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História Undertale: Uma fangirl em outro mundo - Aranhas


Escrita por: Chatty e Mist-_

Notas do Autor


Oi! Pra não confundir vocês nós vamos avisar que só a Frisk, a Beatriz e o Flowey conseguem ver a Chara fantasma, agora tenham uma boa leitura!

Capítulo 9 - Aranhas


Fanfic / Fanfiction Undertale: Uma fangirl em outro mundo - Aranhas


Nós estávamos presas naquela teia, várias aranhas estavam ao nosso redor me deixando cada vez com mais medo, eu queria correr, eu queria gritar, eu queria morrer... mas qualquer coisa que eu fizesse só pioraria a situação. Tentei fingir que estava tudo sobre controle, ponha bastante enfase em TENTEI, porque qualquer um que olhasse a minha cara naquela hora perceberia que eu estava extremamente mal. Senti minha cabeça doer, minha visão foi ficando turva, um enjoo tomou conta do meu corpo e eu senti que eu estava prestes a desmaiar, mas eu continuei determinada. Muffet me encarou o que fez eu mudar minha expressão na hora e começar a soar. 
    - Não fique tão vermelha queridinha~
    Ela disse enquanto despejou o seu chá na nossa direção, senti meu corpo mais preso que antes e notei que estávamos em uma estranha teia roxa, nossas almas eram roxas agora.
    - Eu acho que roxo cai bem melhor em vocês! Ahuhuhuhuh~
    Frisk me olhou com a cara de "E agora?", por causa do medo eu tinha me esquecido que eu sei a estratégia, eu tentei pensar rapidamente no que falar, mas eu estava tão assustada que eu acabei travando e não conseguindo falar nada. Não sei o por quê, mas eu desenvolvi um trauma muito grande por aranhas e insetos.
    - Por quê estão tão pálidas? Deveriam estar orgulhosas. Orgulhosas que virarão bolos deliciosos. Ahuhuhu~
    As aranhas começaram a vir na nossa direção, eu desviei em pânico, estava passando pelo meu pior pesadelo.
    - PELO AMOR DE ASGORE MUFFET! DEIXA A GENTE SAIR, A FRISK COMPROU DOCE DAS ARANHAS DAS RUÍNAS!!!- Eu gritei já não aguentando mais ficar naquela situação.
    - Te deixar ir? Não seja boba, nos ofereceram muito ouro pela sua alma~
    - Frisk, pela minha sanidade me diz que você tá com o doce!- Eu gritei em pânico.
    - Tô, por que?- Ela perguntou confusa.
    - Come o doce! Só come! Eu vou morrer....- A última parte disse baixo para não ouvirem.
    - Tá.- Ela tirou o doce do inventário e o comeu, Muffet percebeu e fez uma cara espantada.
    - Como você conseguiu isso?! Você roubou? Eu vou te ensinar o que nós fazemos com ladras como você! Vocês vão servir de alimento pro meu bichinho, ele está com fome! Ahuhuhu~
    Eu vi a minha vida passando diante dos meus olhos quando o bichinho dela apareceu, ele era a coisa mais horrível que eu já vi na minha vida. Ele vinha na minha direção quando a minha salvação chegou: a aranha com o telegrama.
    - Espera, o que é isso? Um telegrama das aranhas das ruínas?... Elas disseram que você comprou o doce delas! Isso tudo deve ser um engano, ele deveria estar falando de outras humanas! Me desculpem queridinhas, vou soltar vocês agora~
    Ela destruiu a teia roxa o que nos deixou livres.
    - Ahuhuhu, Isso foi divertido. Venham visitar a minha loja sempre que quiserem, estaremos sempre as esperando queridas~ Posso até deixar vocês brincarem com o meu bichinho! Brincadeirinha, vejo vocês depois~
    Quando ela sumiu eu corri o mais rápido possível para a saída, me apoiei na parede sem fôlego e sentei no chão passando mal, Frisk veio logo atrás de mim preocupada.
    - Nunca... mais... faço... isso... de novo...- Eu disse ofegante.
    - O que foi? Você parecia tão assustada lá...
    - Ah, você tem medo de aranhas~?- Perguntou Chara em um tom brincalhão.
    - Eu não diria medo, eu diria pavor, não, TRAUMA de aranhas e insetos.
    - Nossa, por que trauma?- Perguntou Frisk.
    - Nem eu sei. Pode parecer ridículo isso, mas eu não aguento ficar perto desses bichos.... pai amado, minha cabeça...- Disse tapando meus olhos com a minha mão.
    - Medrosa, até parece o Asr.... esquece...- disse Chara, mudando seu tom brincalhão para um tom triste.
    - O Asriel era medroso?- Perguntei curiosa, o que assustou Chara.
    - Asriel?- Perguntou Frisk.
    - Eu conto depois, eu não estou muito no clima pra explicar agora não...
    - Você... também sabe do Asriel? O seu conhecimento as vezes me assusta...- Disse Chara- Sim... ele sempre tentava agir corajoso, mas no fundo era um chorão medroso...
    - Hehe... acho que seríamos amigos também...- Eu disse me levantando- Mas eu tenho uma pergunta que eu nunca soube a resposta, há várias teorias mas... não acho que estejam certas agora que te conheci pessoalmente...
    - O que?
    - Se você é tão legal, por que queria que Frisk matasse todos os monstros?
    - Ah, isso... Eu sempre considerei os monstros minha família, então eu não tenho motivo para querer que eles morram, mas... Eu tenho um conhecimento amplo desse jogo, sempre observo tudo que os jogadores fazem, tenho acesso e sei de coisas que mais ninguém sabe... Como eu estou ligada com a Frisk pela alma eu estou ligada a todas as ações que o jogador manda a Frisk fazer, cada coisa que o jogador faz me afeta, todas as rotas me afetam... E as rotas genocidas me deixaram assim, elas corromperam minha alma, eu não tenho escolha... a não ser apoiá-los...  as rotas genocidas me corromperam à um ponto onde não tem mais concerto...- Ela explicou calmamente, eu pude ver que ela se esforçava ao máximo para não chorar, mas no fim ela falhou e tapou o seu rosto com o braço rapidamente.
...
    Um silêncio encheu a sala, mas Frisk logo o quebrou.
    - Eu nunca imaginava que você passava por isso Chara... 
    - Nem eu...- Concordei com Frisk.
    - T-tudo bem... Vamos continuar andando...
    Chara desapareceu e eu e Frisk continuamos andando até chegar em um palco, logo lembrei o que ia acontecer e não pude deixar de suspirar. Quando estávamos na metade do palco uma voz metálica surgiu de cima.
    - Oh, aquela pessoa...- Nós olhamos para cima e vimos Mettaton em um vestido.- Poderia ser...? O meu verdadeiro amor?
    Uma música começou a tocar e ele começou a cantar, agora eu entendo porque a Frisk sempre fica com essa cara de tédio, ela passa por cada situação... Depois que ele parou de cantar ele apertou um botão, o chão abriu e nós caímos. Tivemos que passar pelo puzzle dos pisos coloridos, nós falhamos, mas no fim deu certo pois Alphys desativou a armadilha.
    - S-s-seu p-plano está acabado! Agora vá p-pra casa e n-nos deixe em p-paz!- Disse Alphys através do celular.
    - Plano? Acabado? Alphys, querida, do que está falando? Esqueceu o que os pisos verdes fazem? Eles soam um alarme e você tem que lutar com um monstro, e esse monstro sou eu!- Disse Mettaton confiante.
    - Que ótimo, agora vocês terão que lutar com o tijolo ambulante... Boa sorte para vocês, já que eu não posso fazer nada mesmo- Disse Chara desanimada.
    Alphys nos avisou do botão amarelo no celular, Frisk apertou, sua alma ficou amarela e começou a atirar no Mettaton, que foi embora "derrotado".
    - V-vocês venceram e-ele! V-v-vocês fizeram um ótimo trabalho até agora!- Disse Alphys.
    - Foi tudo graças a você Alphys- Disse Frisk.
    - O-o-oh n-não, v-vocês fizeram t-tudo, e-eu apenas fiz a-alguns programas b-b-bobos de celular... S-s-sabe, antes d-de conhecer vocês eu não... n-n-não gostava m-muito de mim m-mesma... Por um bom tempo eu m-me senti uma c-completa inútil, sempre acabava d-decepcionado todo mundo... M-mas guiar vocês m-me fez me sentir melhor, e-então muito obrigada p-por me deixar ajudar.
    - Não tem problema Alphys, sem você passar por aqui seria bem mais difícil, nós é que deveriamos agradecer - Disse Frisk, a consolando.
    Depois nós continuamos andando e encontramos os guardas reais juntos, eles pareciam felizes... Depois de um tempo chegamos em um prédio chamado "MTT", o Sans estava parado na frente e sorriu ao nos ver.
    -  Vocês parecem intactas, eu tenho que te agradecer por fazer o meu trabalho Bia, amo não fazer nada.
    - Não tem problema, fico feliz em ajudar- Respondi.
    - Bom, parece que vocês chegarão ao Core em breve, mas que tal jantarmos juntos antes?- ofereceu Sans.
    - Claro!- respondemos ao mesmo tempo.
    - Por aqui, eu sei um atalho.- Ele apontou para o beco e nós o seguimos, em segundos nós aparecemos dentro do restaurante- Bom, você já deve saber sobre o que eu vou falar, mas eu ainda preciso contar pra Frisk- Eu fiquei quieta enquanto ele contava sobre a promessa dele com a Toriel, como eu já sabia da conversa eu comecei a me perder em meus pensamentos, esquecendo completamente do mundo ao redor. 
    Comecei a procurar respostas sobre como eu vim do meu mundo para esse e de como eu poderia sair de lá, eu senti que eles estavam conversando há horas, mas na realidade se passaram apenas alguns minutos. Depois de um tempo assim algo diferente aconteceu, os sons já abafados desapareceram completamente, o cenário ao meu redor desinteressante virou uma grande sombra negra, será que Chara fez isso? Procurei ao redor por ela, mas o lugar estava completamente vazio, as únicas coisas que estavam lá eram eu e uma porta, uma porta branca que brilhava na escuridão, ela estava coberta de cadeados enferrujados. Por instinto eu me aproximei e toquei na porta, quando eu fiz isso eu me vi observando um céu estrelado, mas foi apenas isso, pois eu acordei do meu transe logo em seguida.
    - Bia!- Gritaram Sans e Frisk ao mesmo tempo.
    - Uh...? O que foi?
    - Ainda bem... você estava encarando o nada faz um tempo, nós te chamamos e você não respondeu. Você está bem?- Perguntou Frisk.
    - Estou, desculpa por preocupar vocês de novo... Já conversaram sobre tudo?
    - Sim, mas eu ainda quero fazer uma pergunta pra você.- Disse Sans.
    - Tá
    - ...O que acontece no final desse jogo?
    - Depende do jogador.
    - Como assim?
    - Existem três finais, com variações, mas são três finais. O final pacífico, onde o jogador vira amigo de todos e não mata ninguém, o final neutro, onde o jogador mata ou não mata o quanto quiser e o final genocida, onde o jogador mata todos os monstros. Nós estamos no caminho do final pacífico, mas eu acho que o neutro sempre vem primeiro...- Expliquei.
    - Então nós teremos que fazer os dois finais?- perguntou Frisk.
    - Creio que sim.
    As órbitas do Sans se escureceram.
    - Quando você jogou... você fez o final- 
    - Não, nunca fiz o genocida Sans...- Eu o interrompi, ao ouvir minha resposta as órbitas dele voltaram ao normal.
    - Certo, foi bom conversar, vocês devem alugar um quarto e descansar agora, vocês tem um longo dia pela frente. - Ele se levantou e se preparou para sair, mas eu segurei o braço dele antes que ele teleportasse.
    - Já vai? Que ESQUELEstranho da sua parte, nem ao menos disse uma piada até agora.- Eu sorri e ele provavelmente entendeu o que eu quis dizer, nos sentamos novamente.
    - É verdade, eu tinha esquecido que você gosta das minhas piadas, afinal, elas SANS de mais.- Ele disse e eu não pude segurar o riso, Frisk riu um pouco também, já Chara ficou nos encarando como se fossemos lixo, materializou uma faca e tentou se matar, mas a faca atravessou a sua garganta fantasma como se não houvesse nada lá.
    - Se vocês me derem licença, eu vou indo, não quero morrer de nenhuma infecção por sua culpa.- Disse Chara, logo desaparecendo no ar.
    - Sans, Bia, por que o elefante não pega fogo?- Perguntou Frisk.
    - Não sei- Dissemos em uníssono.
    - Por que ele já é cinza.- Ela respondeu, nós rimos até não poder mais.
    - Tá, essa foi boa. Por que as aranhas precisam de vocês?
    - Hehe, não sei.
    - Porque elas são Arac Need You.
    Nós ficamos trocando piadas horríveis por um bom tempo, os monstros ao redor nos olhavam como se nós fossemos loucos, mas nós não nos importamos, estava bem divertido. Logo nos despedimos, alugamos um quarto, compramos alguns itens e nos preparamos para dormir, já estávamos deitadas quando Chara apareceu com uma cara de zumbi.
    - Por favor, me lembre de nunca mais deixar vocês três e a mamãe juntos.- Eu não pude deixar de rir, ela desapareceu e nós dormimos, amanhã será um dia cheio.
 


Notas Finais


Espero que o capítulo não esteja confuso, acho que aconteceu muita coisa nele.... É isso, até o próximo capítulo!


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