiva.

- Eu não lhe devo satisfações, Tina – a curadora responde à altura.

- É claro que deve! Angélica e Jhonny também são meus filhos, Bette Porter. Eu tenho o direito de saber como eles estão e onde eles estão.

- Agora você se lembra de que tem filhos? – fere a outra.

- Eu nunca me esqueci disso...

- Não é o que parece, você os deixou tão facilmente...

A produtora desliga o telefone e chora. Esquece-se por completo da intenção de convidar a mulher acompanhá-la no dia seguinte. Be liga para a irmã. Kit não demora a chegar com um jantar e seu colo para a caçula.


Notas Finais


Muito drama?
Médio drama?
Queremos mais drama?!

Se quiserem comentar, fiquem à vontade, simplesmente adoro!
Se quiserem, falem comigo ali no Twitter - amo mais ainda -, estou no @brullf


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