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História Vermelho bordô e cigarros de cereja (One-shot Nana) - Mesmo que seja uma ideia absurda...


Escrita por: Jack_the_cherry

Notas do Autor


Fiz esse one-shot me baseando no volume em que Hachi compra ingressos para ver o show do Tranes e arrasta a Nana para ir junto. Nessa cena em específico as duas haviam acabado de chegar na casa da família da Hachi e estavam conversando no quarto dela. Logo depois de ler eu senti que caberia cenas a mais nessa parte...👀
Boa leitura!

Capítulo 1 - Mesmo que seja uma ideia absurda...


Fanfic / Fanfiction Vermelho bordô e cigarros de cereja (One-shot Nana) - Mesmo que seja uma ideia absurda...

 Nana nunca foi muito de se abrir comigo, por isso, naquele momento, quando  começou a me contar sobre sua família, não demorou muito para que eu sentisse meu coração apertado e lágrimas correndo sobre minhas bochechas.


 — Até agora, você nunca tinha me contado nada sobre você…— Eu enrolava uma mecha de cabelo entre meus dedos, enquanto tentava conter as lágrimas. — Me perguntava o porque eu…achava isso tão triste. Fiquei feliz por me contar.


 Me encolhi, deixando meu rosto próximo aos joelhos, Nana me olhava com surpresa, acho que ela nunca havia imaginado que aquilo era algo importante para mim. 


 — Entendi…Desculpe — Sua fala me pega de surpresa. — Nunca passou pela minha cabeça que você estivesse se sentindo assim. Até hoje, eu nunca tive uma amiga de verdade. Por isso, eu não sei direito como devo agir. E como não gosto de falar muito ao meu respeito…deixei de te contar um monte de coisas. 


 Ea não sabia como eu havia me sentido, mas ela contou, contou pra mim, e era isso tudo o que eu mais queria. 

Nana era um mistério pra mim, como um explorador se aventurando em uma caverna completamente escura, sem ter uma lanterna em mãos, mas mesmo assim, ia cada vez mais a fundo. E eu queria isso, queria saber tudo sobre ela, pois era diferente de tudo que eu já conhecia.


 — Mas é só perguntar que eu te conto, tá bom? Pare de achar triste. — Naquele momento parei de chorar, e não consegui conter uma risada, enquanto ela me encarava confusa — Qual é a graça??


 — Nana, por que você sempre age como um rapaz? Eu acho que você está mais para namorado do que amiga! Sabe que meu coração até acelerou agora? — E aquilo não deixava de ser verdade…


 — Não adianta acelerar seu coração por mim! — Ela parecia envergonhada, mesmo tentando manter aquela sua pose.


 — Vai mesmo me contar qualquer coisa? — Parei de rir e me aproximei dela, engatinhando.


 —...vou.


 — Nada de se esquivar, tá bem? — Me aproximo mais.


 — Tá… — Nossos rostos já estavam próximos até demais, assim como nossos corpos.


 “Mas mulher com mulher…como será que faz? CREDO!” Me lembrei daquele dia em que Misato havia dormido na nossa casa. Achava que era um absurdo, que mulheres não podiam fazer esse tipo de coisa, mas tudo aquilo se dissipou, quando pela segunda vez na minha vida, meus lábios se encontraram com os de Nana. 

O gosto de cigarros Black Stone e cereja, de seu batom vermelho bordô, dançavam na minha boca. Não foi como da primeira vez…aquilo foi totalmente diferente.

Nana apoia suas mãos no chão, eu continuo me inclinando para cima dela, até que consigo sentir seu coração batendo. Minha mão desliza ao encontro de seus cabelos curtos e eu os acaricio, percebendo pela primeira vez como eles eram macios. Meu rosto se encontrava completamente rubro, mesmo assim, não conseguia soltá-la. Queria que o tempo parasse e que aquele momento durasse para sempre. 

Senti Nana puxar minha cintura para perto, nosso beijo foi desfeito e agora ela distribuía selinhos em meu pescoço, deixando marcas de batom. Continuei de olhos fechados, meu rosto um pimentão, segurava sua camisa com força, e sentia seu cheiro se misturar ao meu. Mas então eu me lembrei…me lembrei do motivo pelo qual havíamos vindo ao show….


 — Você ainda ama o Ren? — Sussurrei em seu ouvido em um impulso, e na hora desejei desesperadamente que aquilo não tivesse saído de minha boca.


 Nana me soltou na hora, se distanciando e me olhando surpresa. Desejei com todas as minhas forças que ela dissesse que não. Queria voltar para casa, esquecer o show, Shoji, Ren, o Trapnest, aquele maldito colar…Tudo, tudo o que nos separava naquele momento. Finalmente entendia porque Nana era tão importante, finalmente entendia o porque não deu certo com Shoji. 

O sonho da Nana era ter uma família grande, e o meu, uma casa com um quintal, naquele momento, tudo o que eu queria era realizar aqueles dois sonhos com ela. Oh grande rei do terror, se você tem pelo menos um pouco de piedade em seu coração, faça-a dizer que não o ama mais.


 — Voce sabia?... — As palavras finalmente saem de sua boca e ela abaixa o olhar. 


 — Des…desculpe…por fingir que não sabia…mas — Gaguejei. 


 — Você sabia de tudo…e por isso me trouxe pra cá, não é!? — Achei que ela ficaria zangada, mas sua voz era calma. — Obrigada…




 Fomos ao show juntas, sem nem ao mesmo tocar no assunto sobre o que havia acontecido em meu quarto. Ela não respondeu a minha pergunta, mas mesmo assim, já sabia o que aquilo significava. Nana ainda o amava, era óbvio. 

Quando estávamos na pista e Ren finalmente apareceu no palco, eu comecei a chorar. Aquilo era ridículo…sentir aquilo por ela…não era para ser assim. 

Quando olhei para o lado, percebi que Nana também chorava, mas sabia que não era pelo mesmo motivo que o meu.

Sem perceber, nós estávamos de mãos dadas. Na verdade…eu queria ter segurado sua mão para sempre. Por mais que eu soubesse que aquele era um sonho irreal, que tudo já estava fadado a acontecer contra mim, fui eu mesma quem causei aquilo, e agora já não podia fazer mais nada para trazer o coração da Nana de encontro ao meu…



Notas Finais


É isso, só uns delírios meus com relação a essas duas kkkk Espero que tenham gostado :)


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