Era uma morna manhã de primavera. Hiei estava sentado no galho de uma árvore, comendo uma fruta e contemplando o horizonte. Jogou a semente fora e pegou um porta-retrato de bolso, onde havia a foto de uma menina de cabelos verdes com cerca de doze anos de idade.
– Me perdoe pela demora Yukina, mas não teve outro jeito – ele falou com a fotografia – finalmente estou indo te buscar e acabar com a raça de quem te raptou! E a próxima vez que eu falar com você vai ser de verdade, não apenas com essa foto.
Ele apertou o porta-retrato e o jogou longe, que desapareceu no mato. Em seguida desceu da árvore e partiu. Hiei tinha uma licença hunter nas mãos, um item tão raro mas que não dizia qual direção deveria seguir. Enfim, o jovem lembrou do que o presidente Koenma disse aos aprovados no exame:
Essa é a licença que prova que vocês são hunters. Elas não é nominal e caso a percam, bau bau, já era! Ela te dará acesso a trabalhos especiais, locais que cidadãos comuns não podem entrar, uma rede de computadores exclusiva e outras coisas que vocês vão descobrir com o tempo
– É isso, já sei onde procurar!
Hiei foi para a cidade e entrou em uma Lan House. Sentou na frente de um computador e chamou o atendente.
– Pois não? – o funcionário o atendeu.
– Como eu faço pra entrar no site exclusivo para hunters?
– Impossível, a menos que você…
Antes ele terminasse a frase, Hiei mostrou a licença para o funcionário, sem dizer nada.
– Oh, me desculpe! Eu te mostro como fazer.
O rapaz abriu outro navegador, digitou um endereço e em seguida, solicitou que o cliente apontasse a licença para a webcam. Assim que o fez, o acesso foi autorizado.
– Aqui está! Se precisar de mais alguma coisa é só chamar.
O hunter começou a ler as informações do site e, mesmo sabendo muito pouco sobre computadores e tecnologia, conseguiu ao menos encontrar onde deveria digitar o que buscava.
“Pedra da lágrima”, foi o que ele digitou. Encontrou muita coisa sem relevância, porém um resultado chamou sua atenção.
“Pedras da lágrima são jóias muito raras e caras, você não as encontrará em joalherias comuns. Quando milionários desejam uma, podem tentar a sorte e ver se alguma é negociada no leilão de York Shin, porém rumores dizem que frequentemente a rede de lojas Phittany’s vendem essas pedras”
– Maravilha. Agora só preciso saber onde fica a loja mais próxima.
Com uma rápida busca no Glegoo, descobriu que se trata de uma rede grande e que havia uma loja naquela cidade. Assim, Hiei saiu apressado rumo à loja.
Chegou ao endereço, viu que se tratava de uma luxuosa galeria na qual havia boutiques, joalherias, restaurantes, enfim, tudo muito requintado. Hiei com sua baixa estatura, roupas velhas e cabelo arrepiado chamava a atenção de todos. A Phittany’s ficava no terceiro andar, então ele subiu rapidamente as escadas e entrou na loja, indo logo falar com a vendedora.
– Procurando por algo? – perguntou a mulher educadamente, porém com olhar de desdém
– Estou procurando um fornecedor de pedras da lágrima.
– Desculpe senhor, não sei do que está falando.
– Escuta aqui verme, sei muito bem que vocês vendem pedras da lágrima aqui, fala logo senão…
Hiei desembainhou sua espada e rapidamente, a vendedora acionou um alarme. As portas da loja se fecharam automaticamente, a mulher se escondeu em baixo do balcão e dois seguranças apareceram.
– É melhor ir embora ou não nos responsabilizamos com o que vai te acontecer – um deles ameaçou, apontando uma arma.
O baixinho não perdeu tempo com palavras, apenas atacou as mãos dos seguranças com sua espada, os desarmando.
– Não tenho tempo pra palhaçadas, fala logo de onde vem as pedras!
Nesse momento, outro segurança saiu de uma porta interna da loja.
– Você é dos meus, não tem medo de revólver e resolve tudo no braço. Eu até gostaria de te chamar pra trabalhar com a gente, mas o patrão não contrata desconhecidos.
– Foda-se seu patrão, só quero saber de onde vem as pedras da lágrima que vocês vendem.
– Você exige de mais. Mas gostei de você, se me vencer no mano a mano, eu te conto. Pode até usar essa sua faquinha aí.
Hiei ficou irado, claramente aquele sujeito estava debochando dele. Ele o atacou com sua espada, porém o segurança a segurou pela lâmina com uma das mãos.
– Como, você parou minha espada só com a mão? Essa é uma das melhores espadas do mundo!
– Realmente é uma boa espada, embora eu já tenha visto melhores. Mas de que adianta uma boa arma nas mãos de um amador?
Hiei tentou puxar sua arma de volta, todavia o adversário era muito mais forte do que ele. Então ele largou a espada e deu vários socos no homem, que nada sofreu.
– Está divertido, mas sou um homem ocupado. Vamos acabar logo com isso.
O segurança deu apenas um soco no cabeça do hunter, que desmaiou na hora.
*****
Hiei acordou em um quarto pequeno, deitado em um colchão de palha. Seu corpo todo doía, a e última lembrança que tinha era da luta com um desconhecido em uma joalheria.
– Preciso… tenho que voltar na Phittany’s.
– Vai com calma garoto, você quase morreu anteontem.
Uma garota loira, aproximadamente 14 anos, entrou na sala.
– Anteontem? Eu fiquei dois dias apagado?
– Te encontrei quase morto em uma lixeira com um machucado grave na cabeça e outros menores pelo corpo. Pode me agradecer mais tarde.
Hiei deu apenas um resmungo.
– Caras que negociam pedras da lágimas geralmente não são flor que se cheire, tava pensando que ia conseguir o quê invadindo a Phittany’s assim?
– Me poupe do seu sermão – ele levantou, ainda muito tonto e sem conseguir andar.
– Se quer se matar vá em frente, mas se quer salvar a princesa do gelo que está presa em algum lugar, é melhor aceitar minha ajuda.
– Passar por um treinamento comigo. No final, você terá condições de enfrentar caras muito fortes e enfim, resgatar a princesa.
– E o que você ganha com isso?
Hiei sentou novamente, percebendo que deveria que escutar o que a garota tinha a dizer.
– Me chamam de Biske, sou uma hunter assim como você. Mas a diferença entre nós dois é enorme: você é um hunter licenciado, mas enquanto não for usuário de nen, sua licença será inútil.
– E o que tenho que fazer?
– No fim, você saberá.
Hiei estava desconfiado da garota, mas sabia que não tinha como vencer aquele segurança, então simplesmente aceitou a oferta.
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