Quatro anos depois...
– Um...
– Dois...
– Três...
– Cinco...
– Não, querido. Depois do número três o que vem, hein?
– Um... Dois... Três. Umdoistrêsquatro. Quatro. O quatro.
Taylor deu a maior risada de todos os tempos. Ela estava sentada no chão do banheiro, pensando em como conversar com Laura. Divagava profundamente quando Happy a encontrou e por lá ficou, sentado com ela. Ele estava com a boca toda suja de chocolate, blusa, algumas mechas de cabelo também não escaparam de sua bagunça toda. O garotinho de três anos, sorriu, movimentando as bochechas rosadas. Ele estava crescendo tão rápido. Ah... Sentia falta de seu bebê pacotinho. Tudo bem que ele ainda era o bebê da casa, mas ela sentia falta de niná-lo, colocá-lo dentro de sua jaqueta e fazê-lo gargalhar até se cansar. Menino feliz. Maravilhoso, assim como os irmãos.
– Você andou esfregando a cara no bolo de chocolate, Angel?
– Violet! – Ele apontou. Era de família apontar. – Violet comeu bolinho, mamãe. A Sasha comeu bolinho de chocolate. Vance...
– Todo mundo comeu bolinho de chocolate. Entendido. Porém... – Ela o agarrou, sentando-o no colo. O menino já ria de antecipação. Ele sabia que a mamãe adorava fazer aquilo de apertar sua barriguinha. – Você enfiou a cara no bolo, Baby Happy Angelo Theodore.
– Mamãe.
– Mamãe não... Seu danado. – Para finalizar, ela deu uma mordida na bochecha rechonchuda.
– Cansei.
– Você precisa de um banho, seu ladrão de bolos. – Taylor levantou com o filhinho nos braços, e só depois se deu conta disso.
– Bam-Bam não, mamãe, não. – Happy agitou a cabeça. Ele era o tipo de criança que detestava a ideia de tomar banho e mais ainda da ideia de sair debaixo do chuveiro. Dilemas de Happy Prepon.
O garotinho levava uma vida tranquila, bem cuidada e vigiada por suas mamães ursos. Happy ia à escolinha, tinha aulas de natação, fazia sessões de psicoterapia, fono, dentre muitas outras coisas. Taylor e Laura não o diferenciavam de seus irmãos. Daman e Violet eram ótimos com o irmãozinho; estavam sempre dispostos a ensiná-lo algo novo. Happy aprendia as coisas com bastante paciência e insistência. Ele era muito amoroso e adorava abraçar. De vez em quando fazia birra, manha, entendendo que era o bebê da casa. Laura era louca, maluca, completamente apaixonada por seu pinguinho de amor. Não apenas por ele, e sim, por todos os filhos.
– Mama ficará triste se o ver tão sujo de chocolate, filho.
– Mama briga, fica triste e chora?
– Exatamente. – Taylor deu risada e apertou as bochechas dele. Happy costumava ter as bochechas apertadas por todos. Jenji que o diga. A diretora adorava as visitas do garoto aos estúdios. Happy estava sempre bem humorado e espontâneo. – Que tal? Bam-Bam?
– Não! – Ele sacudiu as mãos. – Bam-Bam não.
– A mamãe colocará o "Quack-Quack" na água.
– Mamãe... – Happy desviou do assunto e indicou os objetos que estavam no chão. – Canetas. Riscar! – Ele intuíra que os testes de gravidez eram canetas. Taylor passou a mão nos cabelos loiros dele, suspirando. Voltava ao grande problema que tinha sido amenizado com a chegada do garotinho ao banheiro.
– Não, lindo, não são canetas, meu anjo.
– Canetas! – Se desvinculou dos braços da mãe, conseguindo segurar alguns dos seis testes.
– Não querido... Veja bem. – Acostumada com a insistência do loirinho, Taylor mostrou que não se tratava de canetas. Happy largou de lado. – Viu? Seu teimoso. – Ela alisou o rostinho macio. – Vamos tomar Bam-Bam. Happy cheiroso, sem chocolate no rosto, mamãe T feliz.
Ele começou a fazer drama, fingindo que estava chorando. Taylor adorava aquela façanha, entretanto, ela não demonstrava.
– Chorando...
– Não, Happy não está chorando.
Happy fez um beicinho, como se fosse convencer. Ele era muito esperto.
– Você sabe que dia é hoje? – Ela se abaixou. Sempre que precisasse falar ou explicar algo para o garoto, Taylor e Laura aprenderam que era de suma importância ficar à altura dos olhos do filhinho, para que ele se comunicasse melhor, para que, também, deduzisse que estava sendo compreendido e escutado. A técnica funcionou bem, de forma geral, para todos os filhos. Happy olhava nos olhos da mãe, dando meio sorriso.
– No!
– Sabe, você sabe sim... Hoje é aniversário...
– Mama! Aniversário!
– Isso, meu amor! Ain! – Taylor não resistia. Deus. Como amava apertar o seu bolinho! E ele retribuía sempre, achando que era festa. – Que amorzinho. – Ela, mais uma vez, levantou e o carregou no colo. O garoto comia muito bem e estava bem pesado. Tay sabia que não podia pegar peso, devido às circunstâncias em que estava. Fora do banheiro, no quarto, ela o colocou de pé em cima da cama, segurando as suas mãozinhas. Happy achou que era hora de pular.
– Nada de pular. – salpicou outro beijo doce na face dele. – A mamãe lhe dará banho.
– Bam-Bam?
– Yeah. Bam-Bam. Sabe por quê? Nós vamos cantar parabéns para a mama. É surpresa, Angel.
– Segredo?
Ela sorriu. Amava quando ele ia juntando as peças.
– Segredo, meu amor. Não podemos contar à mama.
– Mama saiu. – Ele disse e olhou para a porta entreaberta do cômodo.
– Mama saiu e só vai voltar depois do almoço.
– Happy!
Ele saltou da cama e correu para se esconder dentro do closet. Vance apareceu no limite da porta, carinha de quem também estava aprontando. Taylor notou que eles estavam brincando de se esconder... Laura iria adorar! Adorar tanto a ponto de colocá-los de castigo.
– Mamãe, cadê o meu irmão? – ele dançava de um lado para o outro, como se fosse um goleiro.
– Vocês estão brincando de se esconder, Vance?
– Não. A gente não, mamãe.
Taylor cruzou os braços, intimidando o garotinho de três anos e meio. Vance chegou até as atrizes de um modo inesperado, sem planejarem nada. Elas estavam focadas nas necessidades de Happy quando, por acaso, conheceram Vance. Ele fora rejeitado e abandonado por seus pais, usuários de drogas, na fundação de Kim, onde Taylor, Laura e as crianças visitavam para apresentarem Happy à dona da fundação. Taylor, naquela época, tivera que amamentar os dois bebês. Vance tinha dois meses de diferença de Happy. Foi como ter filhos gêmeos. Laura, no começo, não concordou em adotar o garotinho afro-americano. Ainda era muito cedo para pensarem em terem outro bebê. Depois de muitas conversas, entendimentos, buscas, elas decidiram, então, a entrarem com o processo de adoção, mesmo sendo uma loucura total. A família entrou em total acordo, entretanto, Vance só pôde ficar com as mães adotivas aos sete meses. O processo de adoção foi muito complicado, mas, no final, tudo dera certo.
– Vocês querem ficar de castigo? Happy, Happy, saia já de dentro do closet!
– Eu não estou aqui.
– Está! Eu te achei. – Vance deu um grito. – Vem, Happy, está... – olhou Taylor. – Com você...
– Vance, filho, vem aqui por gentileza.
Vance dobrou os lábios em um beicinho, se sentando na perna de Taylor. Ela bagunçou seus cabelos crespinhos de molinhas, informando-lhe que não estava brava a ponto de colocá-los de castigo. – Você sabe que não devem brincar assim. Não é mesmo, Happy? – ela perguntou altamente para que, de alguma forma, o outro filho também pudesse escutar.
– Não! – ele respondeu de lá.
Tay revirou os olhos. Vance passou os bracinhos por cima dos ombros dela, escovando os cabelos loiros. Seus olhos pretinhos estavam tão serenos. Ela o beijou. Beijar os filhos era algo que a relaxava completamente. E tinha mais chegando... Só em pensar nisso, ela ficou tensa. Como contaria à Laura? Sendo que elas desistiram da ideia após tentarem gerar outro bebê em Taylor, e receberem o resultado negativo. – Saco!
– Saco?
– Não repita isso, meu amor. – Sacudiu os pensamentos, se concentrando no rostinho maravilhoso à sua vista. – Chega de se esconderem. – Vance assentiu e deu-lhe um beijo estalado na bochecha. – Vamos tomar um banho? Você e Happy.
– Banho? Não quero. – Se retirou do colo da mãe. – Não gosto de banho, mamãe. Ninguém gosta, sabia?
– Aprendeu isso com quem, Vance Schilling?
– Tia Natasha.
– Claro... Aquela vigarista.
O menininho sorriu. Natasha estava sempre os levando para sair. Vance e Happy, claro, Violet e Daman não acompanhavam o ritmo louco da atriz. Natasha era um anjo na terra. Happy a chamava de mamãe. No inicio foi uma surpresa bem caricata... Depois tudo se ajeitou.
– Banho é bom, rapazinho. Precisamos lavar a sua fabriquinha de cachinhos.
Ele, espertinho, tocou os cabelos.
– Estes mesmo, meu amor.
– Tomar banho para irmos à festa surpresa da mama?
– Exatamente, filhote. Vamos pegar Happy?
– Vamos! – Ele correu em disparada para dentro do closet, primeiro do que a mãe.
Depois de ter dado banho nas crianças, Taylor os liberou e se jogou na cama, ainda pensativa. Parecia clichê... As tentativas para engravidar, teste negativo, de uma hora para outra os testes mudarem de ideia, como num passe de mágica. Se ela fosse analisar a situação, teria saído correndo. Deus... Mais crianças. Não era atoa que ela e Laura ganharam a simpatia da imprensa, ocupando o lugar de Angelina Jolie e Brad Pitt... Do mundo lésbico, diria. Lucia adorava. Era um sonho realizado ter todos os netinhos por perto. E eles a amavam sem igual. Rolando na cama, Taylor tentou não pensar na reação de Laura. Aliás, evitou pensar na esposa, assim seria melhor e não teria dor de cabeça antes da hora. Logo os convidados chegariam para se espremerem e gritarem um: "surpresa" para quando Laura retornasse de seus compromissos com as amigas. Jodi avisaria quando estivessem perto de chegar.
– Mamãe? Eu posso entrar?
Taylor levantou a cabeça e avistou Violet parada na beira da porta.
– Baby, venha cá.
Bocejando, a garotinha andou até a cama de suas mães.
– Estava cochilando?
– Sim, eu estava. – Ela deitou e espalhou os cabelos no peito da mãe. – Sabia que eu sonhei que perdia a hora para o aniversário da minha mãe? Fiquei com vontade de chorar. Eu nem consegui tirar a roupa do ballet.
– Que coisa, não? – Taylor fez carinho no rosto dengoso da garotinha. Ela conhecia bem aquela pimenta. Violet era uma menina arteira... Arteira demais. Mas, quando dormia e depois acordava, ela ficava manhosa. – Ainda bem que não passou de um sonho ruim.
– Pesadelo, mamãe. – Corrigiu em tom chateado, ainda dengoso, arrastado.
– Pesadelo, baby... Não passou de um pesadelo e você já pode pedir para Lali lhe dar um banho. Tirar a roupa do ballet.
– Não gosto de banho. – Ela passou o braço no pescoço de Taylor e jogou a perninha por cima da cintura dela, suspirando e fechando os olhos.
– O que há de errado com os meus filhos? Não gostam de banho...
– De piscina... Eu gosto.
– Se você não tomar um banho suas amigas irão reclamar com você, Bunny.
– Por quê? – Bateu o nariz ao da mãe. – Elas não gostam de tomar banho, ninguém gosta. Todo mundo odeia tomar banho.
– Menos eu! – Daman tomou distância e saltou em cima da cama. – Acabei de tomar banho.
Taylor conferiu. Ela cheirou o pescocinho dele. Daman estava enorme, forte e lindo.
– Terminou o dever de casa?
– Sim! Meu vô corrigiu.
– Acordou o vovô, Daman?
Ele disse que sim e abraçou Taylor. Ela ficou deitada entre os dois filhos. Seu mundo particular.
– Você precisa deixá-lo descansar, filho. Ontem ficaram jogando videogame até tarde.
– Posso, não é? Eu tenho quase 9!
– Você tem 8! – Violet rebateu.
– Não falei com você, pó de doritos!
– Uloo kaa paaata! – Viv rebateu e sorriu.
Daman abriu a boca, pensando em uma resposta rápida antes que Taylor intervisse.
– Nitamb. – Ele disse e ganhou o sorriso dela.
– Aur aap!
– Aap, Violet.
– Idioma, crianças.
– Nahim, Mamadi. – Violet olhava torto para Daman. – Ele me chamou de burra.
– Você me chamou de cara de coruja! – Rolou os olhos. – Estou brincando, você não é burra. – Daman segurou na mão da irmã, beijando-a. – Você tem quatro anos e sete meses e fica se metendo na minha vida... Não gosto. Eu sou quase um homem. Precisa me respeitar. Eu irei defender você no futuro... Pense nisso.
Taylor gargalhou. Daman era tão implicante, mas ele amava Violet e morria de ciúmes dela. Fosse com quem fosse. Era o típico irmão protetor.
– Eu amo vocês. São os meus bebês. – Ela conseguiu apertá-los. – Vamos nos arrumar. Oh, sim, e parem de se ofender em outro idioma.
Os irmãos se entreolharam sabendo que não parariam. Violet vinha sendo alfabetizada em Hindi e Inglês, no entanto, a garotinha desenvolvera a língua nativa de Daman desde os dois anos. Irmão e irmã adoravam dialogar em Hindi, e tiveram liberdade total para tal acontecimento quando estiveram na índia, um mês antes. Após anuírem ao pedido da mãe, eles sorriram.
– Eu já estou arrumado. – Daman rolou para o lado, apanhando o controle da TV que estava na mesinha de cabeceira. – Vou assistir desenhos. E você Violet?
– Eu também. – Ela esfregou os olhinhos. – Posso escolher?
– Pode, vai...
– Vittie, meu bem, é hora de você tomar banho.
– Mamãe... Eu não quero. – Ela juntou os olhinhos. – Depois eu tomo. Acabei de acordar. Ainda estou com soninho.
– Ainda estou com soninho... – Taylor imitou a voz dela. A pequena sorriu. – Sem me enrolar. – Começou a puxá-la pelos pezinhos, fazendo-a gargalhar. – A mamãe dará banho em você.
– Posso levar minhas bonecas?
– Não. Da última vez você sabe o que aconteceu. Sua Barbie perdeu, não sei como, a cabeça no ralo da banheira. Mamãe Lor não gostou.
Violet sorriu, escondendo algum pensamento infantil.
Finalmente, todas as crianças estavam de banho tomado. Quando estava em casa, Taylor sempre ajudava Lali e Livy, a nova babá, a cuidarem das crianças. Happy e Vance, por terem a mesma idade, eram os que davam mais trabalho... Violet vinha atrás. Ela era de lua. Uma hora se comportava muito bem, era manhosa e dengosa, na outra só faltava colocar fogo no juízo dos adultos, como, por exemplo, no atual momento. Taylor quase teve um desmaio ao ver Sasha usando seu sutiã vermelho. Violet pintava e bordava com a cadelinha. Pum, o dálmata, também era uma das cobaias da menina. Apesar das traquinagens, ela sabia que não podia fazer nada que machucassem os animais, ou até mesmo si própria. Infelizmente, Apollo veio a falecer no último ano, deixando boas lembranças. Silvio foi deixado em Los Angeles. Ele era muito grande para poder ficar no apartamento.
– Violet Marjorie!
– A Vivi saiu, mamãe. – Happy, que estava assistindo desenhos na sala, disse. Adorava entregar as peraltices da irmã. – Fugiu.
– Obrigada amor... Violet...
– Está escondida debaixo da mesa, Tay! – Lali disse ao voltar da cozinha.
– Obrigada, Lali. Viv Prepon apareça.
Por vontade própria, Viv saiu do esconderijo.
– Vai brigar mamãe?
– Pode apostar que sim.
Ela fez beicinho e escutou a bronca da mãe.
– Nem acredito que consegui chegar na hora exata. – Natasha comemorou ainda da porta. Ouvindo sua voz, Happy correu até ela, desesperado e afobado.
– Mamãe? Eu cheguei.
– Eu também cheguei Angel. – Ela preferiu cumprimentar o filho a ter que cumprimentar Taylor. – Bom demais ver você, meu amigo.
– Entra, entra comigo, mamãe.
– É... Mamãe... Entra. – Taylor ironizou sorridente. – Entre e fale comigo.
– E ai, beleza? Tudo certo? Ótimo! – Natasha deu um abraço desleixado nela só para provocá-la, e seguiu de mãos dadas com Happy, seu filho-afilhado.
– Quê! Você está grávida? De novo? Cara... Você é louca? Para que tantos filhos? Eles irão parecer um rebanho de ovelhas espalhados em seu apartamento.
– Toma. – Do colo de Taylor, Vance levou um copo de água até os lábios de Natasha.
– Pergunta se ela já deixou de drama, filhinho.
– Drama?
– É Vance, drama... – Natasha ainda parecia em choque. – Porque você e Laura não se mudam para o Brasil? Fazem o cadastro naquele tal de bolsa família e se aposentam! Vão faturar mais do que no ramo cinematográfico.
– Bolsa o quê?
– Porr... – As duas se olharam. Viram que Vance esperava ansioso pelo término de sua fala. – Poxa. Que venha com saúde, não é? Já contou à Laura? Ela vai... Endoidar. Você sabe bem por que.
– Não contei a ela.
– Mamãe, eu quero assistir.
Taylor deu um beijo no rosto do filho, suspirou e o dispensou para sala.
– Então, como eu estava dizendo, não contei à Laura. – Recostou as costas no balcão da cozinha. Ainda não estava nada arrumado. Stephanie chegaria em instantes, e organizaria tudo.
– Ou ela surta ou morre de vez, não é?
– Não sei. Nós tentamos uma única vez. Deu resultado negativo. E agora, após dois, eu disse dois meses, fiz seis testes de gravidez e deram todos positivos. O quão maluco isso soa?
Natasha deu uma risada.
– Se vocês quiserem, posso adotar Happy e Vance.
– Não seria uma má ideia... – Taylor brincou.
– Não. Não pode, tia Natasha. – Violet entrava na cozinha no instante em que Natasha dissera aquilo. – Eles são os meus irmãozinhos.
– Laka-Laka... – Natasha sorriu para a menina que era o clone da Laura. Até a voz era semelhante. – Sendo assim, desisto da ideia.
Viv sorriu.
– E a tia Uzo? Ela não vem?
– A tia Uzo não poderá comparecer, amor. Depois eu a ligo e a deixo falar com você, tudo bem?
– Okay, mamãe. Podemos comer o bolo? A mamãe Laura vai demorar, sabia?
– Não vai nada, filhinha. Fique tranquila e espere lá na sala. Suas tias já estão chegando.
– Estão? – Olhinhos brilhavam. Viv adorava festas. A família se reunia. Os primos vinham. Bagunça. Correria. Brincadeiras. Adorava.
– Sim, Bunny, vá aguardá-las, vai.
Ela saiu num disparo.
– Vão precisar de um apartamento maior.
– Já estamos resolvendo isso, Tash.
Faltando dois minutos para Prepon subir, os convidados ficaram em silêncio. Em seguida a porta da sala fora aberta e os convidados gritaram: "Surpresa!”.
– Happy birthday to you, happy birthday to you, happy birthday to Laura, happy birthday to you... – Bob segurava o bolo, estendendo-o na altura dos lábios de Prepon. A morena sorria e se emocionava tudo na mesma proporção. Ela assoprou as velinhas e agradeceu. Pensou que todos tivessem esquecido seu aniversário. Taylor, de manhã, se comportou de modo estranho, fingindo não se lembrar de seu aniversário. As crianças, tadinhas, não lembrariam mesmo. Prepon ficou desapontada e decidiu sair com as amigas, Jodi e Terasa, para almoçarem fora.
– Parabéns, meu amor! – Taylor conseguiu um espacinho para poder cumprimentar a esposa. Laura deu aquele sorriso deslumbrante, recebendo beijos e apertos da loira. – Desculpe-me por fingir que eu não estava me lembrando de nada.
– Que susto me deu! – Laura resmungou, ainda sorrindo. – Pensei que tivesse esquecido.
– É impossível. – Finalizou, beijando-a, apressada. – Vá cumprimentar os demais.
Agora que estava tudo entendido, Laura dava um pouco de atenção para os amigos. Ela ia falando com um em um, agradecendo pela presença, recebendo presentes.
– Mama! – Happy se esgueirou até a morena, interrompendo a conversa dela e de Danny. – Parabéns!
O coração dela galopou. O retrato de Taylor, amor da sua vida, estava lhe parabenizando. Ele tinha os olhinhos ansiosos, sorrisinho travesso, como se almejasse há muito tempo parabenizá-la.
Danny pegou o garoto no colo, brincando de assoprar sua barriga.
– Obrigada, meu amor! – Laura esperou que o amigo parasse aquela brincadeira, e abraçou o filhinho. Happy logo se afastou para perto das outras crianças. Laura pediu um momento, indo à procura de Taylor.
A atriz ia saindo do quarto. Ela precisou ir até o banheiro, havia começado a passar mal do estômago... Tudo de novo. Seu olhar ficou assustado ao se deparar com o de Laura. A morena notou que alguma coisa não estava bem.
– Sente alguma coisa? Porque sumiu da festa...
– Er... Hum. – Taylor não soube o que dizer. Decidiu abraçá-la. – Eu estava escondendo o seu presente. Não tive tempo de embrulhá-lo.
Prepon deu o aperto final no abraço, e se afastou o suficiente para olhá-la nos olhos.
– O meu presente tem sido você, todos os dias, querida. Eu te amo.
Sensível ao extremo, Taylor sentiu os olhos arderem. Amava demais sua linda mulher.
– Você que é o meu presente, amor. Sem você eu não sei o que seria de mim. Parabéns... Eu te desejo muitas felicidades, saúde e amor. Que nunca lhe falte amor, de todos os tipos, jeitos e direções. Muito amor por você, minha vida. – Laura sorriu e Taylor a beijou, se aconchegando nela.
– Mamães! – Violet interrompeu o beijo romântico, se lançando na direção de Laura. – Eu comi bastante bolinho e estou com dor de barriga.
– Oh, Vittie, querida. – Laura tentou até se agachar, mas era impossível. Se o fizesse, travaria. – Eu não lhe disse para não comer mais do que dois pedaços?
– Mamãe, eu gosto de comer. – Choramingou.
– Quantos pedaços você comeu, filha?
– Seis pedaços, mamãe! – Ela respondeu para Taylor.
– O que houve?
As três se viraram e olharam para Marjorie, no final do corredor.
– Violet comeu demais e agora está com dor de barriga. – Laura replicou.
– Vem aqui, meu bem. Eu lhe acompanho até o banheiro.
– Está doendo, vovó.
Laura suspirou.
– Devo me preocupar com os seis pedaços de bolo que ela ingeriu?
– Se ela não parar de reclamar de dor, eu cuido de tudo. – Taylor sorriu um pouquinho. – Vamos nos sentar na sala?
Laura não sabia o porquê, mas estava observando algo de diferente na esposa. Não discutiria ainda...
– Vamos.
– Filho, meu anjo, cuidado com a barriga da mamãe. – Taylor pediu calma, levando Happy a olhar diretamente para o ventre de Laura. Ele jogou a almofada no chão e deu um pulinho.
– Os bebês!
– Os bebês da mamãe... – Lucia pigarreou. O loirinho bateu palmas.
Tay e Natasha, sentadas uma de frente à outra, se entreolharam. Sim... Taylor e Laura estavam tendo trigêmeos. Duas meninas e um menino.
Prepon estava entrando no sexto período de gestação, e sua barriga estava muito grande. Ela e Taylor ficaram tão empolgadas! Engolindo em seco, Schilling sorriu um pouco, segurando os dedos de Laura em sua perna.
– Já posso imaginar os nomes estranhos desses inocentes.
– Concordo com você, Natasha. – Terasa ecoou do outro lado da sala, sentada na perna do marido, Wes.
Laura deu risada.
– Os nomes são comuns. – Deitou a cabeça no ombro de Taylor, sentindo o cheirinho que vinha dela.
– Estamos ansiosos para saber. – Brad disse.
– Sim. – Concordou Lucia.
– Eu sei! – Violet contou. Todos olharam em sua direção. Ela deu de ombros e se pendurou no colo de Sam.
– Conta logo! – Natasha insistiu impaciente. – Daqui uns dias, quem sabe, vocês não estarão escolhendo outro nome...
Taylor engasgou com a saliva. Laura, na mesma hora, a olhou, sem entender.
– Então... – Schilling fuzilou Lyonne com os olhos. – As meninas se chamarão Autumn Lucien e Loa Chance. – Taylor deu meio sorriso. Todos pareceram adorar os nomes. Finalmente.
– O garoto se chamará Jett Lars. – Laura revelou.
– Lindos nomes! – Lucia aplaudiu.
Os demais concordaram.
Laura se empolgou e revelou mais algumas expectativas. Conseguindo desviar dela, Tay se aproximou da avó, na cozinha, revelando sua segunda gravidez. Lucia se assustou, a princípio, depois ela sorriu e se emocionou de modo discreto. Estava feliz e preocupada pela forma de como Taylor estava se sentindo. A loira parecia aflita.
– Laura ficará feliz, meu amor. – Aclamou, segurando no rosto da neta. – O bebê não foi um acidente. Ela sabia que estava grávida, e mesmo assim adorou a ideia de você também poder, novamente, engravidar.
– Eu sei... – Taylor soltou as lágrimas e buscou fôlego, bufando e olhando para cima. Não queria ser vista aos prantos. Lucia secava-lhe as faces. – Mas após o resultado negativo, ela disse que era um sinal, pois deveríamos esperar. E eu fiquei bem com isso. Não tinha percebido que estava grávida, até o mês passado, quero dizer.
– Não se perturbe com esses pensamentos, querida. Laura ficará feliz assim como eu estou, acredite na vovó, meu bem.
– Eu te amo tanto... – Ela deu um abraço apertado na avó. – Obrigada.
– Bem que eu imaginei.
Taylor se arrepiou todinha assim que escutou a voz de Laura atrás de suas costas. Mais um pouco e ela teria entrado na dispensa, querendo se esconder entre as latas de ervilhas.
– Vou passar o olho nas crianças. – Lucia deu um aperto no rosto de Taylor.
Laura esperou a mais velha se afastar, segurou no pulso de Taylor e a levou até a área de serviço.
– Me conte!
Taylor estava com os olhos abatidos. Ela ficou a encarar Laura, sem saber o que dizer, sentindo o coração apertado de aflição. Sua boca se abria, se fechava... Ela estava tão semelhante à Piper, sua personagem.
– Tay... Eu estou ficando preocupada. – O jeito de se expressar assustou Taylor. Laura não podia passar muito nervoso, sua gravidez era arriscada. Ela começou a fazer círculos no ventre por cima do cardigan, exigindo que Taylor continuasse a olhá-la nos olhos e assumisse de uma vez por todas, o que estava acontecendo.
– Estou chateada. – Ela murmurou fitando os pés. Laura suspirou batendo a mão, sem querer, nas lavadoras.
– Alguém a chateou? Converse comigo, querida. Eu estou aqui, não estou?
– Ouça... Eu... – Mordeu o lábio. – Vou conversar com você, mas agora não é o momento ideal para tratarmos desse assunto. E, não, ninguém me chateou. – Fungando levemente, Taylor já concentrava suas mãos nos dois lados do corpo de Laura, explanando sinceridade. – Desculpe-me por deixá-la aflita. É o seu aniversário.
Prepon relaxou por um segundo.
– Não me importo com meu aniversário, não se você não estiver bem.
Taylor sorriu. Não era aquele sorriso, mas valia muito. Ela conseguiu intuir que Laura aceitaria bem a notícia... A notícia de que seria mãe do oitavo filho.
– Vamos lá, docinho... Conte para mim. – Persistiu um pouquinho mais, juntando os olhos.
– Está me confundindo com Violet? – Schilling descontraiu-se, rindo para o par de olhos verdes.
– Com ela funciona, você sabia? – Laura começou a roçar o rosto no queixo de Taylor, sentindo a vibração que fluía do corpo dela. – Aposto que está assim por ter se despedido de Piper.
– Sentirei falta dela, do cast... De Alex. Foi um ótimo final. – Liberou um suspiro profundo.
– É isso? Você está deprimida por termos encerrado as gravações da última temporada?
– Oh, Laura... Você já fora mais esperta... Pensava Taylor, encarando aqueles lábios que tanto amava.
– Dizemos que... Mais ou menos. Minha cabeça dói um pouco. – torceu os lábios sabendo que convenceria.
– Vá se deitar.
– Sem você? Não, obrigada. – Aconchegou-se nela. – Vamos ficar aqui, em pé, sem nada dizer. Gosto do silêncio quando estou com você.
– Não gosta nada. – Ela sorriu e escutou uma risadinha da amada. – Mas eu fico com você.
As duas realmente ficaram lá, abraçadas, de olhos fechados, rostos colados...
– Vocês estão escondidas?
Violet.
Laura abriu os olhos e sorriu, piscando para a filhinha. Taylor negou, sem deixar de olhá-la.
Violet gostou de vê-las ali. Era muito instigante.
– Estão cansadas da festa, mamães?
– Mamãe Taylor não está se sentindo bem.
Taylor se aproveitou da situação, e fez uma carinha de quem estava sofrendo, sentindo dor.
Violet encheu o peito de ar, adentrando o lugar.
– Comeu muito bolinho? – Os olhos azuis estavam preocupados de verdade.
– Mais ou menos. Talvez, um beijinho me ajudaria a melhorar.
Viv sorriu e percebeu que sua mãe não estava tão doente assim. Tay afastou Laura, se inclinou na direção da filha, e Violet deu um beijinho nos lábios dela.
– Melhorou? – Investigou a criança, dando risadas macias.
– Demais. Obrigada, minha cantora predileta.
Violet abraçou a cintura de Laura, envergonhada.
– Mamãe Lor... Eu posso pular na cama de vocês?
– Não! – Prepon deu um tapinha na cabeça ruiva. – Liberada para ir brincar. Vai! – Levou-a até a entrada.
– Eu cansei de brincar. Meus irmãos não sabem brincar como meninas e minhas primas são grandonas, mamãe. Estavam falando de namorados.
– É melhor que ela vá pular na cama. – Taylor passou a mão pelo pescoço, forçando um sorriso.
– Posso? – A menina, esperançosa, fez um olhar de gatinho. Laura até achou bonitinho, mas, é claro, recusou o pedido. Violet falava como um anjo, era educada, sabia ser aquele encanto de garota, mas, por trás, ela aprontava coisas que até Deus duvidaria.
– Viu aquele biquinho? – Taylor puxou Laura pela cintura, franzindo o rosto.
– Vi! Você sabe muito bem que ela quer aprontar em nosso quarto. Pular na cama seria a última coisa que ela pensaria em fazer.
– Ela pode ser uma agente da C.I.A, e não sabemos.
Laura deu uma risada gostosa.
– Em pensar que têm mais duas Vivs dentro de mim...
– Laur.. Acredite, eu já pensei tanto no assunto, ainda mais hoje. – Sua cabeça começou a latejar. Não escondeu de Laura seu incômodo.
– Tay... Você está assim por conta dos trigêmeos? – Ela tomou uma distância para poder ver e estudar a reação da loira. – É o que está me parecendo.
– Claro que não, Laura. Endoidou? – Assustou-se por passar aquela impressão à esposa. Nunca, jamais, se arrependeria de ter tido os filhinhos. – Meus filhos são a minha vida! – Ela disse aquilo com tanta força que Laura poderia ter sido jogada para trás. – Todos eles... Todos!
– Me perdoe por colocá-los em questão, é que você ficou tão desanimada.
– Eu estou um saco, não? Vem aqui... Esqueça. – Deu um beijinho nos lábios dela. – Meu amor. Você me faz muito feliz, e é isso que importa. – Ilustrou a casinha dos trigêmeos, irradiando amor. – E amo mais ainda os meus três patetas.
– Ora! – Ela se afastou. – Pode já parar com isso.
– Daman quem começou. – Mordeu a língua. Amava quando Laura ficava brava. Ela corava tanto! Parecia um balãozinho vermelho, pronto para estourar a qualquer momento.
– É, mas eu o deixei de castigo.
– Foi só um apelidinho carinhoso. – Tentava segurá-la, mas ela estava forte. – Vem me abraçar, Prepon. Estou com dor de cabeça.
– Você não presta. – Ela se rendeu. Fácil, huh?! – Tome um remédio e vá se deitar.
– Não posso deixá-la sozinha. É seu aniversário.
– Ficarei bem.
– Não quero ir sem você, mamãe coelha.
– Esses apelidos... Mas que caraios!
– Que caraioooos! Que caraios.
Espantadas, elas olharam e viram Vance repetindo tudo. Como aquelas crianças as achavam? Taylor riu escondida.
– É espanhol?
– Olha a pergunta dele! – Laura deu uma risada rouca. – Eu não aguento essa criatura. Vem aqui, filhinho.
– Oi, mama.
– Você está sem seus sapatos... – Laura fazia uma análise completa no garotinho. – De meias no chão... – Ele tentou esconder os pezinhos. – Está suado. – Limpou a testa dele com as costas da mão.
Vance se viu sendo recolhido por Taylor, ela o colocou sentado em cima da secadora.
– É hora da bronca? – O rei dos cachinhos, perguntou.
– Não, querubim. – Taylor empinou o traseiro para trás, se encaixando, sem intenção, no corpo de Laura. A morena não tardou em lhe apertar. Ignorando algumas coisas, Taylor deu um beijo na pontinha do nariz do filho, levando o garotinho a encolher os ombrinhos. – Você está se divertindo?
– Yeah! E eu quero suco de laranja.
– Peça ao vovô.
– Eu quero você, mamãe!
Ok. Laura perdeu a oportunidade. Taylor a deixou e abraçou o filho, escondendo-o dentro do abraço. Amava tanto aquele pedaço de gente, que lhe daria o mundo, se ele pedisse com aquele jeito dengoso. Elas tinham as melhores crianças do mundo... E tinha mais chegando.
– Se eu ganhar um beijo...
– E eu também... - Acrescentou Laura, já participando do abraço.
– Se ganharmos beijos, mamãe Lor e eu o levaremos para tomar suco de laranja.
Ele nem esperou Taylor terminar, e as beijou.
– Eu amo vocês. – Ele disse habitual.
– Amamos você, senhor Vance Ali-Ber, o rei dos cachinhos brilhantes.
Ele sorriu para Laura.
– Achei que fossem passar o resto do ano dentro da área de serviço.
– Hm... – Taylor mastigou algumas azeitonas. – Estávamos conversando, mamãe.
– Problemas?
– Imagina. – Taylor passou a mão no ombro dela. Se pudesse, teria contado sobre a gravidez, mas ela decidiu que não contaria a mais ninguém... Não enquanto Laura não estivesse sabendo. Devagar, bem devagarinho, aquela angústia ia passando. Taylor era ciente de que, por mais que amassem os filhos, era muita responsabilidade ter oito crianças, ainda pequenas, em casa. Ainda mais com a profissão delas. Entretanto, tudo iria se encaixar perfeitamente... Oito era número par, afinal. Comeu novas azeitonas. Estava acabando com o vidro, no canto da cozinha.
– Minhas azeitonas, hein, mamadi?
– Eu comprarei outras. – Taylor agarrou Daman pelos ombros. Ele sorriu. Estava acostumado em ser abraçado o tempo todo. Suas mães não resistiam... Eram assim com todos da família. Sorrindo, ele perguntou.
– Mamadi, você está grávida?
Taylor, pobrezinha, perdeu o chão. Ela segurou nele com força, intuindo que cairia. Isso porque ela já estava aceitando bem o fato de ter outro filho...
– Eu vi os testes. – ele adicionou. Taylor o levou até a sala, sorrindo para os cantos. Pararam diante da estufa de inverno. – Arebaba.
– Filho...
– Eu não estava vasculhando o banheiro, eu juro. Happy queria mostrar as canetinhas que você escondeu no fundo da gaveta.
Ela riu de nervoso. Happy!
– Sim, eu estou grávida... – Mordeu o lábio, olhando sua criança espantar-se.
– Nossa... Outro filho?
– É demais para você, amor? – Ela ria tanto! Alisava aquele rostinho lindo. Daman era o melhor.
– Nós precisaremos nos mudar para um apartamento maior. – Parecia ser sua única preocupação. – Gosto de ter irmãos. Eu tinha muitos no orfanato.
– Meu bebê. – Ela não se aguentava... Abraçava tanto ele. – Você está feliz por mim?
– Muito! Ai... Está apertando... Mãe!
– Não conte nada para sua mãe, ok? É segredo.
– Segredos. – Ele deu uma risadinha. – É tipo como esconder sua virose? A que você teve na índia, mês passado, e não quis que a mamãe soubesse?
– Não, pequeno. É como esconder da mamãe que ela ganhou na loteria... Quatro vezes, entendeu?
– Não, mamadi. – Ele fez uma carinha ambígua.
– Esqueça meu bem. – Pediu. – Oh, sim, você deixou as canetinhas no lugar, certo?
– Sim! Mas eu sei ler, aí ficou fácil deduzir.
– Deduzir... Que palavra difícil para alguém de oito anos.
– Estou na casa dos 9. – Ele respondeu simpático.
– Okay, senhor casa dos 9, vá brincar com os seus irmãos.
– Vou jogar videogame no meu quarto. Será que eu posso?
– Não! – Taylor deu um beijo na testa dele. – Não podemos acostumá-lo mal. É para o seu próprio bem.
– Vou brincar de alguma coisa, mãe. – Ele não se chateou, antes mesmo de pedir, já sabia que a resposta seria negativa. – Obrigado.
– Está me agradecendo por quê?
– Eu não sei, apenas, obrigado. E eu te amo.
– Não me faça chorar, Daman. Sua Didi não está em condições.
– Didi... I love you.
Taylor deu um abraço sufocante nele, enchendo-o de beijos. Ela passaria a vida ali, caso fosse necessário.
– Eu te amo, luz da minha vida. Agora vá brincar... Antes que eu o mate de beijos.
Depois que alguns dos convidados foram embora, as atrizes deram total atenção aos familiares. Conversaram e deram muitas risadas até tarde.
– Ah, que bom que tudo deu certo. – Laura abraçava Taylor pelas costas, interrompendo-a de arrumar a cama. – Obrigada pela atenção especial. Adorei a minha festa surpresa.
– Você merece. – Disse. – Eu teria feito uma festa ainda maior.
Laura deu um sorriso quase infantil, indo se deitar do seu lado da cama.
– Aposto que teria. – Deitou.
Taylor resgatou o olhar dela. Laura tinha mania de parar e observá-la.
– Mesmo com todos esses anos, você ainda fica sem jeito quando eu olho para você.
– Seu olhar é tão intenso, ele pode me derrubar. – Taylor deitou e se cobriu, virando para Laura.
– Trancou a porta?
– Sim. Alguma sacanagem em mente? – Ela inquiriu. Rosto firme. Olhar baixo.
Os lábios de Laura liberaram um sorriso.
– Nós transamos tanto ontem à noite. Tem um aqui que não para de se agitar desde ontem.
A mão de Taylor tocou a barriga dela.
– Isso porque nem foi você quem ficou de ponta cabeça.
As duas riram com a lembrança.
– Onde está o meu presente?
– Presente? – Taylor parecia mais surpresa do que nunca. Reparando o deslize, correu atrás do prejuízo. – Ah... O presente. – Ela nem tinha um! Três dias antes do aniversário de Laura, ela havia comprado muitos presentes, com as crianças, e entregado a ela no mesmo dia. – Nós já entregamos os seus presentes, Prepon.
– Correto. Caso você não esteja lembrada, disse que tinha outro presente para mim.
– É... Então.
– Eu gosto de receber presentes.
Schilling sabia, oras. Laura tinha um arzinho tão risonho. Ela estava com o rosto próximo, livre de maquiagens, cabelos úmidos... Tão bonita. Taylor se deu conta de que alisava a face dela.
– Amanhã, no jantar na casa da Uzo, te darei o seu presente.
– Hm... Você está me enrolando, espertinha. – Prepon esfregava o peito dela pela abertura da blusa do pijama. Seus olhares marcaram um encontro. – Tudo bem... Serei paciente. – Ela contou baixinho, se virando e levantando da cama.
– O que você vai fazer?
Laura parou, sorrindo. Ela tinha um sorriso atrapalhado, lascivo... Os olhos estavam semicerrados. Tão linda. Aqueles cabelos desalinhados, por cima dos ombros, camiseta de dormir, pernas livres de calças... Ela usava apenas uma calcinha branca. Camiseta e calcinha. A calcinha de Taylor virou uma poça de água.
– Siga-me. – Disse e ultrapassou as portas do closet, acendendo as luzes, no seguinte minuto.
Tay ficou em duvidas se ia ou não atrás de sua Prepon misteriosa. Antes que tomasse a decisão, seu corpo levou-se por si próprio.
Laura a estava esperando sentada no divã, usando apenas a calcinha. Ela alisava o tecido aveludado do coxim macio e grandioso. Assim que Taylor se fez presente, pediu para que ela fechasse a porta atrás de si.
– Viemos fazer o que aqui? Amor? – Tay se manteve lá perto da porta, parada e de braços cruzados.
– Toque-se... – Ela passou um joelho por cima do outro, naturalmente. – E você vai descobrir o que viemos fazer aqui, Schilling. – Teve a ousadia de rir. – Ah sim, antes de se aproximar, tire sua calça.
– Quer mesmo transar dentro do closet? – independente da resposta, Taylor se livrou das roupas, deixando-as num canto.
– É claro. – Ela se levantou.
Taylor ofegou enquanto Laura a empurrava contra o divã. A atriz loira se dividiu em um "oh" agudo e empunhou um punhado do cabelo escuro. Laura regressou a cabeça para trás, olhou-a nos olhos, sorriu e riu. – Fique quietinha, querida. Solte os meus cabelos... Boa garota. – Laura se ajoelhou ao lado do divã, movimentando a cabeça até o rosto de Taylor. Schilling deixou a boca entreaberta, observando os movimentos de Prepon. Ela molhou seus lábios com uma língua arrastada, engolindo a saliva, após. O beijo começou lento, aprofundando-se. Conforme a beijava, Laura Prepon, com as duas mãos, massageava os seios dela, em círculos. Taylor se mexeu e choramingou, mas Laura a apertou no mamilo, querendo que ela ficasse quieta, concentrada no beijo. A dor disparou através do seu mamilo, uma dor tão elegante que a fez gemer, a fez molhar. Taylor quebrou o beijo, tendo um contemplar com os olhos de Laura.
Os olhos dela pularam sobre o corpo de Tay, analisando todas as curvas, admirando-lhe os seios, seus mamilos. – Eu a quero... – Ela ressoou. Taylor afrouxou o sorriso, balançou o cabelo, sorriu maliciosamente. Seu charme a fez rir. Os dedos de Prepon tocaram a barriga de Taylor, acelerando o pulso da loira. Imediatamente os mamilos se endurecem e piscam para Laura. Ela correu a língua pelos lábios, se fundindo no olhar azul. Com a boca quente, ela rodeou a aréola e a língua brincou e sugou os mamilos. Ao fazê-lo, ela vagarosamente movimentou sua mão para baixo até sentir a umidade de Schilling. – Eu já esperava por isso. – Taylor gemeu para si, fechando e abrindo os olhos. O clitóris estava completamente duro e os grandes lábios imediatamente lubrificaram as pontas dos dedos de Laura.
– Pare de brincar comigo, Laura... – Taylor deu uma mordida de leve no queixo dela. Laura empurrou três dedos para dentro de sua vulva e depois os afastou contra a resistência de seu músculo denso. Taylor não permitiu que a mão dela se afastasse de sua vagina. – Sem preliminares, por favor, eu estou morrendo de vontade de ser comida. Agora! – Com a boca em seu seio direito, Laura empurrou dois dedos no buraco encharcado que os ambicionava o tempo todo. Um suspiro alto escapou das duas, quando Prepon começou a investir em Schilling com estocadas rápidas. Seu sexo úmido envolveu a mão de Laura e se empurrou contra ela. Sem se afastar dela, Laura esticou o braço livre para trás, agarrou alguma coisa e a trouxe para frente. Taylor parou um segundo de se ir contra os dedos da morena, apreciando um vibrador transparente segurado por uma Laura sorridente.
– Surpresa, querida.
– Oh, sim, eu gosto disso. – Taylor falou alto, com luxuria, desencaixando os dedos de Prepon para fora de si.
– Experimente. – Primeiro, Prepon levou o vibrador para os lábios de Tay, onde a loira o lavou na boca. Mas sua boceta já estava ensopada o suficiente, então isso não foi realmente necessário. Pausadamente, ela o percorreu em declive. Sobre os seios de Tay e o estômago... Entre as pernas, e então ela impeliu o vibrador para a vagina aberta. Com movimentos fortes e rápidos, o vibrador perambulou intenso e fortemente dentro dela. Schilling acabou se debruçando sobre o corpo de Laura, segurando em seus ombros. – Quer que eu reduza?
– Não... Só continue! Isso é tão... Gostoso.
– Eu adoro sua voz quando está excitada. – Laura deu um beijo no braço dela, parando o vaivém do vibrador. Taylor, ruborizada, uniu as sobrancelhas. Prepon a fez se sentar no divã, tirou a calcinha e se ajoelhou cuidadosa, entre as coxas dela. Inicialmente, Laura lambeu o vibrador, com cuidado, saboreando um pouco de suco que Taylor havia deixado ali. – Abre as pernas... Mais... Isso. – prontamente aproveitou o sexo oferecido á seu rosto, passando a ponta da língua na entradinha. Taylor mordeu o lábio e prendeu a respiração. – Sei que pretende gozar. – Ela disse assim que desencostou os lábios.
– Duh! – Deixou escapar num folego só. – Anda logo... eu preciso gozar, Laura... Sua... – Ela não lhe deixou terminar, começou a lhe penetrar mais ansiosamente com a língua e depois colocou a ponta do vibrador em contato com seu clitóris. – Mete essa porra dentro de mim!
Laura sorriu profundamente, esfregando os lábios no joelho dela, trabalhando a arte de tirar e colocar o vibrador em sua vulva lubrificada. Taylor, deitada de barriga para cima, alisava os próprios seios. Ela começou a gemer bastante alto e Laura sabia que ela estava prestes a experimentar um orgasmo animal.
– Venha, Tay... Goze para mim. Eu não sou boa? Mmm?
– Sim, você é boa, continue fodendo, enquanto eu ainda posso suportar, empurre para dentro de mim e deixe-o entrar. Eu quero sentir tudo dentro de mim... Rápido... – Ao terminar de dizer, Taylor deslizou por um orgasmo forte, pesado, fazendo-a largar os braços ao lado do corpo. Profundamente excitada, Laura sugou cada gota do seu suco delicioso. Ela lambeu Tay como nunca tinha lambido até que um novo orgasmo varreu Schilling. – Mm, isso foi tão bom...
– Vamos finalizar a nossa trepada no banheiro. – Laura, que estava com o rosto todo suado, se apoiou no estofado e levantou, alisando sua barriga de grávida.
– Alguém precisa gozar, não? – Taylor, agora sentada, puxou-a pelos quadris, colando a boca no topo do ventre dela. Laura deu risada e passou a mão nos cabelos dela. Elas deram um último beijo antes de irem para o banheiro.
No toalete, Taylor ficou debaixo do chuveiro quente. Laura ria dela espirrando água em suas costas enquanto terminava de encaixar o bico de lavagem na mangueirinha do enema.
– Vamos fazer a higiene retal. – Laura disse com muito entusiasmo. – Eu quero comer seu rabo! – Rosnou na pontinha da orelha de Taylor. Como estava de costas, a loira foi enviada para frente, batendo os braços contra a parede. Laura deu dois beijos em sua nuca e separou suas nádegas. Ela esparramou no dedo um lubrificante íntimo à base de água, depois massageou as laterais do ânus, impactando em Taylor, um gemido. – Ele está piscando. – Ela ronronou feito uma gata no cio. Schilling sentia a saliência da barriga dela em suas costas. Os bicos dos seios brincavam abaixo dos seus ombros, duros... Macios. – Coloquei o plugue menor, amor. Não se preocupe. – Laura se afastou um pouco para poder lubrificar a ponta do bico de lavagem. Tudo em ordem, ela o encaixou no ânus de Taylor, sorrindo e ligando a mangueirinha. Depois de alguns minutos, a higiene fora concluída. Laura, mesmo não querendo, também passou pelo processo. Se ela pensa que vai escapar dessa, está muito enganada... Taylor ria em pensamentos. Ambas as vaginas estavam pesadas de tanta excitação.
Prepon teve a brilhante ideia de usar o vibrador de banho na ponta da mangueira. Ela encaixou a ponta da mangueira na base do brinquedo, apreciou a água correr por dentro do tubo rotativo e jorrar na outra extremidade. Taylor deu risada! A mulher parecia um adolescente brincando com seu pênis.
– Vem aqui!
– Você vai mesmo colocar esse pau dentro de mim? Meu Deus... Laura! Isso parece uma fonte.
– Vamos só fazer uma brincadeirinha... – Laura deu uma risada ansiosa, porém, engraçada.
– Eu não vou conseguir fazer, querida... Você está rindo!
Ela se se encostou à parede, segurando a mangueira que esguichava água através de um vibrador, morrendo de rir. Ela rapidamente desligou a água e só a ligaria quando o pênis estivesse dentro de Taylor. Quando finalmente pararam de rir, as duas, elas se concentraram no ato sexual. Prepon movimentou a mangueirinha e puxou-a para cima das coxas de Taylor, introduzindo a glande de borracha em seu sexo, e então ela ligou a água morna.
– Oh... Jesus! – Taylor abriu a boca, experimentando aquela sensação um tanto engraçada e prazerosa. No fundo dela, começou a borbulhar. Os finos jatos de água iniciaram uma massagem no interior de sua boceta e sua excitação alargou e subiu. – Isso é tão legal!
– Eu sabia que seria. – Laura, sem parar de penetrá-la, abocanhou o mamilo dela, o prendendo entre os dentes. Taylor começou a ofegar. A experiência era incrivelmente formidável.
– Não posso segurar por muito tempo, Laura, eu estou quase gozando. – A água morna em contato com seu clitóris a fez ficar cada vez mais aturada e de repente ela teve que se segurar às paredes enquanto seus joelhos começavam a estremecer. Tay pressentiu que essas paredes de luxúria caiam sobre ela. Um urro balançou o sanitário e ela quase desmaiou. O orgasmo que atravancou seu corpo foi tão agudo, grave. – Este foi o melhor orgasmo que eu já tive em toda a minha vida. – Ela disse quase nas nuvens. – Abra as pernas... Você irá provar do mesmo orgasmo.
Laura o fez! Tão intenso, ou até mais profundo do que Taylor. As duas pareciam insaciáveis.
– Está rindo? Eu sou uma grávida desinibida, Taylor Jane.
– Me chatearia caso não fosse, Prepon. – Imediatamente sua boca já a estava beijando no caminho para o paraíso. Taylor já chegou à área da virilha, esparramando violentos choques elétricos pelo corpo de Laura. – Alguém está ansiando por minha boca. – Ela disse e empurrou a pelve da morena para si com expectativa. Taylor beijou e afagou os lábios e o clitóris.
– Me chupa bem forte. – A vagina contraiu e reconheceu a língua de Taylor. Ela a sugou e mordiscou sua gruta. Inesperadamente, Laura atingiu o ápice de uma maneira tão forte que ela precisou gemer alto. – Porra! – Os dentes de Taylor beliscaram a pele de sua coxa.
– Adoro quando você goza na minha boca. – De joelhos, ela deu um impulso para trás, liberando a água do chuveiro em suas cabeças. Laura se arrastou até o piso da ducha, buscando folego. – Você está acabada, huh?
– Nunca! Eu ainda quero comer a sua bunda.
Taylor deu um sorriso maroto, se rastejando até os lábios da morena.
Minutos depois, no quarto, Taylor sentia a língua de Laura escorregando em seu ânus. Deus! Ela se sentia tão ordinária, e gostava tanto disso. A cada pincelada Taylor precisava morder o travesseiro para não acordar o bairro todo.
– Você me quer agora, Taylor Schilling?
– Sim, foda minha bunda!
Laura deu uma risada silenciosa, repousando um beijo quente nas costas da amada. Antes de penetrá-la, Prepon lubrificou o vibrador e se preparou para explorar o traseiro de Taylor. De joelhos dobrados, ela se acomodou ao lado das pernas dela e colocou o vibrador entre as nádegas macias. – Abra um pouco... Perfeito, querida. – A voz sensual arrancou suspiros de Schilling. Concentrada, Prepon observou a glande deslizando quase sozinha no traseiro dela.
Taylor gemeu e Laura disse:
– Seu traseiro é extraordinariamente apertado e eu tenho que ter cuidado para não ir muito rápido, caso contrário eu torturo. – Devagar e com muito cuidado, ela movimentou seus quadris, atenta a cada afirmação da sua parte. O gel escorregadio se espalhou e facilitou a penetração. – Se masturbe!
– Droga! Isso é tão perfeito. – Taylor alcançou o próprio sexo, o estimulando com dois dedos. – Comece a ir fundo, Prepon. Coloca força.
– Agora que eu sei que não posso te machucar mais... – Laura puxou o vibrador para fora da bunda dela, rindo do fôlego que veio junto dele, depois ela o afundou com mais força. Taylor soluçou. – Irei fodê-la mais denso e mais duramente. – Garantiu deixando todas as interdições de lado. Laura explorou e abusou do traseiro de Taylor. As duas gemiam e trocavam perguntas e respostas indecentes. Elas ferviam de prazer, volúpia. Um orgasmo selvagem tropeçou no estômago de Taylor, arrancando-lhe um gemido dolorido. Laura, por sua vez, aguardou com um sorriso calmo, alisando as costas da mulher da sua vida. As duas iniciaram uma rotatividade de beijos, o que só as excitou ainda mais.
– Fique de quatro. – Taylor pediu, sem pressa, aguardando Laura o fazer. – Você está preparada?
Ela acenou com a cabeça. Um formigamento inquieto se espalhou em seu estômago. Alisou-o. Taylor, sem deixar de notar, deu um beijo em seu ventre, sorrindo e desejando que os bebês estivessem dormindo. As duas se entreolharam, rindo por terem pensamentos semelhantes.
Então, Taylor se posicionou atrás da morena, correndo o lubrificante frio sobre a sua bunda.
– Gelado? Eu sei... Depois esquenta. – Delicadamente, seus dedos deslizaram no centro do traseiro dela, o penetrando. Laura quase perdeu o controle do corpo... – Está caidinha por mim, não é, Prepon?
– Eu sempre fui. – Respondeu. – Pare de se achar e me coma logo!
Desta vez, quase sem resistência, Taylor penetrou seu dedo inteiro. Gemidos ecoaram. Laura adorou a oscilação profunda dentro de si, começando, devagar, a mexer sua pélvis para senti-la mais intensa. Vagarosamente e visivelmente sem dificuldade, Taylor substituiu o dedo pelo vibrador. Prepon rezingou marcadamente.
– Está doendo? Mm? – Ela indagou amenamente.
– Claro! – Expirou.
– Quer que eu pare?
– Continue Schilling! – Ordenou.
Ela mordeu o lábio. Investidas ligeiramente circulares facilitavam que o brinquedo sexual penetrasse mais intensamente, sem pausas. Estimulando o clitóris, Laura pressionou a cabeça no colchão, mantendo sua bunda ainda esticada. Taylor aumentou o ritmo até que Laura cuspiu um orgasmo ferino enquanto as contrações de seu intestino só acresceram. Elas precisaram de um tempo para que pudessem se recompor.
Insaciáveis, elas recomeçaram no banheiro... De novo. Uma masturbava a outra naquela reta final. Os olhos se abraçavam, os braços estavam embaraçados, as testas unidas... Taylor comia Laura com três dedos, de modo mais frenético. Ela adorava sentir que estava dentro da mulher. Prepon era tão quente, tão gostosa, a forma em como sua vagina apertava-lhe os dedos acabava com Taylor. Procurando os lábios dela, Tay a beijou e foi beijada de volta, rebolando nos dedos dela que estavam atolados em sua vagina. Laura se esvaiu em um orgasmo rijo, passando, assim, a estocar Taylor com força quase bruta. Schilling endureceu as pernas, aceitando aquele toque maduro. Ela não se conteve e deixou-se gozar e inundar os dedos de Laura. As duas se abraçaram, tendo aquele sorriso safado como cúmplice.
– Eu te amo, meu amor. Amo-te! – Laura disse apaixonada.
– Eu a amo mais! – Taylor roçou o corpo no dela, segurando-a com os dois braços. A água quente caindo sobre seus corpos... O banheiro tornando-se uma verdadeira sauna. A ousadia delas... Tudo era tão real. – Seu presente de aniversário.
– Seu cu?
Taylor deu uma risada longa.
– Considere. Falando nisso, que sexo anal gostoso. Até que a ideia de instalarmos o enema não foi péssima.
– Mmm... – Prepon com seu gemido sensual, sorriu. – Eu disse. E você ainda recusou a ideia, pois achou que as crianças fossem mexer nele.
– Elas pensam que isso daí é o chuveirinho do vaso sanitário. – Desviando os olhos da mangueira esparramada no chão, com um dildo incluso na ponta, Taylor olhou para Laura. – É hora do descanso.
– Jura? Eu quero mais. Ainda estou com tesão para você.
– Está?
– Sim!
Taylor mordeu o lábio, olhos brilhando...
– Vamos para o quarto. Você deita, relaxa e eu te faço um sexo oral bem trabalhado.
O sexo de Laura fisgou dolorosamente.
– Estou indo na frente! – Ela meio que deu uma risada e procurou pelo roupão de banho. – Arrume esta bagunça!
– Amor...
– Não demore Schilling! Estarei me masturbando e pensando em você. – Com um beijinho, ela ia saindo.
Taylor não teve outra alternativa. Deixou o banheiro organizado, escondeu o brinquedo sexual, secou os cabelos e voltou para o quarto... Ainda amaria muito naquela madrugada.
xxx
– O sol! – O grito infantil deu uma pancada na cabeça de Taylor. – O sol está no céu, mamãe!
O colchão afundava a cada pulo que Happy dava. Ele era muito elétrico. Acordava sempre de bom humor, feliz por qualquer coisa que fosse. Taylor só queria dormir até tarde. Tivera uma madrugada bem agitada... Deliciosa. Agora que estavam longe dos sets de Orange, a atriz só queria descansar. Foram quatro anos trabalhando direto, sem pausas, apenas trabalho, trabalho. Ela e Laura... Pensando na esposa, Taylor, sem abrir os olhos, bateu a mão pela cama, tentando encontrar o corpo da esposa. Vazio. Apenas os travesseiros estavam lá.
– Angelo, filho... – Ela disse com preguiça. – Não pule na cama.
– Oi, mamãe. – Ele sentou e colocou as mãozinhas sobre o rosto de Taylor. Procurou pela bochecha dela e, ao encontrar, deu um beijinho. – Brincar!
– Não vamos brincar. É cedo. A mamãe precisa dormir. – Ela abraçou a cinturinha dele, fazendo do pequeno colo, seu travesseiro. Happy deslizava as mãos em seus cabelos, achando graça ter a mamãe deitada em suas perninhas.
– Mamãe?
– Mmmm...
– Acordar? Não?
– Hum-hum. – Suspirou. Adorava a atenção especial que ele dava aos seus cabelos.
– Mama. Não quer acordar.
– Estou vendo, baby boy.
Taylor abriu os olhos e notou que Laura estava sentada nos pés da cama, segurando uma bandeja cheia de guloseimas. Espantou-se.
– Você já levantou? – Quis erguer a cabeça, mas Happy não deixou. Ele a beijava no rosto e fazia carinho, espalhando os cabelos lisos na vista dela.
– Happy estava batendo na porta. Tive que levantar.
– Eu acordei! – Ele disse o óbvio.
– Por que você está acordado?
– Banheiro, mamãe.
– Ele fez no pijama. – Laura começou a beliscar algumas torradas manchadas por uma geleia de damasco. Livre do colo do filho, Taylor levantou e esfregou os olhos.
– Fez na roupa? Não acredito, filho.
Happy piscou.
– Ainda é confuso para ele.
– Eu sei... – Taylor olhou bem para o clone de Sam, e sorriu. Ele sorriu de imediatamente. – Nós vamos continuar trabalhando nisso, não?!
– Sim. – Ele respondeu como se soubesse de alguma coisa. Happy estava no lento processo de sair das fraldas. Ele tinha quase quatro anos... Ainda era confuso pedir para ir ao banheiro. Quando lembrava, ele pedia, até mesmo de madrugada. Mas, bem, acidentes aconteciam.
Taylor lavou o rosto, escovou os dentes e voltou ao quarto. Happy segurava na ponta da orelha de Laura, tomava uma enorme mamadeira, e fechava os olhos, balançando os pés, acomodado.
– Ele se sente o dono da cama... – Ela acomodou-se no meio do leito, verificando a bandeja de café. Tinha dois sucos de caixinha, torradas, ovos cozidos e frutas fatiadas em um pratinho. Taylor ia comendo uma coisa de cada.
– O jantar na casa de Uzo é hoje à noite, não é?
– Yep. Por quê?
– Eu só queria lembrar. – Laura dava alguns beijos no braço do filho.
– Levaremos Viv. Ela sente saudades de Uzo.
– Ela o faz. – Sorriu. – Falando em Violet, não contamos a ela a novidade.
Taylor parou de mastigar as frutas.
– Qual novidade?
– Ela foi aprovada para cantar no musical de a pequena sereia, na escola. Você esqueceu? Pensei que tivesse lido a agenda dela, Taylor.
– Oh, sim, eu li... – Ela se achou louca. – Nós discutimos isso.
– Sua cabeça está no mundo da lua, querida?
– Nem sei se eu ainda tenho cabeça depois de ontem, amor.
Laura deu um sorriso malicioso. Taylor se empurrou para frente, batendo os lábios aos dela.
– Eu te amo.
– Eu te amo de volta. - Prepon deu outro beijo nela e finalizou o contato. – Vamos almoçar no prisma?
– Claro, eu adoraria.
– Farei uma reserva para nós. Chamarei Jonathan.
– Maravilha. – Ela rolou para fora da cama. – Tomarei um Bam-Bam.
Happy, escutando sua mãe falar, afastou o bico da mamadeira de sua boca, dizendo:
– Bam-Bam não!
– Por que essas crianças não gostam de banhos? – Taylor franziu a testa.
– Porque são porquinhos. – Laura zombou. – Vá tomar seu Bam-Bam, Schilling.
– Shake it off!
– Shake it off para você também, Happy! – Ela deu risada e ele voltou a tomar a mamadeira, dando uma mão para Laura beijar.
– Bom dia! – Violet quem disse ao chegar à cozinha. – Namaste! – Ela deu um beijo na bochecha do irmão mais velho. – Oi sushi! – Um beijo em Happy que estava no colo do avô. – Cachinhos! – Seu último beijo foi dado em Vance, no colo de Laura. – Posso me sentar, mamães?
– É claro, filha.
Ela sorriu para Taylor.
– Vamos lá, você precisa da minha ajuda. – Lali entrou em cena e ajudou Viv a se sentar na cadeira.
– Obrigada, mãe.
Lali só faltava se derreter quando Viv e os irmãos menores a chamava de mãe.
– Daman, o que há filho? – Laura observou que o menino estava de cenho franzido, fazendo umas caretas.
– Estou meio ruim, mãe.
– Comeu muito bolinho, foi? – Violet investigou. Para ela todo o mal do mundo era a culpa do bolinho, agora.
– Comi menos que você, Vittie, acho que não é isso.
Os dois deram de ombros. Violet iniciou as colheradas no cereal. Não foi o bolinho. O que será que o irmãozinho tinha?
– Acho que ele está com febre. – Observou Bob, tocando-o na bochecha.
Taylor no mesmo instante ficou de pé, indo verificá-lo. Laura fez o mesmo. Enquanto Schilling media a temperatura do garoto usando o queixo, rosto, Laura checava as costas dele.
– Que jeito mais inovador de se tirar a temperatura de crianças. – Patricia disse, acompanhada por Lucia e Marjorie.
– Uma, duas, três. Vovós! – Happy, todo empolgado em sua observação, comemorou a chegada do trio de avós.
– Está aprendendo a contar direitinho. – Lucia deu uns passinhos lentos até ele. – Precioso.
Taylor e Laura teriam elogiado o pequeno, mas elas estavam preocupadas com Daman, enquanto o mesmo não via a hora de elas se afastarem e pararem de amassar seu rosto.
– Está doente, meu filho? – Marjorie inquiriu, abrindo espaço, se aproximando do netinho. – Está com febre. – Bastou ela tocar na mão dele para sentir a temperatura de seu corpo.
– Querido, sentimos muito. – A mãe de Taylor rodeou o menino. – Vá se deitar. Iremos levar um remédio para você.
– Ah, não... Não quero, mães. – Daman olhou para as duas mães, pois sabia que elas tinham escutado o comunicado de sua avó.
– Lali, meu bem, sei que está tomando meu lugar e alimentando Vance, mas, sem querer pedir demais... – Ela esperava o pedido de Tay. – Você poderia separar um casaco para Daman? Irei levá-lo ao hospital. Só preciso ligar para cancelar alguns compromissos de mais tarde. – Olhando Laura, Tay lamentou. – Cancele o nosso almoço com Jonathan.
– Claro. Irei com você ao hospital. – Ela deu um beijo nos lábios da esposa.
– Eu não quero ir ao hospital, mães. Eles vão inventar de me dar injeção.
– Eu não quero que levem o meu irmão. – Violet, aos prantos, protestou. Ela amava Vance e Happy, mas o amor da sua vida era Daman. A dor dele era a sua dor. Ponto. Os adultos ficaram penalizados, mas não demonstraram muito. Carinhosamente, Taylor pediu a ela que parasse de chorar. O choro dela passou para Vance. Ele apenas chorava para acompanhar a irmã. Taylor o levou com ela até a sala, onde o acalmou e telefonou para suas agentes.
A febre de Daman era devida a uma inflamação na garganta. O menino chorou muito quando precisou tomar injeção. Laura ficou arrasada, Taylor nem se fala. Depois que chegaram em casa, Daman ficou hospedado no quarto das mães. As demais crianças haviam saído para seus deveres.
A tarde passou rapidamente e as atrizes se questionavam se iriam ou não ao jantar de Uzo. Os pais e a avó de Taylor haviam ido embora, mas voltariam em breve, dentro de uma semana, no máximo. Laura se perguntava o que Lucia havia cochichado com a neta, antes de ir embora. Depois, a atriz também notou que Schilling estava um pouco diferente... Ia muito ao banheiro, sem querer, reclamava de alguns enjoos. Laura até pensou bobagem, mas estava se sentido da mesma forma em assistir Daman adoentado. Considerou que Taylor estava em crise de aflição.
– Cheguei! Como você está? Tomou injeção? – A ultima pergunta Viv fez numa carinha de reprovação. Ela retirou os sapatos e subiu na cama das mães, passando os olhos no irmão que estava deitado de lado, boca e bochecha esmagadas no travesseiro. Ele assistia TV, quietinho e encolhido.
– Eu estou doente, Viv. Deram-me injeção.
– Au! E doeu? Foi no bumbum? Posso ver?
– Foi no meu bumbum. – Ele deitou de barriga para cima, fazendo um milhão de caretas. – Você não pode olhar meu bumbum. É menina. Meninas não olham bumbum de meninos.
Violet deu risada e colocou a mão na boca.
– Só quando crescer?
– Eu acho que não. – ele coçou a cabeça.
– Damie, você chorou para tomar injeção?
– Não... – Ele mentiu, despreocupado. Laura e Taylor, do banheiro, escutavam tudo. – Por quê?
– Porque, quando eu era bebê, eu chorei.
– Se você era bebê, como é que você ainda lembra?
– Lali disse para mim. – Ela se deitou ao lado dele, pensando em opinar no desenho que ele via. Desistiu. – As mamães foram gravar?
– Não sei, acho que não.
Violet desistiu de ficar ali. Saltou para o chão.
– Tenho coisas para te contar. Diria à Gabriella, mas ela vai demorar a vir aqui.
Daman ficou pensando em como as meninas eram irritantes. Elas falavam tanto... Entretanto, ele deixava que Violet falasse até se cansar, decidindo se valia ou não a pena prestar atenção.
– Estou aprendendo a tocar piano! Você sabia Damie?
– Sabia. – Ele sorriu.
– Não sei tocar como você... Você me ensina? Eu não tento fechar a tampa nos seus dedos.
– Só se você prometer!
– Okay, eu prometo. – Ela deu um saltinho. – Outra coisa... Lali me contou que passei no teste do musical. Vou ser a Ariel!
Daman ainda ria... Dedo na boca.
– Parabéns, Viv!
– Você pode tocar piano e eu canto. Você me ajuda a ensaiar?
– Quando?
– Amanhã, depois da escola.
– Está bem!
– Tchau. Depois eu volto e trago os meus livros. Você vai me ajudar a ler?
– Uhum!
– Tchau, Damie. – O furacãozinho ruivo saiu do quarto. Daman bocejou e se assustou quando as mães saíram do banheiro, rindo.
Happy e Vance interromperam qualquer diálogo que as mães pensaram em ter com Daman. Angelo, mais elétrico, pulou na cama e engatinhou até Daman, sentando em cima de sua barriga, sorrindo e deitando sobre ele para abraçá-lo no pescoço. Vance o alcançou. Laura e Tay tiveram sua cama invadida pelos meninos mais bagunceiros do Brooklyn. Daman abraçava os irmãos, gargalhando. Para ele era fácil, Happy e Vance não falavam tanto quanto Violet.
– Já abraçaram o irmão... Pronto... Chega! – Laura tirou Vance de cima do garoto.
– Mama tem razão. – Taylor se virava com Happy. Ele gostou da ideia e passou os bracinhos no pescoço dela e rodeou as perninhas em sua cintura, distribuindo beijos no rosto dela. – Adoro o festival de beijos. – Do colo de Laura, Vance abriu os braços, enciumado. – Vamos trocar...
– Pronto. – Laura foi premiada por beijos. Ela apertava o filhinho.
– Mamãe, eu quero suco. – Vance encaixou o dedo indicador na boca, o sugando.
– De laranja. Eu sei. – Taylor andou até Laura. – Venha comigo.
– Mães, encostem a porta. – Daman pediu.
As duas fizeram a vontade dele.
– Laura... Eles podem colocar fogo no apartamento. – Taylor dizia e beijava a boca da morena. Elas estavam espremidas dentro da dispensa, aos beijos e toques.
– Só uma rapidinha. – Ela estava cheia de mãos para cima de Taylor. – Meu corpo precisa relaxar. Seus filhos estão fazendo uma rave dentro de mim.
Taylor deu um beijo na boca dela, tocando o ventre. Ela adorou a vibração que estava concentrada ali.
– Sentiu?
– Sim. Eles estão fazendo isso tão rápido.
Laura notou que ela estava encantada, saindo do foco principal.
– Eu queria sexo, não encantamento...
– Boba. – Outros beijos. A boca dela era tão saborosa. – Chega.
– Taylor Schilling-Prepon! – Segurou-a pelo braço. – Não vai fugir.
– Não... Vou... Ai... Laura. – Ela deu risada assim que bateu os lábios contra os da amada. – Depois. Eu prometo.
– Nós iremos voltar cansadas do jantar. Eu principalmente, você sabe.
– Eu sento na sua cara. Você só vai precisar mexer a boca e a língua.
Antes que Laura revidasse de forma erótica, Taylor escapou para a cozinha, rindo e arrumando a roupa no lugar.
– Filha! – Ela se alterou quando pegou Violet em cima da ilha. – Você cai daí de cima!
– Eu queria pegar o meu copo da Camila Cabello! – Se justificou.
– Quando for assim, peça, Violet! – Laura deu uma bronca nela.
– Vocês estavam namorando, mamãe. – Ela falou com tanta inocência no olhar.
– Oh, baby... – Prepon sentia saudades de pegá-la no colo. Sua princesinha amada. Por outro lado, Prepon nem olhou para Taylor. Sabia do olhar de "eu não disse?" que ela apresentava.
– Copo em mãos... Banho em dia. – Taylor a levou até a entrada da cozinha. – Tire sua roupinha do judô, dobre... Você pode fazer isso? – Violet balançou a cabeça, afirmando que sim. – Ok. Dobre sua roupa e peça ajuda à Lali para tomar banho, certo?
– Certo mamãe! – Ela prensou o copo contra o peito. – Daman vai me ajudar a ensaiar.
– Ele o fará assim que melhorar. – Laura disse se abaixando a altura da filha. – Mamã e eu estamos orgulhosas por você ter conseguido o papel de Ariel. Como você se sente?
Ela segurou no ombro de Laura, enrolando a ponta dos próprios cabelos. Ela ficava sem jeito.
– Eu fiquei feliz.
– Entendemos querida, mas queremos saber se é isso que você quer, atuar como Ariel.
– Sim! Eu quero! Muito. Eu contei para as minhas amiguinhas da natação. Elas disseram que é muito legal cantar e ser a Ariel.
Taylor sorriu aliviada. Ela não queria obrigar Violet a fazer algo que ela não queria, gostava. Laura era do mesmo jeito com os demais filhos.
– Eu só queria cantar as músicas da Camila e da Lana.
– Você pode cantar em casa, baby. Aqui você pode ser a Camila Cabello e a Lana Del Rey.
Violet deu risada de Laura. A mamãe a deixava feliz, dando asas à sua imaginação. Viv era fanática por Camila Cabello e Lana Del Rey. Diferente de quando era bebê, ela não era tão apegada ao rock... Ou Beyoncé. Ela cantava muito bem, se destacando entre algumas garotinhas de sua idade. Ela era ótima cantora. Daman era um ótimo nadador e pianista. Happy e Vance eram ótimos em dormir no cadeirão. Eles pareciam irmãos gêmeos... Os filhos de Natasha.
– Okay, Camila Cabello, vá para o banho imediatamente.
Dando inúmeras gargalhadas, Violet rumou para o quarto.
– Oh, boy! Os garotos dormiram sentados. – Taylor tocou o queixo e deu risada dos menininhos.
– Bem, temos de colocá-los na cama. Ainda estão com o uniforme da escola.
– Não! – Tay barrou o braço de Laura. – Você não deve ficar pegando peso. Deixe comigo. – Ela fingiu não escutar Laura reclamando, e levou Happy até o quarto. Livy apareceu e levou Vance.
– Estão deitados! Depois eles tomam banho.
Laura deixou que Tay lhe abraçasse.
– Quer amoras?
O estômago de Taylor caiu. Ela o sentiu horrível. Negou a oferta de Laura, e se afastou até o filtro. Tomou um copo de água gelada, pois sabia que ajudaria a diminuir o enjoo.
– É impressão minha ou você ficou enjoada?
De costas para Prepon, Taylor apertou o copo de vidro, temendo que ele estourasse entre os dedos. Porque se sentia tão tensa? Deus! Era só a noticia de mais uma gravidez. Nada demais... Porem é que ela tinha alguns receios.
– Eu só... Comi bastante depois que voltamos do hospital. – Virou-se e se espantou ao trombar com Laura. Ela cruzou os braços. Parecia não acreditar. Droga! E agora? TayTay pensava...
– Quer me contar alguma coisa importante? Você sabe que odeio ser a última á saber.
Taylor esfregou as mãos. Prepon viu isso também.
– Sente. – Ela indicou o banco alto do balcão ao fundo. Laura foi até lá, respirou fundo e se sentou. Este comportamento deixou Taylor tão amedrontada. Ela molhou os lábios com a ponta da língua, desviando os olhos para o jogo de cadeirão dos filhos. Estavam uma bagunça de farelos de biscoitos, copos derramados... Sentia-se semelhante.
– E então?
– Estou nervosa. – diminuiu os ombros, dando um sorriso torto à Laura. – Eu fiz alguns testes e... – Taylor puxou o ar, fechou os olhos e depois os abriu revelando um choro sentido. Ela balançava a cabeça negativamente, encarando o chão. – Eu estou grávida, Laura. Eu sei, eu sei que nós duas enlouquecemos quando soubemos da sua segunda gravidez. Havia dado certo na primeira tentativa. – Ela continuou chorando e falando. – Ficamos tão excitadas com aquele momento, que decidimos que eu também engravidaria.
Laura estava pasma. A boca entreaberta, os olhos avantajados. E ela ainda queria consolar a esposa. Esperaria o susto inicial passar. Ele havia lhe tomado à voz, e isso fazia com que Taylor se sentisse arrasada.
– O teste deu negativo, e você disse que era bom, porque nós nos precipitamos. Eu também pensava assim, ainda mais depois de saber que esperávamos três bebês... – Procurou por ar, tendo, pela primeira vez, coragem de soerguer a cabeça e olhar para Prepon. – Eu sinto muito... Eu...
– Ei. – Laura pode finalmente dizer, e mesmo assim a voz saiu baixa demais. Ela se fez caminhar até Taylor. – Por que está chorando?
– Você não ouviu o que eu acabei de dizer? – Seu rosto estava banhado em lágrimas. Laura fez questão de secar uma por uma.
– Ouvi! Ouvi e está tudo certo, querida, você precisa parar de chorar, Tay. Está tremendo, amor. Venha, sente-se aqui.
– Não está assustada? Meu Deus, Laura. Preciso que surte.
Laura sorriu para ela, se metendo entre as pernas bambas. Taylor relutou para se sentar, mas... O fez.
– Agora posso entender o seu nervosismo na noite da minha festa surpresa.
– Sim, mas...
– Nós teremos outro bebê. Estamos grávidas, literalmente, Tay. – Laura argumentou, passando as mãos nos cabelos. – Estou surpresa, pensando em como será divertido e um pouco atarefado. – Ela sustentou o rosto chorão entre as mãos. – E que se dane o resto. Eu estou realizando o sonho em ser mãe de muitas crianças.
O coração de Taylor voltou a bater. Ela abraçou Laura, apenas. Não queria ouvir muita coisa. Só abraçá-la. Ela retribuía com muito amor, paciência.
– Devemos parar no número oito, meu bem. – Sentiu quando a loira sorriu. – Nós duas... Grávidas... Ao mesmo tempo. Alguém terá que acordar de noite para buscar coisas estranhas de comer, certo?
– Você é tão maravilhosa. – Quis olhá-la nos olhos. – Não está chateada?
– Com você?
Tay assentiu.
– Nunca! Só não entendi o porquê de você ter escondido até agora. – Revirou os olhos. – Alguém já soube?
Ela mordeu o lábio.
– Happy... Daman... Natasha e a vovó.
– Taylor! – Laura bateu o pé no chão.
– Eu sei amor, me perdoe. Por favor, Lau, eu só fiquei... Ah.
– Não quero que esconda mais nada de mim, está entendendo?
– Absolutamente!
– Sua... Boba! – Elas se abraçaram. – Eu te amo tanto. Você está grávida de mim.
– Mais uma vez! – Taylor deu nela um beijo profundo. – Você também está gravida de mim.
– Perfeitamente. – Se pendurou no pescoço da atriz. – Então foi por isso que você passou tão mal na índia?
– Deve ter sido, embora eu desconfie que tenha sido por conta do calor escaldante.
– Precisamos comemorar... – Laura se retirou de entre as pernas dela.
– Na dispensa, não, Laura.
– Na dispensa sim!
Xxx
Uzo abriu a porta de seu apartamento e recebeu Laura, Taylor e as crianças, Daman e Violet.
Ela ficou tão corada, tão feliz por recebê-los. Natasha e Kate estavam presentes, e ficaram animadas por aquele encontro. O jantar estava quase servido... Para entretê-los, Uzo aproveitou e deu o presente de aniversário à Prepon.
– Me perdoe por não ter conseguido comparecer na festa, querida.
– Não precisava se preocupar. – Laura, com a ajuda de Daman, abria o embrulho.
– Abre mamãe! – Violet estava ficando impaciente.
– Apressada! – Taylor sorriu da filha. Ela não ligou e abraçou o pescoço de Uzo, de olhos ligados no laço na lateral do embrulho. Daman o puxou e revelou um bracelete da Tifanny’s para todas. Laura adorou! Sem duvidas. Ela o retirou da caixinha menor e já o experimentou.
– É espetacular, Uzo, querida. Não precisava se incomodar.
Daman buscou os olhos da irmã. Viv os desviou para o rosto de Uzo.
– Tia Uzo, o embrulho era tão grande! Eu pensei que fosse algo grandão!
– Eu também... – Desanimado, Daman encostou a cabeça no ombro de Kate. A ruiva vinha rindo das crianças.
– O embrulho foi para causar um impacto maior, Viv, Daman... – Feliz que Laura tenha adorado tanto, Uzo comentou: – É muito chique e meio minimalista. E que bom que você tenha gostado.
– Ela está babando! – Taylor observou a alegria da esposa, tocando no braço dela. – É realmente incrível. Posso usar de vez em quando?
– Você?! Oras... Você pode tudo. – Laura ofereceu os lábios e Taylor os beijou, ignorando as gracinhas dos demais.
– Chega de beijos. – Violet pediu a mando de Natasha. – Mamães, eu estou com fome.
– Me acompanhe até a cozinha. – Uzo se levantou e colocou Violet de pé. – Você vem conosco Daman?
– Obrigado, tia, mas eu estou com preguiça.
Uzo sorriu para ele e seguiu com Violet.
– O que há com você, rapaz? – Kate perguntou notando a bochecha vermelha que ele tinha no momento.
– Adoeci... E estive com febre.
– Ele ficará bem. – Taylor respondeu. – Está medicado e, daqui uns dois dias, poderá voltar às aulas.
– Eu quero ficar doente para sempre.
Todas elas riram. Daman se envolveu e riu mais ainda.
– E as demais crianças? Estão bem?
Tay e Laura se entreolharam para decidirem qual das duas responderia o questionamento de Kate; Laura o fez.
– Estão bem! Aprontando, descobrindo o mundo... São ótimas crianças.
– Happy tem estado bem de saúde?
– Graças aos céus, sim! - Schilling suspirou, aliviada. – O levamos para fazer check-up a cada três meses. Ele tem acompanhamento médico, entre outros. É perfeito, assim como os irmãos.
– Leve-os para passarem uma tarde comigo. Vance irá adorar, eu tenho certeza.
– Graças a você, Red, Vance está viciado em suco de laranja. – Laura sorriu.
– Eu fico muito feliz! – A mais velha deu uma risada, juntando as mãos. – Em pensar que não estaremos mais filmando juntas e que não estaremos mais reunidas nos estúdios... Bate uma saudade antecipada.
– Aw! – Schilling fez. – Nós sempre seremos uma família! – Lembrou-a disso. – Laura e eu estaremos sempre levando as crianças para vê-las. – Tay se recordou de algo importante.
– O jantar está pronto! – Uzo anunciou, ao retornar.
– Antes de irmos jantar, eu tenho um anuncio... – Todas as cabeças se voltaram para seu rosto. – Laura e eu estamos tendo outro bebê.
Daman, Violet e Natasha, não se surpreenderam, mas sorriram, afinal.
– Oh meu doce Jesus! – Uzo saltou. – Sério? Outro bebê?
Taylor se levantou e alisou a barriga.
– Outro Schilling-Prepon a caminho!
– Minhas meninas, parabéns, parabéns por isso! – Kate foi parabenizá-las com abraços.
O jantar fora servido em ritmo de alegria. Todos comemoraram bebendo suco de uva. As crianças adoraram, porque Natasha, brilhante, teve a ideia de fingir que era vinho. Tempo depois elas pularam para a sobremesa: Brigadeiro. Invenção de Lyonne.
Sentadas à sala, todos elogiavam o doce.
– Eu nunca tinha provado! – Exclamou Taylor, deliciada.
– É muito doce... Mas, entretanto, é gostoso. – Laura havia acabado de terminar, entregando o recipiente vazio à Uzo.
- Como chama mesmo, tia Natasha?
– Brigadeiro, Laka-Laka.
– Hummm. É muito, muito, muito bom! – Ela se agitou ao lado de Laura, no sofá. – Mamãe, você faz para mim?
– Pensarei a respeito.
– Ah... – ela, com a boca lambuzada pelo doce, baixou a cabeça.
– É, mamãe, faz para nós. – Daman insistiu e Viv o olhou, agradecendo. Eles não eram de comer muitos doces, entretanto, acabaram se apaixonando por brigadeiro de panela.
– Porque eles não insistem para que eu faça? – Taylor questionou de modo geral.
Eles sorriam.
– Bem, você deve saber quem é a cozinheira favoritinha de seus filhos. – Laura disse quase inocente, passando os dedos por cima de seu ventre estufado.
– Oh, é mesmo? Viv... Daman?
Violet a olhou, negando.
– Mamãe... Nós adoramos as suas panquecas. – Daman disse honestamente. – Também gostamos do seu macarrão com queijo. Ninguém no mundo faz igual.
A loira começou a ter motivos para se emocionar. Ela jogou um beijo livre para o filho. Ele sorriu em resposta.
– Você é ótima. – Laura tirou o braço do ombro de Violet e o trouxe para Taylor. – Eu estava apenas brincando. Somos as melhores mães para as nossas crianças.
– Quanto hormônio. Imagino vocês duas trancafiadas em um quarto. – Zombava Natasha, fazendo Uzo morrer de rir.
– É uma explosão de amor. – Tay rebateu, deixando seu doce de lado.
– Mamãe...
Laura, sabendo que Violet pediria por mais doce, se antecipou.
– Por hoje é só, Violet. Sem repetição de brigadeiro. Tome um copo de água. O mesmo se aplica a você, mocinho.
Daman bateu as costas no encosto do sofá, fazendo um bico.
– Obrigada por viciar os meus filhos em doces, Lyonne.
– Aha! Olha só quem fala... Na época em que você estava grávida de Happy, só faltava comer minha geladeira inteira.
– Isso não vem ao caso. – Rolou os olhos. – Crianças, coloquem os recipientes sobre a pia e tomem água.
– Vamos, Viv! – Daman a chamou. Ela o seguiu ainda emburrada.
– Dentro de duas semanas nos encontraremos para a última première do cast! Preparadas?
– Sinto que chorarei muito, Kate. – Taylor estava sendo sincera. – Mas, respondendo à sua pergunta, sim, estou preparada.
– Não é uma despedida definitiva, Schilling! – Laura a lembrou. – Nós nos tornamos uma família. Estaremos sempre reunidos. E, além do mais, Jenji têm um novo projeto para nós todos.
– Ei, ela te contou? – Uzo inquiriu tocando o queixo. Laura balançou a cabeça, afirmando.
– Era para manter em segredo... Mas...
– Isso é demais! – Natasha descruzou as pernas. – Eu sabia que ela viria com um novo projeto.
– Eu sei de tudo! – Exibiu-se Kate. – Entretanto, não, não direi nada a respeito.
– Respeitamos sua decisão. – Laura sorriu.
– Seja lá como for, estou ansiosa e feliz por ter todos vocês em minha vida. – Taylor levantou o doce. – Vamos todas brindar com bri...?
– Brigadeiro! – Natasha respondeu.
– Com brigadeiro!
O brinde foi feito de forma mais extravagante e empolgante.
Duas semanas se passaram lentamente. Taylor e Laura seguiam com a rotina das crianças. Levaram Happy para um evento voltado para pessoas com Síndrome de Down. O menino obtinha muitos coleguinhas por onde passava. Ele era resumido em amor. Uma criança sem maldade, que enxergava todos de um só aspecto: O coração.
As atrizes fecharam novos contratos, cederam entrevistas, saíram com os filhos mais velhos para jantar. Reuniram-se com amigos... Saíram sozinhas. Nada diferente do que pessoas anônimas faziam. O casal descobriu que o bebê mais novo da família seria uma menina. Taylor, emocionada, comemorou com toda sua família. A menina também ganhara um nome: Natalie Patrícia Schilling-Prepon. Após a surpresa da primeira gravidez, Tay realizou todos os exames e descobriu que a garotinha não tinha nenhuma síndrome. Não que isso fosse um problema, caso tivesse alguma síndrome, Natalie seria amada da mesma forma que Happy... Da mesma forma que os irmãos eram amados.
Trajada com um mini-vestido azul fora do ombro, que apresentava bolinhas brancas e detalhes de ruffle ao redor do decote, Laura Prepon agradecia a Jonathan por ter seu cabelo e sua maquiagem leve. A atriz se despediu do amigo, deixando-o partir para dentro do elevador, quando alguém cutucou-lhe as pernas.
– Mama! Eu vou sair?
– Garoto! Por Deus, Angelo! Quem lhe deu permissão para sair do apartamento?
– Eu fugi da Livy! – Ele sorriu com tanto gosto. Laura se desmanchou, pedindo por um beijinho rápido.
– Vamos entrar querido! Você e Violet não podem sair do apartamento.
– Castigo? – Ele deu a mãozinha para a mamãe.
Laura esperou que ele entrasse e fechou a porta, escutando o barulho de vozes que vinha da cozinha.
– Estão de castigo por terem incomodado os nossos vizinhos. – Ela deu um beijo nos cabelos dele, forçando-se para isto. – Vá brincar no quarto de brinquedos.
– Ele escapou para fora, não é mesmo?
– Oi, Lali!
– Sim, querida. Não permita que ele saia. Tampouco Violet. Os dois ainda estão de castigo por terem tocado todas as campainhas do quinto andar.
– São dois levados! – Lali ofereceu a mão. Happy a agarrou. – Vamos assistir desenhos com seus irmãos, meu bem.
– Antes de sairmos, Taylor e eu passaremos por lá. – Laura a avisou e moveu-se até a cozinha.
– Você está maravilhosa! – O elogio de Taylor saiu apressado. Ela abandonou a conversa com Jodi, Terasa e Eloise, dando atenção à esposa. – Linda, linda, linda... – Pressionou os lábios contra a boca dela.
– Vocês estão combinando! – Terasa aplaudiu, percebendo que, como Laura, Taylor Schilling também optou por bolinhas, usando uma blusa de lunar preto e branco com botão, que apresentava um tecido transparente em um ombro, e calça culotte.
As duas já sabiam! Beijaram-se e riram de Terasa.
– Muito bem, garotas... – Eloise se aproximou sem desviar os olhos do celular. – Precisamos ir! Estamos atrasadas!
– Vocês já podem descer. – Falou Laura, caminhando pelo corredor. Taylor a seguia. – Taylor e eu vamos nos despedir das crianças.
– Não demorem muito. – Implorou Jodi.
– Vocês escutaram, não?
– Sim, Terasa... Já escutamos. Vão descendo que estaremos lá em um minuto, podem apostar.
Elas riram de Laura. Como se não conhecessem ela e Taylor...
– Mamães! – Violet largou o microfone de brinquedo, correndo e parando diante das mães. – Vocês estão...
Laura e Taylor esperaram um elogio.
– Altas! Vocês são gigantescas!
A observação se resumiu em um sorriso.
– Elas sempre foram altas, Vittie! – Daman argumentou, se juntando às mães.
– Muito bem, crianças, vão fazendo fila para ganharem beijos. – Taylor brincou. Happy e Vance foram os mais animados. Eles ganharam beijos e abraços. Violet se manteve parada.
– Nós não ganhamos um beijo, Violet? – Laura quis saber.
– Mamãe... – Ela demostrava que estava chateada. – Por que eu não posso ir? Daman irá!
O menino olhou para Taylor. Ela o abraçou pelas costas.
– Daman irá porque se comportou bem.
– Eu peço desculpas por ter incomodado os nossos vizinhos.
– Ficamos felizes em vê-la arrependida, querida, mas você não irá.
Ela desemburrou a cara. Não tinha jeito!
– Posso ficar acordada e esperar por vocês?
– Só hoje... – Conforme Laura disse, Violet abriu um sorriso simpático, agarrando-a no pescoço.
– Obrigada! Obrigada, mamãe. E me desculpe por eu ter me comportado mal.
– Está perdoada, Bunny.
Violet largou a mãe morena e abraçou Taylor, prensando Daman entre elas. O garoto deu risada.
– Voltem logo... Prometem? – Ela revisou o olhar entre as mães.
– Prometido! – Laura voltou para o lado de Schilling. – E tem mais, assim que voltarmos... – Fez cara de suspense. – Assistiremos Shrek.
As crianças entraram em euforia. Eram apaixonados pelo Ogro! Toparam. Violet, ansiosa que só, não via a hora de as mães e o irmão voltarem para casa...
– Finalmente! – Daman levantou os braços para cima, dentro do elevador, arrancando risadas das mães. – Violet fala demais.
– Ei... - Taylor tentou segurá-lo pelo ombro assim que a porta do elevador se abriu. Impossível... Daman havia corrido pelo estacionamento. Deu de ombros. De repente, ela se deu conta de que estava indo para a última première de Orange... Bateu uma nostalgia profunda. Seus olhos encheram de lágrimas. Para disfarçar, Tay passou a mão na barriga, ainda em fase de crescimento, para não preocupar Laura. Como se adiantasse alguma coisa.
– Você carrega lágrimas nos olhos, baby. – Prepon a impediu de dar alguns passos para longe dos elevadores.
– Estou... Você sabe. – Olhou os pés, endurecida. Seu queixo fora içado por Prepon.
– Não é o fim, Tay... É apenas o começo. É o começo de novas vidas... –- Tocou no próprio ventre. Sorriu. Tocou o ventre de Taylor. – O começo de uma nova e longa jornada que teremos pela frente. – Mostrou a mão a ela. – Você está comigo?
Taylor, mais calma, coração batendo na goela, sorriu.
– Eu sempre estarei.
As duas se beijaram, se abraçaram e deram risada da insistente buzina que era usada para apressá-las, vinda do carro.
– Eu te amo.
– Eu te amo mais, Laura. – Taylor deu um beijo na mão dela. – Vamos!
Entendidas, as duas caminharam até o carro, sem esquecerem a conversa que tiveram segundos atrás.
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