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História Tudo que eu odeio em você. - Kuroo Tetsuro - Haikyuu - Capitão Kuroo Tetsuro!


Escrita por: clara_m

Notas do Autor


Olha eu aqui de volta.
Aviso rápido: este capítulo encerra o primeiro arco da história, ou seja, daqui pra frente vai ser só melosidade, beijos, amores e carinhos com um pingo de ciúmes e tudo de bom.
Esse cap é importante pra entender os pensamentos da Sayuuri e sua mudança de atitude.
Enfim, espero que gostem.
Foi escrito em 1ª pessoa.

Ahhhhhhhhhhhhhhhh, vc fã de Haikyuu, quero fazer uma recomendação:
Minha amiga acabou de terminar uma fic dela Imagine x Atusmu, que eu preciso dizer foi a coisa mais perfeita que eu li até hoje, então se você goste desse homem perfeito vai lá dar um confere, eu ajudei em algumas partes, e sei que vão amar. segue o link.

https://www.spiritfanfiction.com/historia/me-processe-miya-atsumu-22630965

Capítulo 5 - Capitão Kuroo Tetsuro!


Fanfic / Fanfiction Tudo que eu odeio em você. - Kuroo Tetsuro - Haikyuu - Capitão Kuroo Tetsuro!

[Reescrito]

Sayuri estava parada  de frente para a turma, uma a qual não conhecia bem, com alunos que se quer tinha trocado meia dúzia de palavras. No quadro as informações primordiais do porquê daquela reunião. Tinham de escolher o tema para o evento da sala no festival escolar. Como representant, Sayuri começou a falar, mas a maioria não se mostrou muito receptiva, foi preciso que Kuroo tomasse a frente incentivando uma movimentação real.

— Animes!

— Maid-café.

— Esportes.

— Profissões.

Foram algumas das ideias dadas pelos alunos, a garota anotava cada uma das sugestões no quadro para que pudessem fazer uma votação. Ela queria falar, mais temia mais uma vez ser ignorada pela maioria. Sentiu o olhar de Tetsurou queimar sobre ela, encarando-o confusa.

— Você tem alguma ideia, Sayuri-chan? — ele perguntou, e todos os olhares se voltaram à ela.

— Eu tive pensando durante a semana, por quê não fazemos sobre monstros clássicos do cinema? — Kuroo arqueou uma sobrancelha e sorriu, incentivando-a continuar.

 Sayuri anotou alguns nomes no quadro.

— Vampiros, zumbis, lobisomem, homem invisível, teremos uma diversidade enorme para desenvolver. Pensem só, um café com bebidas e lanches temáticos de terror, uma casa mal assombrada... — Terminou a fala sem concluir o pensamento.

Os alunos passaram a fazer sons cada vez mais alto, estavam animados? Será que haviam mesmo gostado? Kuroo fez um sinal de joinha antes de voltar a falar.

— Alguma objeção ou todos de acordo? — como não houve pronunciamento, os representantes decidiram que o tema estava decidido. — Muito bem, agora precisamos de dos alunos para se voluntariarem a ser do comitê de produção. 

Algumas mãos se levantaram, dentre elas a de Yung, que foi totalmente ignorada por Kuroo.

— Yumi e Hana, obrigada por se oferecerem, peço que passem na secretária ainda hoje para pegar o aviso da viagem do fim de semana que vem! — concluiu.

Com as últimas palavras dele a turma se levantou e seguiu para fora da sala. Tetsurou  caminhou em direção à garota com aquela cara de convencido.

— Mandou bem no tema, sabia que tinha algo bom nessa sua cabecinha.

— Sabia? — perguntou anotando as últimas informações no papel.

— Você é muito transparente, seu corpo gritava que queria falar.

— Hum, se você diz. — Resolveu não discutir, talvez fosse verdade.

— Sayuu — Yung chamou. — Quer almoçar comigo? — A careta de Kuroo fez a garota sorrir, recentemente descobriu como era prazeroso irritá-lo. Ele amava provocações, mas não é muito forte para resistir á elas.

— Claro, vou pegar meu obentô e te encontro no corredor. — Terminou de anotar as informações da reunião, entregando as folhas à Kuroo.

— Vai nos abandonar hoje? — ele perguntou sorrindo.

— Yung também é meu amigo, e não pense que eu não vi que o ignorou na escolha para a equipe de organização! — Apontou o dedo para seu rosto.

— Também? — Ele agarrou o dedo dela puxando-a para mais perto diminuindo o espaço entre os rostos.

Sayuu sentiu seu coração quase saltar pela boca, podia odiar atletas, mais era difícil, muito difícil ignorar a beleza a presença insistente de Kuroo. O maldito era um homem capaz de fazer qualquer uma se perder, e querendo ou não, ela era mulher, sujeita à cair em seus charmes.

— Quer dizer que sou seu amigo?

—O quê? — Se afastei dando um passo para trás. — Vai se achando idiota! Você é só o amigo do meu amigo. — Respondeu dando as costas para esconder sua expressão.

Pegou seu obentô na mochila ainda sentindo o olhar de Tetsuro sobre ela, sua barriga fervia e eu não sabia bem o porquê, mas precisava assumir que o capitão estava começando a mexer com seus sentimentos, entrando em sua mente e bagunçando todas suas certezas.

— Tô indo! — se despedi sem nem olhar para trás. Apenas uma medida de segurança.

Encontrou com Yung e seguiram juntos para o pátio. O dia estava tranquilo, escolheram se sentar em um banco próximo a uma árvore.

— Eu gostei do tema que você escolheu — ele falou oferecendo um pedaço de seu chocolate.

— Fico feliz que a turma tenha aceitado bem.

— Não tinha como não. — Ele sorriu gentil — Todos se empolgaram bastante. Inclusive queria ter podido ir com você ao acampamento de treino. Mas parece que Kuroo quer te monopolizar.

— Me desculpe por isso. E o Kuroo não tem que querer nada, ele é apenas o amigo do meu amigo.

— Vocês parecem bem próximos nas últimas semanas. — Ele estava certo, mas Sayuri não admitiria em voz alta.

—Eu gostaria de manter distância de pessoas do tipo dele.

— Quando quiser fugir dele e do time. — Yung aproxima seu rosto do ouvido dela. — Pode vir ficar comigo. —  Corajosamente deixoa um beijo na bochecha feminina, fazendo-a corar. —Inclusive, queria saber se quer sair comigo esse fim de semana? Tem um parque novo na cidade, queria te levar pra andar de roda gigante.

— Ah... — Ele estava me chamando abertamente para um encontro? — Seria incrível, mas esse fim de semana eu vou para a casa do meu pai.

— No interior?

— Sim, Fukushima. Não que eu ligue muito, mais minha avó está com saudades.

— Entendo. E no próximo já é a viagem, né? — perguntou meio cabisbaixo.

— Sim. Infelizmente não vou conseguir sair com você por agora.

— Tudo bem, eu posso esperar. Paciência é uma virtude.

Sayuri sorriu concordando, seria realmente legal sair com Yung,s erviria para se afastar um pouco de Kuroo, abrindo-lhe novas perspectivas.

O fim de semana chegou, e na sexta a tarde Sayuri embarcou no bala direto para Fukushima. Kenma também estava no interior participando de um treinamento intensivo, entretanto o amigo havia viajado na quinta feira. Impedida de vê-los naqueles a garota chegou a cogitar a possibilidade de estar sentindo saudades gos garotos do time. Eles deveriam ser a personificação de tudo que odiava, mas a felicidade agitação recorrente de Yamamoto e Yaku contagiavam. E as piadas e implicâncias de Kuroo faziam falta no dia a dia. 

A cidade natal de Sayuri era agradável, mas ficar junto ao seu pai lhe causava um desconforto grandioso, afinal ele havia escolhido viver com outra família. Estava hospedada na casa da avó que faz  enquanto seu pai por um milagre do universo, teve de sair para o trabalho. Apesar de se divertir com a avó, Sayuu se sentia solitária, procurou o celular afim de conversar com alguém para se distrair. Sem nem perceber digitou uma mensagem pra Kenma. Pouco tempo depois o aparelho. 

Kenma ☻

Tá aí atoa? Por que não vem nos ver?

Sayuri pensou um pouco na ideia. Myagi não ficava longe, apenas trinta minutos de trem, se saísse agora chegaria depois do almoço.

Eu 

Me manda o endereço chego em 40 minutos.

Animada com o novo compromisso, avisou a vó que sairia e voltaria para o jantar. 

Já no trem, recebeu uma nova mensagem de Kenma

Kenma ☻

Qual o seu número de sapato?

 

Eu

37. Por quê?

 

Kenma ☻

Você vai descobrir.

Em menos de uma hora, o táxi havia deixado-a em frente à uma escola. Seu amigo Kenma se encontrava parado na entrada mexendo no celular esperando por sua chegada. Pela primeira vez viu o amigo  vestindo o uniforme do time: um short  vermelho que mostrava o quão surpreendentemente definidas suas pernas eram, assim como seu bumbum.

Essa última observação a fez corar. Nunca havia olhado para o rapaz com segundas intenções, mas tinha de admitir que ele ficava muiot bem com aquelas roupas. A blusa do time tinha a mesma cor, o número 5 na cor branca estava estampado no peito e por cima, vestia um moletom do time Nekoma.

— Então quer dizer que o chapeuzinho vermelho me chamou para assistir um jogo de vôlei? — Kenma revirou os olhos com o novo apelido.

— Você reclama tanto do Kuroo que está ficando igual — repreendeu-a. 

— Vai começar com essa palhaçada? —Ser comparada com Kuroo ainda lhe causava repulsa.

— Me desculpe — pediu. — Eu estou empolgado para o jogo de hoje, achei que seria legal que assistisse.

— Eu só não vou embora porque prefiro assistir vôlei, à ficar com  o mala do meu pai — mentiu. Não assumiria que  estava sim empolgada para vê-lo em quadra. Havia escutado boatos na escola que o time era muito bom.

— Vamos logo, vou te apresentar ao Nekomata-sensei, e preciso me aquecer antes do jogo. — Kenma a guiou para dentro da escola. —Ahhh, antes que eu me esqueça. — Parou repentinamente — Use esses sapatos para entrar na quadra, consegui emprestado com a gerente do time da Karasuno. — Kenma estendeu-lhe um par de sapatos brancos.

Ao chegar na quadra o com dos gritos masculinos e de sapatos ecoando pelo chão tomaram o ambiente, os dois times ocupavam a quadra enquanto os jogadores se aqueciam. Os olhos de Sayuri foram automaticamente para os meninos da Nekoma, e se demoraram  por mais tempo em Kuroo. O maldito ficava perfeito naquele uniforme, vermelho parecia uma cor feita para ele. O short revelava a perna bem torneada marcando a cintura, em seu peito o número 1 estampado revelava sua posição no time, capitão! Quando os olhos dele alcançaram os dela ele sorriu, aquele maldito sorriso provocante.  Sem se aproximar, a garota estendeu a mão  dando tchauzinho.

— Nekomata sensei — Kenma chamou despertando-a —,  essa é Murakami Sayuri, aluna do terceiro ano da nossa escola. Ela veio aqui por convite do time nos assistir jogando.

Péra aí? Do time? 

— Obrigado por me recebe, sensei. Prometo que não vou atrapalhar.

— Fique a vontade menina, pode se sentar ao nosso lado.

Ao tomarem ciência da presença de Sayuri, os meninos do time correram para cumprimentá-la.

— Sayuri-chan, que bom que você veio. — Yaku falou se aproximando.

— Agora sim posso esfregar na cara daquele careca que nossa escola também tem meninas bonitas — Yamamoto falou fazendo-a rir.

— Aproveite o show — foi a vez de Kuroo dizer. — Se reúnam aqui. — Ele estendeu a mão, os outros se uniram formando um círculo ao seu lado, juntaram as mãos para o grito de guerra. Sayuri esperava algo como “Pra cima deles”  ou “Força Nekoma”, mas o que veio a seguir surpreendeu-a.

— Somos como sangue em nossas veias. Temos que fluir sem parar para manter o oxigênio e a mente trabalhando. —  Todos gritando animados.

Que tipo de incentivo era esse? Por acaso eram algum tipo de nerds? E como ainda tinha coragem de tirar sarro dela e de Kenma por serem geeks, quando ele era um verdadeiro nerd?

— Kuroo você podia parar com esses discursos? — Kenma pediu. — Dá vergonha.

— E daí? Ajuda a entrar no clima — Yamamoto defendeu o capitão.

— É pra ser instigante — Kai, o outro jogador do terceiro ano falou vindo logo atrás.

— Viu só? – Kuroo implica com Kenma seguindo para a quadra.

Depois que se posicionaram Sayuri decidiu ocupar o lugar ao lado do sensei da escola. Os times se cumprimentam e tomam suas posições, e para a surpresa da garota, um rapaz baixinho e ruivo no time adversário parou em frete a rede. Inuoka o notou no mesmo momento, reverberando os pensamentos de Sayuri.

— Ohh baixinho! 

— Não me subestime — retrucou um tanto  nervoso.

— Não irei. — Inouka respondeu.

— Shouyou — Kenma chamou pelo ruivo ganhando sua atenção. — Eu disse que somos um time forte, mas o forte não sou eu! É o time todo.

Aquela frase instigou Sayuri, agora realmente empolgada para assisti-los.

O jogo se iniciou com a autorização do juiz, o primeiro a sacar foi Kenma. De todas as coisas possíveis e imaginaveis, ver seu amigo jogando vôlei era algo completamente surreal.

— Kenma, bom saque — Kuroo gritou após o soar do apito.

O time rival recebeu tranquilamente, entretanto, um segundo depois, a bola acertou o chão da quadra da Nekoma. Todos incluindo o treinador olham chocados para a situação.

— Eu nem vi o toque — Nekomata afirmou levemente irritado.

— Eles usaram um ataque rápido em tempo negativo — respondeu Sayuuri. — Mas o baixinho não estava nem olhando para a bola.

— O quê? Como sabe isso? — perguntou intrigado.

—  Eu já fui muito fã de vôlei, estudei no fundamental. 

— Essa batalha do lixão promete ser empolgante —  Nekomata sorriu quando Karasuno marcaou o segundo ponto. — Eles são um antigo rival nosso, e sempre desejamos nos encontrar no nacional e fazer uma disputa de verdade. Mas infelizmente ainda não aconteceu, talvez com esse time de agora seja possível. —  Ela pode ver um brilho de empolgação surgir nos olhos do treinador.

A garota preferiu não comentar, seu objetivo era se afastar evitar qualquer envolvimento com esportes no geral, e estar ali assistindo uma partida já ia contra todas suas convicções. Karasuno ainda estava na frente, apesar da Nekoma já ter marcado alguns pontos, entretanto o time rival chegou aos 10 primeiro.

— Talvez seja bom pedir um tempo — sugeriu, e o treinador acatou.

Os meninos se aproximaram, por algum motivo inexplicável, instintivamente Sayuri ajudo-os entregando toalhas e garrafinhas com água. Nekomata discorreu um pouco sobre o talento nato do levantador rival, o número 9, olhando para Kenma pediu que ele tomasse a palavra. Mesmo com  vergonha, o quase loiro continuou.

— O Shouyou é a alma do ataque, se o imobilizarmos paramos o time. Ele parece sempre ir para onde não tem bloqueio, então é só marcar.

— Ele não vê a bola vindo, está sempre de olhos fechados — Sayuri completou recebendo o olhar de todos.

— Decidido então. — Kuroo anunciou ao time.

— De acordo com que forem se repetindo, nós iremos nos acostumar — Kenma finalizou sua fala.

O tempo técnico teve fim com o alerta apito do juiz. O jogo recomeçou com Karasuno voltando a pontuar, porém agora Inouka ficava o tempo todo marcando o baixinho do time adversário. Não demorou para que conseguisse acertar alguns toques na bola na defesa. Apesar dos traumas do passado, Sayuri era uma amante  de vôlei e se pegou em diversos momentos se sentindo empolgada com as jogadas, impressionada com a capacidade de adaptação que o time de sua escola demonstrava em quadra. Ela notou em como  Kenma consegue arquitetar bem as jogadas, sempre analisando com cautela e paciência, seu cérebro parecia ser a arma secreta.

No momento em que o quarto olhos gigante da Karasuno chegou à rede, Kenma conseguiu enganá-lo marcando um lindo ponto para a Nekoma. Naquele instante Sayuri deixa sua empolgação escapar, dando involuntariamente um pulinho no banco. Kenma era realmente incrível.

— Ele não sabe lidar com pessoas, mas se preocupa com o que pensam dele. —  Nekomata disse. — Por isso é um bom observador. Ele elabora teorias interessantes do tipo “aposto que vai fazer isso”, mas não é só por isso que nosso time é forte.

— Ele é um ótimo estrategista — Sayuri completou sorrindo, estava genuinamente feliz por ver seu amigo ser reconhecido. — Nos nossos jogos online ele sempre decide os melhores movimentos com melhor proveito e ganho no final. Como vôlei também é um jogo, ele consegue usar isso ao seu favor. 

Nekoma conseguiu vencer o primeiro set. 

— Parece estar se divertindo — Kuroo falou ao se aproximar e pegar a garrafinha que ela oferecia.

— Até parece! Vai sonhando.

— Eu tenho uma ótima visão periférica, vi você empolgada — insistiu. 

— Deveria prestar mais  atenção no jogo, talvez assim perdesse menos bloqueios — ironizou, fazendo-o rir.

O segundo set começou, Inouka ainda marcava o baixinho o impedindo de fazer aqueles cortes doidos. Enquanto não havia rotação a dupla 9 e 10 da Karasuno passou a treinar rápidos normais, vez ou outra com sucesso marcando, mas sem quebrar a vantagem que Nekoma tinha nos pontos.

— Eles são verdadeiros rivais, sempre elevando o nível de habilidades um do outro em disputas acirradas — o sensei comentou animado.

Após algumas provocações de Kuroo com o time adversário, Karasuno conseguiu pontuar novamente. Mesmo sem conseguir ouvi-los bem, Sayuri sorriu, sabia como o capitão do time conseguia ser irritante quando queria, principalmente quando colocava aquele sorrisinho lateral nos lábios. Ela observou o rapaz mudar de postura quando o time inimigo marcou mais um ponto. Kuroo convocou os meninos para se reunirem ao seu redor e, instantaneamente, toda a aura do time se modificando, assumindo um ar mais sério. No olhar do camisa número 1 da Nekoma, Sayuri viu refletido a determinação de um líder.

Novas estratégias de ataques passaram a ser executadas pelo time da Nekoma, como uma pipe pelo centro, fazendo a garota se recordar de tê-lo visto a primeira vez  em um jogo da seleção do Brasil nas olimpíadas de 2016.  Quando Kuroo consegue enganar o bloqueio triplo com uma diferença de tempo  marcando outro ponto, Sayuri quase saiu da cadeira comemorando com empolgação. Precisava admitir, os meninos de sua escola eram incríveis, fortes e inteligentes, agiam como amigos em quadra. Através daquele jogo podia-se notar a confiança que tinham um no outro sendo refletia no placar.

— Não se afobem. E passem para o próximo. — Nekomata gritou, instruindo-os.

Quando Nekoma chegou ao  match point Sayuri  já não sentia mais coração. Os nervos estavam à flor da pele, ela pulava do banco ansiosa torcendo para que a bola caísse de preferência do outro lado da rede, era sempre assim quando assistia á campeonatos. O ponto seria da Karasuno e estava praticamente marcado, mas para a surpresa de todos, Kenma se jogou de peito no chão para salvar a bola, aquele toque fora o suficiente para fazê-la passar por cima da rede.

Finalmente ela acertou o piso de madeira do lado do time rival, dando a vitória para a Nekoma.

Nunca imaginou que veria Kenma se esforçar tanto para conseguir salvar uma bola, mas vôlei era um jogo e  Kozume odiava perder. Ele era capaz de se dedicar de alma e coração, mesmo que levasse horas para passar de uma fase e matar o grande Boss. Vôlei era um jogo que necessitava de força física, mas  para Kenma, isso não fazia  diferença.

As partidas se estenderam por mais algum tempo, já que o baixinho da Karasuno se recusava a parar de jogar, e em todas elas, a Nekoma saiu com a vitória. Depois do que pareceu uma eternidade para Kenma, eles finalizaram as partidas. Se juntando ao seu treinador, Kenma foi recebido pelo abraço da amiga que não parecia se importar com o suor. Ele faz uma careta parecendo desconfortável com o cansaço, Kozume estava no seu limite de força física.

Sayuri se viu surpreendida pela rivalidade saudável dos times, acima de qualquer desavença havia respeito mútuo . Era notória a amizade sincera entre todos. Tudo completamente diferente do que ela conhecia, não há abusos hierárquicos, ninguém se sentia melhor do que o outro, sendo do time adversário ou do que pertencem. Os jogadores da Nekoma confiam e valorizam 100% os seus jogadores, e "o cabeça de pudim", vulgo Kozume Kenma , era parte importante do time, ninguém abusava ou tira vantagem sobre ele. Seu amigo gostava de pertencia à aquele grupo.

O coração de Sayuri acelerou ao encarar os rostos carregados sorrisos e cansaço. Seu olhar encontra o de Kuroo, mas desvia rapidamente. De todos os presentes ali, ele era o que mais fazia seus sentimentos conflitarem. Ela havia julgado mal, acreditava que ele era um monstro que abusava da Kenma, que sua índole era como a de Samuka, que não se preocupava com ninguém além dele. Porém o que havia testemunhado durante aquele jogo, foi totalmente diferente. E estava envergonhada, não conseguia encará-lo. Ao passar pelos, estende a para que eles façam um hi-five com ela.

— Yaku, suas recepções são incríveis. — Ele sorriu agradecendo. — Yamamoto suas cortadas são fora de séria. Kenma você é um gênio, não esperava menos e você, é realmente o cérebro do time. — Sayuri abraça-o antes que Kenma siga até o ruivo do outro time. — Inuoka você foi conciso em marcar o número 10, simplesmente perfeito. 

E por último, parado ali à sua frente, estava Kuroo. Haviam tantas coisas que ela gostaria de falar, começando por um pedido de desculpas, mas sua voz parecia simplesmente não querer sair da garganta. Engoliu em seco reunindo forças para iniciar o diálogo, mas foi surpreendida por sua mão que tocou o topo de sua cabeça, bagunçando meus fios, uma atitude clássica dele.

— Não precisa falar nada, sei que deve ser difícil para você. Já fico feliz em saber que veio e se divertiu. — Kuroo falou com aquele maldito sorriso de canto.

Ele deu um passo a frente, estava prestes a passar por ela quando finalmente conseguiu reagir. 

— Capitão! Bom trabalho hoje.

Não precisava olhá-lo para saber que sorria daquele jeito que só ele sabia fazer, todo convencido como se o mundo estivesse os seus pés. Naquele momento, ela poderia jurar que realmente estava.

Ainda sem conseguir encará-lo, deixou o capitão para trás seguindo até Nekomata sensei.

— Obrigado por ter me permitido assistir ao jogo, eu realmente gostei.

— Não precisa agradecer, você serviu de incentivo para os garotos, estavam empolgados com sua presença. Apareça mais vezes durante nossos treinos. Você tem bons olhos para o esporte, seria uma boa gerente de time. —  Aquilo era um convite? Ela esperava que não.

Sayuri preferiu não responder.

Depois de se despedir de todos, Sayuri tomou o caminho de volta para a estação, mas vou acompanhada por Kenma e Kuroo à pedido do treinador. Ao reclamar de fome, o amigo loiro saiu em busca de algo para comer deixando-a sozinha com capitão.

— De-de-desculpas. — Sayuri conseguiu falar.

— Sei que sou lindo, não precisa pedir desculpas por me olhar — Kuroo provocou, sorrindo.

— Idiota!  Não estou falando sobre isso. — Ela também sorriu.

— Então sobre o que é?

— Eu te julguei mal. — Desviou meu olhar encarando o chão.

— Todos nós erramos algumas vezes, não se sinta culpada sobre isso. 

— Mesmo assim — suspirou. — Eu fui rude com você e — a mão de Kuroo alcança sua cabeça puxando-a para mais perto. Em um movimento automático, Sayuri recostou a cabeça em seu ombro, escondendo o rosto pela vergonha.

— Já disse que não me importo com isso. Somos amigos! — Ela não conseguia controlar o sorriso. Tetsurou não olhava para ela, contudo, sua mão permanecia no ombro feminino abraçando-a Seu toque era quente, e seus corpos se encaixavam de forma confortável.

— Sim, somos amigos. — As palavras saíram em um sussurro, mas foram o suficiente para fazê-lo sorrir

Ela havia se tornado amiga de alguém que era a personificação de tudo que eu mais odiava. Kuroo Tetsurou, Capitão do time de vôlei Nekoma.


Notas Finais


Por favor me contem o que vocês acharam, eu to muitooooooooooooooo empolgada como prox cap, que eu já to escrevendo, pois é.
E me digam: vocês preferem que eu escreva em primeira pessoa, como foi esse capítulo, ou em terceira como estava antes??
Aguardo o feedback, até a próxima.


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