O Ápice da Loucura
Lágrimas corriam soltas pelos olhos de Kaneki. Ele não podia acreditar no que estava vendo. Aquela nem parecia Kirishima Touka. O corpo dela estava totalmente machucado e multilado. Seu corpo estava coberto de sangue. Pedaços carne foram arrancados de várias partes do corpo da garota. Havia furos em todas as partes. Muitos ossos estavam quebrados. A face da garota estava muito deformada. Suas pernas e braços estavam destroçados. Todos os sentimentos possíveis passaram pela cabeça do garoto. Ira, tristeza, dor, indignação, fraqueza, angústia e culpa. Tudo misturado. O garoto caiu de joelhos ainda segurando o corpo irreconhecível da garota. O choro era impossível de cessar. Ele se lembrava da garota de outra forma. Ela rindo e até mesmo com raiva. Ele queria vê-la de novo daquela forma.
- Touka-san... Perdoe-me... Por favor... A culpa é minha. – Disse o garoto chorando. – Eu deveria... Proteger a todos... Proteger-lhe. – Dizia Kaneki. Lágrimas caíam no rosto de Touka. – Eu me sinto... Um idiota... Por não estar perto... De você... – As feições malévolas do garoto se transformaram em feições de tristeza e dor.
- Isso... Não importa... Mais... Kaneki. – Dizia Touka. – O que importa... É que eu... Pude lhe ver... De novo. Era... Tudo... Que Eu... Queria. Suportei tudo... Apenas... Pra lhe ver... Uma... Última vez. – Finalizou a garota. Kaneki passou a mão no rosto da garota. Ela já não respirava normalmente. A tortura fora excessiva.
- Eu estou aqui... Agora... – Disse Kaneki. – E essa... Não será... A última vez que nos veremos... Pode ter certeza.
- Eu... Já estou... Morrendo... Kaneki. – Dizia a garota. Ela sentia que sua morte estava próxima. Ela já nem mais sentia nada. Ela só via aquele homem a sua frente. Kaneki estava diferente do que ela costumava conhecer. Ela não sabia o que tinha acontecido com ele. Mas não importava mais. Ela o vira e isso era o que importava. Ela achava que Kaneki não viria devido à briga dos dois. Fazia tempo que ela não o via. Porém, ela percebeu que ela era importante pra ele. Ela nunca viu Kaneki naquele estado de tristeza. Ela não pode deixar de ficar contente mesmo naquela situação. Ela morreria sabendo que Kaneki não a odiava.
Touka já sentia a escuridão se aproximar. Seus olhos começaram a pesar. Era a morte chegando. Ela nem mais podia ver Kaneki, pois a visão estava turva. Nem mesmo as lágrimas de Kaneki que caíam no seu rosto, ela podia sentir. A única coisa que ela pode sentir era algo caindo em sua boca. Algo líquido e minimamente pastoso. De repente, ela sentiu uma sensação sem igual. Aquilo tinha um gosto diferente. Era um gosto que ela não podia descrever. Ela repentinamente se viu num lugar bastante conhecido. Ela via mesas e cadeiras. Ela pôde sentir um cheiro muito conhecido. Café. O local estava limpo e brilhante. Ela caminhou alguns passos e após analisar melhor, ela percebeu onde estava. Ela se viu no salão da Anteiku. Logo a sua frente ela viu alguém lhe estendendo a mão. Alguém que ela conhecia bem. Havia um sorriso no rosto desta pessoa. Um sorriso que ela amava. Era Kaneki. Ela sorriu e correu em direção a ele e lhe estendeu a mão. Ela estava voltando à vida.
Quando Kirishima Touka viu o que estava bebendo, ela se assustou. Era o sangue de Kaneki. Ela não podia imaginar algo como aquilo.
- Kaneki... Como... – A garota foi interrompida. Kaneki não ia a deixar falar mais nada.
- O que eu lhe dei ainda não é nem de longe o mínimo para lhe curar. – Dizia Kaneki ainda chorando. – Porém, quando tudo isso acabar. Eu mesmo cuidarei de você. – Finalizou o garoto. Mesmo com tudo aquilo, ele esbanjou um sorriso enorme para a garota. Ela gelou. Era o sorriso que ela amava ver. O sorriso sincero de Kaneki.
Quando Tsukuyama entrou no local, ele pode ver toda a cena. Ele viu Yamori caído sangrando. Ele havia perdido um braço inteiro e quase toda a sua kagune. Noutro ponto, ele viu Kaneki segurando o que ele entendeu ser Touka. Até mesmo Shuu achou aquilo aterrorizante. Yamori realmente era um monstro. Porém, ele viu que a garota ainda estava viva. Ele viu Kaneki tirando seu manto negro e vestindo-o cuidadosamente na garota. Ele percebeu o estado de Kaneki e sabia que o meio-ghoul estava sofrendo. Porém, eles não podiam ficar muito tempo ali. Tinham que ir embora rapidamente.
- Vamos Kaneki-kun. Temos que sair. Touka precisa de cuidados imediatamente. – Falou Shuu se aproximando.
- Sim. Ela precisa. – Falou Kaneki. Sua voz era fria. - Eu o deixo encarregado de levá-la para os membros da Anteiku. Proteja-a com sua vida Tsukiyama.
- Oh! Claro Cher. – Disse Tsukiyama. – Mas e quanto a você? Você também tem que ir.
- Tuskiyama... Você acha que eu vou sair daqui sem antes brincar de mutilação? – Falou Kaneki de forma macabra. Ele virou-se pra Shuu. As feições de maldade estavam expostas novamente. Seu kakugan queimava. O vermelho brilhante ofuscava a vista. Seu sorriso macabro estava à vista novamente. Kaneki parecia um animal que estava a muito tempo faminto. Sua saliva descia pela boca. Era como se ele estivesse vendo uma presa para o abate. Tsukiyama sabia quem era a presa: Yamori. Ele também sabia que se não saísse dali, ele também seriam uma vítima.
Kaneki liberou o caminho para Shuu e o mesmo rapidamente, mas com cuidado, pegou Touka e partiu. Ele ainda pode ver meio-ghoul olhar para ambos e depois pra Yamori. Shuu sabia que Jason poderia se considerar morto. Kaneki levantou-se e foi até o ghoul que ainda agonizava. Kaneki o olhava com tanta maldade que Yamori sentiu seu sangue gelar. O meio-ghoul começou a rir de forma sinistra.
- Estou sentindo o cheiro de medo. Quem será que está amedrontado? – Perguntava ironicamente o meio-ghoul. Cada vez mais ele se aproximava do ghoul torturador. – Será que é você Yamori? O grande torturador? Será que está com medo de ser torturado?
- Então você veio Kaneki... Seu desgraçado. – Falava Yamori ao mesmo tempo sentindo uma dor enorme. Ele estranhara tal fato. A dor era intensa demais. Ele suportava muito bem qualquer tipo de dor. Ele não entendia o motivo de estar sofrendo tanto. Nem sua kagune estava se regenerando. – O que você fez? Eu não consigo sequer usar minha kagune. – Kaneki ria alto.
- Você é patético. Está sentindo tanta dor que nem percebeu que tem várias seringas com vacina CRC nos seus olhos. Você é um fracassado. – Disse Kaneki. Yamori não havia percebido. Quando ele se deu por conta, ele viu as seringas enfiadas no seu olho esquerdo. Eram pelo menos três seringas. Ele não viu nem o que aconteceu. – Você apenas diz ser forte. Mas no fundo, você é um nada. Nem percebeu o que aconteceu.
- Isso é impossível. Você jamais poderia ter feito isso sem eu ter percebido. – Dizia Yamori sofrendo com a dor no corpo. – Você jamais poderia ter feito isso tão rápido. Isso está fora da realidade.
- Fora da realidade? Sim. Fora da sua realidade. Pessoas fracas jamais poderiam executar tal técnica. Vou te mostrar como não é impossível. – Disse Kaneki mostrando seu sorriso macabro para Yamori.
Yamori novamente nem viu o que acontecera. Numa velocidade impressionante, Kaneki avançara contra Yamori. Kaneki apanhou as vacinas CRC que ainda não tinham sido usadas e em milésimos de segundo as enfiou no outro olho de Yamori. Kaneki enfiou todas as seringas sem piedade. Yamori caiu no chão. Uma dor exorbitante tomou conta de Yamori. Ele não aceitava que fosse tão fraco diante de Kaneki. Agora ele entendia o motivo da Aogiri o querer tanto. Ele era poderoso demais.
- Então quer dizer que você gostar de estuprar garotas indefesas, não é, Yamori? – Perguntou Kaneki com seu tom sinistro. Yamori tremia. – Aquela garota que você torturou e deixou naquele estado é tão importante pra mim que eu daria a minha vida por ela sem pensar. Aí você simplesmente a deixa naquele estado. – Kaneki se aproximara do ouvido de Yamori. – Eu vou te mostrar o que é tortura, Yamori. – Disse Kaneki.
Kaneki simplesmente começou a sessão de tortura. Ele não poupava um pedaço de Yamori sequer. Com o próprio alicate de Yamori, ele arrancava brutalmente vários pedaços do ghoul. Yamori gritava intensamente e pedia misericórdia, mas Kaneki não ligava. Ele jamais iria perdoar quem torturou Touka. Ele enfiava o alicate por dentro das feridas de Yamori e arrancava pedaços dos ossos do monstro. Ele arrancava com tanta brutalidade que alguns pedaços de órgãos eram rasgados juntos. Kaneki iria fazer Yamori sofrer bastante. Com o punhal que Yamori usou em Touka, Kaneki começou a perfurar o corpo do ghoul. Era uma cena horrenda. Kaneki enfiava sem parar o punhal no corpo do torturador. Sangue jorrava em seu rosto e corpo. Ele ria histericamente. Seu Kakugan estava brilhando intensamente. Kaneki lambia o sangue de Yamori que jorrava em seu rosto. Kaneki viu a marreta que também foi usada em sua amada e começou a batê-la na cabeça de Yamori. Logo ele desceu pras pernas de Yamori e começou a quebrar dos pés, passando pelas canelas até o joelho de Yamori. Kaneki se deliciava com os gritos de dor de Yamori e com o estralar dos ossos quebrados do mesmo. Kaneki pegou o braço arrancado de Yamori e o empurrou pela boca do ghoul que sequer conseguia abra-la. Yamori estava sentindo toda a dor que Touka sentira. Kaneki empurrava o braço de Yamori pela boca do mesmo forçando o maxilar do monstro. A força era tanta que o maxilar do ghoul se quebrou. Nem gritar mais Yamori podia. Kaneki soltou o braço de Yamori e o fitou. Ele ainda ria.
- Que obra de arte a minha, não é Yamori. – Gritava Kaneki de forma psicótica. – Eu vou torná-la melhor ainda. Espero que goste. – Finalizou Kaneki. Com as mãos, Kaneki começou a rasgar o corpo de Yamori. O meio-ghoul arrancou a pele do tórax do mesmo. Yamori apenas balbuciava coisas que podia se entender como gritos. Kaneki após deixar a carne do peito do torturador exposta, começou a arrancar pedaços com mordidas. Ele estava devorando o ghoul. Kaneki arrancava pedaços de Yamori com tanta ferocidade que realmente parecia um animal. As mordidas eram intensas e rápidas. Cada mordida arrancava grandes pedaços de carne do ghoul. Seu peito já estava com um grande buraco. Kaneki não se importava. Ele continuava mordendo. Yamori suportava e muito a dor. Kaneki percebeu isso e isso o deixava cada vez mais insano. Ele queria que Yamori suportasse o tempo que ele precisasse. Kaneki não deixaria barato o que Yamori fez com Touka. Kaneki parou de morder o peito do torturador e deu grandes mordidas no rosto deformado de Yamori. O pedaço de músculo que ainda segurava o maxilar ao corpo do ghoul foi arrancado. O maxilar do monstro ficou balançando como um pêndulo. Depois disso, Kaneki partiu para o braço que ainda estava grudado ao corpo. Ele não queria arrancá-lo facilmente como da última vez. Ele queria fazer isso da forma mais brutal possível. Kaneki pegou a marreta novamente e começou a batê-la na junta do braço com o ombro. Ele batia sem piedade. O som dos ossos se partindo lhe dava uma sensação maravilhosa. Ele queria continuar. Ele queria ouvir mais e mais aquilo. Ele batia com tanta brutalidade que acertava outras partes do braço da sua presa. O braço já estava despedaçado, mas ainda faltava a pele e os músculos danificados que ainda mantinha o braço ligado ao corpo. Era a vez de usar o punhal. Kaneki enfiava o punhal várias vezes no local. Ele furava e rasgava a pele e os músculos sem se preocupar com a demora. Ele queria gozar o quanto pudesse do sofrimento do torturador. Ele enfiava a faca em várias partes do local até um grande buraco se fazer no local. Kaneki logo arrancara o braço do monstro. Os balbucios de Yamori já eram quase inaudíveis.
- HAHAHAHAHA! MULTILAR, DESTROÇAR, ANIQUILAR! – Ria e gritava histéricamente Kaneki. – Veja Yamori... Estou fazendo uma linda obra de arte. E você é meu molde. Você devia se orgulhar. Estar uma obra magnífica. Mas quero embelezá-la ainda mais. – Kaneki socava o rosto de Yamori. Socava sem parar. – Um, dois, três, quatro, cinco, seis... Aaaahhh!!! Eu não consigo parar! Isso é maravilhoso Yamori. É tão magnífico que eu não quero parar. – Gritava Kaneki. Era realmente o ápice da loucura. – Sete, oito, nove, dez, onze... Está gostando Yamori? Por favor, diga que está. Diga que você ama isso, pois eu apenas retribuo sua arte. Vamos diga... Um, dois três... – Se havia naquele momento em Kaneki, resquícios do que ele era antes de aceitar seu lado ghoul, isso estava bem escondido nas profundezas da mente do meio-ghoul. Após parar de socar Yamori. Kaneki pegou novamente o alicate e começou a arrancar pedaços do estômago e do intestino de torturador de Touka. Ele puxava os órgãos com tanta força que afetava outros órgãos. Se é que tinha algum que ainda estava em bom estado. Kaneki sabia que Yamori ainda estava vivo, mesmo que naquele momento, devido à vacina CRC, ele fosse como um humano. Ele queria judiar mais e mais do corpo estendido no chão em cima de uma enorme poça de sangue. Yamori já estava praticamente morto. Sua respiração estava lenta e baixa. Ele já estava perto do fim. Kaneki percebeu isso.
- Ah que pena Yamori. Eu queria continuar mais com nossa brincadeira de fazer arte. – Disse Kaneki gritando mantendo seu tom psicótico. – Você já quer ir embora? Que pena... Espere mais um pouco. Antes de você ir, ainda falta o gran finale. – Kaneki arrastou o corpo já quase morto de Yamori até um local do domo onde havia algumas enormes barras de ferros. O rastro de sangue e órgão despedaçados se fez pelo local onde o ghoul foi arrastado.
- Então quer dizer que, além de torturar, você gosta de estuprar garotas, não é, Yamori? – Falou Kaneki com um tom mais sério. – Então eu resolvi que meu gran finale será o mesmo. EU VOU ESTUPRÁ-LO ATÉ A ALMA, YAMORI!!
Amon Kotaro corria de volta para o local de inicio da operação da CCG, quando o mesmo notou que havia uma carnificina enorme pelo caminho. Ele notou que havia corpos de ghouls e humanos no chão com as mesmas características; Totalmente partidos ao meio ou decapitados. Ele seguiu o rastro da carnificina até um domo que havia no esconderijo da CCG. Quando o mesmo entrou no local, ele ficou paralisado. Para ghouls, o ato de devorar o corpo humano era algo normal. Alguns ghouls eram bastante brutais. Porém, aquilo que ele viu era algo acima do que poderia ser chamado de brutal. Pedaços de um corpo estavam jogados por todo o local. Dois braços estavam caídos num canto. Havia um rastro de sangue e órgãos no meio do domo. O sangue fazia parte da decoração do local. Porém, o que mais o assustou foi o que ele viu num determinado ponto do domo. O ghoul de um olho só, Kaneki, estava com os braços estendidos horizontalmente, e olhando fixamente para o corpo a sua frente, como se aguardasse um abraço. Porém, jamais seria isso. Amon viu que o ghoul reverenciava o corpo empalado de Jason. Entretanto não era simplesmente algo enfiado através do corpo do peito do monstro. O ghoul de um olho só, ele não sabia como, havia feito com que o corpo de Jason fosse atravessado por uma barra de ferro do orifício anal, atravessando por dentro de seu corpo, até que saísse pela boca. Os órgãos de Yamori caiam pelo corpo todo multilado. O ghoul reverenciava aquela visão como se fosse sua obra de arte. Logo a presença de Amon foi sentida.
- Veja você; investigador Amon. Que bela obra de arte a minha. Não acha? – Perguntava Kaneki com seu conhecido timbre sinistro. Ele se mantinha olhando para o corpo multilado e empalado. – Ficou magnífica!
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