História Utopia 2: Reacting - Prólogo

[Terceira pessoa — Visão do Lggj]

Era fim de tarde, o vento balançava as folhas da árvores e o cabelo do Lg, ele estava voltando para casa depois de um dia no centro de Utopia, ele estava sentindo um cheiro doce, era doce mas ao mesmo tempo um pouco amargo.

Lg viu uma silhueta de cabelos longos e roupas esvoaçantes, o sol se punha, dificultando a imagem da pessoa, e parece que a dita pessoa o percebeu, correndo em uma velocidade extrema para longe de sua casa. Em meio a confusão e desespero, Lg corre até sua casa, vendo que tudo estava perfeitamente intacto, nada fora do lugar, apenas uma garrafa com um líquido transparente, como água.

Perto da garrafa, havia um blhete, que dizia: “Perdoe-me sir. Lggj, por invadir sua casa a esta hora da tarde, mas creio que seja de extrema importância para você e para todos de Utopia que bebem esse líquido, não se preocupe, não haverá nenhum efeito colateral, confie em mim e tudo ficará bem."

Não havia assinatura no bilhete, Lg se sentia desconfiado, mas grande parte da sua mente dizia para confiar na tal silhueta e no bilhete, além de que também seria de extrema importância para a cidade, como um membro da PSI ajudar o prefeito e a cidade era fundamental no seu trabalho. Tomando uma decisão, Lg pegou a garrafa e virou tudo de uma vez, se sentindo tonto logo em seguida, ele cambaleou até o sofá, se amaldiçoando por confiar no bilhete misterioso.

— Peço desculpas, Lg, mas isso é fundamental, já que faz parte do meu trabalho, infelizmente, mas não tanto, já que eu faço por opção. — Falou a moça, passando a mão pálida, com dedos finos e elegantes, pela sua testa com delicadeza e tomando cuidado para não o machucar com suas unhas afiadas, ao fim da frase, ela deu de ombros com um sorriso.

— Já acabou? Então, temos que levá-lo! Você não sabe o quanto foi difícil levar o Pedrux! Por que eu sempre fico com o trabalho difícil?! — Outra voz misteriosa soou, uma voz feminina com um tom irritado e indignado, cruzando os braços enquanto esbravejava e resmungava baixo.

A mulher perto do corpo dormindo — diga-se, desmaiado — riu baixo, deixando sua mão fria em cima da testa do Lg, um brilho se espalhou de sua mão para o corpo inteiro de Lg e sumiu em brilhos, como se nunca estivesse lá.

Ambas as mulheres então, sumiram em seguida, deixando a casa de Lg, como se nunca tivessem estado lá, não havia indícios que alguém esteva lá, de qualquer maneira.

[Breaking Time]

[Primeira pessoa — Visão Lggj]

Eu acordo em um lugar estranho, com um palco de mais ou menos um metro, com uma grande tela, vejo outras pessoa acordando ou já acordadas, pessoas como o Phantom, Tuguim, Pedrux, Apuh, Ralls, Dlet e até o Foka. Peerguntas e murmurinhos voam por toda a sala, vejo também cadeiras como os de cinema, olho para trás e vejo uma mesa grande, com algumas garrafas d'água, uma porta com uma placa indicando o banheiro, e outra porta como a de um refeitório.

Fico rapidamente em guardar, indo para perto do Pedrux, Apuh e Ralls, mas antes de chegar neles uma luz irradia do telão, aparecendo uma figura mascarada e encapuzada. A pessoa era muito alta, ele parecia ter entre 1,75 a 1,80.

— Silêncio por favor, pessoal, silêncio por favor. — Ouço ele falando, sua voz era firme e não muito alta, nem muito baixa, em um tom para que todos conseguissem ouvir, sua voz era meio feminina, mas que diria para confundir com a de um homem.

A medida que ela ou ele falava, o barulho ia diminuindo, todos tinham sua atenção na figura misteriosa encapuzada. Percebendo a atenção de todos, ele começou a falar.

— Agradeço a atenção, então, vocês estão aqui porque quero evitar o futuro mais provável de vocês, assim como quero mostrar os finais que vocês tiveram em outras dimensões e universos, tudo será passado no telão atrás de mim. O banheiro está a direita de vocês. Ah! Lembrem-se, nenhum de vocês tem os seus poderes aqui, assim como se vocês morrerem, irão reviver alguns segundos depois, então sem preocupações. Alguma pergunta? — A pessoa termina de falar, sua voz era calma e até um oouco monótona, como se já tivesse feito isso várias vezes.

— Sim, eu tenho. — Apuh levantou sua mão.

— Por favor fale, lembrem-se que todas as dúvidas são válidas.

— Primeira pergunta: como devemos te chamar? Segunda pergunta: como isso funcionaria? Terceira pergunta: por que todos vocês sempre falam dos outros "universos" como loucos? — Apuh expressa suas dúvidas, eu concordo com as três primeiras perguntas, mas com a terceira eu fico um pouco ofendido.

— Ótimas perguntas, Apuh, sobre a primeira pergunta, me chamem de Crow, por enquanto. Sobre a segunda pergunta, momentos importantes serão mostrados no telão, alguns podem não ser interessantes ou importantes, mas podem aliviar o clima um pouco. Já a terceira pergunta, bem, meia noite eu te conto. — A pessoa, ou como ela pediu para falar, Crow, terminou de responder a última pergunta em um tom brincalhão. — Pelo visto, vocês não tem mais perguntas, então, tchau tchau!

Após Crow falar isso, ele ou ela some da frente da tela, como se nada estivesse ali, o que me assusta, pensar que eu sou fraco diante dele, que eu não tenho poder o suficiente para sequer pensar em lutar contra ela, isso me assusta muito, me apavora totalmente.

— Olá? Bem, acho que Crow já explicou bastante, então eu irei falar. — Uma voz calma ecoou pela sala, me assustando levemente, sua voz era bizarra, distorcida mas ao mesmo tempo tão calma e comum, era diferente de Crow, que parecia mais humana, esse ser parecia inumano, distante, mais poderoso, meu sentimento de medo se agrava mais. — Certo, no meio dos vídeos haverão pausas de 5 minutos, para vocês irem ao banheiro ou comerem algo, as cadeiras tem uma mesinha embutida. Ah! E não se preocupem, as pausas mais longas serão feitas apartir da meia noite até as sete da manhã e também, o tempo no universo de vocês está parado, então, nada vai mudar muito, apenas a consciência de que talvez tenha se passado muiro tempo, mas não aparentemente, apenas uma sensação para quem está fora daqui, foi isso, aproveitem a estadia! — E então a voz calma desaparece, sem tempo para que possamos fazer uma pergunta.

No telão aparece uma contagem regressiva de um minuto, todos começam a se sentar, meio hesitantes, mas sem opções, eu também me sento, ainda com a guarda alta, não sei se posso relaxar aqui, de qualquer maneira, vamos apenas tentar aproveitar e extrair bastante informações, ignorando o sentimento de impotência e medo.