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História Um conto Ghost Hunt - Um conto Ghost Hunt


Escrita por: ValeriaVilar

Notas do Autor


Com saudades? Estava morrendo de saudades, mas minha vida está uma loucura... para matar a saudade resolvi escrever essa história curtinha. Ela fica entre a primeira e a segunda temporada (que está sendo produzida). Obrigada a todos por lerem, e de forma especial, gostaria de agradecer a:
Rubyyy, Jordy21, LadyueenDupain, logoavermelha, -_ThePuppet_-, Misa_Angel, Bigshipper, Wendy_Br, Nemori, ana_priscila, sel1236, Jenik, Yumeko-Tsukiyo, sexySensual, Escarlity, kath1234, vanessaVV, aliciaNH, YUUKIMIKO, Myshistores, Anzu130494, RenzerLaila, Victoria_Sama, kuran487, AdrieleFranxx, SweetBarry, 007Lua, flor-do-inferno, vyndyjfyij
Por me favoritarem e agradeço de todo o coração pelos comentários (eu amo demais).

Ps: Se alguém quiser que eu retire o nome ou que eu corrija o nome me diz.

Capítulo 1 - Um conto Ghost Hunt


Fanfic / Fanfiction Um conto Ghost Hunt - Um conto Ghost Hunt

Junho

Dia 01


Me chamo Taniyama Mai, tenho 21, estou no segundo ano de faculdade de psicologia, trabalho como estagiária no hospital universitário e tenho um segundo emprego no SPR, mas a novidade maior é que estou namorando a um mês com o Shibuia senpai (rsrs), mas o chamo mesmo é de Naru.
Esse caso começa quando uma pessoa de nossos passados aparece...

Era um dia de sábado como qualquer outro, estava servindo o chá a Naru e a Masako, que desde que comecei a namorar meu "gótico chato" está vindo com mais frequência ao instituto, quando a porta alguém bate na porta.

Eram toques contidos, como se não houvesse certeza se deveria ou não fazê-lo. No primeiro momento pensei ser um engano, mas depois de um minuto novas batidas, então fui abrir a porta.

Qual não foi meu espanto ao ver Kuroda Naoko, minha ex colega de classe, ela participou do meu primeiro caso no SPR, para dizer à verdade ela também se tornou o caso ou parte dele. Não pude deixar de franzir o celho surpresa, ela continuava, magra e elegante, não estava usando seus habituais óculos, permitindo que víssemos melhor seus olhos, estava com um vestido ate os joelhos, floral em uma tonalidade de azul claro, muito bonito. Passado esse momento eu disse:
- Kuroda-san, entre por favor. Hamn... o que você está fazendo aqui?

Falei enquanto dava passagem a ela, Naru se levantou ao me ouvir falar e caminha em nossa direção, falando, "A pergunta correta é: O que podemos fazer por você, Kuroda-san?" Apesar de seu rosto está serio, posso jurar que estava se divertindo em me corrigir, acho que vi até o canto da boca se mover.

A mulher se volta para meu chefe e responde de forma tímida, "Sei que já me ajudaram antes, e peço que o façam novamente..." Como houve silêncio, se sentiu confortável para prosseguir com a explanação. "Estou na faculdade de pedagogia, e comecei meu estágio em uma escola... as crianças são uns doces, meigas, mas após um mês que estava lá... não sei como dizer... começaram a acontecer "coisas"... acho que são fenômenos  poltergeist... estou com medo de está produzindo-os novamente."

Estávamos todos parados ouvindo atentamente, "Depois daquele episodio de 5 anos atrás, alguma vez aconteceu? Na sua vida adulta, chegou a acontecer algo de sobrenatural?" pergunta o senhor narcisista.

"Não, nunca depois daquilo." Responde a cliente. "Então, só pode ser um dos alunos dela!", digo.  Mal fecho a boca e meu namorado fala:

- Apesar do fenômeno poltergeist ou Psicocinesia Recorrente Espontânea ou em inglês: Recurrent Spontaneous Psychokinesis, RSPK ser mais comuns em crianças do sexo feminino até a adolescência, não significa não se manifeste em adultos, não podemos descartar sem fazer um teste. Mas nos conte tudo que está ocorrendo, Kuroda-san.

Ao ouvir o que Naru diz, Masako dá um sorriso, me cutuca e diz "Você não aprende mesmo...rsrs". "Me desculpe por ser assim" respondo sarcástica, mas aparentemente ela não percebeu a minha entonação, pois continuou satisfeita consigo.

- Bem, cuido de 15 crianças que estão entre 7 e 9 anos, todos aparentado se darem bem, não existe desarmonia evidente. Porém reparei que sempre os brinquedos estão fora do lugar, mesmo depois de eu ter acabado de arrumá-los... sei que não foi nenhuma delas, porque é no momento que me encontro só em sala de aula e elas estão no intervalo ou na saída para casa. Acontece também que algumas carteiras ficarem viradas de cabeça para baixo pela manhã, quando chego para abrir a classe... tudo isso está me perturbando muito... eu não sei o que fazer...

Relata Kuroda-san com os olhos marejados de lágrimas. Não consigo deixar de sentir uma pontada de pena dela, já sofreu bastante no colegial tentando se destacar, tendo a pressão tão grande de ser alguém que produziu fenômenos supernaturais. E agora adulta se ver as voltas com algo parecido que a remete a esse período conturbado. Sem pensar passo a mão nos cabelos dela, tentando confortá-la. Não pensei novamente, quando disse, sem autorização do chefe, que pegaríamos o caso.

Naru marcou com ela na segunda-feira pela manhã em frente a escola. Ela deveria ter já em mãos a permissão da escola, um local para estalarmos a base também seria necessário. E a autorização dos responsáveis pelas crianças para que elas fossem entrevistadas. Antes de Kuroda sair meu namorado, fez o teste para detectar se ela era realmente a causa dos fenômenos, a hipnotizou e deixou uma sugestão, assim seria possível ver se ela estava por trás de tudo, mesmo que inconscientemente.

Junho

Dia 02

No domingo verificamos que o objeto estipulado para o teste, não havia mudado de local. Excluindo a professora como a autora das manifestações psíquicas.

"E agora, Naru? O que faremos?" pergunto roubando um beijinho dele. Ele me lança um olhar indecifrável, levanta devagar e caminha indiferente até a mesa, onde deixa o livro que estava lendo.

- Sabemos que Kuroda-san não pode ser a culpada, desta vez nem direta ou indiretamente... só podemos pensar em um dos alunos no primeiro momento, mas tenos que ver o local para descartar todas as possibilidades...

Sua fala continua distante, como se não se importasse. "Lin, saiu?  Foi buscar a van como pedi?" Fiz que sim com a cabeça. Meu moreno, de forma ágil se move até mim, me segurando pela cintura. "Não comece algo se não tem intenção de terminar." Diz sorrindo com os olhos. "Vire-se, Mai!"

Meu coração dispara, por um momento pensei em dificultar para ele, mas decidir não fazê-lo, hoje seria a vez dele, e bem, amanhã seria a minha. Virei-me. "Separe as pernas!" Obedeci em silêncio, mas minha respiração já dava indícios da minha excitação.

Ele pôs a mão por baixo da minha saia, tocando meu sexo. Um calafrio percorreu todo meu corpo e pareceu se concentrar entre minhas pernas. Senti seu corpo atrás do meu e sua respiração em meu pescoço. "Já está toda molhada... mas ainda não, vamos brincar um pouco."

Meu amado começou a beijar minha nuca, enquanto massageava meu clitóris, senti seu dedo deslizar  por entre minha fenda, introduziu lentamente, fazendo movimentos ritmados, colocou outro dedo. Soltei um leve gemido. Tirou os dedos de mim e puxou minha calcinha com força, rasgando-a. 

Sentir sua masculinidade pressionando minha bunda. "Encoste as mãos na mesa!" ordenou, quando tentei virar para beijá-lo. Deixei minhas mãos planas sobre a mesa, senti a respiração dele em minha nuca, quente e cadenciada. 

Borboletas bateram asas no meu estômago. Foi descendo lentamente por minhas costas, beijando meu corpo por cima da roupa. Levantou minha saia até a cintura, tremi pela expectativa do que haveria depois. Naru beijou minha bunda e deu pequenas mordidas nela. Com a mão esquerda mostrou o que queria, eu espalmei meu tronco sobre a mesa. "Isso mesmo! Arrebite essa bundinha linda pra mim..." 

Meu coração estava agora batendo como um tambor de guerra, acelerado pela necessidade da batalha almejada. Ele me cheirou como um macho faz com a fêmea no cio. Lambeu as nádegas e sua reentrância. "Não! Estou suja... ah..ah..." Porém ele não parou, ao contrário, abriu mais minhas pernas, para que tivesse um angulo melhor para minha intimidade. Ele se enfiou por baixo da mesa. Posicionando o rosto em frente a minha vagina. 

Estava sentado no chão com a boca entre minhas pernas e disse: "Adoro ver você... adoro sentir você.." Minhas pernas estavam tremendo e se não estivesse com parte do corpo apoiado, teria caído. Ele estava implacável, começou a lamber e a chupar.  Meu pequeno botão de rosa estava inchado, os tremores percorriam meu corpo, minha perna vacilou e Naru a segurou com o braço. Minha respiração estava entrecortada, gozaria ali, na boca dele, sentiria todo o gosto da minha volúpia. "Hamnn...Ahhh" gritei um gemido sem pudor algum. Fui ao céu, mas ele não estava satisfeito.

Se levantou, ergueu-me, enlacei minhas pernas em volta de sua cintura. Senti seu pênis rijo através de sua calça me pressionando. Dei-lhe um beijo desesperado, cheio de meu desejo por ele, queria muito ele dentro de mim e enquanto nos nossas línguas dançavam, desci minhas mão até o botão da calça e abri-o liberando seu sexo para juntar-se ao meu, minhas mãos tremiam, tinha urgência em tomá-lo. "Quero você dentro de mim, agora!" falei com a voz entrecortada.

Cada segundo era uma agonia eterna, estava com muito tesão, não sabia que amar fisicamente poderia ser tão viciante. Lentamente ele pôs seu membro em minha fenda, fazendo uma leve compressão. Não aguentei, me empurrei para ele, o engolindo com minha boca secreta.

Naru soltou um pequeno rugido, minha avidez por ele alimentava seu desejo por mim. Seu ritmo harmonioso começou lento, languido. Mordisquei o lobolo de sua orelha e em retribuição ele acariciou minha nuca. "Deus como eu gosto disso!" falei entre os dentes. 

A cada carinho, aumentava mais o ritmo das estocadas. Nossas respirações estavam unidas e intensas. Contrações internas involuntárias se intensificam, abraçando com força o pau de Naru. Pude ouvir seu gemido de  prazer, nosso suor se misturava, enquanto nossos corpos se contorciam. 

Tremores já característicos do gozo viam a mim, estava chegando ao clímax e notei que ele estava esperando por mim. Emburrei minha cabeça para trás, permitindo que ele beijasse meu pescoço, meu orgasmo veio com força, senti meu corpo todo tremer. Logo em seguida, senti os espasmos do corpo dele. Ficamos parados um tempo, recuperando o folego. 

Antes de estarmos totalmente recuperados, ouvimos a porta da sala de estar abrir e duas vozes conhecidas, uma animada e outra com sua sobriedade habitual. Rapidamente meu moreno, se soltou de mim, prostrou-se em posição defensiva a minha frente, permitindo-me vestir-me sem ser totalmente vista, caso alguém abrisse a porta de sua sala sem bater. Ele também ajeitava a roupa, subiu a calça e pôs a blusa para dentro desta. Estávamos quase prontos, quando o toque em sua porta anunciava o visitante.

"Só um minuto!" disse ele, enquanto me olhava para ter certeza que estava apresentável. "Não vou atrapalhar seu chá... rsrs... só quero saber sobre o caso novo" Bou-san foi abrindo a porta enquanto falava. Naru os olhou com desprezo, virou para mim e sussurrou "Pegue! Vá agora para casa e coloque uma roupa intima... não quero você andando aqui sem calcinha." Poderia ter rido dessa situação, mas não queria chamar mais atenção do que o necessário.  Claro que todos sabiam o que estávamos fazendo, haviam indícios demais, dos nossos rostos corados e suados à nossas roupas amassadas. Mas ninguém disse nada. Foram uns cavalheiros fofos.

Tomei a decisão de não voltar para casa. Simplesmente ignorei a ordem de Naru, ele não faria cena na frente de Bou-san e Lin-san, porem percebi seus olhos crispando de raiva. Fiquei em pé e abstrai esse detalhe. Escultei atentamente enquanto meu amante relatava os fatos para o monge e dizendo que chamaria Masako e Ayako, inicialmente para o caso. Foi tranquilo o resto da tarde. Quando estávamos para ir embora, meu amigo me disse "Jou-chan quero falar com você, posso te oferecer uma carona até seu dormitório?"

Fiquei surpresa e curiosa, então assenti com a cabeça,  vi que meu gótico não aprovava isso, contudo se conteve a fazer um gesto com a cabeça. Sai com Bou-san e fomos ao seu carro. "Eu coloco as musicas?!" falei alegre entrando no automóvel.  O monge sorrio e respondeu: "Não sei se seu gosto musical é muito bom." 

Estávamos ouvindo "Should I stay or should i go" do The Clash. "O roqueiro fala sempre acima do monge" esse pensamento me fez rir, o que chamou atenção do loiro. "Que é? Todo mundo ama the Clash!" falou enquanto cantarolava.  Ele ficou serio de repente, "Mai, sabe... eu realmente gosto do fato de você está namorando o big boss, mas isso não deixa de me preocupar... acho que vocês estão indo rápido demais..."

- Bou-san, sei que só quer meu bem, mas sinceramente, você não tem nada a ver com isso. Você é como um irmão, mas não pode me dizer que estou errada...

- Eu sei o que vocês estavam fazendo lá... bem, vocês não são muito discretos... e eu espero do fundo do meu coração que você esteja se cuidando ou ele...

- Não vou falar da minha vida sexual com você... Pelo amor de Kami! Sou adulta, sei me cuidar, inclusive me cuido só desde a infância.

Sem alterar a voz ele falou: "Eu sei disso, e me dói o coração... e se você se lembra te vi crescer também. Não vou discutir, sabe que estou aqui para você, só quero que se cuide."

Aquilo me irritou, mas eu amo Bou-san, o considero como família, não vou ficar batendo boca. Poxa, Lin-san e agora Bou-san me pondo pilha. Fiquei calada o resto do caminho. "Chegamos!", falou o monge. "Obrigada", respondi batendo a porta. "Mai... pense no que falei" gritou meu amigo, enquanto eu continuei andando.

Junho

Dia 03

Chegamos ao colégio, Kuroda-san havia resolvido tudo com a administração do local, organizou um espaço para a base e as crianças a serem ouvidas. 

Naru, chamou a professora e pediu para instalar as câmeras e gravadores sem que as crianças tomassem conhecimento. Falou também com Hara Masako para andar pela instituição e verificar se existia espíritos por ali, os que pudessem fazer algo do tipo. 

"Não senti a presença de nenhum espirito ou fantasma" falou a médium. "O que faremos agora?" pergunto. "Começaremos as entrevistas com as crianças e Lin vai observar os monitores" responde meu namorado. 

Passamos a manhã quase toda entrevistando crianças, pareciam desconhecer os incidentes e também não ter problemas na escola ou em sua vida privada. Estávamos quase no fim, faltava apenas 3 crianças. 


Falamos com uma garota introvertida, chamada Hyuga Hinata, muito bonita e educada, ela nos relatou que estava tudo bem e que sabia de nada estranho, porém enquanto ela falava, algo em mim dizia que tudo estava errado, que não era bem isso que ela estava querendo dizer.

Light Yagami, foi a próxima criança com quem falamos e ele pareceu frio e inteligente, também relatou não ter conhecimento de nada estranho acontecendo na sala. Minha intuição também tocou um sino de alerta. E por ultimo Yoshida Haru, extrovertido, alegre e meio sem  juízo,parecia não ter nada a esconder e disse que nunca viu nada de estranho no colégio. 

Tudo parecia normal na superfície, ninguém tinha nada a acrescentar de estranho sobre o local. "E agora? Nada de estranho relatado por ninguém, nem aluno, nem funcionários... será que não é Kuroda-san querendo chamar atenção?" Fala Ayako. No meu amago veio algo que me compeliu a falar "Nada disso... não foi Kuroda-san." "Também acho, que tem algo errado... sempre tem alguma historia de fantasma em colégios, principalmente espalhada por crianças ou desentendimento por meninos desse tamanho, mas aqui não tem nada... nada... muito estranho é isso" diz Bou-san.

"Vamos fazer os testes e monitorar a noite. Amanhã teremos uma visão global dos fatos", diz Naru. Reuniram-se as crianças para o teste de hipnose, em seguida foram liberadas. 

Nós ficamos para observar as gravações feitas durante o dia. O que vimos me surpreendeu muito. Mostrou Yagami-kun maltratando Haru-kun. Enquanto uma Hyuga-chan estava choramingando

"O que isso significa? Aquele moleque... como pode fazer isso com um amigo?! Vou dar um cascudo nele" falei liberando minha indignação. Mas logo Naru me reprende "Se controle sua baka! O caso já está praticamente resolvido. Amanhã falaremos com eles e seus pais, mas só depois desta noite, precisamos verificar os testes para poltergeist."

Apesar da cena ter me afetado, fiquei quieta, Naru tinha um conhecimento amplo sobre esse tipo de coisa e era capaz de resolver de forma menos danosas para as criança, até porque já passou por algo parecido. A equipe foi dispensada por hoje e ele se deteve antes de sair para falar com Kuroda-san, explicar os fatos e pedir que entrasse em contato com os pais. Poderia ter ido embora, mas queria ir com ele para casa. 

Desci as escadas e fiquei encostada na parede observando o tempo, vi quando Bou-san e Ayako saíram juntos. Estava parada enfrente a uma janela, meu namorado estava demorando, e comecei a olhar fixamente a imagem no reflexo, depois de algum tempo perdi o foco, parecido quando estamos olhando figuras que formam imagens 3D. Quase como em transe, pude me ver, mas ao mesmo tempo não era eu naquela superfície. Uma linda jovem olhava de volta, eteria, de outra época, acho. Me movi e ela se moveu junto. Estava desconectada com a realidade, fascinada com a outra. Comecei a caminhar para a janela, mão estendida, queria tocar, me fundir a ela...

"Mai, o que está fazendo? Não me ouviu? Estava te chamando" Indagou Naru um pouco apreensivo,  acho eu. Ainda perdida respondi "Não sei ao certo o que houve, nem sei bem o que vi, mas senti uma vontade muito grande de tocar a janela... acho que estou cansada" Ele apenas me observou e não disse nada, caminhamos juntos até o carro, ficamos em um silêncio chato o caminho todo. Quando já estávamos perto do seu apartamento, eu quebrei o clima. "Pensei que ia me deixar em casa?". Ele simplesmente ignorou o que eu disse, sempre faz isso quando não quer conversar ou quando algo o perturba. Tento novamente; "Qual é Amor?! Por que você está assim?". Finalmente ele diz algo. "Essa noite você dorme comigo e se algo assim acontecer de novo me diga! Está ouvindo?" Dou uma risada alta. "Mai isso é sério! Me diga se isso acontecer de novo!" Fala ríspido. "Ok, ok! Mas está com besteira, coisa chata!" falo budejando.

Dormimos abraçados, na manhã seguinte nem lembrava de nada e não conversamos sobre esse pequeno incidente. Nos arrumamos  e fomos nos encontrar com os outros na escola. Lin-san mostrou que a cadeira havia se mexido e que a temperatura do móvel estava mais alta que dos demais objetos do local. Era o que comprovava o RSPK. 

Naru falou com os pais e explicou toda a situação, os pais de Haru-kun não aparentavam surpresa sobre a explicação,  já havia acontecido em sua casa algo parecido, mas não achavam que poderia ser praticado pelo filho. O CEO explicou ainda que a criança estava passando por uma angustia interna intensa, apesar de não demonstrar. Que foi o bullying sofrido através do colega que desencadeia os episódios. Como não era nada realmente exagerado as pessoas não notavam ou ignoravam o fenômeno. Sugeriu para os pais do outro garoto tratassem de forma adequada o caso e o levassem a terapia para descobrir por o porque de praticar as ofensas contra o colega. Pediu para falar sem a presença dos pais com as crianças, estes concordaram.

Chamou os três envolvidos e a professora. Falou sobre os maltratos entre os colegas e as consequências danosas, as vezes para a vida toda, e que o que sofre com isso não deve ter medo e contar aos adultos. O valentão se sentiu oprimido e começou a chorar, acho que estava arrependido. A garota também chorou e disse que tinha medo de falar. O único que não chorou foi a vítima. 

Quando Naru terminou dispensou-os, porem quando Haru-kun ia saindo, ele interveio e disse que ainda não tinha terminado com este. "As vezes quando passamos por muito stress, algumas pessoas que já tem uma habilidade especial, começa  a fazer coisas incríveis. Você sabia disso?" O menino ouvindo apenas sacudiu a cabeça em negativa. 

"Você nunca fez uma coisa especial acontecer?" pergunto de forma meiga. Ele balança a cabeça de forma positiva e acrescenta "Mas eu não quero que as pessoas achem que sou um monstro ou um mutante como nas revistinhas". Kuroda-san intervem, "Não...não é nada disso, só significa que você é diferente... todas as pessoas são diferentes a sua maneira e isso não o faz melhor ou pior que ninguém. Quando era mais nova isso também aconteceu comigo, mas passou..." Ela  explicou o que o estava acontecendo como isso ocorria, falou que muitas vezes isso acaba com o tempo. Ele chorou, muito emocionado e tirando o meu namorado e Lin-san todos os demais estavam realmente emocionados com o sofrimento interno daquele garotinho. 

Contudo, não acho que os dois não sentiram aquilo, creio apenas que estão tão acostumados a esconderem o que sentem, que usam essas mascaras de intocáveis. Fechamos o caso, Naru foi falar com a direção da escola, enquanto guardávamos os equipamentos. Nos despedimos e fomos embora.

Já era tarde da noite, por volta das 11pm quando recebo no line uma mensagem do meu amado. "Desça, estou aqui". Desci do jeito que estava, com um moletom e uma camiseta. Não queria fazê-lo esperar muito. Estava meio sonolenta, mas fiquei animada e desperta com a surpresa. Corri e pulei em seu braços. "O que está fazendo aqui tão tarde?... estava com saudade?" Abracou-me apertado. "O que houve?" pensei.

- Mai, eu era uma criança como ele. Sozinho, com muito poder. Só tinha Eugene. Foi difícil para nós dois. E agora não tenho mais nada... esse caso mexeu comigo mais do que eu queria. Tenho medo de não consegui usar direito meu poder se chegar o momento, Gene canalizava meu poder... Você sabe de tudo isso. No caso da casa de espelhos tive ajuda do espirito de Eugene, nós nos conectamos lá, mas e se não for mais possível...

O caso realmente o tocou, não é comum ele falar do passado, de Gene ou de suas angustias. Seu passado não era um mar de rosas, já sabia disso, mas ele nunca me conta nada. Tudo tenho que extrair dele, e hoje ele vem todo frágil. Isso me desestabiliza também. 

Eu o abraço, miro em seus olhos de um azul profundo e escuro e o asseguro "Tudo dará certo! Estamos juntos e nada e nem ninguém pode mudar isso... Você é forte e me ajudou a ser forte... venha, vamos para sua casa. Não pode subir a essa hora, mas eu acho que tenho passe livre no seu lar."


Notas Finais


Beijos dessa Unnie e espero que tenham gostado


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