História Um Presente Especial - Único

_ Menino! - Disse Shaina, que entrava na Casa de Áries com o Guardião da mesma apoiado em seus ombros. - Vá passar a noite em Touro.

_ Ah? - Kiki, que estava sentado na mesa da cozinha comendo uma travessinha de sopa olhou a estranha cena com os olhinhos arregalados e curiosos - Senhora Shaina, o que houve com o Mestre Mu?

_ Não foi nada demais. - A Amazona continuou entrando, até apoiar o corpo amolecido do Cavaleiro de Áries deitado sobre sua cama - Mu apenas comemorou bem seu aniversário, é isso.

Kiki se aproximou. O lemuriano estava de olhos fechados, e balbuciava algumas coisas quase inaudíveis.

_ Mas… o Mestre está bem? - perguntou ele, preocupado.

_ Está, agora vá para Touro! - Shaina não sabia muito bem como lidar com aquela situação inusitada na qual se encontrava.

Kiki olhou desconfiado, e acabou acatando as ordens da Prateada. Sabia que com Shaina era melhor não retrucar, e  embora preocupado foi para Touro passar a noite.

_ Francamente Mu, se não consegue suportar a bebida não deveria dar ouvidos às provocações de Máscara da Morte! - disse ela, indo até o banheiro que havia naquele cômodo e ligando o chuveiro.

Sentiu a temperatura do mesmo com as mãos, e ao ver que a água estava no ponto certo para curar os efeitos etílicos, voltou para onde o Cavaleiro estava.

Instintivamente, olhou ao redor, reparando em como o ambiente daquele quarto era simples e bonito.

Mu havia trazido consigo toda a herança cultural de sua amada Jamiel, e os móveis rústicos e a decoração colorida com motivos tibetanos saltavam aos olhos. Algumas bandeirinhas em formato de triângulos de ponta cabeça pendiam penduradas na parede onde a cabeceira da cama estava, e ela não pode deixar que achar aquilo curioso e interessante. Mas ao ver novamente o estado em que ele se encontrava, suspirou fundo e continuou com o que pretendia fazer.

_ Vamos nessa Áries, afinal de contas esse foi o presente de aniversário que recebi daqueles maledetos fujões! - reclamou a Esverdeada, que fazia aniversário na mesma semana que ele e que também havia ido comemorar naquela noite.

Shaina sentou Mu na cama, erguendo os braços amolecidos do rapaz para cima.

_ Ah.. Shaina… o que está fazendo? - ele murmurou risonho, de olhos fechados.

_ Estou cuidando de você, cáspita! Me ajude, vamos tirar essas roupas.

_ Roupas… - ele riu - Você vai me despir?
             _ Vamos logo Mu, chega disso. Você precisa de um banho.

Os dedos ligeiros da amazona retiraram o cachecol que ele sempre trazia ao redor de seu pescoço, jogando-o de qualquer jeito no chão. Depois afrouxaram a faixa que ele usava como cinta, e começaram a levantar a blusa bege de algodão que ele vestia.

Enquanto o tecido revelava o forte físico adornado pela pele alva, Shaina não pode deixar de se surpreender. O peitoral liso do lemuriano era bem torneado, seu abdômen era trabalhado na medida certa, e embora os músculos fossem fortes, nada era exagerado. Sem que ela percebesse, um sorriso saiu de seus lábios ao desnudar-lhe os ombros, que revelaram algumas poucas e precisas sardas que ali havia, antes dos cabelos lilases e soltos caírem, cobrindo-os novamente.

Ele então abriu os imensos olhos verdes e a encarou, com um sorriso enigmático.

Shaina sacudiu sua cabeça, voltando à realidade e  mesmo ele estando bêbado, torceu para que Mu não tivesse percebido seu olhar indiscreto.

Embora fosse ela uma pessoa de personalidade extremamente forte, no que tocava à aproximação com o sexo oposto a Amazona era um tanto quanto tímida, ainda mais com ele, que sempre a intrigara.

Shaina gostava do jeito pacífico e ponderado do Cavaleiro, que embora fosse totalmente o oposto do seu, era para ela misterioso e fascinante. Mas para afastar ainda mais os pensamentos libidinosos que começaram a popular sua mente enquanto o despia, começou a lembrar-se daquela noite, em que juntamente com outros Dourados e moradores do Santuário, eles saíram para comemorar seus aniversários.

_ Um brinde ao querido amigo Ariano! Viva Mu, nosso Carneiro favorito! - Disse Aldebaran, que prostrando-se de pé na mesa reservada para aquela festa particular levantava sua enorme caneca de cerveja.

Todos os participantes daquela comemoração ergueram seus copos, celebrando o nascimento do companheiro.

_ Parabéns, Mu! É uma enorme satisfação tê-lo como amigo! - disse Aiolos, sorridente.

Mu sorria, agradecendo com um menear de sua cabeça e brindava com um copo de suco.

_ Ah que isso Áries, vai mesmo fazer esta desfeita? - Disse MdM, que olhando para o lemuriano com malícia continuou - Onde já se viu, comemorar o aniversário na base de suco, está pior que Shaka de Virgem.

Aiolia soltou uma gostosa risada e disse:

_ Mask, que feio falar de alguém que não está aqui para se defender! - o leão riu novamente - Mas é verdade Mu, vamos, beba algo mais forte pelo menos esta noite.

_ Meus amigos, eu não sou muito acostumado com isso, mas agradeço o incentivo! - riu o lemuriano.

Shura abria a boca para falar quando Marin, Shaina e Geist chegaram à taverna de Rodório. Elas estavam bem arrumadas, e tiveram a mesma idéia dos Dourados para comemorar o aniversário de Shaina, que havia sido no começo daquela semana.

Máscara da Morte não pode deixar de reparar nos olhares que alguns de seus companheiros de Armadura deram para elas.

Aiolia, sem nenhuma surpresa, abriu um sorriso de orelha à orelha ao olhar para a bela ruiva em seu vestido justo e escuro.

Shura precisou segurar para não deixar seu queixo cair. A morena Geist usava um delicado conjunto de saia lápis e cropped bordô, que acentuavam suas curvas emolduradas pelos longos cabelos negros.

_ Agora sim, as coisas estão ficando mais interessantes, cabrones! - disse ele, sorrindo de canto de boca e se levantando para cumprimentá-las.

Mas o Cavaleiro que mais atraiu a atenção do italiano foi o aniversariante.

Os olhos de Mu praticamente brilharam ao ver a Amazona de Ofiúco, que vestida em uma saia simples e uma blusa de ombro caído e decote traseiro, atraiam para ela a total atenção do rapaz de Jamiel.

_ Meninas, mucho gusto em vê-las! Juntem-se a nós, estamos comemorando o aniversário do Carneiro.- Disse Shura, tomando a mão de Geist e depositando sobre ela um beijo.

_ Boa noite rapazes. - disse Marin, com os olhos grudados aos de Aiolia - viemos comemorar o aniversário da Shaina que foi estes dias…

_ Pois sentem-se aqui conosco! - disse Máscara da Morte, se levantando e abrindo espaço ao puxar algumas cadeiras. - Hoje a noite será por nossa conta.

As Amazonas se entreolharam, e sorriram, aceitando o convite. Obviamente os interesses falaram mais alto, quando Shura acabou abrindo espaço ao seu lado para Geist enquanto Aiolia fez o mesmo com Marin.

O esperto Canceriano não podia perder a oportunidade, e cedeu seu lugar ao lado de Mu para Shaina, dizendo a todos que os aniversariantes deveriam se sentar na ponta da mesa.

Mu se levantou em respeito à moça que se sentava, e Shaina disse:

_ Parabéns Mu, muitos anos de vida pra você! - e abraçando-o em cumprimento antes de se sentar.

_ Obrigado... Obrigado Shaina, pra você também. - a timidez do Ariano acabou se manifestando quando ele sentiu o abraço quente e gostoso daquele corpo perfeito, e ele quase gaguejou.

Os minutos começaram a passar, tornando-se horas agradáveis. Todos conversavam e riam, divertindo-se. Mas quem estava tendo a maior diversão era o Cavaleiro de Câncer, que não cansava de observar os olhares de Mu sobre a jovem esverdeada. Mas ele sabia da famosa timidez daquele Cavaleiro e logo pensou em um modo de ajudá-lo, e acabou propondo:

_ Acho que agora que estamos todos reunidos, deveríamos fazer um brinde com shots para celebrar!

Geist se manifestou, batendo palmas animadas:

_ Tequila!!!!

Todos concordaram, e em pouco tempo o garçom havia trazido um pequeno copo cheio do líquido âmbar, limão e sal para cada um deles.

Mu olhava para o seu, quando Shaina disse:

_ Eu sei que você não bebe, pode brindar com o que estiver bebendo mesmo, Áries.

_ Mas nada disso, Shaina. - disse Máscara da Morte, intrometendo-se - Vamos Mu, é só uma dose. Você é um Cavaleiro de Ouro, não é um copinho desse que vai te derrubar!

E para não fazer desfeita, ele acabou aceitando. Aquele havia sido o primeiro de muitos que o ariano beberia naquela noite.

Conforme o álcool invadia seu corpo, Mu ficava mais e mais solto. Começou a se manifestar mais risonho, e quando menos percebeu estava bêbado.

O inebriante efeito etílico lhe deixou ainda mais intrigado por Shaina, e conforme ela se mexia, dando as costas para ele ao falar com quem mais estava na mesa, mais ele queria se aprofundar no decote nas costas de sua blusa.

A pele perfeita da mulher lhe saltava aos olhos, conforme ele conseguia ver até a curva de sua cintura. Mu se perdia naqueles caminhos tortuosos, e sua imaginação voou longe, quando ele percebeu que Shaina provavelmente não estava de sutiã. Precisou agarrar-se à um fiozinho de sanidade para se controlar.

A anos Shaina lhe despertava interesse, mas sua timidez e todos os problemas e guerras que enfrentaram não permitiram aquele contato. Porém, agora ela estava ali, bem ao seu lado, e ele iria aproveitar mesmo que fosse com os olhos.

Novamente MdM se manifestou em relação àquele assunto, quando cutucou o Touro e disse em sua orelha, apontando discretamente para os dois:

_O que a timidez esconde, a bebida revela.

Aldebaran sorriu, observando o descontraído lilás e comentou:

_ Bem que esse meu amigo podia sair daqui acompanhado de Shaina.

_ Ah Debão, isso não será problema algum. Deixe comigo. - Mask piscou um dos  olhos, faceiro. Era agora que ele ia ajudar o Guardião de Áries a matar sua vontade.

Mais algum tempo se passou, e a festa chegou ao fim. Aiolia acompanhou Marin para a casa dela, da mesma maneira fizeram Shura e Geist.

Mu, nada acostumado com o efeito da bebida, desequilibrou ao se levantar e acabou sentando-se novamente.

_ Acho melhor levarmos o Carneiro lá pra cima. - riu Aiolos.

_ Nada disso, a noite é uma criança Sagitário, vamos pra outro local beber. Tenho certeza que Shaina pode ajudá-lo, não é Shaina? - Disse o Taurino.

_ Eu? Mas porquê eu? Você mora ao lado dele, Aldebaran, e… - a Amazona foi interrompida, quando o Dourado Italiano saiu carregando os outros dois do bar.

_ Boa noite, Shaina, Mu. Por favor Amazona deixe ele dentro de Áries tá bem? Cuide bem do nosso meninão ai.

Shaina bufou. Justo ela teria que carregar o Cavaleiro escadaria acima. Mas olhando para ele, sentiu uma pontada em seu peito. Mu sorria, tentando focar em algo em cima da mesa, embora estivesse nitidamente embriagado, seu sorriso era lindo como sempre e aquilo a balançou.

_ Venha, Áries. Vamos pra sua casa. - Disse, levantando-se e ajudando-o a fazer o mesmo.

Percorreram o caminho entre Rodório e o Santuário sem muitos problemas. Mu cantarolava algumas canções em um idioma diferente, e Shaina deduziu que provavelmente era sua língua natal. Achou interessante, mas o que mais lhe impressionou foi sentir os músculos fortes dele ao redor de seu pescoço.

_ Shaina seu cheiro é bom… - disse ele, aspirando os cabelos dela quando afundou neles seu rosto. - Aliás você é toda boa, Shaina.

Ela sorriu. Adoraria ter ouvido aquele elogio sem que ele tivesse envolvido em uma redoma alcoólica.

_ Obrigada Mu. Agora continue caminhando. Estamos quase em Áries.

_ O Kiki… eu… - ele deu algumas soluçadas - eu não quero que Kiki… mande ele para Touro...

Ela entendeu o que o Dourado pedia. Mu sabia de sua condição e não queria ter seu discípulo acompanhando o estado miserável de sua bebedeira.

E quando menos perceberam, estavam dentro de Áries.

Quando Shaina voltou à si, havia desamarrado os sapatos de Mu e agora abaixava suas calças.

_ Madonna mia! - sussurrou. Era uma pena que eles estivessem naquela situação. Sua mente lhe cutucava, dizendo a ela que adoraria abaixar aquelas calças novamente quando ele estivesse sóbrio.

Seu rosto estava próximo das coxas fortes do homem, e ela respirou fundo quando viu a cueca estilo samba canção branca e soltinha que era marcada pelo volume de sua pélvis.

_ Venha Mu, vamos para o banheiro. - disse, puxando-o pelo braço.

O Cavaleiro caminhava a passos tortos, desequilibrando-se e balançando levemente de um lado para o outro.

Delicadamente Shaina o colocou embaixo do chuveiro, e ouviu vários muxoxos vindos dele.

_ Tem que ser gelado para ajudar a passar. - disse, retirando sua saia para não molhar, uma vez que a blusa era comprida o suficiente para lhe cubrir.

E depois, com muita paciência o ajudou a ficar no lugar.

A água descia sinuosamente pelos cabelos lilases, escorrendo pelas costas, peito, braços, pernas e pés do belo cavaleiro. Mu estava de olhos fechados, o que acentuava ainda mais as curiosas marquinhas em sua testa.

A cueca molhada colava-se a ele, servindo como um perfeito contorno de todos os seus volumes.

A intimidade italiana chegou a pulsar diante do que via e Shaina ficou assim, se perdendo naquela atmosfera erótica por vários minutos, até que acabou soltando sem perceber:

_ Ah se você não estivesse bêbado, Áries...

_ O que tem? Se eu não estivesse bêbado você não estaria aqui... Ainda bem que eu aceitei o convite do Máscara da Morte…

Shaina arregalou seus belos olhos verdes, enquanto Mu abriu os seus, puxando-a de supetão para baixo da água.

_ MU! - gritou ela, enquanto seu corpo se arrepiou todo devido à gelada temperatura.

_ Shaina. - disse ele, agarrando-a pela cintura e colando seu corpo junto a si.

Enquanto estava ali, tomando o banho, a mente do lemuriano viajava, levando-o para o decote das costas de sua companhia feminina. E como havia dito o Câncer, o que a timidez esconde a bebida revela, e agora que as coisas já não mais rodavam ao seu redor ele decidira que era hora de tentar um avanço.

Mu movimentou uma de suas mãos, posicionando-a no meio do decote das costas de Shaina, e a outra desceu sem pudores até seu firme traseiro. A Amazona arfou, e antes que pudesse dizer alguma coisa, foi surpreendida novamente:

_ Eu sempre quis saber como é o seu beijo, Shaina… aliás, eu sempre quis saber muitas coisas sobre você. - e tomado pela vontade reprimida, ele a beijou.

Seus lábios tocaram os da amazona com desejo, ansiosos para sentirem como era o toque daquela boca aveludada. A bebida havia despertado no tímido Ariano toda a vontade que por anos ele sentiu de ter Shaina em seus braços.

Sua língua a buscava com urgência, e mesmo que ela soubesse que ele não estava totalmente são, Shaina correspondeu.

O beijo de Mu era cálido, era doce e provocativo. E embora ela não houvesse beijado muitos homens na vida, considerou instantâneamente que o dele era o melhor de todos que já tivera.

Esqueceu-se da bebida entre eles e permitiu entregar-se à intensa troca de carícias que estava prestes à começar.

Enquanto a boca lhe consumia, as mãos do Ariano a percorriam, ora apertando suas nádegas com firmeza ora segurando em sua cintura. Shaina levou as mãos à cabeça do jovem, e puxou levemente os cabelos para trás, emaranhando neles seus dedos lânguidos.

Mu então se desviou de sua boca, indo diretamente para o pescoço, onde sugou a firme pele molhada pelo chuveiro, até que desceu, indo atrás dos seios pelos quais sentia um enorme tesão.

_ Ah Shaina… sempre sonhei com este momento. - disse, mordiscando-lhe um dos mamilos arrepiados por cima da blusa.

A amazona gemeu alto. Mu a segurava com força, apertando sua cintura com a mão, enquanto brincava com o ponto durinho de seu seio. Ele então começou a levantar aquela blusa molhada, e quando ela estava apenas de roupa íntima ele constatou, sorrindo malicioso, que realmente ela estava sem sutiã.

_ Mu, melhor pararmos… você está bêbado.  - disse ela, relutante.

_ Bêbado de desejo. - e em um novo e inesperado movimento, o Cavaleiro esfregou-se nela. Shaina sentiu toda a dureza da virilidade Ariana, enquanto sua própria intimidade se molhava, e não somente pela água que escorria entre eles como um catalisador de seus desejos mais devassos.

A fala dita com a voz enrouquecida deixou Shaina a ponto de perder sua sanidade.

Jamais esperaria a pegada forte daquele jeito, uma vez que ele era tímido e reservado. Mas mais uma vez o mistério em torno do pacífico Cavaleiro lhe surpreendeu, e ela acabou indo parar encostada em uma das paredes molhadas, flexionando seu joelho e apoiando o pé no azulejo, para que assim pudesse senti-lo ainda mais junto de si.

De olhos fechados Mu tomou um dos seios redondos e perfeitos nas mãos, e sua boca finalmente encontrou-se em pele com a auréola da Ariana. Os lábios dele a sugavam, e conforme a pressão exercida por eles ao mamar no peito firme acontecia, Shaina gemia, tomada por uma onda de prazer indescritível.

A outra mão do lemuriano foi diretamente parar entre as pernas da esverdeada, que ao sentir os ágeis dedos do ferreiro lhe tocando abriu os olhos em resposta pelo toque vertiginoso.

A fricção dos dedos embebecidos pelo mel de Shaina em sua intimidade era devastadoramente gostosa para ambos. O mastro de Mu pulsava de desejo enquanto os dedos a tateavam, brincando com os lábios e com a fenda úmida e inchada.

Ambos gemiam, até que ele parou e abaixou a ultimas peças de roupas dos dois.

Shaina mordeu os labios ao ve-lo nu.

Mu era, verdadeiramente e sem exageros, delicioso.

Os poucos pelos pubianos eram da cor de seus cabelos e emolduravam perfeitamente o mastro rosado e roliço, que de tão duro espasmava-se, lambuzado de tesão.

A vontade de Shaina era cair de boca, dar a ele o melhor sexo oral que conseguiria, mas pensando que ele ainda estava bêbado, se conteve, reação totalmente diferente dele, que embora estivesse ainda levemente alterado, se entregava de corpo e alma ao prazer ao lado daquela mulher.

Mu se ajoelhou, e abrindo as pernas dela ao mordicar a pele de suas coxas começou a provocá-la com pequenas lambidas em seu clitoris.

_ Mu…. - gemeu Shaina, que voltou a percorrer os cabelos lilases novamente com suas mãos, enquanto seus quadris rebolavam ao compasso das carícias que ele lhe dava.

A língua do Dourado era insana. Passeava sobre a pele rosada, sugando e dançando, chupando dela ate a ultima gotinha de seu sabor. Mu gemia enquanto sentia a feminilidade em seu rosto, e procurava dar a ela um prazer sem par, saciando assim a sede que sempre sentiu do corpo daquela Amazona.

O físico de Shaina respondia, dando a ele todo o mel que queria beber e espasmando-se em ondas de prazer, e quando ele a penetrou com a língua e em seguida com dois de seus dedos, estocando-a em movimentos de entra e sai enquanto ainda a manipulava com sua boca, ela não resistiu.

Shaina gritou enlouquecida quando o clímax atingiu seu corpo feito um raio de calor, deixando o Cavaleiro ainda mais atiçado.

Ele continuou lambendo-a até que a respiração dela se acalmasse, e então se pôs de pé.

Beijou novamente a boca tão desejada e sussurrou em seu ouvido:

_ Shaina eu te desejo tanto… - e mordiscou o lóbulo da delicada orelha.

A Amazona não pode fazer nada, além de responder com um beijo provocativo. Estava rendida, e o desejada dentro de si de igual maneira.

Mu a segurou pelo traseiro, apoiando-a novamente contra os azulejos enquanto ela lhe abraçava com as pernas.

Shaina salivou ao ver os músculos dos braços fortes retesarem enquanto ele a suspendia, e quando o Cavaleiro percebeu que ela estava firmemente apoiada, tomou o próprio membro entre as mãos. Manipulou-o rapidamente, levando a lubrificação que dele saia para toda a ponta latejante e posicionou-o na entrada da italiana.

Tantos anos ele esperou por aquele momento que a primeira penetração foi lenta, para que ele pudesse sentir cada centímetro do interior quente e escorregadio.

_ Shaina… que tesao! - gritou, perdendo o controle.

Ela era apertada, era calorosa. Sugava-o, levando a um céu pecaminoso feito de volúpia.

Mu começou a rebolar, aumentando o ritmo das fortes estocadas que dava na esverdeada. Ambos alucinavam, se entregando cada vez mais ao prazer.

Shaina gemia cadenciadamente, seus peitos balançavam formosos pela força exercida pelo movimentar do corpo do lemuriano.

O Dourado sentia que iria gozar a qualquer momento, mas usava de todo seu controle para alongar ao máximo aquela experiência.

_ Shaina, você é muito gostosa! - gritou ele.

_ Isso… Mu… isso…me come… assim... - era o que ela conseguia dizer em meio aos seus gemidos. O mastro dele lhe preenchia por completo, e com os movimentos que ele fazia com seu quadril acabava roçando o baixo ventre  no botão de prazer da Amazona, acariciando-o assim de uma maneira muito gostosa.

Embora a água ainda estivesse ligada, o cheiro de sexo proveniente dos corpos que se amavam dominava aquele banheiro.

A italiana então sentiu que gozaria novamente, e fincando suas unhas nos ombros fortes se deixou levar. Gemeu alto e firme, felina, enquanto encharcava-o com seu gozo.

O membro do lemuriano foi massageado pelas femininas contrações naturais do prazer, levando-o para um nirvana sexual, e poucos segundo depois ele também atingiu o êxtase.

Sua voz saiu novamente rouca quando ele preencheu a intimidade de Shaina com jatos quentes e fortes, gemendo o nome dela de uma maneira que ela nunca mais esqueceria.

E enquanto seus corações se acalmavam, eles continuavam grudados um ao outro.

Mu beijou novamente os lábios de Shaina, mas desta vez toda a volúpia havia cedido lugar a um carinho inesperado, que acabou surpreendendo-a novamente.

E quando enfim seus corpos se desligaram, eles usaram do chuveiro para sua higiene e foram novamente até o quarto.

Mu estava quase totalmente sóbrio, porém havia se doado tanto ao momento erótico que viveram que estava exausto e por isso deitou-se em sua macia cama.

Mas Shaina começou a se vestir.

Agora que o fogo da paixão havia se abrandado, a Amazona pensava se aquilo teria acontecido se as circunstâncias fossem outras. Embora Mu não fosse conhecido por ser um cafajeste, era um homem, e ela sempre tinha um pé atrás.

_ Vai embora? - perguntou ele, sentando-se na cama. - Passe a noite aqui comigo.

_ Desculpe Mu, mas não posso. - ela respondeu, torcendo a blusa molhada.

Ele queria insistir, mas conhecendo o temperamento de Shaina achou que seria em vão. Levantou-se, indo até a cômoda e pegou uma de suas camisas.

_ Vista isso Shaina, usar essa blusa molhada pode lhe deixar doente. - disse, entregando-a para ela.

Shaina agradeceu, olhou para os olhos lindos do lemuriano, vestiu a blusa e saiu.

Ele ficou parado, sem nada entender. Talvez tivesse feito algo que a magoou sem perceber, e por isso pensava que no dia seguinte deveria ir até ela. Estar com ela e amar seu corpo havia sido uma experiência extraordinária, e ele queria muito ter a oportunidade de repetir.

Shaina saiu de Áries com um turbilhão de pensamentos em sua mente.

Os momentos sensuais ao lado de Mu foram de tirar o fôlego. E embora o último beijo trocado entre eles pareceu ser feito de carinho, duvidava se sem estar sob o efeito da tequila ele teria agido daquela maneira.

No dia seguinte, como de praxe bem cedo ela estava na Arena.

Passava a guarda do Santuário em revista, quando viu um grupo de Dourados se aproximar para treinar.

Como sempre o lemuriano não estava entre eles, já que na maior parte do tempo ele ficava em sua oficina, cuidando das Armaduras danificadas ou treinava seu aprendiz.

O dia passou rápido, e vários flashs dos momentos que eles haviam passado naquele banheiro tomaram suas mentes inquietas.

Shaina pegava-se pensando nos dotes do Ariano, e como se sentiu ao ser possuída por ele.

Mu por sua vez, terminava de desamassar um elmo de bronze quando fechou os olhos, lembrando-se do gosto do mel da amazona.

Estava calor, devido à fornalha que trabalhava intensamente, e por isso ele trajava apenas as calças de sempre e um avental grosso de couro.

“Não seja tolo, Mu. Vá atrás dela”- pensava. Mas faltava-lhe a coragem para sobrepor sua conhecida timidez.

Suspirou fundo, e indo até uma pequena caixinha que havia no balcão de madeira pegou alguns itens.

Esquentou na brasa algumas das ferramentas que usava e começou a trabalhar.

Já era noite quando Shaina, sentada em seu sofá tomando um copo de leite e vendo TV ouviu batidas em sua porta.

Estava usando uma camisola de algodão, que parecia mais uma camiseta comprida, meias fofas e tinha o cabelo preso no alto de sua cabeça. Achava que provavelmente era Marin ou Geist que doida para contar como havia sido a noite anterior lhe procurava após o dia de trabalhos, mas se surpreendeu ao abrir a porta e dar de cara com o Rapaz de Jamiel.

_ Olá Shaina, desculpe vir até aqui sem ser convidado. Posso entrar? - perguntou ele, com sua voz macia.

_ Áries ? - ela se surpreendeu. Shaina não era do tipo de pessoa que apreciava visitas inesperadas, mas tratando-se dele seu coração disparou, num misto de euforia e surpresa.

Pisou de lado, deixando que ele entrasse e assim que o lemuriano passou, fechou a porta.

_ Me desculpe novamente por vir até aqui desse jeito. - ele sorriu, tímido - mas eu achei que deveria lhe dar isto. - e entregou para ela uma pequena caixinha de madeira.

A Amazona olhou para ela curiosa, e se surpreendeu ao abri-la.

Dentro havia um colar rústico em ouro fosco, com elos encaixados e pingente onde fios retorcidos emolduravam uma gema verde.

_ Ela tem a cor dos seus olhos, Shaina. - disse ele, corando de leve.

_ Mu… mas porquê, digo, obrigada... Mas eu não posso aceitar isso parece muito caro, eu… - mais uma vez o lemuriano a surpreendia, e ela não sabia o que dizer.

_ Por favor Shaina, aceite. Eu o fiz de coração, pensando em você. É um modo de lhe dizer como gostei de nossa noite e de lhe desejar um feliz aniversário atrasado.

Ela sorriu. Mu havia confeccionado aquela peça com tanto carinho, que ao pega-la em suas mãos a italiana pode tocar todo o sentimento por ele ali depositado.

_ Eu… - disse, aproximando-se dela. Mu pegou o colar e indo até as costas de Shaina o colocou, e começou a fechar o pequeno fecho - eu queria que soubesse que ontem foi uma das melhores noites da minha vida.

Ele então posicionou as mãos sobre os ombros da Amazona, que sentindo a respiração gostosa e quente em seu pescoço, arfou.

Mu depositou ali um suave selinho, que arrepiou todo o corpo da esverdeada, e tomando coragem, disse:

_ Sempre gostei de você, Shaina. Você sempre me fascinou. Gostaria que me desse uma chance.

_ Uma chance? - ela se virou para ele. Percebeu finalmente que a bebedeira do belo Cavaleiro havia sido apenas uma desculpa para sua aproximação.

_ Sim. Namora comigo? - ele sorriu novamente, acariciando o belo rosto feminino, que aliado ao jeito doce com o qual se pronunciou fez com que Shaina se jogasse para cima de seu corpo, enlaçando-lhe o pescoço e desferindo um beijo apaixonado em sua boca.

Ela não conseguia deixar de pensar como adorava o jeito do Ariano. Sempre se encantou pelo seu comportamento paciente e calmo, e depois do que havia rolado no banheiro da casa de Áries considerava que o Cavaleiro era sim, um pacote completo.

A resposta veio como uma série de beijos fogosos, de ambos os lados. E quando eles finalmente pararam em busca de ar, a Amazona ofereceu a ele um pedaço de bolo de aniversário que havia sido feito para ela, em agradecimento pelo presente.

_ Foi Marin que fez. Ela sabe que bolo de morango e creme é meu favorito. - disse, servindo-o uma fatia.

Ele comia um pedacinho quando a cobertura de chantilly escorreu do garfo caindo na virilha da calça que vestia.

Ao ver aquilo, Shaina mordeu os lábios e salivou. Lembrou-se da visão do corpo nu do lemuriano, e não se conteve.

_ Sabe, Mu… agora que somos namorados… - disse ela, felinamente, passando o dedo naquela manchinha de creme - eu acho que também tenho que lhe dar um presente.

Ele a olhou curioso, e seu membro latejou quando a viu levar o dedo sujo do doce até a boca e chupá-lo.

E naquele dia, nenhum dos dois dormiu cedo.