Acho que a maioria deve conhecer a Diva da Web Tulla Luana.
Seus vídeos em que ela está histérica, gritando e xingando são engraçados. Conhecidos, muito conhecidos.
Ela está surtando e as pessoas riem.
Choramos de rir com uma pessoa doente mentalmente e psicologicamente.
Ela é uma pessoa que toma muitos, muitos remédios para amenizar os prejuízos que suas doenças causam em sua vida, de seu marido e de todos ao redor.
Seus vídeos, a maioria, são de explosões que ela tem frequentemente.
Ninguém nunca se perguntou porque ela é assim?
Por que ela é briga tanto?
Se incomoda tanto com algo?
Que é tachado de besteirol?
Não demorou muito para eu começar a investigar um pouco da vida dela, rir com os vídeos explosivos dela, dos memes que são tirados de pequenos momentos histéricos daquela mulher.
E um deles, da morte de seu padrasto, que eu percebi uma coisa.
"ELE ME FEZ MUITO MAL", ela disse.
Eu paralisei, analisei muitas e muitas vezes aquele vídeo, porque queria entender o que se passava com aquela mulher, ao mesmo tempo que me divertia com seus surtos pscoticos.
Foi um baque quando descobri que todos os sintomas dela se parecem com os meus.
Que na verdade, Tulla Luana é uma portadora da síndrome borderline.
O trauma de infância que sofreu, provavelmente com o padrasto, a tornou uma pessoa problemática.
Devo tentar explicar primeiro o que é essa doença que me assola há tempo demais.
O Transtorno de Personalidade Limítrofe (TPL), também conhecido como Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é definido como um gravíssimo transtorno de personalidade caracterizado por desregulação emocional, raciocínio “8 ou 80” (“branco e preto”, totalmente bom e totalmente mau) extremo ou cisão e relações caóticas. Com tendência a um comportamento briguento, também é acompanhado por impulsividade auto-destrutiva, manipulação, conduta suicida, bem como esforços excessivos para evitar o abandono e sentimentos crônicos de vazio, tédio e raiva. Por vezes, o transtorno é confundido com depressão ou transtorno afetivo bipolar.
Os portadores frequentemente NECESSITAM estar medicados (antidepressivos, antipsicoticos, ansioliticos, estabilizadores de humor etc.) para tentar reduzir as consequências incontroláveis que a doença traz. Eu falo por mim, já que passei dois anos tomando remédios que me deixavam grogue.
Nem imagino como que deve ser para ela, já que aparentemente seus surtos não conseguem ser interrompidos com os remédios e o acompanhemento psicológico e psiquiátrico regulares. Essa síndrome afeta seriamente a vida da pessoa, a transformando em um verdadeiro inferno na terra... e na mente.
Os sintomas começam durante a adolescência ou nos primeiros anos da fase adulta e continuam geralmente a vida toda.
No começo dos sintomas, pode ser desafiador, não somente para os portadores, como também para os familiares, terapeutas e amigos, mas na maioria das vezes a severidade do transtorno diminui com o tempo.
Entretanto, como o transtorno surge na adolescência, os pais acham que essa "fase" é temporária e ainda acusam os filhos de rebeldia, teimosia ou frescura negligenciando os sintomas gritantes que acarretam o paciente.
Mas eles não sabem que estão lidando com um grave distúrbio que destrói a vida do portador senão for tratado.
Sem o tratamento adequado, somos acarretados por perturbações negativas em todas os ambientes que frequentamos. Trabalho, casa e ambientes escolares.
Tentamos suicídio.
E suicídios consumados são possíveis consequências sem os devidos cuidados.
Para mim, foram incontáveis tentativas. Com remédios, lâminas etc.
Não duvido nada que Tulla tenha tentado sequer alguma vez e fico triste por isso, triste por possuir alguém na Internet que é tão debochada por outros por causa da mesma doença que eu também possuo.
Ela teve uma infância traumática e a maioria dos estudos comprovam que pacientes portadores de Borderline possuem lembranças ruins de quando eram crianças. Separações dos pais, negligências e abuso infantil são frequentes.
Também, alguns pesquisadores apontam uma predisposição hereditária, além de disfunções no matabolismo cerebral.
2% da população sofre desse transtorno, com mulheres sendo a maioria.
Borderline significa limite e fronteira em inglês. E foi classificada como uma patologia literalmente no limite da fronteira entre a neurose a psicose.
Os pais e familiares têm dificuldades para admitir que a agressividade, impulsividade, mudanças de emoção decorrentes, falta de concentração e até de vontade de terminar o que mal começa, podem ser sintomas de uma doença ou transtorno.
"Isso é frescura!"
"É fase!"
"Falta de uma boa surra!"
Essa forma de pensar é muito comum e até muitos deles, os pais e responsáveis, tem vergonha de levar a criança afetada à um psiquiatra.
O que prejudica imensamente a vida de todos, principalmente a do paciente, que se sente incompreendido, além de todos os sintomas da síndrome.
Também indicam, os mais religiosos, que esse problema é espiritual.
Outros que o filho apenas foi mal-educado.
Ou mimado demais.
Tulla Luana tem esse comportamento infantil e também é uma característica da nossa síndrome.
Borderline tem uma personalidade essencialmente imatura (também presente na personalidade anti-social). Caracterizado por uma infância traumática e negligente. (Ou também por uma infância superprotetora)
Temos características típicas de imaturidade como impaciência, intolerância às frustrações, egoísmo excessivo e...
podemos dizer que auto-estima inflada.
Mas também podemos ter uma personalidade com baixa autoestima, medo de abandono e de estar só etc.
Tulla sempre briga com alguém, seja com o síndico, a tal Hermann, Gretchen, empresas de serviço qualquer etc. Também é um comportamento do Borderline. Seu ambiente familiar é repleto de discórdias, discussões com o João Carlos, seu marido, o síndico e outras pessoas aleatórias. A impulsividade e a instabilidade de humor típica de Borderline contribuem por uma rotina de conflitos familiares.
Tulla é extremamente instável; tem a incapacidade de controlar a raiva, tem um mau humor frequente mau gênio e é agressiva.
Geralmente, a dor física pode ser uma forma de aliviar a tensão interna e desconcertante. Como também brigar com alguém que não é o motivo de sua raiva explosiva. Extravasar é um dos muitos modos de tirar esse sentimento assustador de dentro de si.
Geralmente ficamos bem calmos depois dessas brigas, mas depois, podemos ficar culpados, da forma que descarregamos a apreensão, mas também podemos nem ligar, como se nada de importante tivesse acontecido e esperamos que os outros reajam assim também.
Ao longo do dia, podemos ser tidos como aqueles que têm comportamentos diferentes ao longo do dia, manhã, tarde e noite. Por isso, o ambiente intrafamiliar pode ter intensas intrigas e conflitos constantes. Frequentemente irritadiços, agressivos e impulsivos, podemos tratar bem a pessoa e depois mal.
Até nossos parentes podem ser divididos uma hora bons e outra maus. Portanto, medo, Repulsa e raiva são frequentes emoções que sentimos até por nossos familiares.
Os diferentes traumas na infância de um borderline (como em qualquer outra pessoa) geram uma profunda cicatriz, sentimento crônico de vazio, rejeição e dor.
Somos possuidores de uma dor profunda e dilacerante. Esse sentimento é intensamente sentida, porque sentimos tudo em dobro.
E isso estimula o processo auto destrutivo.
Os portadores têm baixa capacidade se julgamento e usualmente têm reações grosseiras, acompanhadas muitas vezes de culpa ou ansiedade.
Tulla tem uma facilidade exagerada para criar intrigas e escândalos em qualquer lugar, uma lanchonete, hotel, como também na Internet onde possui Twitter, blog, canal no YouTube e etc. E sim, somos propensos à esse tipo de comportamento briguento, porque qualquer coisa pode nos irritar.
Temos uma tendência grande de nos sentirmos facilmente feridos ou agredidos (pequenos motivos são capazes de nos enfurecer. Rebelamos-nos é brigamos por pouca coisa, as vezes totalmente insignificantes. Não temos controle de nossas emoções por isso facilmente demonstramos insatisfação, irritabilidade e raiva, que é uma emoção bem presente em nossa vida. Desde maus tratos e estupidez até xingamentos e violência, Tulla demonstra que é uma sintomática extrema da síndrome.
Passamos a maioria do tempo de nossa vida tentando controlar nossas emoções que não controlam realmente.
Alguns de nós tem a capacidade de esconder o transtorno e faz com que sejam vistos, superficialmente, como se não tivessem nada entretanto suas vidas são sofríveis e massacrantes.
Não suportamos solidão e quando não temos um "cuidador" ficamos deprimidos, ansiosos e sentimo-nos abandonados, excluídos. Com eles, parecemos eufóricos, nossa auto-estima se eleva (já que temos uma bem baixa), mas quando eles vão embora, vamos para o fundo do poço.
Manipulamos essa pessoa, "objeto" ou cuidador, com doenças invisíveis, ameaças de suicídio e sentimentos de depressão ausentes. Esforçamo-nos para que não vá embora, ficamos com raiva e medo por ficarmos sozinhos. Automutilamo-nos, tentamos acabar com a própria vida quando essa pessoa se vai, e podemo-nos sentir que nada mais é real (despersonalização e desrealização) entre outros comportamentos muito ruins para os pacientes.
Sentimo-nos esse sentimento crônico de vazio e nos incomoda, por isso sempre procuramos uma forma de preencher isso, mas com frequência, descrevemos que esse sentimento nunca, nunca desaparece.
Quase sempre dizemos que não temos certeza de nada. Ou então trocamos de opinião e ideia muito rápido.
Gostos são inconstantes. Uma hora amamos
E outra odiamos.
Identidade
Orientação sexual
e visão de nós mesmos são inconstantes.
Facilmente nos vemos no reflexo
como pessoas más, estranhas, sem amor e doçura. Com pura certeza que somos inexpressivos ou muito maus.
Monstros.
Pessoas que não merecem elogios, mérito e prazer.
Tulla tem baixa tolerância às críticas e frequentemente provocam acessos de fúria. Acessos que ganham muitos acessos no YouTube.
Somos pessoas do branco ou preto. Oito ou oitenta. Isso ou aquilo. Nunca meio termo. Nunca "meio ótima". É péssimo ou ótimo,por isso a frustração é frequente.
Idealizamos as pessoas. Achamos que elas devem ser conforme nossos estereótipos criados por causa de nossas necessidades pessoais e quando essas necessidades não são atendidas, causa uma enorme instabilidade. Temos baixa intolerância às frustrações, porque somos emocionalmente hipersensiveis a qualquer estímulo estressante. Também podemos julgar mau as pessoas por causa disso.
Com isso, peço que parem e julguem a Tulla com mais cautela, porque assim como eu, aquela mulher sofre muito em seu dia a dia com sentimentos incontroláveis, com surtos que abalam à todos, com uma agressividade excessiva e raiva...
Muita raiva.
Ela teve uma infância traumática, como, acho eu, que alguns de vocês também tiveram.
Tulla Luana possui uma dor interminável, um sentimento absurdamente doloroso que corrompe a sanidade que, aparentemente, nunca teve.
Tudo bem pessoal?
Porque comigo não tá nada bem.
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