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História The Maze Runner: Devorado pela Insanidade - Sense8 - Calibre 380


Escrita por: LadyNewt

Notas do Autor


AMORAS…

Depois de 29 capítulos cozinhando vocês lentamente no meu forninho do CRUEL… é chegada a hora que vocês terão vontade de me matar lentamente, xingar minha mãe boazinha, amaldiçoar até minha sétima geração de herdeiros… mas eu não to nem ai! Tomei aulas com titio Dashner e fiz curso especializado nesse assunto com ninguém menos que JANSON, the RatMan!

CHECK LIST:
/ Lenços de papel
/ Chocolate
/ Pote de Nutella
/ Sorvete
/ Absolut Vodka (a minha já ta no final, por sinal…)
/ Faca de cozinha Tramontina. Na falta pode ser um martelo, a serra elétrica do pai, a enxada do vizinho ou até mesmo um copo pesado para tacar na minha cabeça.

Pácabá de phoder tudo coloca: "Say Something" de A Great Big World ft Christina Aguilera pra tocar sem parar!

Reza um Pai Nosso e vaaaaaaaaaiiiiiii….

Capítulo 30 - Sense8 - Calibre 380


Fanfic / Fanfiction The Maze Runner: Devorado pela Insanidade - Sense8 - Calibre 380

THOMAS POV

 

Estava tão exausto que o balançar da van me fez relaxar por completo e ao fechar os olhos já estava sonhando com (Y/N). Era um sonho estranho na praia, em meio a cidade, algo a ver com a aurora boreal e beijos excitantes... Na verdade tinha mais cara de pesadelo após eu beijar Newt e arrancar um colar do pescoço de (Y/N) e tentar afogá-la no mar...

Acordei assustado após bater minha cabeça na lataria do carro e pude ouvir Lawrence gritando:

“Protejam-se!”.

Antes de reagir ao som, já havia sido lançado para o outro lado do banco de trás após um carro bater de propósito na van, chocando-se na lateral onde eu estava.

Levantei e dei uma leve espiada pela janela já estilhaçada e pude notar uma aglomeração de Cranks na parte de fora, fazendo um pequeno motim em volta do nosso automóvel. Lawrence acelerou, partindo o carro para cima da multidão, atingindo algumas pessoas, que voaram pra longe.

Um quilometro a frente uma freada brusca da van fez meu corpo avançar para a parte da frontal e chocar minha cabeça no painel do rádio. Senti o sangue quente escorrer pela minha face e procurei estancar o mesmo com as mãos.

“Mas que merda!”, Lawrence gritou acelerando, “Porque raios ela entrou na frente do carro?”.

Suas palavras chocaram-se contra meus ouvidos como um lutador dentro de um octógono nocauteando seu adversário. Uma pontada de esperança encheu meu peito e lancei um olhar astuto para fora, buscando por ela. Sabia que era ela. Tinha que ser ela...

(Y/N) estava exatamente do lado da van, agachada em volta de Newt, que estava ferido e estirado no chão, porém consciente.

“Pare a van!”, eu gritei, “Pare imediatamente este carro!”, minha voz falhou na segunda sentença.

“Você está louco garoto?”, disse Lawrence.

“Pare esta mértila agora! Conheço aqueles dois, preciso salvá-los!”.

“Você ainda acha que conhece aqueles dois? Acredite, eles não são mais o que você pensa...”

Irritado com aquelas palavras, saquei minha arma e apontei para a cabeça dele:

“Vou descer desse carro, quer você queira ou não. Prometo não demorar. Fiquem a postos para agir se precisarem”, disse abrindo a porta e saltando pra fora dali o mais rápido que consegui.

Meu coração estava disparado e senti sua pulsação exatamente na minha garganta, sensação essa que sentira somente uma vez na minha vida e havia sido exatamente na noite de amor com (Y/N). E lá estava ela de novo, fazendo o mesmo comigo. Me aproximei com cautela dos dois.

“Newt, (Y/N)!” disse com a voz mansa.

(Y/N) se virou e me encarou. Seus olhos estavam frios e distantes. Totalmente desgrenhada, suas roupas estavam sujas de sangue, com rasgos imensos que permitiam ver sua pele frágil cheia de feridas e hematomas. Newt estava muito pior e senti pena dele. Com a aparência cadavérica, haviam algumas falhas em seu cabelo. Seus olhos estavam vermelhos e sua pele cheia de veias negras sobressaltadas, contrastando com a pele pálida igualmente ferida. Havia raiva em seu olhar e pude sentir isso quando ele saltou em cima de mim, me derrubando no chão.

“O que faz aqui hein Tommy? Veio finalizar meu pedido?”

“Newt, vim levar vocês para casa. Voltem comigo”.

“Voltar com você? Como poderei voltar com você? Você virou as costas pra mim quando eu mais precisei de você!”, ele cuspiu com os dentes cerrados.

(Y/N) se levantou e deu alguns passos em nossa direção, como se estivesse prevendo alguma reação exagerada de Newt que pudesse colocar minha vida em risco. Continuei:

“Newt, me desculpe amigo”

“Amigo? Você nunca foi meu amigo! Todos tinham razão...”

“Newt, cara, sério, me preocupo com você. Vamos voltar! Temos grandes planos pela frente e...”, ele me interrompeu completamente transtornado e possuído de ódio:

“Grandes planos hein? Você acha que tenho grandes planos pela frente? Faça logo o que te pedi no bilhete. É homem o bastante para amar minha garota mas não é homem o suficiente para me ajudar?”.

“Não posso fazer isso... simplesmente não posso...”.

Newt puxou minha mão, que ainda segurava a arma e colocou em sua têmpora, gritando:

“Aperte o gatilho Tommy! Acabe logo com isso”.

Vi (Y/N) se mover em nossa direção para separar aquela cena e na mesma hora Newt girou seu braço esquerdo, acertando um soco no rosto dela, que voou longe, caindo de costas no chão. Seus lábios estavam sangrando e pude ver que seus olhos transbordavam em lágrimas. Ele se voltou a mim e continuou a gritar:

“Já lhe contei porque manco Tommy?”

“Não Newt, nunca soube o motivo”, realmente nunca havia feito esta pergunta, nem mesmo que mentalmente a mim mesmo.

“Eu tentei me matar Thomas. Tentei acabar com minha maldita vida naquele maldito Labirinto. Escalei as heras do muro e me joguei lá de cima... Alby me encontrou e levou-me de volta a clareira! Eu odiei aquele lugar. Odiei cada segundo e a culpa... foi... toda...SUA!”

“Newt, eu sinto muito...”

“Agora faça a sua parte. Mate-me antes que eu me torne um desses monstros e machuque mais ainda (Y/N). Eu te odeio Thomas! Odeio. Odeio. Odeio!”. Senti suas palavras cortando minha alma, “Mate-me! Mate-me Thomas!”.

“Eu não consigo Newt...”, meu corpo tremia. Sua voz ficou urgente e áspera:

“Mate-me agora seu covarde de mértila! Prove que é capaz de fazer algo de bom. Acabe logo com todo esse meu sofrimento”.

Eu estava horrorizado, assim como (Y/N), que ainda estava imóvel no lugar onde seu corpo voara a pouco. Insisti:

“Newt, talvez a gente possa...”

“Cale-se! Cale essa boca! Confiei em você. Agora, puxe o gatilho!”

“Não Tommy!”, (Y/N) suplicou ao fundo.

“Isso é entre mim e ele! Fique fora disso!”, Newt disse agressivo, pressionando ainda mais a arma contra sua cabeça. Pude sentir a distância a respiração de (Y/N) disparar, assim como o sangue fervendo em sua cabeça. Como Newt podia me pedir uma coisa daquelas? Como eu seria capaz de acabar com a vida do meu melhor amigo e deixar aquela garota despedaçada?

“Mate-me, ou então vou acabar com a raça de vocês dois. Ande logo com isso!”.

“Newt...”, ouvi (Y/N) sussurrar ao lado, deixando escapar mais lágrimas dos olhos.

“Faça isso antes que me torne um deles...”, ele implorou.

“Amigo, eu...”.

Ele me chacoalhou com força, gritando “MATE-ME!”.

E então seus olhos tornaram-se lúcidos, como num último suspiro de sanidade, e sua voz se acalmou, quase que suplicando:

 

“Por favor, Tommy. Por favor”.

 

...E com meu coração caindo em um abismo negro... puxei o gatilho.

 

BANG!

 

Seu corpo tombou para o trás, esguichando uma pequena quantidade de sangue negro do buraco da bala. Incrédula, (Y/N) em menos de 1 segundo já estava em cima de seu corpo, completamente chocada com a cena. Seus olhos eram duas bolas azuis transbordando água e dor. Estava soluçando freneticamente sobre o corpo sem vida de Newt.

Levantei-me e fui em sua direção. Minhas mãos estavam tremulas e mal conseguia me manter erguido tamanha a dor que estava sentindo por ter atirado no meu melhor amigo. Ao meu quarto passo, ela gritou:

 “O que você fez Thomas? O que você fez?”.

Aquilo me destruiu e tombei de joelhos ao chão. Lembranças e mais lembranças de Newt brotaram na minha cabeça. Nosso primeiro encontro na clareira, Newt sempre muito solicito mostrando as funções de todos, a minha festa de chegada no local, ele me escolhendo corredor, nós dois lutando unidos contra verdugos, a fuga no deserto, a notícia do FULGOR, Newt beijando (Y/N) com paixão...

Meus olhos agora só conseguiam observar (Y/N). Ela afagou seus cabelos e gentilmente beijou seus lábios frios e sujos. (Y/N) parecia não se importar com o estado dele. Tentei me aproxima novamente e abraçá-la. Era o que eu mais queria no momento; me jogar em cima daquela garota, abraçá-la desesperadamente e dizer que tudo ficaria bem... Ela recuou e gritou insana. Consegui ver muita raiva em sua expressão e tenho certeza de que ela queria me ferir com suas palavras.

“É tudo culpa sua! Ele tinha razão! Alby tinha razão! Gally tinha razão!”

“(Y/N) me desculpe. Eu sinto tanto quanto você. Ele era meu melhor amigo e o que acabei de fazer foi a pior coisa da minha vida.”, disse totalmente tremulo.

Tomei folego e tentei mais uma aproximação. Caminhei devagar em sua direção. Ela estava sentada sobre seus joelhos, apoiando a cabeça de Newt em seu colo. Percebi que ela cedera um pouco a distância, então fui sincero nas palavras:

“Eu.... sinto... muito”, disse agachando-me onde ela estava, tocando levemente seu ombro num sinal de compaixão e apoio. (Y/N) levantou sua face ruborizada e me encarou olho no olho. Ali, naquele exato momento, ficou claro pra mim o quanto eu amava aquela garota e o quanto eu havia lhe causado essa dor irreparável.

Senti-me fraco e como reflexo, desviei meu olhar e abaixei a cabeça. Estava com vergonha de encará-la, afinal, ceifei a vida de Newt e acho que ela nunca me perdoaria por isso...

Meu corpo disse sim e minha mente disse não; e num impulso, voei em cima dela, abraçando-a com toda minha força restante. Queria sufocá-la de amor ali naquele local. Ela retribuiu o gesto, sem soltar a cabeça de Newt do seu colo. Estávamos completamente envoltos em lágrimas e soluços, quando a voz de Lawrence saiu de dentro do carro:

“Precisamos ir. Agora! Logo esta rua estará lotada de Cranks. Não quero virar refeição de ninguém!!”.

Me separei de seu corpo mole e fiquei mais racional, engolindo minhas lágrimas, tentando evaporar a dor, “Ele está certo. Precisamos ir, por mais difícil que pareça (Y/N).”

“Thomas, não podemos deixá-lo aqui”, sua voz saiu fraca. Já era difícil de respirar, quanto mais falar. “Ele não merece ficar aqui.” ela continuou. Apenas concordei com a cabeça e segui:

 “Você tem razão. Vamos levar Newt conosco e dar um enterro digno a ele. Nunca me perdoei por não ter feito o mesmo com Chuck.”.

Ela lançou um o olhar melancólico e levantei-me, carregando o corpo frio do meu melhor amigo. Newt estava tão leve e tão acabado, que morri umas mil vezes ao olhar para ele dali onde estava até o porta malas da van. Depositei ele com cuidado, ajeitando sua cabeça sobre minha jaqueta. Ao olhar para trás me deparei com (Y/N) ainda de joelhos, mãos ensanguentadas e praticamente com a vida por um fio, desejando ter morrido no lugar do namorado. Ela estava em total estado de choque. Voltei correndo ao seu encontro.

“Posso te carregar até o carro?”, perguntei com receio de tocá-la. Ela acenou positivamente a cabeça e então passei minhas mãos em volta da sua fina cintura e puxei seu corpo de encontro ao meu. Ela estava tão fria...

Coloquei-a no banco traseiro e segui logo atrás ao seu lado fechando a porta. Lawrence não esperou um segundo sequer e já partiu com a van para longe dali. No mesmo instante percebi que (Y/N) deitou sua cabeça em meu peito, procurando conforto e segurança. Ofereci junto meu abraço e afaguei seus cabelos. Deslizei a ponta dos meus dedos sobre seu rosto ferido e toquei seus lábios ensanguentados, fazendo carinho no local machucado por Newt.

“(Y/N), estou aqui agora. Tudo vai ficar bem... confie em mim...”.

Conseguia ouvir seu coração bater fraco, quase que implorando misericórdia...

“Deus, o que eu acabei de fazer?”, repeti inúmeras vezes pra mim mesmo enquanto o carro sumia entre prédios e ruas em guerra. 

Como eu amava ele... Como eu amava meu melhor amigo...


Notas Finais


R.I.P Newt Delicious
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I am sorry AMORAS… My heart is dead now… so as yours...


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