Kung Fu profissa
Ei emo
Tá afim de jogar alguns jogos aqui em casa?
Recebeu a mensagem de Fang no horário de trabalho. Era uma sexta-feira, Edgar não tinha nada programado para mais tarde, e além de sair mais cedo, iria estar em uma ótima companhia. Por quê não aceitar?
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Belê! Que horas?
20:30h
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— Edgar, caso eu veja você no celular novamente, nada de ser liberado mais cedo! - Griff gritou.
— Perdão, senhor, isso não vai repetir. - Revirou os olhos, com um tom de tédio, voltando sua atenção ao caixa.
— Eh, Edgar, desse jeito você complica o trabalho. - A albina, colega de trabalho do garoto, comentou rindo. — Tem planos pra hoje, não é?
— Meus planos seriam descansar hoje e passar o feriado de amanhã assistindo Starflix. - Respondeu.
— Porém? - A garota fez um sinal para o outro continuar.
— Uma certa pessoa me chamou para jogar vídeo games. - Concluiu.
— Seu namoradinho, certo? - Riu, abrindo uma caixa cheia de bonecos semelhantes ao brawler Spike. — E você, todo cadelinha, não recusou. Estou certa?
— Você é muito invasiva, sabia?! - Retrucou, dando um leve tapa no braço da amiga. — Eu não namoro Fang, e sim, eu vou jogar com ele.
— Falei! - Gritou, colocando bonecos do Spike em algumas prateleiras. — Torce para que ninguém além de você ir também.
— Como assim? - Perguntou, desfazendo a sua cara de tédio.
— Bem, Fang é bem popular, tem diversos amigos e gosta de se divertir com eles. Provavelmente vocês dois não vão ficar sozinhos hoje. - Deu os ombros. — É uma pena que vocês não tenham nada, não é mesmo... - Colete sorriu, quase maldosamente.
— Fala sério, Lette! - Revirou os olhos, voltando para o rosto sério e tedioso, porém, realmente não queria ninguém além de Fang e si mesmo jogando vídeo games.
— Enfim, ali tem mais clientes, prepara o caixa ai. - Saiu de perto do garoto com risos internos. Adorava provocar Edgar quando o assusnto era Fang.
O tempo passou até rápido. Edgar saiu do trabalho - depois de diversas provocações de Colette, e foi direto para casa. Terminava de jantar enquanto assistia a semifinal do campeonato de Futebrawl: Bibi, Bull e Crow contra Max, Meg e Surge.
— Bibi marcou um gol! - Narrou. — Agora o placar está um a um (1-1)! - Comentou o narrador.
— Isso, porra! - Edgar gritou. Obviamente estava torcendo para os seus colegas Bibi e Crow, não falava muito com Bull, apesar de se dar bem com ele, estava torcendo para que os três se classificassem para a final.
Perdeu a atenção com uma mensagem de Fang.
“Ei, c pode vim mais cedo? Eu vou te buscar em casa assim que começar o intervalo do jogo.”
De repente, sentiu uma esperança de ficar a sós com Fang nascer. Respondeu um simples "sim" e bloqueou o celular.
Levantou do sofá indo arrumar uma mochila, sabia que Fang iria inventar uma desculpa para Edgar dormir lá, então preferia estar preparado. Colocou o que necessário na mochila e voltou para a sala, terminando a janta, enquanto assistia o jogo de futebrawl.
Pênalti para a equipe adversária! Crow não era tão bom na defesa, e Surge era ótimo em marcar pênaltis. Como esperado: Gol! O corvo humanóide falhou na defesa, fazendo a equipe contra sair em vantagem. O placar estava dois a um, (2-1).
Passou dois minutos e Edgar recebeu mais uma mensagem de Fang.
“Desce do apartamento! Eu tô aqui fora.”
Desligou a televisão que estava no intervalo de jogo, pegou a mochila, trancou o apartamento e desceu da residência, se dirigindo ao carro do outro.
— E aí! - Bateu na mão de Edgar, e logo abriu a porta para o outro entrar no automóvel.
— Esperou muito? - Perguntou, entrando no carro.
— Não, você foi até rápido. - Sorriu, ligando o carro. — Tava assistindo o jogo, não é?
— Óbvio! - Respondeu, com uma certa animação. — Preciso torcer por Bibi, tá?! - Comentou, vendo o outro rir da animação do mesmo.
Ficaram trocando conversas paralelas. Edgar reclamava de o quão chato e mão de vaca seu chefe era, enquanto Fang, escutava tudo atentamente, até zombava do amigo às vezes. Além de todas as reclamações e brincadeiras bobas, falavam da faculdade.
— Você reclama muito! - Riu, estacionando o carro.
— Você trabalha no cinema, Fang, seu trabalho é basicamente ser um pipoqueiro fofoqueiro. - Rebateu, vendo o outro revirar os olhos.
— Entra ai, vai. - Abriu a porta para o menor entrar em casa. — Vai dormir aqui? Não me disse o porque da mochila.
— Fala sério, todas as vezes outras vezes você insiste que eu fique aqui a noite. - Comentou, adentrando no local. — Dessa vez, eu trouxe minhas coisas para não ter que vestir suas. - Explicou.
— Não gosta das minhas roupas? - Cruzou os braços se enconstando na parede. — Por quê? Meu cheiro te incomoda? - Se aproximou do menor, que estava de costas para si, com um certo sorriso.
— Não é bem isso. - Virou o rosto para Fang, percebendo o quão perto os dois estavam. — Você sabe que elas são duas vezes maior que meu tamanho! - Respondeu, dando alguns passos para atrás, na tentativa de se afastar do outro.
— Uma pena que você não goste do meu cheiro, das minhas roupas, dos meus gostos, dos meus filmes favoritos. - Fez um biquinho, fingindo um drama. E, logo depois os dois riram. — Buster já volta do curso, você quer começar logo com os jogos?
Lembrou do que Colette havia dito: “Provavelmente vocês não vão ficar sozinhos”. Xingou a garota em sua mente, por que ela tinha que estar certa? Tudo bem que Buster e Fang eram inseparáveis, tinham amizade desde a infância, moravam juntos. Mas, porra, nem por um dia ele podia não aparecer naquela casa?
— Vamos, vai. - Sorriu. — Acha que ele não vai se importar?
— Buster volta extremamente cansado, e ainda mais hoje que ele sai tarde, talvez vá apenas comer e dormir. - Respondeu. - Vou buscar umas coisas ali.
Uma certa esperança nasceu em Edgar. Talvez pudesse ficar mais uma noite, “sem compromisso” algum com Fang.
O outro voltou para sala com besteiras, como salgadinhos, refrigerante, chocolate entre outros. Cresciam no tamanho, mas a adolescência em seu corpo permanecia.
— Vai perder esse seu corpinho comendo tanta besteira. - Comentou, olhando fixamente para Fang, que já havia retirado a camisa.
— Gostou? Eu sei o quão gostoso eu sou. - Piscou, entregando o controle para Edgar. — Eu não sei muito bem o que é esse jogo novo. Brock me recomendou, Chester disse que já jogou e que era estranhamente bom. - Deu os ombros, selecionando o jogo na televisão.
Edgar engoliu seco, sabia que podia esperar qualquer tipo de coisa quando Brock e Chester estavam envolvidos. Estava torcendo que não fosse o jogo que havia comentado semana passada consigo na faculdade, aquilo parecia terrível, e jogar aquele tipo de jogo com Fang seria tão humilhante.
— Preparado? - Perguntou, e Edgar balançou a cabeça concordando.
Um tempo se passou, e bem, Edgar se consolava com a frase “podia ser pior, eu acho”. Sim, era o maldito jogo que Brock havia comentado. Um jogo pornográfico. Edgar nunca esteve tão puto jogando algo, queria matar Brock.
— É, parece que você tem um belo problema entre as pernas. - Fang comentou, com o olhar distraído.
— Hã? - Edgar negou, puxando uma almofada para o colo.
— Qual é! Não precisa esconder, esse jogo é terrível, a gente não devia jogar isso. - Riu da atitude do menor. — Olha isso, a cada cinco minutos é uma cena de sexo, pouca ação e muito pornô. - Concluiu.
— Sim, Brock não bate bem da cabeça pra jogar e recomendar jogos! - Concordou, de certa forma, relaxando um pouco com a fala do asiático.
— Mas isso ai? Qualquer coisa tem o banheiro, mas se quiser ir no quarto, não tem problema, eu limpo. - Sorriu gentilmente - talvez com um pouco de malícia - para o outro.
— Isso é tão vergonhoso. - Edgar sussurrou, olhando para cima. Queria enfiar seu rosto embaixo da terra, assim como um avestruz. Estava morto de vergonha. — Então, eu vou ali no banheiro. - Levantou, dirigindo-se ao outro cômodo.
— Se quiser uma ajuda, estarei aqui. - O maior provocou, encostando os cotovelos no sofá. Vendo o outro mostrar a língua para si.
Se Fang queria colocar algo dentro do seu cu, pagar um belo de um boquete para o menor, Edgar não iria negar, até por quê, isso seria uma grande falta de educação, não é?
Entrou no banheiro ao lado do quarto de Buster, abaixando a calça até suas coxas.
“Porra, Edgar, você nem para esconder de Fang? Por quê isso só acontece comigo? Isso é tão vergonhoso. Não é justo que Fang também não tenha ficado excitado!” Reclamava em sua cabeça.
Escorregou a mão até o próprio pau, masturbando devagar. Lembrou do madilto jogo, o motivo de estar ali: lembrava da mulher gemendo com o parceiro dentro de si, dos beijos molhados do namorado da moça.
Ali estava ele, com a mão em seu pênis, imaginando-se no lugar da moça, enquanto Fang distribuía uma trilha de beijos em sua pele, assim como no jogo.
— Fang... - Gemeu manhoso.
Sua mão subia e descia em seu falo, imaginando a boca de Fang no lugar da sua mão. Se segurava para não gemer o nome do outro num volume que o asiático escutasse. Inclinou a cabeça para trás e mordeu os lábios. Gemia baixo e arrastado, aumentou a velocidade.
Por meio de seus pensamentos alcançou seu ápice, e com o seu trabalho feito, saiu do banheiro.
— Você não quer tomar banho? - Fang perguntou, vendo o amigo sair do banheiro, indo ao quarto de hóspedes. — Eu te empresto uma toalha.
Edgar não respondeu nada, apenas se perguntou como iria fugir daquele fim de mundo.
— Tá com vergonha, é? - Fang sorriu sarcástico, se aproximando do menor. Vendo o mesmo corar, apenas riu. Edgar encarou o rosto do asiático que ria de si, com raiva. — Ownt! Ficou com raiva por que eu não fui te ajudar? Na próxima eu te pago um...
— Fang! - Cortou a frase do outro. — Meu Deus, por quê você não vai limpar o banheiro? - Pediu, colocando as mãos no rosto. Se considerava um homem morto. Causa da morte? Vergonha.
— Tá bem, boneca. Pode usar o banheiro do meu quarto. - Brincou, saindo do corredor.
Edgar se dirgiu ao quarto de Fang, retirou suas roupas e entrou no box. Ligou o chuveiro, jogando seus pensamentos para longe.
— Edgar, você esqueceu a toalha. - Fang abriu a porta.
Um silêncio havia permanecido, até ele ser quebrado pelo grito de Edgar. Onde estava a sua privacidade? Quem entra em um banheiro ocupado sem bater na porta?
— Desculpa, eu não escutei o barulho do chuveiro. - Explicou, na tentativa de desviar o olhar do corpo do mais pálido, e também, falhando miseravelmente.
— Cara? - Edgar gritou, completamente confuso, e o outro saiu do banheiro.
Não queria mais sair daquele box, queria morrer afogado com aquela água que caía. “Que porra, é nessas horas que eu não queria saber nadar!” Murmurava.
Vestiu uma bermuda, enquanto estava pensativo. “Por que cargas d'água Fang não parava de me olhar?”. Saiu do banheiro, não estava puto, apenas queria sumir do planeta.
— Edgar, me desculpa! - Fang pediu, faltando apenas chorar de joelhos, em frente ao emo. O mais pálido balançou a cabeça em concordância.
— Eu não ligo. - Mentiu. — Você só viu um corpo que você também tem. - Deu dois tapinhas no ombro do outro. Indo a sala, deixando o garoto de músculos sozinho no corredor.
Fang sorriu, meio confuso, mas também um pouco ladino. Qualquer pessoa que estivesse assistindo essa cena, estaria ciente que isso não vai acabar bem.
— Eh, pena que eu vi coisas que eu não tenho. - Edgar ficou confuso. Dois homens, seus órgãos eram iguais, seus corpos semelhantes, do que Fang estava falando.
— Como assim? - Perguntou, extremamente perdido.
— Não me lembro do meu corpo ser uma obra tão bem esculpida. - Levou a mão ao queixo, vendo o outro soltar uma risada sincera. — Não me lembro de ter uma cintura fina, essas pernas tão detalhadas...- Deu os ombros.
Edgar estava vermelho por completo.
— Sabe? Adoraria enterrar meu rosto naquelas coxas grossas, ou até mesmo naquelas nádegas...
— Fang, por quê você não fala logo o que quer? - Rebateu. Estava envergonhado, mas precisava saber até aonde aquilo chegaria.
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