1. Spirit Fanfics >
  2. This Never Happened Before >
  3. Meeting and Disagreements

História This Never Happened Before - Meeting and Disagreements


Escrita por: IronyMan

Notas do Autor


Monólogo, porquê sou adepta!
Tem playlist, notas finais vocês encontram.
Algumas músicas citadas no decorrer do capítulo, podem não estar na playlist. Acontece.
Perdoem qualquer erro, Jarvis Jr é um chato.
Dona Creu escolheu as músicas do capítulo.

E... Dedico essa belezinha pra miga, que precisava de algo alegre hoje. @Mwestergaard

Capítulo 6 - Meeting and Disagreements


Fanfic / Fanfiction This Never Happened Before - Meeting and Disagreements

   Steve subia os lances de escada, ainda incrédulo com o rumo que a noite tomou. Embora soubesse que era este o melhor cenário. Tony era comprometido, qualquer coisa além de amizade, estava fora de cogitação.  Sua mente, embaralhava diversas cenas, transformando-as numa errônea sequência. Beijos, sexo, beijo no elevador, dança na cobertura do The Beckman. E por fim, a mais recente, ser deixado na frente de seu apartamento, pelo motorista de seu chefe. Os degraus eram pulados de dois em dois, havia uma nítida pressa em adentrar o apartamento, se livrar da roupa e esquecer da vida num banho.

  O apartamento estava vazio, todas as luzes apagadas. Steve logo imaginou que Bucky ou estaria no bar, ou trabalhando até bem tarde. Com passos cansados e respiração lenta, o loiro despiu-se ao longo do percurso até seu quarto, trajado apenas de sua roupa íntima, pegou sua toalha e rumou para o banho, um quente e relaxante banho.



 

  Tony Stark entrou no bar e logo alguns olhares curiosos o acharam. Alguns discretos, outros olhando de cima à baixo, como se pudessem comê-lo com o simples ato de olhar. Sua vontade era simples, sentar e beber, beber como se não houvesse amanhã. Tal como fazia sempre que tivesse vontade.

  — Mesa de sempre? — a garçonete de madeixas arroxeadas perguntou sorridente. Stark era um dos clientes mais fiéis, e muito provavelmente o que dava maior lucro.

  — Hoje ficarei no bar. — mal terminou de responder e a garçonete abriu passagem no meio do conglomerado de corpos que bailavam no ritmo de Ghost Town.

  As meninas sensualizavam da maneira que podiam, algumas tentando chamar a atenção do moreno absurdamente bem vestido, como se um aviso piscasse, indicando que ele tinha dinheiro, e muito. Alguns homens lançavam olhares sinuosos, Stark não passava despercebido, fosse por sua vestimenta, sua postura, ou a bela junção de ambas as coisas.

 

And now I know my heart is a ghost town
My heart is a ghost town

 

  Sentando-se em uma das diversas banquetas, não precisou se dar ao trabalho de pedir, o barman logo depositou um copo com dose dupla de whisky. Deixou que a bebida passasse vagarosamente por seus lábios, aproveitando o sabor amargo e forte, deixando que cada gota invadisse o interior de sua boca, consequentemente sua garganta.

  Homens e mulheres aproximavam-se, talvez esperando por uma deixa, uma guarda baixa, para iniciar o jogo da sedução. Porém, Stark queria apenas uma companhia, o whisky em seu copo. O jogo de seu interesse, não se encontrava no bar. E quando iniciava um, Stark ia até o fim, até conquistar o prêmio. E o prêmio seria um arquiteto loiro, e quanto mais difícil, melhor.

  — Senhor Stark, o Senhor por aqui. — Sam cumprimentou-o com um sorriso desenhando-lhe os lábios.

  — Wilson. Olá. — um singelo aperto de mãos, e logo o homem de pele negra sentava-se ao lado de seu chefe. — Um whisky pro meu acompanhante.

  — Obrigado. — o agradecimento, serviu tanto para Tony, quanto para o barman, que sutilmente depositou a bebida à sua frente. — Noite difícil? — Sam olhava a escolha de roupão de seu chefe, enquanto um gole de whisky, passava por sua garganta, trazendo um leve desconforto.

  — Festas beneficentes normalmente são chatas. Prefiro beber no bar.  Aqui as pessoas tem idade para dançar, algumas não tem pra beber. Mas nas festas beneficentes os convidados em sua maioria, usam fraldas geriátricas. — falou tudo tão rápido, que chegou a duvidar que Wilson tivesse captado toda a mensagem. Deu de ombros, bebericando de seu whisky.



 

  A noite tinha um característico brilho proveniente das luzes dos altos prédios. Estrelas não eram visíveis e a lua disfarçava-se entre nuvens. O relógio, prestes a marcar dez da noite. Scott Summers olhava para a paisagem urbana, respirando fundo, deixando o ar gélido da noite, preencher seus pulmões. Ainda se questionava sobre aceitar o convite de Logan. Após o sexo casual no banheiro do bar, Scott não ficou para explicações. Pegou seu carro na oficina e foi para seu apartamento. No dia seguinte, não se deu ao trabalho de trocar mais do que palavras absurdamente necessárias com Logan. O que despertou no empreiteiro uma ira descomunal, seguindo o advogado pela torre Stark, até finalmente conseguir a atenção do mauricinho.

“Não tenho tempo para conversar, Logan.” Scott lhe disse enquanto entrava no elevador. “Hoje a noite, dez horas, Top of the Rock.” Logan em contrapartida solucionou a falta de tempo.

  E como pedido, Summers estava sentado no banco, olhando para a paisagem urbana, esperando, entre alguns corpos de turistas, encontrar o robusto de Logan.

  — Sabia que viria, garoto. — Logan falou entre baforadas de seu charuto.

  — Curiosa escolha de lugar. — Scott levantou-se, observando as luzes da cidade. — O que quer?

  — Nem mesmo um, “bom te ver, Logan.” nossa, você é bem direto. — Logan tragou seu charuto uma última vez, deixando a fumaça se esvair no ar.

  — Vi você no trabalho, Logan. As pessoas dizem bom te ver, quando existe uma saudade. Não é o caso, nem será. — arrumando seu óculos escuro, Scott virou o rosto para encarar Logan.

  — Então é isso? Foi só uma rapidinha no banheiro do bar? — Logan aproximou-se parando a poucos centímetros de distância. — Certeza garoto? — seus olhos buscavam os de Scott, embora soubesse que seria em vão, o mais jovem estava com o maldito óculos.

  O mais puro silêncio, uma expressão séria, foi tudo o que ganhou de Scott. Permaneceu na curta distância por mais alguns segundos, esperando por pelo menos uma palavra. Qualquer palavra.

  As poucas pessoas presentes, pouco se importavam com o desfecho da cena. A visão da cidade alumiada era bem mais interessante do que um mauricinho em pé de guerra com um homem xucro.

  Soltando o ar de seus pulmões, Logan desistiu de manter a proximidade, vendo a indiferença estampada nas feições do advogado. Sua perna direita moveu-se um passo para trás. Quase como numa dança, Scott moveu a esquerda para frente. Restabelecendo a proximidade.

  Abrupto e inesperado, seriam esses os adjetivos ao beijo que se sucedeu. As mãos de Scott, uma entrelaçada aos fios de Logan, a outra puxando-o pela jaqueta de couro. Automaticamente, Logan envolveu ambos os braços ao redor da cintura de Scott. Obrigando-o a unir seus corpos. O toque dos lábios, a luta contínua e molhada, que ambas as línguas travavam. As respirações ofegantes após os beijos envolventes. O ato recebeu certos olhares curiosos, alguns sorrisos discretos.

  — Tchau, Logan. — Scott afastou-se rapidamente, realinhou suas vestes e seu cabelo. — Nos vemos amanhã.

  — Okay, garoto. — Logan sorriu ao perceber a cara de descontentamento de Scott ao ouvir o apelido.

  Logan acendeu outro de seus charutos, levando-o aos lábios, tragando-o, deixando a fumaça inebriar seus sentidos. Enquanto sua memória revivia o último beijo…



 

  Bucky olhou para seu relógio de pulso, dez e quinze da noite. Já havia passado, e muito do seu horário. Por vezes, seu trabalho exigia uma carga horária louca. Passou o dia todo no telefone, discutindo festas nas quais Stark iria ou não. A empresa precisava sempre se manter com boa imagem perante a mídia, e festas beneficentes sempre traziam isso, publicidade boa. Mas, agradecia por todas as reuniões daquele dia, terem sido por intermédio de telefones. Algumas repórteres também o alugaram por horas, e era preferível quando podia apenas responder os questionários por telefone, sem que sua pele evidenciasse seu desconforto.  Virgínia Pepper Potts sempre ajudava-o nas escolhas das festas, porém, naquele dia ele estava só.

  A exaustão tomava conta de seu corpo, mas sua vontade de encontrar Sam era maior. Tomando uma coragem que até ele desconhecia, pegou seu terno, jogando-o nos ombros, correndo até o elevador, livrando-se do confinamento da torre Stark, seguindo para o estacionamento, logo após, dirigindo para o bar, na esperança de encontrar Sam Wilson, para enfim, contar-lhe tudo.

  Atalhos, muito bem conhecidos, foram tomados, afim de poupar o máximo de tempo possível. Na vã esperança de se distrair, Bucky ligou o rádio de seu carro, que prontamente o embalou no ao ritmo de Say You Love Me.

 

Say you love me to my face
I need it more than your embrace
Just say you want me, that's all it takes

 

  O sorriso que se estampava em seus lábios, demonstravam além de uma felicidade, uma pitada de ansiedade. O ritmo da música, de certa maneira o acalmava.

 

‘Cause I don't wanna fall in love
If you don't wanna try
But all that I've been thinking of
Is maybe that you're mine

 

  Estacionou o carro na rua da esquina do bar, um sorriso insistente contornando seus lábios. Suas mãos trêmulas e levemente suadas. Sua respiração alterada e seus batimentos cardíacos descompassados. Era o perfeito retrato da ansiedade.

  — Okay, vou entrar, vê se ele está. E vou falar o sinto. Não. Vou entrar, encontrar ele. Falar que preciso conversar algo importante. Não, ele vai achar que é algo ruim. — enquanto deixava seus pensamentos escaparem pelos lábios, Bucky andava de um lado ao outro, na frente da porta do bar. — Tá, eu preciso entrar e ver se ele está. Depois me viro com o resto.

  Respirou fundo, o expirou. Voltou a repetir o ato por mais três vezes. Adentrou o bar, a música e jogo de luz, recepcionaram-no com absurdo entusiasmo. Os corpos dos frequentadores bailavam animadamente de acordo com o ritmo que lhes era imposto. Ao som de Hollaback Girl, homens e mulheres bailavam. Seduzindo uns aos outros e quem mais passasse.

 

Uh huh, this is my shit
All the girls stomp your feet like this

A few times I've been around that track
So it's not just gonna happen like that
'Cause I ain't no hollaback girl

 

  Seus olhos azuis perscrutaram pelo ambiente movimentado, vasculhando em cada mesa distante que conseguiu. Chegou até a se espremer entre os vários corpos, obrigado à seguir o ritmo das batidas, livrando-se de algumas apalpadas. Quando por fim, passou pelo conglomerado de corpos, avistou Sam, com a mão apoiada no ombro de Tony Stark. Seus lábios próximos ao ouvido do bilionário, numa troca de confidências, aparentemente. Pode sentir seu sangue ferver, uma resposta automática de sua ira, de seu ciúme. A gota d’água foi quando o bilionário apoiou a mão nas costas, cobertas por um terno azul marinho, que Sam Wilson usava. Toda a falsa coragem, dissipou-se feito fumaça no ar.

  — Bucky! O quê quer beber, querido? — Lauren, a garçonete de madeixas roxas tinha um largo sorriso.

  — Algo forte, bem forte. — seus olhos perderam-se mais uma vez, observando Sam Wilson e Tony Stark.

  — Tequila, então?

  Logo, a mulher perdeu-se na multidão, sendo seguida por Bucky, com certa dificuldade de se afastar, evitando perder por completo, a visão de Sam. Sentando-se num lugar afastado, porém perto do balcão onde preparavam as mais diversas bebidas. Lauren não tardou à colocar uma dose de tequila, adjunta à um pequeno recipiente com sal e limões em gomos. E assim o fez, uma pitada de sal, a tequila consumida num gole único, seguido por uma chupada no limão.

  — Outra!

  Sem pestanejar, Lauren serviu-o com mais uma dose, e outra, e outra…


 

  Sam conversava sobre diversos assuntos com Tony, a princípio falaram sobre festas chatas, embrenharam no assunto de trabalho, escorregaram por baseball, Tony alegando que tinha visto apenas um jogo em toda vida. Sam espantou-se por conseguir manter uma conversa por tanto tempo, Tony nunca pareceu alguém disposto à longas conversas com seus empregados. Apenas tratava o necessário, mas naquele momento, Wilson o via de uma maneira diferente, Tony tinha seus bons momentos. E muito provavelmente, o álcool estava ajudando à ambos. Um tão bêbado quanto o outro, ou mais.

  Tony soluçava, Sam gargalhava e as doses de whisky não cessavam em momento algum. Tomado por uma onda de impulsividade, Tony levantou-se cambaleante, decidido a tomar ar.

  — Sam, Sam… não sinta minha falta, mas já vou indo. — o soluço lhe deu trégua. De seu bolso, tirou quantia mais que suficiente para cobrir os gastos de ambos, e ainda uma gorgeja.

  — Não vai dirigir, né? — Sam forçava seus olhos a focarem na silhueta de Tony, mas o jogo de luz castigava-lhe as vistas.

  — Não, nem estou com o carro. — “e nem saberia onde estacionei” concluiu em pensamentos, com um sorriso.

  Despediram-se com um aceno, discreto e funcional. Sam olhou para seu copo quase vazio, a música tão alta, que Sam chegou a duvidar de conseguir ouvir seus próprios pensamentos. Foi então que prestou atenção na música.

 

Too high, can't come down
Losing my head, spinning round and round
Do you feel me now?

 

  Umas pessoas dançavam, outras abriam espaço para que um belo corpo masculino dançasse livremente. Sam observou, mas sua visão não lhe concedia avistar de tamanha distância. Aproximou-se, atraído pelo gingado do homem de madeixas que chegavam até quase o ombro.

  — JAMES? — incrédulo, era exatamente isso.

  Sua boca permanecia aberta, mas nenhum som lhe escapava. Total era sua perplexidade, nunca antes havia visto James Barnes dançando, tão pouco uma música tão sensual, passos tão sensuais.

 

With the taste of your lips, I'm on a ride
You're toxic, I'm slippin' under
With the taste of your poison, I'm in paradise
I'm addicted to you
Don't you know that you're toxic?

 

  O quadril de Bucky acompanhava o ritmo sexy, imposto pela música, seu lábio inferior, vítima de seus dentes brancos. Suas mãos ao ar, vez ou outra, delimitando o contorno de corpos alheios, que se aventuravam à acompanhá-lo na dança.

  Sam sentiu a absurda vontade de intrometer-se na dança, mas com qual motivo? Permaneceu apenas observando, até que a garçonete de madeixas arroxeadas aproximou-se de Bucky, ela parecia experiente nos passos que executava.

 

Intoxicate me now
With your lovin' now
I think I'm ready now
(I think I'm ready now)


 

 Quando ambos aproximaram-se perigosamente, Sam prendeu a respiração, um ato involuntário. E então, quando Lauren guiou seus lábios com pigmento avermelhado, aos finos e róseos lábios de Bucky, Sam virou-se evitando perpetuar a visão. Sentiu-se enojado, uma ânsia correu seu estômago, forçando-o a buscar um ar mais puro. Espremeu-se pelos corpos, por fim, alcançando a porta, respirando fundo, o ar gélido lhe trouxe um conforto momentâneo.

  James Barnes sentiu uma língua lhe invadir a boca, era voraz e em nada se comparava ao beijo que outrora havia dado em Sam. Afastou-se rapidamente, desculpou-se e rumou para fora do bar, alegando que a tequila havia chegado à sua cabeça e que precisava de ar puro.

  Suas funções motoras, tais como suas faculdades mentais, haviam lhe abandonado em larga escala. Suas pernas demoravam para receber o estímulo que seu cérebro enviava. Sua visão não passava de um borrão, imitando uma pintura abstrata. Embora tudo isso contribuísse para distraí-lo, Sam Wilson sempre destacava-se de tudo e todos, pelo menos Bucky via assim.

  — Saaaam! — era notável seu nível de embriaguez. — Largou seu acompanhante, que bom.

  — Acompanhante? — assim que pronunciou a palavra, recordou-se de ter conversa com Stark mais cedo. — Ah, sim. Ele precisou ir. Podia ter se juntado à nós, mas preferiu agarrar a garçonete. Entendo.

  — O quê? Eu não preferi agarrar ela. Não ela. — sua garganta estava seca e sua cabeça começava a girar desenfreadamente. O álcool não havia enebriado apenas seus sentidos, havia lhe concedido uma coragem que estava prestes a usar. — Eu preciso tirar uma dúvida. Me ajuda?

  — Ajudar no quê? — suas sobrancelhas arqueadas, sua respiração exalando sua impaciência.

  — Nisso… — Bucky aproximou-se, Sam tão tomado pela raiva, nem ao menos notou a aproximação.

  Rápido e devagar, a perfeita descrição do momento, as mãos de Bucky agarradas à nuca de Sam, puxando-o para mais perto, esmagando seus lábios contra os dele. Sam deixou-se levar pelo automático, fechando os olhos, agarrando-se à Bucky, como se a qualquer momento ele pudesse escapar. Ou ser apenas mais um sonho.

  As línguas traçavam gestos sinuosos, buscando um domínio maior a cada segundo. Como uma dança onde ambos desejavam impor o ritmo. Sam buscava ao máximo, gravar o sabor do beijo, álcool e limão, e lábios macios, que serviam apenas para instigar para mais e mais beijos.

  Bucky sentia-se obrigado à manter o beijo, mesmo que seus pulmões insistissem por ar. Afastar-se não era opção. As mãos percorriam pelo torso de Sam, apalpando a musculatura que outrora já havia apalpado. Sam não ficava por menos, deixando-se guiar pelo desejo que lhe fervia as veias, guiou suas mãos até a curvatura exata, onde pode sentir o belo formato dos glúteos de James Barnes.

  Ambos aproveitando ao máximo, até que o ar fez-se necessário, obrigando-os a criar uma distância. Logo rompida por mais um beijo de perder o fôlego. Assim como as línguas travavam uma batalha, as mãos também, buscando cada qual, percorrer um maior pedaço de carne alheia.

  — É melhor achar meu carro. — Bucky disse após o término do quarto beijo. — Tenho uma vaga lembrança de ter estacio nado ele por aqui. — seu dedo indicava um perímetro que rodeava todo o bar.

  — Vamos. — Sam envolveu-o com o braço esquerdo, ajudando-o a caminhar até a rua que fazia esquina com o bar. Lembrando-se da preferência de Bucky por sempre estacionar ali. — Chaves! — a destra estendida assim que avistou o carro.

  Bucky tateou o bolso dianteiro da calça, entregando a chave para Sam. Dentro do carro, Sam deu partida, olhando para o banco do carona. Onde Bucky parecia dormir tranquilamente.




 

  As batidas na porta eram intermitentes, descoordenadas. Steve obrigou-se a sair de seu quarto, a toalha ainda envolta de sua cintura.

  — Já vai! — disse um pouco impaciente. Havia esquecido do famoso olho mágico, abrindo a porta num rompante, dando de cara com seu chefe, aparentemente, bêbado. — Tony? O que faz aqui?

  — Foi o endereço que eu lembrei. — respondeu enquanto abria passagem para dentro do apartamento. — Malditas escadas. Será que é tão difícil concertar um maldito elevador? — seus passos desorientados, guiaram-no até a raque, esbarrando na mesma.

  — Não se lembrou do seu endereço, mas lembrou do meu? — Steve ajudou-o antes que ele pudesse derrubar alguma coisa da raque, ou a raque.

  — Não… e ainda bem. Duvido que teria um loiro seminu na minha casa. Em qualquer uma delas. — Tony deixou seu sorriso mais malicioso lhe desenhar os lábios. Mordendo o lábio inferior, logo após.

  — Provavelmente, estaria uma loira preocupada. — Steve levou Tony até o sofá, forçando-o a se sentar. — Não que eu acredite que você se importe com isso. Já que tudo o que você faz, deixa bem claro que não.

  — Está insinuando que não me preocupo com a Pepper? Eu me preocupo sim, tento dar o melhor porque ela merece. — Stark fez menção à se levantar, prontamente impedido por Steve.

  — Não parece. Mas não vamos discutir isso agora. Fica sentado aí, vou me vestir e te levo pra casa. Isso se você conseguir se equilibrar numa moto. — suas palavras foram proferidas ao ar, seu corpo se afastava, deixando um curioso Tony sozinho na sala.

  — MOTO? — provavelmente a única palavra que se afixou em seu cérebro. — Não, ele está brincando.

  Constatando sua solidão na pequena sala, Stark levantou-se, observando os itens escolhidos para decoração. Na raque, um pequeno fusca azul, a porta do motorista estava emperrada. Ainda com o carrinho em mãos, seguiu para a cozinha, abrindo gavetas em busca de uma faca com a ponta extremamente fina, afim de concertar o pequeno carro.

  — Não demo… TONY? — no corredor, parou, não mais encontrando Tony onde havia deixado.

  — AQUI! — a passos lentos, saiu da cozinha americana, olhando Steve completamente vestido. — Ah, que pena. — lamuriou baixo. — Consertei, de nada. — entregou-lhe o fusquinha.

  — Obrigado?! — confuso, Steve pegou o carrinho, abriu a porta do motorista e percebeu que ela moveu-se como se fosse nova de novo. Um sorriso bobo escapou por seus lábios, notado por Tony, que o observava com total atenção.

  — Sobre a moto… era brincadeira, né? — Stark mantinha as sobrancelhas arqueadas.

  — Não, você parece bem. Acho que consegue se equilibrar na minha moto. É melhor do que te deixar num táxi. — Steve descansou o fusquinha no seu lugar exato, pegou a chave da moto, balançou-a no ar, deixando-a visível para Tony. — Vamos?

  Sem esperar respostas, Steve apagou a luz da sala, abriu a porta, deixando a luz do corredor iluminar o ambiente. Tony, a contragosto, acompanhou o loiro. Desceu os lances de escada, até um pequeno estacionamento do prédio. Ali estava, a moto de Steve, absurdamente bem cuidada. O cano de descarga, refletia toda e qualquer luz, próxima o suficiente.

  Entregando um dos capacetes para Tony, Steve colocou o seu, ligando a moto em seguida.

  — Não está com medo, está? — perguntou vendo a insegurança em Tony.

  — Não seja tolo, não tenho medo de nada. — subiu na moto e sentiu um calafrio por todo o corpo.

  — Segure-se firme. Não quero causar nenhum acidente envolvendo meu chefe bêbado. — Steve sorriu, embora não soubesse o porquê de tal ato.

  As mãos de Tony rodearam a cintura de Steve, ambos mantinham um silêncio confortável. Tony sentia a fragrância de Steve, nada muito forte, um cheiro fresco, como um dia na praia. O vento vinha de encontro à seus corpos, quando chegaram à pista de alto fluxo, Steve por fim rompeu o silêncio

  — Devo te levar pra onde? — sua voz mais alta que o habitual.

  — Torre Stark! — berrou Tony, em resposta.

  Nenhuma outra palavra fora proferida. Stark, embora embriagado, não deixou de se aproveitar do belo corpo de Steve. Até usaria isso como defesa, caso fosse questionado sobre seus atos. Suas mãos, vez ou outra, desprendiam-se da cintura de Steve, escorregando sutilmente para as coxas torneadas do loiro. Outras vezes, faziam o caminho inverso, rumando para o tórax do loiro.

  — Quer parar com isso? — Steve perguntou olhando para Tony pelo retrovisor.

  — Não, mas obrigado por perguntar!

  Steve parou de questionar, quanto antes chegasse na torre, mais cedo se libertaria da responsabilidade de vigiar Tony Stark.

  O estacionamento, vazio, parou o mais próximo possível do elevador. Tony desceu, tirou o capacete e tropeçou em seus próprios sapatos, sendo arremessado contra as portas do elevador.

  — PUTA MERDA! — esbravejou, levando as mãos à têmpora.

  — Doeu?

  — Não, estou reclamando porque é divertido. — o olhar que Tony lançou à Steve, ocasionou numa gargalhada do loiro. Enquanto o mesmo descia da moto.

  — Se ainda estivesse com o capacete, isso não aconteceria.

  — Eu tropecei porque fiquei enrolado pra tirar isso. — ele apontou para o capacete à seus pés. — Merda! — sua destra com manchas de sangue, provavelmente de sua testa.

  — Foi um corte pequeno, mas precisa limpar. Vamos, lá em cima deve ter uma caixa de primeiros socorros. — Steve estava disposto à ajudá-lo. Sabendo que provavelmente ele não o faria sozinho.

  O elevador privativo, levou-os até a cobertura,  assim que as portas se abriram, Steve ficou boquiaberto com a visão. Uma ampla sala de estar, um mini bar defronte à janela que circulava quase toda a sala. A vista para a cidade iluminada era deslumbrante.

  — Tem uma maleta de primeiros socorros no banheiro social. — Stark jogou-se no sofá, apontando para um corredor próximo.

  Steve caminhou, esperando encontrar alguém, talvez a senhorita Potts. Mas não se ouvia barulho algum, além de seus passos e respiração. Se não fosse por JARVIS indicando o caminho, Steve se perderia no caminho.

  — Pronto. Deixa eu ver. — Steve ajoelhou-se ao lado de Tony, observando o corte em sua testa. Abriu a maleta, pegando uma gaze e soro fisiológico para limpar a ferida. — Pensei que a senhorita Potts estivesse em casa. — comentou ele enquanto colocava um pequena quantidade de remédio, por cima do corte.

  — A senhorita Potts, não mora comigo. — seus olhos fechados, repuxando vez ou outra, um músculo fácil. Um espasmo em resposta a dor. — Longa história, um dia te conto. — por fim, seus olhos se abriram, encontrando o mais belo azul. Levantou-se, mas sua cabeça girava insanamente. Seu peso, sustentado por Steve, que se pôs de pé ao perceber a tontura de Tony.

  — Eu te ajudo, vem.

  — Preciso ir pro banheiro, vai me ajudar nisso também?

  — Vou te levar até lá, depois você dá seu jeito.

  Steve sustentou quase todo o peso do corpo do moreno, guiando-o para o único banheiro para o qual saberia ir, o banheiro social.

  — Obrigado, Steve. — desvencilhou-se dos braços fortes que o amparava, cambaleou até a privada, ajoelhando-se ao chão, colocando para fora, tudo o que embrulhava seu estômago.

  Steve deixou-o sozinho no banheiro, mas pode ouvir quase tudo. Com receio de deixá-lo sozinho, optou por permanecer, até que visse uma melhora considerável.

  — JARVIS? Onde fica a cozinha? — olhava para o teto, como quem busca uma resposta dada pelos céus.

  — Acompanhe-me, senhor Rogers. — de imediato, Steve não compreendeu, sendo então surpreendido por luzes de sinalização, escondidas, sutilmente, nas paredes, próximas ao teto.

  Steve pôs-se a preparar algo leve para comer, fez um café para ajudar a acorda, achou aspirinas na bancada da cozinha, e ingredientes para panquecas. Após colocar todo o álcool pra fora, Stark precisaria repor as forças.


Notas Finais


PLAYLIST: https://open.spotify.com/user/marcal.carol/playlist/4ghvJnVFQylXs0eJ3ykAGO

Críticas construtivas, são bem vindas.
Até os outros!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...