- Ha-Harry... - Gemi tentando o chamar enquanto ele beijava minha clavícula e ombros. Percebeu em alguns segundos o nome que o chamei, deixando um tapa forte contra minha bunda.
- Não é assim que você deve me chamar, me chame de Daddy, Baby. - Reclamou, mordendo por onde encontrava minha pele.
- Oh, d-esculpe, Daddy. Mas o médico f-alou que você deve ficar de cama hoje. - E mesmo que eu não quisesse nesse momento, a saúde do meu Hazzy era mais importante.
- Eu estou na cama. - Deu de ombros.
- Ele disse de cama, não na cama.
- Você só diz isso porque não quer ser fodido. - Resmungou, ignorando minha advertência ao morder por cima da minha tatuagem.
- Oh, acredite em mim, eu quero ser fodido até não poder andar mais, mas, Harry, você prec-MERDA! - Berrei com outro tapa que recebi, junto com ele sua calça indo junto e nos deixando apenas em boxers. Minhas bochechas ficaram vermelhas imaginando o que Anne e Robin pensariam de mim ao ouvir esses gritos do andar de baixo. Por favor, que o quarto de Harry tenha proteção acústica.
- Já disse pra não me chamar da porra do meu nome. - Rosnou arrancando minha última peça e assoprando meu membro, o gelado do ar se misturando ao quente e molhado do meu pênis fez percorrer um choque por meu corpo, terminando em um gemido do fundo da garganta. - O que disse sobre parar?
- Menos papo, mais sexo. - Gemi, sentindo sua gargalhada contra meu membro sensível.
- Implore, Baby Boy.
- Me fode, Daddy, me fode com força, me fode até que eu não tenha mais ar, acaba comigo. Me chupa igual eu faço com um maldito pirulito, por favor, Daddy.
Harry num segundo engoliu meu membro, me fazendo morder um dos meus braços tentando abafar o provável grito que sairia ao sentir a glande do meu pau bater contra a garganta de Harry.
O mais novo sugava com força e parecia saber em qual lugar tocar para me fazer louco, um louco apaixonado e excitado pra caralho. Minha outra mão agarrava seu cabelo enquanto uma das suas apertava minhas bolas, fazendo minha barriga formigar para liberar toda minha porra na boca do garoto, mas eu sabia que ainda tinha muito a aguentar, a brincadeira só estava começando.Sua língua foi pra fora da boca ao chegar no topo do meu pênis, depois descendo por toda a extensão, desenhando cada veia saltada e deixando beijos em seguida. Agarrei um travesseiro o colocando em minha boca, mordendo firmemente para os pais de Harry não subirem a nenhum custo, mas ainda permitindo meus olhos observarem o cacheado deitado no meio das minhas pernas, a bunda coberta pela cueca empinada e eu tive de resistir muito pra não me esticar até dar um grande e estalado tapa na parte exposta pensando em todas as consequências que eu poderia ter. A pior delas seria se Harry me largasse com uma puta ereção pra resolver com minhas próprias mãos. Sua língua voltou a subir, dessa vez pelo meu corpo, desenhando cada único músculo e tatuagem, beijando com fervor ou sugando até ficar vermelho e dolorido.
Subiu o suficiente para beijar meus lábios com força enquanto esfregava seu pau coberto contra o meu nu, me provocando e excitando ainda mais.
- Daddy, me deixa te chupar, por favor, Daddy eu prometo me comportar. - Gemi, imaginando seu pau inteiro na minha boca. Eu salivava por aquilo.
- Não. Você foi um mau garoto e maus garotos não têm redenção, só punição. - Reclamou escorrendo sua boxer para fora, deixando meus pés terminarem o trabalho.
- E qual a minha punição, Daddy?
- Você não goza até que eu permita. - Ordenou rude, se levantando da cama para buscar a camisinha e o K.y. - Ou não precisa nem gozar.
Ele voltou para a cama, beijando desde meus lábios ao pescoço e ombros. A língua quente desenhando minha clavícula e depois indo até o maxilar e voltando ao peito. Harry sugou um dos meus mamilos, mordendo e moldando de volta com a ponta da língua. A sensação de prazer sendo enviada por todo pelo corpo e mandando direto pro meu membro que ardia sem contato. Desci a mão até ele tentando aliviar a dor, mas antes que pudesse chegar até lá, recebi um tapa e também uma carranca.
- Sem orgasmos e sem se tocar. Você vai gozar só com meu pau dentro de você, entrando com força e saindo bem devagar. Eu quero que você sinta cada centímetro do meu pau. - E só de ouvir Harry dizer de maneira rouca e sussurrada fez meu corpo tremer ao chegar ao ápice.
Harry abandonou meu outro mamilo, ao perceber que eu tinha gozado e me deu um grande tapa como castigo.
- Tsc, tsc, tsc. Você foi um menino muito mau Baby Lou, gozou sem minha permissão. Agora vou ter que te foder até você desmaiar de cansaço.- Quando olhei em seus olhos senti uma mistura de tesão e medo. Harry nunca havia sido dominante a esse ponto, geralmente era mais calmo e até submisso.
- Sorry Daddy, por favor. É que voc-o senhor falando desse jeito eu não consegui mais prender. - Sussurrei, desejando que meu castigo fosse algo quente para nós dois e nenhum tipo de tortura sadomasoquista.
- Então eu acho que vou ter que apelar e usar um briquedinho, pra que você não goze. - Disse se levantando e caminhando até o guarda- roupa.
- Brinquedo? - Minha voz saiu mais assustada do que eu pretendia quando os músculos rígidos do meu namorado entraram no meu campo de visão.
- Não se preocupe, você vai gostar. - Voltou com um anel peniano rosa pink na mão, colocando em mim em poucos segundo, mesmo que eu quisesse relutar.
- Se apóie nas mãos e joelhos, Baby. - Mandou com a voz ainda mais sombria.
- Mas Haz-DADDY! E-eu tenho vergonha de ficar assim. - Assumi, um rubor tomando conta do meu rosto.
- Está tudo bem, Baby. É sua primeira vez assim?
- N-Nao. Só espera eu me acostumar a ficar exposto dessa forma.
Me virei de bruços na cama, meu rosto e pescoço queimando por causa da timidez enquanto eu empinava a bunda e rebolava, parcialmente procurando contato do meu pênis com o colchão, mas também para provocar Harry e distrair minha mente do quão exposto e frágil eu estava.
Uma de suas mãos voou para me dar um tapa forte e barulhento na nádega direita, me fazendo aproveitar a injeção de adrenalina para esticar meus braços e me empinar ainda mais para o mais novo. Rebolei ainda mais, gemendo vários “Daddy” ao sentir um tapa ainda mais forte na minha outra nádega, logo os dedos de Harry apertando minha carne com a ponta das unhas e me abrindo, o dando liberdade de ver minha entrada com facilidade. Sua boca percorreu o lado da minha bunda que havia levado os tapas, dando as sensações de prazer e alivio, me levou a delírio quando sua língua desceu por todo o meio da minha bunda, rodeando minha entrada, deixando seus lábios sugarem e depois dar um beijo estalado no lugar. Eu mordia meu próprio lábio inferior para impedir os gemidos de saírem altos, soltando alguns ronronados e muxoxos que mal podiam ser ouvidos. Um gemido alto, impossível de ser segurado, rodeou o quarto quando a língua de Harry entrou, junto com um dedo, em mim. Meus braços fraquejaram em algum momento e então meu rosto bateu forte contra o colchão, a bunda ainda mais empinada. Em alguns movimentos, ele trocou a língua por um outro dedo, tesourando meu interior e me deixando pronto para ele, mas eu não queria que demorasse tanto, eu o queria inteiro dentro de mim e sentir sua pele contra a minha.
- Daddy, me fode como o mau garoto que eu sou. Me fode agora, por favor, agora. – Implorei sem pensar duas vezes, antes que a timidez me tomasse e eu desistisse de fazer o que queria e logo sentir meu namorado dentro de mim.
Harry mesmo dominante me obedeceu no mesmo instante, fazendo que eu sentisse seu membro inteiro dentro de mim, parando fundo numa invasão instantânea até que eu pudesse me acostumar com a sensação. Em pouco tempo Harry achou que já poderia se mover, me fazendo revirar os olhos com prazer. Em algumas investidas Harry achou a posição que ia direto na minha próstata me fazendo repetir diversos gemidos misturados ao seu nome, me rendendo alguns tapas, e “Daddy’s”, tentando fazer o mínimo de barulho de qualquer forma. Meu pênis latejava implorando contato que não fosse do maldito anel em volta do meu pau. Harry saiu completamente de mim, me deixando um pouco assustado, um pouco carente e um pouco medroso, mas ele agarrou meus quadris facilmente me girando na cama, fazendo com que eu batesse as costas contra o colchão e o olhar um pouco apreensivo.
- Eu quero te olhar enquanto te fodo. - Grunhiu, se sentando em suas panturrilhas e colocando um travesseiro por baixo da minha bunda para que ficasse ainda mais alta.
Eu sentia meu pau contra minha pele, pingando endurecido e dolorido enquanto Harry me penetrava com força e saía devagar, exatamente como falara que faria. Pouco tempo depois Harry gozou dentro de mim, me sentindo queimar por não poder gozar, mas eu precisava prender simplesmente porque meu namorado mandara. Eu sou realmente uma vadia submissa.
- Você vai vir na minha boca, Baby. Eu quero sentir seu gosto puro. – E só a insinuação de Harry me chupando já me fazia quase gozar.
O mais novo fez um ótimo trabalho ao rapidamente retirar o anel peniano e me chupar. Mas não qualquer chupada. Ooh não, ele fazia movimentos lentos em uma sucção extremamente forte me fazendo gozar. Harry foi hábil em não engasgar e engolir toda a minha porra, tirando com a língua as gotinhas que escorriam para seus lábios e me dando um beijo depois para que eu sentisse meu gosto misturado ao dele.
- Você está bem? Ainda está tremendo um pouco. – Harry perguntou delicado, beijando minha bochecha alguns minutos depois de eu me aninhar a ele para - tentar - dormir.
- Eu tive a foda mais intensa da minha vida, é claro que eu estou bem. Eu estou ótimo. Eu poderia fumar um maço inteiro agora. – Resmunguei, pensando em pegar um cigarro e desistindo no segundo seguinte por lembrar que a princesa do meu namorado sofre de asma.
- Fume meu pau da próxima vez. – Resmungou antes de me apertar com mais força antes de conseguir dormir, me deixando acordado.
[...]
- Doce? – Harry sussurrou com a voz grogue. – Por que está acordado? São... 4 e meia, Louis? Porra, volte a dormir.
- Estou preocupado, amor, com Zayn. Ele me chamou para conversar por isso, porque não estavam muito bem. Liam estava bancando o “relação aberta” enquanto Zayn definitivamente quer algo realmente sério. – Assumi.
Harry deve ter se assustado com a minha figura sentada na cama, eu não consegui pregar o olho pensando na briga que Liam teria com o namorado e me preocupara por saber o quão rude Payne poderia ser, mesmo que não soubessem.
- Eles são crescidos, sabem se cuidar. E se preocupar não vai ajudar em nada, você sabe. – Cochichou, vindo me dar um beijo nos ombros.
- Tudo bem, mas mande uma mensagem no grupo. Mande os três virem pra cá ou pra minha casa ver filme. – Pedi, deitando novamente e enlaçando minha mão na do meu namorado que buscou o celular com a outra e logo digitou a mensagem.
- Agora durma um pouco, doce.
[...]
Finalmente dormi, acordando com beijinhos por todo o rosto, minha mão ainda entrelaçada com a de Harry.
- Quanto eu dormi? – sussurrei com o rosto ainda imprensado contra os travesseiros.
- Algumas horas. – Desdenhou.
- Depois de ontem achei que fosse dormir por décadas, você me cansa.
- E você adora. – Continuou.
O sol entrava por toda a sua cortina e eu me perguntava a real utilidade dela. O mais novo sorriu ao me ver abrir os olhos, se soltando de mim para levantar e se trancar no banheiro, me deixando ouvindo o barulho da sua voz rouca e o chuveiro.
Usei o tempo para arrumar sua cama e as roupas que continuaram espalhadas, sentindo meu rosto aquecer ao ver que dormimos por cima da embalagem de camisinha ainda inutilizada, a guardando de volta na gaveta.
Peguei a roupa que usaria no exato momento que o chuveiro desligou, dando tempo de ver meu garoto saindo do banheiro ainda de toalha na cintura e indo para o quarto pegar alguma roupa. Me aproveitei da porta do banheiro aberta para ir direto para meu banho, deixando o maior se vestir no quarto enquanto eu me lavava. Saí do banheiro procurando meu celular, verificando se havia alguma mensagem dos meninos, mas nada além do pedido de Harry para que viessem pra sua casa ver filmes às 18h.
Harry, Lux e eu usamos esse tempo vago passeando no parque, deixando a menina brincar na grama e rir com cachorros que passavam correndo e arrastando seus donos, outras crianças brincando com seus pais e eu não podia deixar de pensar que um dia eu queria estar ali com Harry, brincando com Alice e qualquer outro bebê que fôssemos ter.
As únicas mensagens que tinham no meu celular eram duas da minha mãe e uma de Niall dizendo que algo apareceu e que não poderia ir ver filmes, mas alguns minutos depois que nós dois devolvemos a menina para a mãe, a campainha tocou, nela apenas Zayn e algumas cervejas numa sacola do supermercado.
- Por que Liam não veio? – Perguntei olhando Zayn se atirar no sofá, dando uma longa golada da cerveja antes de responder.
- Ele terminou comigo ontem. – Deu de ombros, parecendo não fazer daquilo algo grande, mas ele sabia que era.
Harry pausou a abertura do filme e se sentou no sofá na frente do amigo perguntando se estava tudo bem com ele, o que definitivamente não estava, apesar dele tentar demonstrar que sim.
- Cara, na verdade eu tenho que mijar e agradeceria se vocês dois saíssem de cima de mim. – Zayn reclamou, se livrando de nós dois para ir até o banheiro.
Mas ele estava visivelmente mal. Tentara passar maquiagem para esconder as olheiras que tinha, mas falhou. Suas bochechas também estavam inchadas e os olhos vermelhos e lacrimejantes.
- Você acha que ele tá bem? - Perguntei ao meu namorado de aparência apreensiva.
- Eu acho que ele tá uma droga e não vai demonstrar.
Vinte minutos se passaram e Zayn não dava sequer um sinal de vida, meia hora depois decidimos subir e ver se estava tudo bem com o outro. Eu e o cacheado pudemos ouvir um choro relativamente alto do cômodo de som abafado por azulejos e era óbvio que era Malik quando ele sussurrou “Liam, por favor”. E mesmo que ele normalmente fosse forte e silencioso, ele extravasou a dor trancado no banheiro de Harry.
- Vai cuidar dele, eu vou resolver isso. – Harry mandou, pegando seu celular e chave do carro na mesa, saindo pela porta.
Bati levemente na porta, sendo respondido com um curto e grosso “Vai embora” do árabe chorão.
Quinze minutos passaram até a porta da casa bater com força, Harry falando com alguém que vi alguns segundos depois ser Liam que veio até onde eu estava sentado na porta do banheiro, Harry dera para ele a chave reserva, então ele me tirou de lá, entrando devagar no cômodo de onde Zayn ainda não tinha parado de chorar.
Liam's POV // Ontem ao sair do hospital.
Zayn havia feito merda e ele sabia disso. Ele já tinha me contado sobre essa de fumar, mas prometeu que não faria enquanto me tivesse. E dessa vez levou Louis, mesmo sabendo o problema que o melhor amigo tinha com isso. Larguei a chave do carro e o celular juntos sobre a mesa de centro, a chave de casa parecia presa no meu bolso e eu não estava no humor para tentar a tirar dali.
- Você não pode me impedir, Liam. Eu fumei sim. Eu não sou um viciado, mas eu fumo, não tem nada de grande nisso. - Reclamou no sofá do meu apartamento.
- Você fez merda! Eu iria pra festa do Grimshaw, mas você disse que como eu era seu namorado, deveria parar com essa vida que não gosta. Eu não gosto quando você fuma. Sua roupa fede, seu cabelo fede, seu corpo. - Gritei, sentindo já minhas narinas arderem na vontade de chorar. Eu e Zayn temos brigado tanto ultimamente com essa mania dele em tentar me mandar, nós somos um casal, mas não somos uma única pessoa.
- Ele é a porra do seu ex namorado, Liam! Ele pega qualquer pessoa que esteja bêbada! Ele quase transou com a merda de um chafariz! - Zayn berrou, enterrando as mãos no cabelo.
- Ele continua sendo o cara que dá as melhores festas de Holmes e continua sendo meu amigo. - Desdenhei, Zayn levantou do sofá, enfiando o dedo no meu peito e berrando cada silaba mais alta que a outra.
- Se você quiser voltar a ser a vadia corna do Grimshaw, que seja! Eu tô cansado dessa merda toda, estou candado de você achar que eu sou possessivo e não quero cuidar de você quando isso é a única coisa que eu tenho vontade de fazer em toda a minha vida. Você tá se fodendo pro que eu penso, né? Tá achando que só você liga pra alguma coisa nessa relação. Acontece, Liam, que há quatro malditos anos eu sonho em te ter, em estar com você. E você está se fodendo pra mim e meus sentimentos, então foda-se também. Você merece alguém que cuide menos de você que eu. - Esbravejou tudo de uma única vez, estando sem fôlego no final do seu discurso sem fundo.
- Eu mereço alguém que me deixe ser quem eu sou, alguém que me ame e não me controle. Isso é um fim? - E por mais que as brigas tenham se tornado frequentes e infernais, tudo que eu queria ouvir era um não da boca do meu garoto.
- Isso é um basta. - Admitiu encarando os sapatos e eu não podia mais olhar para ele sem chorar depois que vi algumas lágrimas lentas caindo por seu rosto abaixado. O corpo numa óbvia posição de recusa, contra mim. Eu odiava ver meu namorado numa posição frágil e contra mim, então eu fiz a única coisa que eu faria quando não queria brigar com o cara que eu amo.
Não peguei meu celular, a chave do carro ou algo assim, apenas saí pela porta rápido, deixando meus olhos liberarem as lágrimas a partir da porta.
Todos os meus crimes não chegam perto da expressão no seu rosto quando te deixei partir.
O único lugar que me parecia conveniente nesse momento ficava a duas esquinas da minha casa, que há essa hora estava lotado por um motivo explicável. Onde os corações partidos vão.
Um garoto do meu curso na universidade atendia, eu não podia dizer que não sabia que ele trabalhava ali pela frequência que tem sido minha presença nesse bar.
- O mais forte que tiver, Josh e mande uma mensagem com a conta depois. Você sabe que eu vou voltar aqui. – Resmunguei batendo nos meus bolsos e me certificando que eu não tinha nada de fato, além da chave de casa que ainda estava presa.
Nada de fato. Nem celular, nem documento, nem dinheiro e nem meu namorado.
- Wow, Payne. O que foi? Cadê aquele sorriso que o Malik tanto ama? – Obrigado pela facada, amigo.
- O sorriso foi junto com ele. A gente acabou de terminar, buddy. – Comecei a me lamentar, vendo o outro que colocara a bebida na minha frente naquela hora tirando ao me ouvir falar a palavra “terminar”.
- Meu bar não é afoga-mágoas não senhor. Você não tem que beber, você sabe o que você tem que fazer. Tem que ir atrás daquele garoto. Você é louco por ele, todo mundo vê, cara! E ele é ainda mais por você. – A minha bebida voltou para o balcão mesmo sem que ele perceba e aproveitei sua distração para virar o que podia. – Depois não diga que eu não avisei.
Continuei bebendo pelo resto da noite, aparecendo na minha casa pela manhã e vendo algo que eu definitivamente não queria. Uma caixa com todas as minhas coisas que estavam na casa de Zayn, inclusive o casaco que dei pra pequena Safaa quando fomos comer pizza junto com sua família e a menina ficou com frio. As suas coisas também haviam saído do meu apartamento e em cima da caixa estava a minha foto favorita com Zayn, a primeira que tiramos depois que começamos a namorar de verdade. Mas na foto estava cortada apenas a minha parte, a dele não existia. Virei a foto esperando ter algum recado, mas me surpreendendo ao ver que Zayn era frio a ponto de me deixar e não soltar mais uma palavra. Talvez eu também estivesse errado ou talvez eu só desejasse morrer.
Uma forte concorrência na minha mente era pegar dinheiro e voltar para o bar, ouvindo Josh me xingar e me negar bebida, esperando que ele se virasse para eu pedir a outro barman ou tomar um banho quente e dormir substituindo o corpo que costumava ser de Zayn por um travesseiro ou talvez um urso de pelúcia.
O banho foi silencioso e sem guerrinhas de água que me faria reclamar ao secar todo o banheiro, mas gargalhar na hora. Dormir foi muito difícil sem o moreno com cheiro de temperos exóticos, mas eu consegui depois de uma noite inteira de vodka passada e uísque ruim.
[...]
- Seu filho de uma grande puta, babaca, ridículo! - A porta do meu apartamento bateu, o barulho de vidro quebrado logo depois. Eu ouvi e reconheci a voz, abandonando minha décima cerveja já quente e fingindo de morto. - A porra do meu melhor amigo está tendo um ataque no banheiro da minha casa e você tá aí ficando chapado. Vai agora arrumar a merda que você fez, Liam Payne!
- Se Louis te deixa o tratar como uma puta, eu não deixo. - Berrei de volta, largando um bicho de pelúcia antigo e grande que usei como o árabe. Como levar a sério um cara que acaba de largar uma enorme pelúcia da Miss Piggy dos Muppets? - Se eu pudesse eu já tinha arrumado tudo, mas ele deu um ponto final em nós dois. Você tá vendo essa maldita caixa? Essa porra é tudo que eu tinha na casa dele. Você vê essa foto? Essa é a primeira foto que tiramos juntos. Você pode ver esse garoto largado entupido de cerveja e uísque barato? Sou eu sem meu Zayn. Eu sou o primeiro a querer consertar toda essa merda, mas não dá mais tempo, Harry. Zayn desistiu de mim e eu desisti de consertar ele.
- Ele não precisa ser consertado, ele precisa ser amado. - Sussurrou, um pedido quase silencioso para que eu cuidasse do árabe me fez pensar um pouco.
Eu havia o amado, havia o consertado mesmo que momentaneamente. Eu pedia para que ele me deixasse ser quem eu era, mas eu não o deixava ser quem desejava ser. Eu precisava me desculpar com ele enquanto o álcool ainda tivesse efeito e eu não voltasse a ser um frango medroso. Procurei minha chave e o meu celular, sem ter ideia de onde quer que ambos estivessem, mas desistindo ao lembrar do cacheado ali, berrando para que ele me dirigisse logo para sua casa. O caminho deve ter durado os quinze minutos mais longos da minha vida, ouvindo do garoto que Zayn estava trancado no banheiro, me dando a chave reserva. Subi e vi Louis sentado na porta do banheiro, murmurando que havia tentado várias vezes tirar o meu namorado de lá e sendo mal sucedido.
Abri a porta vendo o menor se encolher, sentado sobre a pia. O rostinho tão delicado estava inchado e molhado, me fazendo abraçar o menino e beijar seus cabelos. Ele era tão precioso e frágil que me deu dor o ver assim, eu só queria o manter perto de mim pra sempre e pra tudo.
- Me desculpe, amor. Eu não posso te impedir de viver. - Sussurrei perdido no seu cabelo cheiroso, sentindo nada além de lágrimas quentes contra a minha blusa. - Eu sou um idiota com você e um tremendo merda sem você. Me perdoa, eu te amo muito pra te deixar ir.
- Eu te perdôo se você me me perdoar. - Seus olhos subiram para os meus, me deixando ferido por ter o deixado assim. Eu nunca mais vou deixar ele chorar.
Puxei seu rosto para perto, podendo sentir livre seu hálito perto do meu, o dando um beijo profundo e calmo, mostrando que nada havia mudado nem mudaria.
- Cerveja, uísque e balas de alcaçuz. E disso que você vive sem mim, James Payne? - Brincou, tirando todo o ar pesado que tinha naquele banheiro.
- A cerveja porque é quase meu vício, virou rotina assim como você. Uísque porque me deixa bêbado, como você me deixa, louco e embriagado. Alcaçuz porque eu tentei substituir sua doçura com meu segundo doce favorito. - Tentei soar romântico, parecendo mais um esquisito.
- Gay, mas fofo. Meu Deus, o que eu tô falando? Nós somos dois garotos se beijando em um banheiro e eu estou te chamando de gay? Ah, por outro lado, qual seu primeiro doce favorito. Pra mim eram alcaçuz. - E lá estava meu menino de volta, tímido para os outros e um nítido tagarela para mim.
- Você.
Seus lábios eram novamente meus, seu gosto completamente misturado ao meu e eu sendo completamente seu, entregue a ele. Os beijos cada vez ficando mais ávidos, Zayn subindo as pernas para o meu quadril e eu descia os beijos para seu pescoço, o mordendo e sugando.
- Da última vez que aqueles dois estiveram na nossa casa, foderam no nosso banheiro. Eu acho que o troco na mesma moeda é válido. - Sussurrei, sugando o lóbulo de Zayn que assentiu freneticamente já se agarrando na barra da minha blusa e a subindo.
Puxei a blusa de Zayn e já abrindo seu zíper. Foda de reconciliação YEY!
Suas mãos brigaram com o botão da minha calça, fazendo o mais velho rosnar algumas vezes e depois conseguindo, deixando seus pezinhos ágeis tirarem a minha calça e boxer de uma vez. Ele deu uns pulinhos na pia para me deixar tirar suas calças e também a cueca, sem interromper o beijo do meu namorado. Zayn escorreu devagar a mão pelo meu abdomen nada definido pelo tanto de cerveja eu tenho tomado, descendo pelo meu caminho da felicidade e começando uma lenta e preguiçosa masturbação. Seu dedo espalhava o pré-gozo pela minha glande pra todo o membro, o deixando lubrificado naturalmente e ele fazia isso beijando, sugando e mordendo meus lábios, os olhos cerrados não abrindo nem por uma explosão.
- Liam, agora. - Ele pediu, gemendo contra meus lábios. - Eu quero te sentir agora, eu aguento a dor.
- Você está certo disso, amor? Eu não quero te machucar. - Me certifiquei com o outro chacoalhando a cabeça rápido, me fazendo devagar penetrar nele, o beijando e massageando seu membro para o distrair da dor.
Zayn parecia levar aquilo até com certa facilidade, se mexendo desconfortável com poucos segundos e me mandando ir logo, o que obedeci literalmente com prazer. Meus movimentos eram lentos e fundos, Malik jogando seu pescoço para trás e me fazendo ter uma imagem privilegiada de sua barba mal feita e os chupões que eu dei.
Um berro do andar de baixo de “Eu odeio esses idiotas” me fez rir e acertar acidentalmente a próstata de Zayn que gemeu mais alto que deveria, talvez se esquecendo que a mãe de Harry podia estar em casa junto com Gemma e Lux.
Continuei acertando o mesmo lugar, fazendo menor balançar a cabeça para trás ou morder meu pescoço logo se derramando no meu estômago. Com mais algumas entocadas eu finalmente vim dentro do mais velho, gemendo prolongado e um pouco aliviado, eu tinha meu garoto de volta, afinal.
- Eles vão nos matar se tiver uma gotinha de porra nesse banheiro. - Zayn sorriu, a língua entre os dentes mostrando que ele estava definitivamente contente.
Peguei um pouco de papel higiênico, molhando de leve na pia e limpando sua coxa e nossas barrigas que ficaram imundas.
Peguei do chão as minhas roupas e as de Zayn, o deixando vestir a blusa que estava antes em mim - uma do batman que eu usava como pijama as vezes - e pegando a dele que não passava de uma regata branca.
- Amor? - Zayn chamou tímido, parecendo um pequeno filhote acanhado. - Você disse nossa casa?
- O que é meu é seu, Babe. E além do que, você sabe que pode vir morar comigo a hora que quiser, não é como se você já não passasse todos os dias comigo. Eu já te chamei pra ir morar comigo.
- Psiu. - Sussurrou, vestindo a blusa. - Eu ainda te amo, muito. E vou me mudar na próxima semana. Pra nossa casa.
- Eu te amo também, moreno. Eu fico feliz que a casa seja nossa. - Puxei o mais velho pra um beijo, o sentindo sorrir de verdade.
Abri a porta dando de cara com dois pares de olhos bravos e julgadores.
- EU.ODEIO.MUITO.VOCÊS. - Harry falou pausado, Louis se segurando muito para não rir. - Meu banheiro porra! Minha sobrinha toma banho aí.
- Relaxa, Harold. E qual filme vamos ver, hein? - Perguntei tentando mudar o assunto ao puxar meu namorado pra descer as escadas.
- Eu te dou dez segundos de vantagem, Payne, mas quando eu te pegar, vai ser porrada na certa. - Harry berrou e no fundo eu sabia que era brincadeira, mesmo assim pegando uma almofada para me defender, ouvindo Louis e Zayn gargalhando abertamente. Esse era o ar que eu queria, esses eram os meninos que eu queria que fosse minha família até o fim da vida.
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