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História Vi veri veniversum vivus vici - Prologo.


Escrita por: Junkerflower

Notas do Autor


Sejam bem vindos.

Vejo que ocorre um déficit em relação a fanfics inspiradas na grande obra de Alan Moore, V for Vendetta ou como preferir, V de vingança. Perante a tal venho especialmente com a minha versão da obra, espero que apreciem, e por ventura não se esqueçam; se gostarem expressem! jamais saberei se estou tendo aceitação se não falarem comigo!
Lembrem-se escrevo para vocês, caro leitores, minha satisfação e ver a vossa!

Capítulo 1 - Prologo.


Evey se sentou no banco, esperando o retorno dele.  Agarrando as próprias mãos, apoiando os cotovelos sob os joelhos com força.

 Onde haveria de estar ,já  havia sido um tempo desde que ele tinha ouvido os últimos tiros.

Passos passaram a ser ouvidos, passos descompassados vindo dos trilhos, Por sorte conseguiu virar a tempo, vendo  quando ele tropeçou em seus próprios pês deixando o chapéu  cair.

 “V” Imediatamente ela correu em sua direção  o  pegando deixando com que caísse sob seu corpo, amortecendo a queda.

“Oh deus, nos temos que parar a hemorragia” . O mundo parecia negro, o desespero subiu sua mente e freneticamente tentou aplicar pressão em suas feridas com a esperança de estancar parte do fluxo sanguíneo.

“Oh, por favor, não...”  Ele protestou roucamente, Puxando o ar com dificuldades. “ eu estou acabado... e feliz por isso”

Ela balançou a cabeça negando tal hipótese deixando as  lagrimas saltaram os  olhos” não diga isso”

“ eu disse, somente a verdade”, ele respirou. “ por vinte anos eu procurava apenas neste dia. Nada mais existia .... ate que eu vi você e tudo mudou” ele fez uma pausa, puxando novamente o ar ainda mais fraco, e roucamente pronunciou “Eu cai de amores por você, Evey, como se eu nao pudesse acreditar”

Não ela não podia aceitar isso, as lagrimas escorriam e caiam na mascara. “eu não quero que voce morra” sua voz era quase um sussurro, que custou a ser dito perante a tremedeira que percorreu seu corpo.

 Ela podia ver finalmente através daquela mascara e ela podia crer, ele estava sorrindo e em um longo suspiro ele falou ainda mais baixo e com o dobro da dificuldade.” Essa e a coisa mais bonita..... Que você poderia ter me dado. “  E ela finalmente  sentiu o ultimo suspiro de ar sair de seu corpo, e o corpo do homem amolecer em seus braços.

O silencio foi mortal.

“v?” ela chorou “V ?”


Evey estava aterrorizada, o único homem que foi mais que um pai, irmão ou qualquer outro  que havia dormido em todos esses anos, estava ali morto  em seus braços o sentimento de impotência era monstruoso , ela tinha esperanças que pelo menos ele não sumiria de sua vida como todos que um dia ela amou.

As lagrimas quentes corriam seu rosto e desciam queimando suas bochechas  e aos poucos deixou ser tomada por aquele choro descontrolado, que em meio a soluços e gritos se balançava em posição fetal apertando o corpo do falecido contra o seu .  O sague manchava ainda mais suas roupas, mas pouco importava  ele era muito mais importante que uma malha de algodão, e ela continuou a apertar contra si, lamentando com mais choros o por que da sua morte. Aquilo persistiu por alguns minutos, logo Evey  com o rosto inchado mas sem lagrimas deu uma ultima olhada naquilo que chamava de face, naquela mascara risonha de guy Fawkes, era um sentimento obliquo que se formava cada  vez que tentava  se lembrar que por baixo desta filosofia de vida existia um homem de carne e osso que muito mais que um revolucionário era um ser humano assim como ela, que sentia dor, alegria, angustia, ódio, e mesmo depois de tanto tempo ela mal o conhecia, não conhecia nada sobre sua natureza,  sobre seu passado, era estranho porem incrível como criaram uma conexão tão profunda mesmo com um abismo de distancia.

E cortando a sua  morbidez o relojo que se encontrava a poucos passos de Evey soou avisando que faltava pouco mais de trinta minutos  para meia noite, ela sabia que o dia dele estava cada segundo mais próximo o dia que mudaria não só Londres mas o mundo inteiro, aquela ditadura iria ter um fim e das cinzas resplandecer um novo começo. E com extrema delicadeza  segurou a cabeça do homem  erguendo enquanto retirava as pernas de baixo e enfim em pe repousou o corpo no chão com calma.


“Sabe  V, você foi um artista fabuloso todos lembrarão da face desta revolução, e eu....”  Pausou brevemente olhando novamente sua mascara que depois de tanto fita-la esta noite estava um tanto quanto macabra, contudo, tentou se manter firme em sua declaração

” Jamais esquecerei o que o homem por trás dela e o que ela  representou em minha vida. Bem... “  Deslizando os dedos por seus cabelos, puxou fortemente o ar completando

” Pelo menos você merece um funeral  a sua altura.” As palavras saíram amargamente como o pior dos ácidos, pior das frutas cítricas. 

Observando o corpo esparramado, podia ver claramente os furos e o  sangue  continha  uma tonalidade incrível que se destacava em qualquer fundo e naquela roupa escura não era exceção

” Ele merece roupas adequadas ah sim, não menos importante scarlet Carson, sim... irei colher algumas rapidamente “Processou em sua mente enquanto corria escadas acima Primeiro ela passou pelo jardim, contando quantas rosas seriam necessárias, e bem, parecia que boa parte da plantação estaria nesta singela despedida mas que mal tinha, ele que as plantou desde o inicio, Concluiu com certa pressa e logo tratou de  andar um pouco mais, adentrando em um quarto escuro com uma grande penteadeira, a jovem parou repentinamente, fitando as diversas mudas de roupas de V que estavam espalhadas em seu  closet.

“oh...ceus... V.. Me perdoe.... “ Proclamou ao vento antes de adentrar realmente no quarto, finalmente havia dado conta do que estava planejando, despi-lo .

Horas ele nem mesmo permitiu que ela o visse sem a mascara com certeza sentira-se violado com tamanha audácia, Ela repensou varias vezes se deveria ou não trocar a roupa do seu doce anarquista, um peso parecia se formar em sua consciência, ela poderia sobreviver a visão do corpo de um homem entretanto ela o respeitava mais que qualquer um, isto seria imperdoável. Ah como Evey se torturou era uma decisão importante e bem  o tempo ainda estava a seu favor, extremamente indecisa puxou o banco da penteadeira e apoiando os cotovelos e fitou outra mascara com sorriso metálico.

” Não me olhe assim, por que você e tão complicado!” gospiu  amargurada apertando os dedos nos cabelos e puxando o ar com força, por um tempo permaneceu naquela posição fitando os próprios pês pensando e pensando.

“Mas que merda!” e com as mãos fechadas em punho bateu contra a penteadeira, fazendo tudo balançar inclusive vários vidros que estavam na gaveta. Percebendo um cheiro familiar subir e percebendo a inconsequência dos seus atos, abriu a gaveta rapidamente dando de cara com vários frascos com medicamentos e um perfume derramado, escorrendo ao encontro de um caderno de capa escura como o breu, se levantando antes que o perfume caísse em seu colo já que estava a pingar no chão, puxou o caderno e se ergueu tão rápido que havia esquecido o que era sutileza.

“Mais que merda! Porra!” Expressou batendo a mão esquerda  contra o corpo limpando o perfume derramado, lembrando-se que algo encontrava-se em suas mãos ,  seu olhar se encontrava curioso com a peça, levando próximo ao seu rosto  abriu em uma pagina ao acaso. A letra naquele papel sem pautas era delicada, quase que bordada e rente, em nenhum momento curvou mantendo-se reta ate o final.

” tão a sua cara!”  Falou baixinho deixando escapar um sorriso de canto admirada pela profundidade e o capricho da letra continuou a ler, sendo que desta vez leu em voz alta uma anotação curiosa, Oh justiça por que deixares-me, viúvo de vosso julgamento e resplendor  não vejo escolha a não ser  teu representante honorário. “ No decorrer da pagina havia vários tipos de poemas em línguas com o qual Evey não conseguia pronunciar, já na outra pagina havia instruções sobre experimentos químicos, no cabeçario a seguinte anotação”  pólvora caseira”  E assim continuou a folear mais e mais, ate que chegou em uma determinada pagina  escrita com um tom diferente e a letra estava bem mais delicada que as demais “Lembrai, lembrai do cinco de novembro
A pólvora, a traição, o ardil
Por isso não vejo como esquecer
Uma traição de pólvora tão vil. Durante esses anos, nunca um cinco de novembro demorou tanto para vir, oh sim, este dia caloroso que iniciarei a verdadeira mudança, mal me contenho de emoção, mesmo com esta mascara sinto o ardil de minha pele que clama por este dia, Oh minha querida  Londres  você minha amada será apenas o meu palco entretanto pense, você estará nos holofotes em breve.”

 

Assim que virou a pagina pode observar um grande numero cinco em romano, bordado acompanhado de uma letra totalmente diferente ainda continuava bem feita mas, estava curvada mal podia compreender de tão junta que foi escrita, ate mesmo aparentava ter sido escrita as pressas.

 “Oh Pelos deuses, estou tão eufórico acredito ser esta a melhor palavra para o que estou sentindo, sinto uma ansiedade tão louca, não á livros que me distraiam, nem filmes, nem mesmo meu treinamento diário,  Meu vestuário esta a minha espera nunca poli tanto a minha bota, e a mascara  passei ate mesmo um blush nas bochechas. Céus se acalme homem, hoje e seu dia. Nada poderá estraga-lo!”

Bem pelo menos ele tem uma parte humana dentro dele afinal de conta, refletiu enquanto lia e logo pulando para a outra pagina, esta estava escrita ainda mais  irregularmente  mas cheia de erros gramaticais.

 “ Que noite fantástica ou  devo dizer, peculiar. Hoje encontrei uma senhorita de pouca idade que foi pega pelos homens dedo, Eu juro não queria me meter, já que jovens que saem depois do toque de recolher não são mais do que meretrizes atrás de dinheiro, não que me importe mas esta noite ninguém sob meus olhos ira morrer, quer dizer, meus telespectadores. Mas Aquela jovem ela possuía um olhar, aqueles olhos cor de mel em puro desespero me  imploravam por ajuda, e eu cavalheiro não pude negligencia-lo.  A cada homem que eu matava a frente da menina ela não parecia sentir nada, claro eles iriam estrupa-la e depois mata-la, mas aqueles olhos antes desesperados agora brilhavam estranhamente, ela e realmente fascinante.  Céus  aquele olhar desafiador havia caído e uma garotinha surgiu, encurralada com a minha presença, Gentilmente anunciei  que não iria machuca-la, mas apenas escutei um quem e você. Oh minha cara que pergunta mais exotérica a se fazer a um mascarado, mas em minha gentileza expliquei, Maldito seja Adam Sutler tirando a cultura destas crianças que mal entendem a excelência do inglês polido!. Ela me olhava como se eu fosse um louco, não que eu negue mas aquele olhar era doloroso, bem se você vê um louco, louco eu serei,  não me contendo em minha apresentação soltei um dos meus versos preferidos 

"Voilà! À vista, um humilde veterano vaudevilliano, apresentado vicariamente como ambos vítima e vilão pelas vicissitudes do Destino. Esta visagem, não mero verniz da vaidade, é ela vestígio da vox populi, agora vacante, vanescida, enquanto a voz vital da verossimilhança agora venera aquilo que uma vez vilificaram. Entretanto, esta valorosa visitação de uma antiga vexação, permanece vivificada, e há votado por vaporizar estes venais e virulentos verminados vanguardeiros vícios e favorecer a violentamente viciosa e voraciosa violação da volição. O único veredito é a vingança, uma vendeta, mantida votiva,não em vão, pelo valor e veracidade dos quais um dia deverão vindicar os vigilantes e os virtuosos. Verdadeiramente, esta vichyssoise de verbosidade vira mais verbose vis-a-vis uma introdução, então é minha boa honra conhecê-la e você pode me chamar de V.” Pelos deuses, como pude me descuidar e ser tão eloquente, a falta de contato humano e um inferno mesmo. 

Mas graças a isto consegui deixar nem que fosse um pouco a dama mais confiante, e finalmente consegui seu nome, E.v.e.y , Fascinante diga-se de passagem, E...V..ey. E ,a quinta letra do alfabeto, V a quinta letra a partir do fim do alfabeto e é o numeral romano para cinco e a letra Y é a 25ª letra do alfabeto; 25, sendo 5 ao quadrado sem contar o nome fonético  significa "saída V", há ha magnifico!. Me senti inspirado, a noite não poderia ser mais propicia, sim, devia mostrar a ela o meu show, deixar que esta donzela aprecie do meu camarote o inicio da mudança.  E assim me atrevi convidei-a, mas furtivamente fui negado, mulher inteligente, mas nada que um pouco de persuasão não resolvesse. A questionei sob seus gostos musicais, mas horas o máximo que ela devia ter ouvido era as marchas  militares, eles erradicaram a cultura jogaram fora como um ramo de rosas mortas,proporcionalmente ela respondeu que sim, logo entre seu olhar desconfiado, que eu juro me fez sentir estranho, como se estivesse embriagado, mas o que exigir de um homem exilado que fez contato com uma mulher pela primeira vez em anos. Calmamente a expliquei  claro na figura de linguagem sobre o concerto, ela duvidou, mas novamente persuadi, e a levei ate o telhado de um prédio, lá tínhamos uma visão da estatua da liberdade, não aquela que foi destruía nos Eua, mas a que reside em Londres.  E não me canso de enfatizar esses olhos oblíquos que  repreendem a falta de instrumentos,  como mesmo disse não questionei as habilidade de observação mas pedi que esperasse e ouvisse com atenção em breve.  Entre o momento crucial, decidi jogar um pouco de conversa fora, e declamei o texto que havia escrito com tanto afeto para este dia.

” A madame justiça, dedico este concerto, em honra as férias que ela parece ter tirado deste local, e em reconhecimento ao impostor que ficou no lugar dela”.  Sabido da hora correta questionei sobre o dia, e ela furtivamente respondeu o obvio, quatro de novembro e como em sincronia o toque do big bang anunciou o inicio de minha orquestra.  Oh sim, eu decorei mais um texto, mas este sempre esteve em minha mente desde os primórdios, e eu não entendo o porquê.

“Lembrai, lembrai do cinco de novembro
              A pólvora, a traição, o ardil
             Por isso não vejo como esquecer
             Uma traição de pólvora tão vil”
 

E assim a Tchaikovsky Overture 1812 tocou, lindamente, o metal, a percussão, senti um calafrio subi a terceira vertebra e ainda posso me lembrar da emoção, e da surpresa de minha acompanhante, mas assim que chamei sua atenção a estatua começou a brilhar, e em três explosões iniciando-se no topo e descendo suscetivelmente, não pude resisti, o ardor queimava minhas pupilas, mas o que importava, uma crise de risos contagiou minha face mascarada, e vidrado continuei rindo, e gritando de alegria, sim... Sim temam seus vermes!.

 As pessoas abaixo de nós gritavam nas ruas, rapidamente os dedos, ouvidos e olhos estavam ali, todos reunidos admirando  minha obra prima. Fui me contendo tardiamente, lembrando-me da minha acompanhante que horrorizada questionava tudo aquilo, e novamente estava de frente com a criança que sempre foi com medo. Tentei me desculpar, mas foi em vão, e novamente armada com o spray decidi não deixa-la encurralada e na mesma proporção a musica foi acabando diminuindo cada vez mais ate que sumisse e o som de toque de recolher soou, acalmando as massas. 

Mantive-me a uma distancia razoável  e novamente a convenci de que a deixaria segura em casa, mas nada disso adiantou. Ela era mais escorregadia que sabão, tudo que tentei dizer só a trazia para mais longe, e no meio desta confusão jamais poderia deixar esta compatriota partir, arriscar sua integridade.

 Gentilmente me ajoelhei posso me lembrar disso perfeitamente já que  sempre quis fazer isto, colocando o chapéu entre o peito ergui minha mão pegando a dela, e com a cabeça baixa, encostei a ponta dos dedos sob a boca, ou o que devia ser, e proclamei” Perdoe-me donzela, acredito que fui infeliz em inclui-la em meus planos mas devo lembra-la que prometi que levaria vos em segurança, e não voltarei atrás de  minhas palavras.” Torço para que ela não sinta minha respiração acelerada, mas minha euforia estava em níveis estratosféricos, entretanto o que eu ganhei foi uma puxada de mãos e se não fosse meus reflexos uma borrifada de pimenta na cara.

  Respirei fundo, tentei dialogar, mais nada que eu falasse parecia funcionar,  ela gritava o quão era louco, e que jamais deveria ter visto isto. Não a culpo, ela tem medo do desconhecido, e pura auto preservação.  Mas eu precisava controla-la e segurando seus dois punhos olhei no fundo dos olhos, e senti que ela fazia o mesmo e novamente retruquei “ sim, sim louco, mas não tenho motivos para machuca-la, se caso quisesse já teria feito. “ calmamente pude ouvir um baixo “eu entendo” e enfim senti confiança em solta-la ela permaneceu ali, fitando-me e então prossegui” Deixe-me leva-la em segurança eu insisto e você nunca mais me vera.”

Enfim ela havia cedido, novamente me desculpei e  gentilmente a peguei em meu colo expliquei   que  as ruas estavam cheias de dedos,ouvidos,e olhos não seria seguro  ir pelo caminho mais conveniente e ela não conseguiria acompanhar meus passos apesar de contrariada permitiu, e assim segui perante as orientações. Meu corpo queimava em um ardor, nunca havia segurado uma mulher em meus braços, espero novamente que ela não perceba minha euforia.  Em poucos minutos estávamos no apartamento que ela havia indicado, de acordo com a rua, e o numero. A deixei no telhado, expliquei que poderia entrar no prédio pela porta de emergência logo ali, mas e claro que ela sabia disto. Desejei boa noite, e esperei que entrasse  na construção, e assim parti em direção a minha escuridão.”



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