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História Waste It On Me - Capítulo Dois - Hotel Fazenda e Convivência


Escrita por: darklionn

Notas do Autor


Boa leitura :)

Capítulo 2 - Capítulo Dois - Hotel Fazenda e Convivência


SAKURA 

 

O hotel fazenda era um lugar lindo e os quartos eram um luxo. Para vocês terem noção tínhamos banheiras privativas dentro dos quartos, além de duas piscinas (uma normal e outra aquecida) e, é claro, várias quadras e campos para a prática de todos os esportes. Os quartos eram duplos então dividi um quarto com a Ino enquanto Ten Ten e Hinata dividiam o quarto a frente.  

Estávamos exaustas da viagem, mas soubemos que o hotel fornecia as três refeições do dia, então descemos para jantar antes de tomarmos banho e dormir.  

Quando o elevador abriu a porta para o hall do hotel, demos de cara com Naruto esperando Hinata logo na saída do elevador: 

— Belíssima, como sempre, meu amor! - Naruto beijou a testa de Hinata arrancando suspiros de nós três, tínhamos que admitir que essa foi realmente uma cena adorável.  

Enquanto estávamos nos dirigindo ao restaurante do hotel Naruto chamou Sasuke para sentar conosco, Ino adorou a ideia e eu revirei os olhos, conhecia bem o tipinho de Sasuke: pega e não se envolve, filhinho de papai que realmente acredita ser melhor do que os outros pela quantidade de dinheiro que tem no banco... Ele até que é bonitinho de rosto, mas absolutamente patético de personalidade.  

— E aí, Naruto! — Ele disse ao chegar perto do nosso grupo — Meninas, tudo bem? — Olhou para as meninas aguardando uma resposta até que seus olhos se depararam com os meus  

— Ah, nossa, que honra. Naruto, você não me avisou que estaria na presença de sua majestade a princesinha Haruno... Eu teria até trocado de camisa se soubesse. — Sasuke disse olhando para mim com um sorriso provocador em seus lábios. Meu sangue borbulhou... Quem esse marretinho pensava que ele era? 

— Sasuke, querido, fique tranquilo! Eu nunca esperei elegância do bobo da corte. — Respondi com meu típico sorriso cínico enquanto ouvia algumas risadas e alguns sons de deboche. Não esperei para ver qual seria a cara de Sasuke após a minha fala, apenas comecei a caminhar em direção ao restaurante do hotel.  

O jantar foi bem agradável, a conversa foi sobre os primeiros jogos que aconteceriam amanhã, Koji, o representante da nossa turma, era quem estava encarregado do planejamento. É claro que Sasuke e Naruto deram um jeito de se enfiar no planejamento para sempre saber das últimas notícias.  

Eles nos avisaram que teríamos 4 jogos por dia e que as equipes seriam divididas amanhã, o que queria dizer que o pessoal da nossa sala poderia ter que formar times com veteranos ou com calouros, essa parte ninguém sabia, seria tudo decidido na base do sorteio e no Domingo pela manhã teríamos a cerimônia de encerramento e premiação e depois os estudantes estariam livres para fazerem o que quiserem.  

Como a diária do domingo no hotel também havia sido paga pela faculdade nós poderíamos voltar para a casa só a noite ou durante o dia, essa parte ficava a critério de cada aluno e o meu critério era voltar para casa o mais cedo possível no domingo, afinal, a última semana de aula e semana de provas estava se aproximando.  

Quando voltamos ao nosso quarto e eu parei em frente ao espelho de corpo inteiro próximo à cama me dei conta que estava sem um dos meus brincos. Gelei. O brinco era uma herança de família, eu andava sempre com ele porque eram meus favoritos, minha bisavó os deu para a minha avó até que eles chegassem a mim...  

Ino olhou para o espelho que refletia o meu rosto em pânico e perguntou: 

— Sakura? O que aconteceu? 

— O meu brinco, o brinco da minha bisavó, ele sumiu! Eu tenho certeza que desci para jantar com ele, ai meu Deus! — Eu disse sentindo a minha respiração ficar cada vez mais rápida, minha adrenalina começou a subir porque sei exatamente qual a importância desses brincos para a minha família toda. 

— Calma, Sakura, ok, vamos respirar — Ela disse olhando nos meus olhos e tentando transmitir pelo menos 10% da calma que ela mesma estava sentindo. — Você tem certeza que desceu com eles? — Ela perguntou novamente, me forçando a pensar racionalmente. 

— Tenho, eu tenho certeza porque chegamos aqui e eu não me troquei para descer, eu ainda estava com a roupa que viajamos no carro. — Disse com a voz mais aflita do que eu esperava.  

— Ok, você o tirou em algum momento lá embaixo? Você foi ao banheiro ou algo assim? — Ino perguntou e eu estava começando a perder a paciência, essas perguntas não iam me acalmar e nem me ajudar a achar o brinco, eu precisava de outra solução e rápido! 

— Não, eu não tirei... — Pensei um pouco e cheguei em uma provável conclusão. — Só se ele caiu porque ele é bem pesado para a minha orelha e até já chegou a cair em outro momento, mas achei que depois do ajuste que eu fiz ele não cairia mais.  

— Então vamos descer, vamos refazer o caminho e olhar a cadeira que você sentou no jantar. Caso a gente não encontre nada lá, vamos perguntar aos garçons ou ao pessoal da limpeza, ok? — Ino disse com um olhar tranquilizador e eu dessa vez eu me senti mais tranquila e leve, agora tínhamos um plano de ação.  

Nós descemos pelo elevador e refizemos todos os meus passos até a mesa e nada... Fomos olhar perto da cadeira que eu estava e nada também.  

— Vamos conversar com alguém da limpeza, vem. — Ino puxou o meu braço e àquela altura eu só me deixei ser guiada porque o desespero estava querendo tomar conta de mim. Minha cabeça seria entregue como sacrifício aos deuses se a gente não encontrasse aquele brinco. 

Encontramos uma moça que estava varrendo o chão e eu parei para perguntar: 

— Oi moça, boa noite! Eu gostaria de perguntar se você ou alguém da equipe de limpeza, por acaso, não encontrou um brinco no chão? - Falei com sorriso nervoso e um fio de esperança na voz.  

— Olá! — Ela respondeu com um sorriso gentil. — Na verdade, encontrei sim, mas um menino da turma de vocês disse que sabia de quem era e ia entregar, por isso não me preocupei muito. Fiz mal? — Ela disse fazendo uma careta, preocupada por talvez ter confiado em quem não deveria. 

— Depende, - disse Ino ao meu lado — quem era essa pessoa?  

— Ele era alto e meio forte, cabelo bem liso e preto e eu poderia jurar que vi os olhos dele ficando vermelhos... — Vocês sabem quem é essa pessoa? — Perguntou. 

— Ah, eu sei, sei bem até demais! De qualquer forma muito obrigada pela informação, deixa que eu me resolvo com o senhor mala. Tenha uma boa noite.  

— Igualmente meninas. — Disse a moça se virando e indo em direção a cozinha.  

— Eu vou matar ele. — Disse já pensando em todas as formas diferentes de esganar uma pessoa.  

— Só não chuta o saco, tá? — Ino pediu — Eu pretendo ter filhos um dia.  

Eu só revirei os olhos e apertei o botão para chamar o elevador furiosa, já dentro do elevador mandei mensagem à Hinata perguntando qual era o quarto da Naruto, se o estrupício não estivesse com ele, Naruto era a nossa melhor chance de encontrá-lo rápido.  

 

Quando batemos à porta de Naruto, Sasuke mesmo veio atender com uma toalha enrolada na cintura, uma toalha de mão secando o cabelo e gotinhas de água escorrendo pelo seu braço e abdômen definidos.  

O queixo de Ino caiu e ela não conseguiu falar nada, eu por outro lado, apesar de um pouco distraída me esforcei muito para manter o foco e falar com ele apenas sobre o motivo de eu estar ali, nada mais.  

Me forçando a subir meu olhar da sua barriga para os seus olhos falei com a voz mais firme que consegui: 

— Me devolve meu brinco.  

— Eu não queria atrapalhar sua vista não, pode continuar olhando se quiser. — Ele disse se referindo aos meus olhos que tinham caído para o seu abdômen de novo... 

— Me devolve meu brinco. - Repeti com a voz mais firme ainda.  

— Que brinco, garota? Do que você está falando? - Ele respondeu com um sorriso cínico. Ele sabia exatamente o que estava fazendo. 

— Não se faça de sonso, eu já sei que está com você. Você já pode me entregar agora.  

— Eu não tenho nada a te entregar — Ele respondeu, irredutível.  

— Aí, olha, quer saber? Eu estou com sono e não tenho tempo para ficar discutindo. Esse brinco é muito importante, eu preciso dele. ME DEVOLVE A PORRA DO BRINCO! — Eu disse quase berrando a última parte.  

— Por que você acha que eu ficaria com um brinco seu se eu encontrasse, Sakura? — Sasuke indagou chegando um pouco mais perto de mim... Ele queria muito me desestabilizar. 

— Pra me irritar, é claro! — Respondi.  

— Você se acha, né? Eu não estou com brinco nenhum, se tá com sono vai dormir, amanhã você continua procurando, princesa. — Eu sabia que ele só estava jogando comigo, o brinco estava com ele, só não entendo por que ele não quer me devolver... O que ele quer comigo? 

— Ok, Sasuke, então boa noite! A hora que você estiver afim de me devolver me avise, eu venho buscar na hora. - Respondi e só aí lembrei de olhar para a Ino, que continuava estática olhando para o abdômen de Sasuke.  

Ele por outro lado deu um sorriso cínico, eu sabia que ele estava com o brinco e ele sabia que eu sabia disso, mas estava se divertindo em ver até onde eu chegaria para poder recuperá-lo, eu já entendi o joguinho dele e eu não vou cair na armadilha que ele criou para mim.  

— Vamos, amiga.  — Eu sai praticamente arrastando Ino para o quarto porque ela realmente não reagiu... Ficou hipnotizada com a cena que vimos quando a porta se abriu.  

 

O outro dia começou cedo, recebemos nossos abadás então nos arrumamos para ir tomar café da manhã. As primeiras partidas de hoje seriam entre as três salas de medicina que estavam participando, cada sala havia formado quatro times para competir entre si e os horários foram marcados quase “em cima” dos outros, o que dificultaria caso alguém quisesse assistir todos os jogos.  

Hinata avisou que iria dar prioridade aos jogos de basquete do time de Naruto, então, acabou sendo a modalidade que mais nos programamos para ver, afinal, não tinha graça separar o grupo para que cada uma fosse assistir a jogos diferentes. O único fato que me incomodava um pouco era que Sasuke estava no mesmo time que Naruto, ou seja, todas as vezes que eu fosse assistir a algum jogo de basquete ele estaria lá. 

Meus pensamentos foram interrompidos por Ten Ten: 

— Ei, Sakura, você está nos ouvindo? — Ten Ten perguntou enquanto batia palmas na frente do meu rosto tentando me chamar a atenção. 

— Ah, desculpe, o que foi?  

— Você quer ir para a piscina conosco depois do almoço?  

— Quero sim, claro, o calor está terrível.  

— Então fazemos assim — Ino falou — Assistimos ao jogo de basquete agora pela manhã, almoçamos com o time e depois vamos para a piscina relaxar.  

— Peraí, você está incluindo os meninos em seus planos? — Ten Ten perguntou com um semblante confuso.  

— Sim, estou. — Ino disse com um sorriso enorme. 

— É mesmo, desde quando você ficou tão íntima deles? — Perguntei.  

— Na verdade ela só tem interesse em ficar íntima de um deles. — Hinata respondeu com um sorriso malicioso.  

— Nossa, nada a ver gente! Olha, eles são nossos colegas de classe, por que é um problema eu querer apoiar nossos próprios colegas?  

— É que isso é incomum. Você nunca fez isso e agora nos últimos dois anos da faculdade parece querer unir a turma... Só estamos achando estranho... — Ten Ten disse rindo.  

— E engraçado.  — Completei rindo também.  

— Vocês são tão chatas! Eu só... 

— Olá meninas!  

Ino foi interrompida por um Sasuke de muito bom humor se aproximando da mesa seguido por Naruto, Shino e Kiba. Revirei os olhos.  

— Tô vendo que tinha gente aqui maluca pra me ver. — Sasuke comentou me olhando com intensidade e o típico sorriso malicioso.  

— Só estou me questionando como você e o seu ego conseguiram entrar ao mesmo tempo em um espaço tão pequeno como esse refeitório. — Tombei a cabeça para o lado enquanto sorria e Sasuke continuava com os olhos fixos em mim.  

— Bom dia para vocês também — Kiba disse e só então me toquei que estava sendo mal educada com os outros meninos.  

— Bom dia pessoal, espero que vocês tenham dormido bem. — Disse sorrindo para eles que estavam terminando de se sentar à mesa.  

O clima do café da manhã foi leve, Sasuke deu um tempo nas provocações o que me permitiu tomar o meu café em paz sem grandes problemas. 

Os meninos subiram para colocar os uniformes e eu e as meninas subimos para terminarmos de nos arrumar para os jogos, o pessoal estava se enfeitando bastante para assistir aos jogos e decidimos nos arrumar também.  

As cores da nossa sala eram azul e laranja, então, usamos tinta para pintar nossas bochechas com as cores. Eu pedi que Ino fizesse um coração azul e um laranja em cada bochecha minha e depois fiz um caminho de strass no rosto que começava em cima do olho esquerdo e terminava embaixo do olho direito com um formato de onda.  

Depois que terminamos de nos arrumar descemos para a quadra. O espaço era grande com arquibancadas altas dos dois lados. Nos sentamos um pouco longe da banda porque sabíamos que o barulho dos instrumentos ia ser alto. Quando chegamos lá o pessoal que veio acompanhar o jogo da nossa sala estava sentado no lado direito, então fomos para lá. A maior parte da nossa arquibancada estava com pompons na mão e vibrava a cada ponto marcado pela nossa sala. Até que uma coisa me chamou atenção: 

Sasuke marcou uma cesta de três pontos e na hora de comemorar se aproximou da arquibancada e me procurou. Assim que seus olhos se fixaram em mim ele tirou O MEU BRINCO do bolso do short e deu um beijinho antes de voltar a jogar.  

Imediatamente minhas amigas olharam para mim e eu só revirei os olhos.  

— Você não vai fazer nada? — Me perguntou com pura indignação. 

— Não — disse simplesmente enquanto sorria. 

— Por que? — Dessa vez Ino perguntou. 

— Porque é exatamente o que ele quer, que eu fique brava, que eu arrume briga e que eu seja a pessoa que vai se descontrolar. Ele não vai me manipular. Eu vou continuar bem aqui, quietinha, onde eu sempre estive, estou curiosa para ver até aonde essa história vai.  

— Queria eu estar vivendo algo excitante desse jeito com o Sasuke – Ino disse com uma nota de tristeza em sua voz.  

— Se quiser ele fica pra você! Ele é todinho seu, desse cara eu só quero distância.  

Disse enquanto continuava olhando incrédula para a quadra. Ele pode se esforçar muito para me manipular, mas eu cresci numa casa com pais extremamente manipuladores, não é à toa que construíram o império que construíram.  Ele estava querendo jogar comigo um jogo que eu já nasci jogando, minha estratégia era levá-lo ao limite e quando ele finalmente entendesse que não conseguiria me vencer, finalmente me deixaria em paz.  


Notas Finais


Hmm o que vocês acharam desse final? Será que a Sakura está confiante demais para jogar um jogo que demanda tanta maturidade e autoconsciência?


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