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História Tinha que ser logo você? #Borusara (Reedição) - Sete letrinhas


Escrita por: Uzumaki-Di

Notas do Autor


Voltei por aqui...
"afinal quem é vivo sempre aparece" rs
Espero que gostem do cap escrito com carinho.
Beijinhos e boa leitura

Capítulo 14 - Sete letrinhas


Fanfic / Fanfiction Tinha que ser logo você? #Borusara (Reedição) - Sete letrinhas

Duas semanas haviam se passado, entretanto poucas coisas haviam mudado. 

Sakura mexia lentamente a colherzinha dentro da xícara de chá. Os olhos verdes esmeralda fixos na filha sentada à sua frente. 

Distraída. 

Com o semblante entristecido e o olhar perdido no próprio prato de comida. 

Parecia até que a morena simplesmente não estava ali. Até que seu celular vibrou e vibrou sem parar, sendo ignorado pela garota, que permaneceu muda, quase imóvel. Com exceção do coração que batia amedrontado dentro do peito. Prevendo de quem seriam as possíveis mensagens que chegavam no aparelho. 

– Não pretende atender as ligações? Esse negócio não para de piscar em cima da mesa – a rosada sinalizou na intenção de ganhar a atenção da Uchiha, porém foi tudo em vão. 

Sarada nem sequer ergueu o olhar na direção da mãe, que suspirou em derrota. Começando a verdadeiramente se preocupar. 

– Aiaiaia ... aconteceu alguma coisa entre você e o Boruto? Aquele menino está sempre aqui em casa, te trouxe até flores outro dia... que eu vi pelas câmeras de segurança. 

Sakura comentou, julgando que o problema da filha, na verdade, não tinha relação com o garoto loiro de olhos azuis. 

– Hãã!? O Boruto? 

E exatamente como a mais velha havia desconfiado, a mera menção ao nome do filho de Naruto, iluminou o rosto de Sarada, fazendo as pupilas dela dilatarem e as bochechas adquirem certo rubor. 

– Não mãe... a gente tá bem. O Bolt tem sido bem legal comigo. – ela se limitou a responder. Os pensamentos aéreos. – Posso me retirar? Tô cansada. O treino de hoje foi puxado por conta das estaduais que estão se aproximando. 

Sarada falou já fazendo menção de levantar e seguir para o quarto, quando a mãe a segurou pelo braço. 

– Tsunade tem pego pesado com você? – indagou a mais velha, ciente de como a Senju poderia ser exigente quando enxergava possibilidade de medalhas para a sua equipe de natação.

– Ahh um pouco. Mas eu gosto de dar duro na piscina... você sabe, mesmo morando aqui nesse fim de mundo, eu não desisti do meu sonho. 

A  Uchiha sorriu amarelo, apertando o celular fortemente no bolso do moletom.

– As olimpíadas? Shannarõ!! Que boa notícia, querida. Achei que talvez você pudesse ter repensado sobre isso...

Sakura sorriu, falando tão animada, que a menina até se assustou com tamanho entusiasmo naquela hora da noite. 

– Sim, mãe... eu posso ir agora? 

Sarada tornou a perguntar seca, sentindo o celular vibrar incessantemente.

– Claro, meu amor. Vá descansar, é melhor. Boa noite e qualquer coisa que precisar... é só me chamar. Devo sair para o plantão amanhã bem cedinho, mas deixarei seu café da manhã pronto. 

A rosada se aproximou e depositou um beijo com ternura na testa da filha, antes de observá-la partir. 

Havia algo de errado, de muito errado. Sua intuição materna apitava em conjunto do coração descompensado. 

Sarada estava quieta demais. Além do normal que habitualmente costumava ficar. 

(...)

Deitada na cama, já devidamente trocada com um short curto e uma camiseta de basquete antiga de Boruto.  Após tentar se concentrar inutilmente na leitura de seu livro favorito, a morena resolveu então checar o celular. 

Estranhando, a quantidade de mensagens recebidas do loiro. E escolhendo deliberadamente apagar todas as demais do número desconhecido. 

[Boruto] 22:22 tá acordada?

[Boruto] 22:25 tô precisando de você, me responde, linda.

[Boruto] 22:31 por favor... 

[Boruto] 22:35 Sarada?! Me dá atenção! 

Preocupada com a insistência do Uzumaki, ela resolveu logo digitar uma resposta, castigando o lábio inferior por culpa do nervosismo. 

[Sarada] 22:47 tô acordada sim. Desculpa... tava lendo e só vi algora as suas mgs, Bolt. Aconteceu alguma coisa? 

[Boruto] 22:48 tô indo aí. 

Foi o que Boruto se limitou em enviar e mais que depressa, Sarada levantou da cama e correu para trancar a porta do quarto, com medo de que o barulho pudesse despertar a atenção da mãe no cômodo ao lado. 

Respirando em expectativa, olhos negros fixos na varanda, ciente por onde o loiro apareceria para visitá-la, furtivamente no meio da noite, como ele sempre fazia.

Realmente não demorou muito para que o Uzumaki surgisse todo esbaforido, os fios de cabelos bagunçados, os olhos azuis arregalados e as bochechas vermelhinhas pelo esforço da corrida. 

De posse de uma mochila nas costas que logo ele soltou despretensiosamente no chão. 

E sem que a Uchiha tivesse tempo hábil de dizer qualquer palavra, Boruto se jogou nos braços dela necessitado de seu abraço, enterrando o rosto na curvatura do pescoço da garota e sorvendo o cheiro bom dela como se precisasse disso para sobreviver. 

– Amo esse seu perfume... Amo você.– ele sussurrou, talvez pelo calor do momento ou talvez por conta da emoção sentida. Talvez até nem mesmo tenha percebido a confissão proferida por acidente. 

"AMO VOCÊ" 

Todavia, Sarada notou. Corada, com o coração todo descontrolado, emocionada em excesso. Ela notou. As duas palavrinhas, as sete letrinhas. Que juntas tinham um significado enorme. Um peso gigantesco em um relacionamento a dois. 

Ahh ela notou. E como poderia não notar? 

Porém, embora estivesse por dentro explodindo em felicidade, a morena optou por silenciar naquele instante, estancando toda a emoção bem no fundo do peito. Ainda aflita com a visita repentina do namorado. 

Algo estava errado. 

Boruto estava quieto demais. 

O olhar agitado demais e os lábios comprimidos demais. 

– Bolt... que foi? Vem aqui. 

Tentando não demonstrar sinais de preocupação, Sarada o puxou pelas mãos, guiando-o até a cama e fazendo com que Boruto sentasse ao seu lado. 

O que ele prontamente o fez, livrando-se dos próprios tênis com a ajuda dos pés e sentando acomodado com a cabeça no ombro dela. 

Sarada era seu porto seguro. Ela era o seu lar. 

– Você fica tão linda com as minhas roupas. – ele disse ao bater os olhos na regata de basquete que ela trajava. Tão grande e comprida que podia facilmente ser confundida com um vestido. 

– Ahhh é que... que... é confortável pra dormir. 

A Uchiha tentou justificar o injustificável. O rosto quente em vergonha. 

Como poderia explicar, que escolhera usar propositalmente aquela regata com a intenção de sentir o cheirinho gostoso do loiro, impregnado no tecido? Seria embaraçoso demais. 

– Dormir... 

Boruto suspirou longamente, soltando os braços ao lado do corpo, como se estes pesassem toneladas. 

– Então, linda, eu vim até aqui justamente pra isso. Pra dormir abraçadinho com você.

Ele contou, erguendo o rosto e levando os olhos azuis até os ônix dela. 

E diferentemente das outras vezes, Sarada não sorriu, percebendo no ato pelas íris vacilantes dele, que Boruto escondia alguma coisa. 

Pelo tempo de convívio intenso ao lado do Uzumaki, a Uchiha já havia aprendido que era da natureza dele querer resolver os problemas sozinhos, carregando o peso do mundo nos ombros. 

– E porque? Porque isso de repente?  

Sarada arqueou uma das sobrancelhas o encarando fixamente. 

Não era que ela não quisesse dormir com o namorado. Era só que Boruto escondia algo. Algo sério. E isso a incomodava demais. 

– E eu preciso ter motivos pra querer dormir com você, bravinha? – ele bufou, levando as mãos até os cabelos, ciente de que, cedo ou tarde teria que contar a ela. 

Bom, talvez nem tudo necessariamente precisasse ser dito. 

Afinal, o loiro havia jurado manter discrição e sigilo a seu "amigo oculto".

Ajeitando-se na cama, como tinha o costume de fazer, deitando com a cabeça no colo da morena, Boruto espremeu os olhos azuis e mordeu o canto da boca, nitidamente agoniado. 

– Tecnicamente sim, mas vou relevar desta vez. – ela abriu um meio sorriso. – Me  fala, Bolt o que tá te incomodando...

Sarada insistiu. O pedido quase sendo uma súplica dolorida, ansiando por querer que o loiro dividisse o que o afligia com ela. 

– Meu pai chegou na cidade. – ele soltou ainda de olhos fechados. E imediatamente o peito da  Uchiha se apertou, em um desejo único e egoísta. 

Talvez, só talvez o pai dela também pudesse estar vindo para Konoha. Afinal eram sócios da mesma empresa. Foi o que ela pensou inevitavelmente, antes de voltar a atenção para o Uzumaki. 

– E isso não é uma boa coisa? Faz meses que você não o vê. – Sarada comentou em um tom ameno, enquanto acariciava os fios loiros dele, querendo verdadeiramente confortá-lo. 

– Deveria ser, linda. Se a primeira coisa que aquele velhote não fizesse fosse arrumar briga comigo. – Boruto bufou, recordando-se com pesar e amargura a briga homérica que havia tido com o pai, horas mais cedo sobre sua festa de aniversário. 

E a Uchiha intensificou o carinho que fazia nas madeixas dele, encorajando-o a continuar com a narrativa. 

– É simplesmente ridículo, sabe? Ele passa meses fora e quando retorna acha que tem o direito de decidir a minha vida? Como se me conhecesse de verdade... Como se soubesse do que eu gosto... Como se fosse meu amigo...

O loiro praticamente vomitou as frases uma atrás da outra, agitando as mãos ao pronunciá-las. 

– Ahh mas pelo menos ele parece se esforçar para te agradar, Bolt. Já o meu... 

Sarada respirou fundo lembrando-se da última vez em que havia saído para passear com Sasuke. 

Havia sido ainda em Nova York e o mais velho a levou em uma feira de comidas típicas onde acontecia uma competição sobre quem conseguia comer mais cachorro quente. Apesar de não saber como lidar com a filha adolescente, inclusive oferecendo as costas para que ela andasse de cavalinho, como se ainda fosse uma criança. Do seu jeito peculiar, o Uchiha se esforçou em agradá-la. Todavia, magoada com a longa ausência do progenitor, a morena julgou todos os esforços como sendo inúteis. 

– Mas eu já tinha deixado bem claro que não queria festa, não queria presente caro, não queria nada vindo dele... – Boruto resmungou parecendo fazer manha. – Aí sabe o que ele fez? Decidiu por conta própria organizar tudo de surpresa! Fechou aquela balada famosa que a ChoCho vive falando, contratou o melhor DJ, buffet de comidas e bebidas e armou um mega festão a fantasia para comemorar o meu aniversário. Como se isso fosse compensar a ausência dele nos meus aniversários anteriores. Velhote idiota...

O loiro contou de maneira enfezada, enumerando nos dos os feitos do pai. 

– Boruto... mas poxa ele fez tudo isso achando que você fosse gostar. Afinal sua fama de "garoto festeiro" o persegue... – a Uchiha tentou pormenorizar. Embora a ideia de uma grande festa também não a agradasse muito. 

– Só que ele podia ter ao menos me consultado né, Sarada! Caramba... eu tinha outros planos para esse dia. E essa minha fama que você falou mudou no dia em que te conheci. – ele bufou cruzando os braços na frente do corpo, todo birrento. – Só quero ficar com você, bravinha... poxa. Inclusive no dia do meu aniversário. 

Boruto fez beicinho e Sarada teve vontade de guardá-lo em um potinho. Para que nada de mal acontecesse com esse loiro com jeito de moleque levado. 

Exausta física e mentalmente por conta da natação e de suas próprias preocupações com as constantes ameaças que vinha recebendo por mensagens de texto. A Uchiha então pediu para que o Uzumaki se erguesse rapidamente, apenas o suficiente para que ela conseguisse deitar na cama ao lado dele.

Estava tarde e o melhor seria adormecer logo. 

Como se fosse uma coisa natural, Boruto se acomodou, puxando o corpo dela bem juntinho do seu, em um perfeito encaixe. Envolvendo Sarada com seus braços e enlaçando com as pernas, sorrindo verdadeiramente feliz por ter a sua garota ali . 

E a morena não reclamou, desejando igualmente ficar perto dele. O medo e a tortura psicológica que vinha sofrendo silenciosamente a fazia temer perder esses momentos preciosos ao lado de Boruto. 

A fazia temer perder Boruto propriamente. 

– Sara... obrigado por me deixar ficar... eu não queria ter que voltar pra casa hoje e encontrar com o meu pai. Sério... obrigado, linda. – ele murmurou ao mesmo tempo que passava a ponta dos dedos pelo contorno do nariz, bochechas e lábios dela. 

E a Uchiha repentinamente arqueou uma das sobrancelhas recordando-se das palavrinhas que o garoto havia proferido momentos antes, no início da conversa. 

"AMO VOCÊ"

Os lábios sendo mordidos, o coração disparado e a dúvida a corroendo por dentro. Definitivamente Sarada tinha que dar um jeito de perguntar. Ela precisava saber ou achava que iria enlouquecer. 

– Humm "Sara"? Mas eu te contei que, assim como meu tio Itachi dizia, somente quem me ama de verdade tem o direito de me chamar assim... tão intimamente. 

A morena jogou a isca, torcendo para que o garoto fisgasse. E inocentemente, ou não. Boruto respondeu como se falasse o óbvio. 

– Ahhh Sara, você é esperta,  já deveria saber que eu amo você. 

E quase entrando em combustão por dentro, mas sem saber como responder, tímida demais para revelar seus próprios sentimentos, Sarada o puxou pela gola da camiseta rosa claro que Boruto usava, pressionando os lábios nos do garoto que não hesitou um segundo sequer em retribuir o beijo na mesma intensidade. 

Era raro para Boruto ser beijado por alguém. Mas a Uchiha conseguiu fazer isso com maestria, o levando a enxergar cometas de olhos fechados.

E o jeito como ele a beijava de volta, todo carinhoso e ao mesmo tempo repleto de um desejo descomunal, logo esquentou o clima entre os dois. 

A regata de basquete que Sarada vestia, não ajudava muito. Expondo nas laterais todo o corpo dela, tendo apenas os seios escondidos em um top preto pequeno. 

Foi incrível como simples palavras lotadas de sentimentos tinham tanto poder. E Boruto pareceu perceber isso pois sua confissão havia despertado em Sarada reações lascívias que ele adorou assistir. 

Ela estava selvagemente linda demais. Irresistível. E o devorando feito uma felina como se Boruto fosse a sua presa.

Ofegante, os lábios entreabertos pelos beijos trocados, as mãos de dedos finos da garota exploravam com afinco cada pedacinho do tórax, dos braços musculosos e da barriga definida dele. Sentindo o calor que a pele fervente do Uzumaki emanava, começando a consumi-la, a envolvê-la em um caminho de luxúria sem volta.

Até que, impulsionada pelos gemidinhos fofos que Boruto soltava, ao mesmo tempo em que revirava os olhos ansiando por mais. Sarada desceu seus toques curiosos até a região da virilha do loiro, sentindo com as mãos, um tantinho trêmulas, a dureza da ereção dele. 

Instantaneamente, Boruto arfou, muito surpreso, se contorcendo para não desmanchar com os toques exploratórios dela.

Céus. 

Como ela estava sendo ousada ao tocar ali... Era quente e duro e quente... terrivelmente quente. 

Um rubor absurdo tomou conta do rosto da Uchiha, deixando-a completamente vermelha. 

Todavia havia sido tarde demais.

Os olhos azuis penetrantes de Boruto vidrados nos ônix dela e os gemidos constantes que ele soltava, a cada movimento de fricção por cima da calça de moletom que Sarada fazia. A instigava a querer mais e mais dessa sensação poderosa de ser a responsável pelo prazer do garoto, mesmo que minimamente. 

Era tudo por ela. Os olhares intensos de Boruto, os gemidos desprovidos de pudor, os arrepios pelo corpo todo, e os sentimentos mais puros. 

– Ahhh caramba bravinha... me deixa tocar em você também ou eu vou enlouquecer. 

Boruto suplicou sôfrego, as mãos cheias de euforia subindo pelas coxas de pele leitosa dela até chegar onde ele queria. Bem ali, no "meinho" das pernas da Uchiha. 

E puta que pariu! Como Sarada estava quente e excitada e terrivelmente molhada, apenas por beijá-lo e tocá-lo. 

O loiro sorriu vitorioso, o ego inflado e o tesão nas alturas. Afastando para lado os tecidos do short e da calcinha que lhe impediam os movimentos. E começando a mexer os dedos em um ritmo deliciosamente lento,  exatamente no ponto mais sensível dela, arrancando suspiros de Sarada que mordia a própria mão, na intenção de se contar e não gemer. 

Ela não era uma garota inocente. Já havia tido um "lance amoroso" no passado com alguém que destruiu seu coração. 

Todavia era a primeira vez que dava permissão para um garoto tocá-la tão intimamente. 

– Bo-Borutooo... 

Sarada soltou sem querer, sentindo o corpo inteiro retesar e um calor absurdo a consumir, fazendo as pernas tremerem. 

Aquilo era bom. Bom demais. 

O carinho dos dedos dele haviam se intensificado ao mesmo tempo em que Boruto sorria diabólico, com uma sobrancelha arqueada, muito ciente da tortura prazerosa que estava infringindo contra a Uchiha. E se deliciando dos sons e expressões que ela lhe entregava. 

– Eu... eu....Borutooo... – ela grunhiu manhosa, arqueando as costas e sentindo que logo logo algo iria explodir dentro de si.  

– Acho... que eu vou... eu vou... 

Sarada mal conseguia falar, respirando rapidamente. 

– Sim, você vai meu amor... – ele sorriu safado. – Vem... se entrega pra mim, Sarada.  

Habilidosamente Boruto acelerou os movimentos que fazia sustentando o olhar fixo nos olhos ônix da Uchiha que brilhavam intensamente. E notando que ela estava prestes a atingir o clímax, o loiro então retirou a mão de Sarada que ainda o tocava por cima da calça, e entrelaçou seus dedos aos dela. 

– Amo você.... amo muito você. – ele sussurrou. Os lábios roçando nos entreabertos dela, multiplicando as reações indescritíveis de prazer que a morena sentia. 

Perfeita. 

Aos olhos do Uzumaki, a visão de Sarada com o rosto ruborizado, batendo os cílios rapidamente, respirando ofegante e tremelicando por inteira ao ter um orgasmo. Era a personificação da palavra perfeição. 

E ainda embevecida pelo torpor, ela fez o que julgou mais certo a fazer. 

Sarada chocou seus lábios nos de Boruto, dando início a um tórrido beijo, embrenhando os dedos nos fios loiros dele e puxando-os com relativa força. 

– Te amo... Boruto Uzumaki. – ela declarou quase inaudível, entre um beijo e outro, sem desgrudar dos lábios dele. Voltando a explorar o corpo do loiro com afinco. Sedenta por poder absorver cada pedacinho dele. Parecendo temer que aquilo tudo não fosse real e sim apenas um sonho. 

E percebendo o modo meio possessivo, meio afobado com que era beijado e abraçado, com o coração todo descontrolado ao saber ser correspondido. Boruto parou de repente tudo o que estavam fazendo. Fixando seus olhos azuis nos da Uchiha, que pareciam esconder algo. Algo sério. 

– Que foi, minha bravinha? Você... você tá chorando, Sarada? 

O Uzumaki engoliu em seco, ao observar uma linha d'água se formar em cada orbe negra dela e uma lágrima solitária escorrer pela bochecha, sendo devidamente enxugada pelos lábios ele.

– Nã-não tô... é só impressão sua, Bolt. Me deixa retribuir o que fez comigo...

Sarada esforçou-se em disfarçar o medo crescente em perdê-lo que a assombrava, propondo voltar a fazer o que os ocupava antes. Dar uns amassos. 

– Deixa isso pra outro dia... – Boruto se arrumou na cama e a trouxe para perto, tão perto que o corpo de Sarada ficou quase em cima do seu. 

– Tudo o que eu quero agora é ficar agarradinho com você. – disse ao deixar um beijo na testa dela. – Além do mais, se você continuasse com o que tava fazendo eu não iria conseguir me segurar e precisaria tomar um banho... gelado bem gelado. 

– Aff...idiota. – ela murmurou e Boruto soltou um riso ladino, fechando os olhos na intenção de dormir ao lado daquela que ele sabia agora corresponder seus sentimentos. 

– Boa noite amor... 

Ele emendou logo depois, enquanto acariciava os fios dela.

Todavia, Sarada não respondeu. Absorvida pelo cansaço. 

(...) 

Quatro dias após a briga com Naruto não haviam sido suficientes para que pai e filho fizessem as pazes. Porém atendendo a um pedido de Hinata, embora muito a contra gosto. Boruto havia aceitado a ideia da realização da festa de seu aniversário, nos moldes como o pai queria. 

Um grande evento. 

E a celebração do aniversário de Boruto Uzumaki tinha rapidamente se tornado um dos assuntos mais comentados pelo colégio, por conta da divulgação na mídia sobre os preparativos da festividade. 

– Pare de reclamar Hikari! Você já tá falando besteira. Além dela ser nossa companheira de equipe, Sarada é a nossa garantia de medalhas no individual geral e consequentemente a melhor chance de uma boa colocação por equipes nas Estaduais. 

A Izuno falou incisiva,  de braços cruzados na frente do corpo em trajes de banho, complementando. 

– E eu não quero que você traga esse tipo de problema pessoal para as piscinas. Resolva suas tretas com a Uchiha depois dos treinos. 

– Tá ... tá eu já entendi Wasabi Não vou fazer nada que prejudique a equipe. Mas a Sarada pegou algo que era meu! E isso eu não posso deixar barato, você me conhece. – ela retrucou penteando os fios de cabelos curtinhos, recém pintados de preto,  antes de prendê-los por baixo da touca de natação. 

– E foi isso que você copiou exatamente o mesmo corte e coloração da Uchiha? Pra ficar parecendo com ela? Como se isso fosse fazer Boruto se apaixonar por você...? – Wasabi questionou, se segurando para não soltar uma risada sarcástica. Achando aquilo tudo patético demais. 

– Que? Cala a boca... esse tipo de corte é mundialmente famoso por ser igual ao da Trinity do filme Matrix. 

A ex loira respondeu com um sorriso que emanava tanta maldade que Wasabi até se arrepiou, sentindo um calafrio sinistro.

– Meninas! Wasabi, Hikari! Vão demorar muito aí? Pois tratem de ir terminar o aquecimento e entrarem na piscina. – esbravejou a Senju ao notar as duas garotas papeando dentro do vestiário.

Sem dizer uma palavra elas seguiram até a área onde os demais atletas já se aqueciam, incluindo a Uchiha. 

– Eiii Hikari, eu soube que o seu Uzumaki-loirinho tá namorando a nossa colega de equipe.– uma garota se aproximou, comentando com escárnio. – Ué... você não tinha falado que iria ficar com ele na festa a fantasia? E agora, amiga? 

– E nada mudou. Eu não desisti de reconquistar o Boruto. Ele ainda vai voltar a ficar comigo. Duvido que esse namorico seja real.  Ele nem deve gostar dessa garota estranha...Conheço o meu loiro... Vai ficar com essa sem sal, dizer que ama... mas só até conseguir o que quer. 

Hikari respondeu. O veneno escorrendo pelos lábios ao fazer menção à Sarada de forma pejorativa.

Ouvindo tudo, em silêncio enquanto fazia os exercícios, a Uchiha sentia o sangue borbulhar e o estômago embrulhar. 

Já não bastava as dezenas de mensagens que recebia de números desconhecidos, a insultando, a difamando e fazendo ameaças constantes? Também seria obrigada a aguentar desaforos dentro da própria equipe de natação? 

O corte de cabelo a imitando, as ofensas indiretas e as insinuações sobre Boruto. Tudo aquilo havia sido demais. Possivelmente a gota d'água para um copo de emoções prestes a transbordar. 

E sentindo que desmoronaria na frente de todos, Sarada deixou o local apenas de roupão, ignorando os chamados de Code e correndo com os olhos marejados pelo corredor externo do colégio, em frente ao pátio que ligava os pavilhões. 

Agoniada, achando que estava prestes a explodir, a Uchiha mal percebeu quando trombou em alguém, cortando o seu caminho

– Nossa... acho que o universo gosta de deixar a gente assim, né? – ele disse em um tom de flerte ao ampará-la no meio do gramado.

– De-desculpa... de novo. 

Envergonha por estar segurando o choro, Sarada não teve coragem de encará-lo, mantendo o olhar fixo nos pés descalços. 

– Ohh gata... que foi? Você tá se tremendo toda? Tá gelada... – o garoto perguntou, genuinamente preocupado. – Vem, vou te acompanhar até o vestiário feminino pra você se trocar e depois a gente vai tomar um cappuccino pra te aquecer, que tal? 

Um tanto desorientada, sabendo que o namorado estava ocupado e não poderia ajudá-la naquele instante, Sarada aceitou a proposta, mesmo hesitante. 

– Obrigada Shinki... mas você vai perder o treino....? Boruto disse que o próximo jogo é importante. 

Ela comentou ao começar a caminhar ao lado do garoto moreno, que estalou a língua, pouco se importando com os companheiros de time ou com Boruto Uzumaki ou com a partida que estava por vir. 

E tudo foi devidamente observado e registrado por uma sombra escondida atrás de uma árvore, perto da porta do ginásio de onde a equipe de basquete treinava. 

Pressentindo algo, com o coração apertado e um nó sufocante na garganta. Como se tivesse uma ligação, conexão ou qualquer coisa sobrenatural com a Uchiha. Não demorou muito para que Boruto surgisse pela saída do ginásio, rápido feito um raio. 

– Oee idiota. – o loiro ouviu uma voz conhecida o chamar de longe. 

Caminhando apressado com as mãos no bolso, ele seguiu até o interlocutor o que havia chamado. 

– Ahh oi... o que você tá fazendo aqui? – Boruto perguntou aflito, não querendo estender aquela conversa.

– Tsch... tapado igual ao pai. Incrível. Você sabe o que estou fazendo aqui. O meu trabalho.... – o mais velho murmurou quase sem mover os lábios. O tédio expresso na face. 

– Tá tudo bem com ela! E eu tô dando o meu melhor para cuidar e proteger a minha garota. 

Boruto fez questão de dizer, mesmo não sendo indagado e o homem revirou os olhos diante da última parte. "Minha garota" 

– É bom que esteja fazendo isso, moleque. Eu a confiei a você... na minha ausência. 

Coçando a nuca, nervoso o Uzumaki assentiu, desejando logo partir dali.

– Posso ir? Vou encontrá-la na area das piscinas.– Boruto perguntou, fazendo menção de ir. 

– Sarada não está no treino de natação... 

– QUE? E-e... onde ela tá? – o loiro indagou, odiando o jeito de falar de seu "amigo oculto". Com poucas palavras jogadas no ar. 

– Como vou saber... a namorada é sua... e eu não posso me fazer presente. 

O vulto das sombras deu de ombros e começou a caminhar na direção oposta, deixando Boruto ainda mais agoniado, procurando o celular nos bolsos para ligar para a Uchiha. 

Continua...

 


Notas Finais


Eaí? Já sabem quem é o "amigo oculto" de Boruto?
Dica: é o mesmo da versão anterior. Não alterei isso - nem teria coragem.
A Fanart diva é da @jeagar_27 (usuário do x)
Até a próxima att


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